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Barbara Brasil
Direito Civil
Aula 04
ROTEIRO DE AULA
◦ Prescrição:
Prescrição é a perda da pretensão pelo fato de o titular do direito subjetivo de crédito não tê-la exercido dentro do
prazo previsto em lei.
A prescrição tanto não atinge o direito de ação que gera uma sentença com resolução de mérito – Art. 487; CPC. O que
a prescrição atinge, já que é instituto de direito material, é a pretensão.
Pretensão é o poder que tem o credor de exigir, coercitivamente, que o devedor dê cumprimento a obrigação.
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- Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que
aludem os arts. 205 e 206.
OBS.: A prescrição não atinge o direito subjetivo do credor. Tanto que o credor pode pagar uma dívida cuja pretensão
está prescrita. O pagamento será válido e não gerará direito à restituição ou reembolso. ART.882,CC.
REGRAS DA PRESCRIÇÃO:
1 - Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro,
depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis
com a prescrição.
2- Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
Todos os prazos prescricionais estão previsto em lei (no CC, art.205 e 206). As partes não podem reduzir ou majorar
os prazos prescricionais.
3- Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.
A prescrição apesar de admitir renúncia é matéria de ordem pública. PODE SER ARGUIDA DE OFÍCIA E ALEGADA EM
QUALQUER GRAU DE JURISDIÇÃO.
- Art. 194. O juiz não pode suprir, de ofício, a alegação de prescrição, salvo se favorecer a absolutamente
incapaz. REVOGADO
- Art. 332; CPC: Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará
liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos
repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de
decadência ou de prescrição.
- Art. 10; CPC: O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se
tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
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I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.
- Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
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IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
V - a pretensão de reparação civil;
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi
deliberada a distribuição;
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo:
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima;
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação
tenha sido praticada, ou da reunião ou assembléia geral que dela deva tomar conhecimento;
c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à violação;
VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei
especial;
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade
civil obrigatório.
§ 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.
§ 5o Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus
honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
- Art. 882: Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente
inexigível.
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É a extinção da pretensão do titular de um direito válido que se opera pela desídia de seu titular que foi inerte durante o
lapso de tempo estipulado pela lei.
(pretensão é a capacidade que o credor tem de ir a juízo exigir o cumprimento de uma obrigação dentro de um prazo
estipulado em lei)
- Art. 189; CC: Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que
aludem os arts. 205 e 206.
- Art. 191; CC: A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro,
depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis
com a prescrição.
- Art. 192;CC: Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
- Art. 193; CC: A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.
- Art. 194; CC: O juiz não pode suprir, de ofício, a alegação de prescrição, salvo se favorecer a absolutamente incapaz.
(revogado)
CPC
- Art. 332: Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará
liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos
repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de
decadência ou de prescrição.
- Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se
tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
◦ Os prazos prescricionais suspendem, impedem, interrompem – são regras contidas nos Arts. 197 ao 199 do CC e 202
do mesmo diplomavlegal.
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O prazo prescricional, uma vez tendo o seu início, possui hipóteses previstas no Código Civil de paralisação, sendo que
do artigo 197 ao 199 temos hipóteses de impedimento/suspensão de prazo prescricional e no artigo 202 temos
hipótese de interrupção do prazo prescricional.
Causas Impeditivas impedem o início do transcurso prazo prescricional.
Nas Causas Suspensivas o prazo prescricional já teve seu início e algo ocorreu que suspendeu o prazo prescricional.
Ex.:devedor e credor se casam após um ano de correr o prazo prescricional – esse prazo fica suspenso durante a
constância da sociedade matrimonial – é causa suspensiva
Devedor é casado com credor – o prazo prescricional fica suspenso durante a constância toda do casamento, é uma
causa impeditiva.
Obs.: Comunicabilidade das instâncias: art. 935, CC c/c art. 200, CC.
Determinados fatos podem gerar efeitos tanto na esfera cível, como na criminal. Em regra, tais fatos produzem efeitos
que não se comunicam. Excepcionalmente pode haver comunicabilidade entre o juízo criminal e o juízo cível: se no Juízo
penal houver uma sentença que reconheça ou afaste a existência da materialidade e da autoria, ela repercute na esfera
cível.
Só haverá a comunicabilidade das instâncias se existir uma sentença penal transitada em julgado que reconheça ou
afaste a materialidade e autoria.
Se for uma sentença penal absolutória por insuficiência de provas, ela não vai repercutir na esfera cível.
- Art. 200; CC. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes
da respectiva sentença definitiva.
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Para o STJ, ação penal em curso ou IP em aberto significa que o fato está sendo apurado na esfera criminal, paralisando
a prescrição na cível.
- Art. 935;CC. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência
do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.
◦ A interrupção da prescrição se liga diretamente a um ato jurídico judicial ou extrajudicial, diferente da suspensão que
é mais ligado a questões pessoais, como menoridade.
- Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma
da lei processual;
II - por protesto, nas condições do inciso antecedente;
III - por protesto cambial;
IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do
processo para a interromper.
◦ Se interrompe pra um devedor, interrompe para todos, mas se suspende para um, não necessariamente suspende
para todos.
- Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for
indivisível.
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- Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção
operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados.
§ 1o A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o
devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.
§ 2o A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou
devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis
◦ Decadência:
- Decadência atinge direito potestativo; prazos decadenciais não se suspendem, impedem ou interrompem, salvo se a
lei dispuser de modo contrário. (art. 207, CC)
Inaplicabilidade à decadência das normas contidas nos arts. 197 a 204 do Código Civil: As normas relativas ao
impedimento, suspensão e interrupção de prescrição apenas serão aplicáveis à decadência nos casos admitidos por lei.
A decadência corre contra todos, não admitindo sua suspensão ou interrupção em favor daqueles contra os quais não
corre a prescrição, com exceção do caso do art. 198, I (CC, art. 208), e do art. 26, § 2º, da Lei n. 8.078/90; a prescrição
pode ser suspensa, interrompida ou impedida pelas causas legais.
- Direitos potestativos são aqueles que permitem ao seu titular, interferir na esfera jurídica alheia, criando, extinguindo
ou modificando relações jurídicas. Para serem exercidos, eles se submetem a um prazo de natureza decadencial. Se o
titular do direito potestativo não o exercer dentro do tempo, ele decai.
Eles não são exercidos em ações de natureza condenatórias, mas sim de natureza constitutivas ou desconstitutivas.
A decadência atinge direitos subjetivos
- Como os direitos potestativos decorrem da lei ou do contrato, temos a decadência legal e a decadência convencional.
· Decadência Legal:
(direito potestativo nasceu da lei)
- não admite renúncia – art. 209;
- pode ser arguida de ofício pelo juiz – art. 210.
· Decadência Convencional:
(direito potestativo nasceu do contrato)
- admite renúncia: art. 211;
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- não pode ser arguida de ofício pelo juiz: art. 211. (o Juiz não vai se manifestar em matéria de ordem privada, entre as
partes, por isso não pode ser arguida de ofício)
- Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou
interrompem a prescrição.
- Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.
- Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.
- Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição,
mas o juiz não pode suprir a alegação.
◦ Obrigação:
Conceito de obrigação - Elementos estruturais
- Acepção clássica:
A obrigação é o vínculo jurídico transitório que confere ao credor (sujeito ativo) o direito de exigir do devedor (sujeito
passivo) o cumprimento de uma prestação que pode ser positiva ou negativa, porém, essencialmente patrimonial.
São três os elementos constitutivos da obrigação: o elemento subjetivo ou pessoal representado pelos sujeitos ativo
(credor) e passivo (devedor); o elemento objetivo ou material, representado pelo objeto da prestação; e finalmente o
elemento espiritual, ou imaterial, representado pelo vínculo jurídico ou liame que conecta os sujeitos.
◦ Modalidades de Obrigações:
1- Obrigação de DAR (art. 233 e segs. CC)
Sempre gera a entrega de um bem.
Para Beviláqua, obrigação de dar “é aquela cuja prestação consiste na entrega de uma coisa móvel ou imóvel, seja para
constituir um direito real, seja somente para facultar o uso, ou ainda, a simples detenção, seja finalmente, para restituí-
la ao seu dono. A definição compreende duas espécies de obrigações: a de dar, propriamente dita, e a de restituir”.
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Se a obrigação de dar gerar transferência de Posse – Arts. 238/239; CC
É a obrigação de restituir.
- Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.
É uma faculdade; se ele quiser, ele pode aceitar.
- Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida
É uma dação em pagamento.
- Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não
resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
- Meio Termo Qualitativo: o devedor deve escolher um meio termo, nem o pior produto, nem o melhor produto,
respeitando a boa-fé.
- Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou
caso fortuito.
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- Art. 237, CC: “até a tradição pertence ao devedor a coisa, com seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá
exigir aumento do preço; se o credor não anuir o devedor poderá resolver a obrigação.”
2ª) A responsabilidade pela perda ou deterioração do objeto, nas relações jurídicas obrigacionais, sempre será
SUBJETIVA.
Culpa – a responsabilidade por ser subjetiva precisa ser provado o elemento culpa. Aqui ela é uma culpa presumida.
3ª) Não há responsabilidade subjetiva se a perda ou deterioração da coisa decorreu de caso fortuito ou força maior.
Se o dano proveio de caso fortuito ou força maior, não há culpa, não há responsabilidade.
➔EXCEÇÃO:
· Cláusula de Assunção de Responsabilidade: o devedor assume expressamente a responsabilidade pela perda ou
deterioração da coisa mesmo em casos de força maior e caso fortuito. Só será válida diante de um contrato paritário,
não sendo válidas nos contratos de adesão.
- Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não
se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou
impedir.
· Devedor em Mora: imputa a responsabilidade pelo vendedor estar em mora, salvo se comprovar que o bem se
perderia independente da mora.
- Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de
caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano
sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.
◦ Regras Específicas Obrigação De Dar (Transferência de Propriedade) – art. 233 ao art. 236
TV Sony Bravia 52”
PERDA: não há mais objeto, não há mais contrato (Art. 402; CC)
sem culpa – extingue contrato
por culpa – extingue contrato + perdas e danos
DETERIORAÇÃO: bem ainda existe, mas há uma redução nas suas qualidades essenciais com diminuição de valor
sem culpa – ou credor fica com o bem e pleiteia redução no valor
ou credor resolve o negócio jurídico
por culpa – ou credor fica com o bem e pleiteia redução no valor + perdas e danos
ou credor resolve o negócio jurídico + perdas e danos
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- Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a
condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor,
responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.
- Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa,
abatido de seu preço o valor que perdeu.
- Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha,
com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos.
- Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o
credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda.
- Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos.
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OBRIGAÇÃO DE FAZER FUNGÍVEL:
Recusa Voluntária: exigir 3º dê cumprimento às custas do devedor + perdas e danos
(admissão de autotutela)
Impossível de Cumprir: contrato estará extinto (restituição de valores eventualmente pagos)
- Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só
por ele exeqüível.
- Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa
dele, responderá por perdas e danos.
- Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor,
havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar
executar o fato, sendo depois ressarcido.
◦ Obrigação de Não-Fazer:
- Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do
ato, que se obrigou a não praticar.
- Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena
de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de
autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido.
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