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REVISÃO

1a questão (Fonte:CONSULPLAN-2015-TJMG-Titular de Serviços de Notas e de Registro)

Mefistófeles, rico empresário, desejando premiar seu amigo Tício, realiza doação,
mediante escritura pública, de vários bens imóveis de sua titularidade, ato que é
devidamente inscrito no oficio imobiliário.
Dois anos após a doação, Tício, em acesso de fúria, empreende invasão da sede da
empresa do doador e lhe desfere quatro tiros de revolver, causando-lhe ferimentos
graves, com consequente internação em nosocômio de escol, na Unidade de Terapia
Intensiva, onde permaneceu, em perigo de morte, por duas semanas.
O doador sobreviveu ao evento e recebeu, por meio de amigos comuns,
correspondência do donatário, suplicando o seu perdão, não manifestando qualquer
sentimento em relação ao pedido formulado.
Após passados dois anos do trágico evento, Mefistófeles vem a falecer de doença
cardiovascular, sem relação de causa e efeito com o trauma violento relatado
anteriormente. Após o falecimento do doador, Efigênio, seu único filho consulta
advogado sobre a possibilidade de revogação da doação efetuada, estando o donatário
em regime prisional fechado, diante de condenação passada em julgado.
Diante de tais fatos, à luz das normas do Código Civil, analise as assertivas a seguir.
I. O direito de revogar a doação é transmissível aos herdeiros em qualquer
circunstância, inclusive no caso em tela.

II. A ausência de ação revocatória pelo doador, exceto no caso de homicídio doloso, não
permite o exercício de idêntico direito aos sucessores.

III. O exercício da pretensão revocatória, no caso em referência, é extinta em um ano, a


contar da data do evento.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I for verdadeira.
b) se somente a afirmativa II for verdadeira.
c) se somente as afirmativas I e III forem verdadeiras.
d) se somente as afirmativas II e III forem verdadeiras.
e) se todas as afirmativas forem verdadeiras
O ITEM I É FALSO
Art. 560. O direito de revogar a doação não se transmite aos herdeiros do doador, nem prejudica
os do donatário. Mas aqueles podem prosseguir na ação iniciada pelo doador, continuando-a
contra os herdeiros do donatário, se este falecer depois de ajuizada a lide.

O ITEM II É VERDADEIRO
Art. 561. No caso de homicídio doloso do doador, a ação caberá aos seus herdeiros, exceto se
aquele houver perdoado.

O ITEM III É VERDADEIRO.

Art. 559. A revogação por qualquer desses motivos deverá ser pleiteada dentro de um ano, a
contar de quando chegue ao conhecimento do doador o fato que a autorizar, e de ter sido o
donatário o seu autor.

ASSIM A OPÇÃO CORRETA É A LETRA d


• 2a questão ( Prova: CESPE –2013-PG-DF-Procurador; ;FCC-2010-TER-RS-Analista
Judiciário; FCC-2013-AL-PB-Assessor Técnico Legislativo:)

• No que concerne à locação de coisas, considere:


• I. Nos contratos de locação, não é válida a cláusula de renúncia à
indenização das benfeitorias e ao direito de retenção, uma vez que tais
garantias são fixadas no Código Civil e na Lei de Locações, respectivamente.
• II. havendo prazo estipulado à duração do contrato, antes do vencimento
não poderá o locador reaver a coisa alugada, senão ressarcindo ao locatário as
perdas e danos resultantes, gozando o locatário do direito de retenção, enquanto não
for ressarcido.
• III. Morrendo o locador ou o locatário, transfere-se aos seus herdeiros a
locação por tempo determinado.
• Está correto o que se afirma
• APENAS em
• a) I e II.
• b) II e III.
• c) I e III.
• d) I.
• e) II.
O ITEM I É FALSO
• Art. 566. O locador é obrigado:
• I - a entregar ao locatário a coisa alugada, com suas pertenças, em estado de servir ao uso a
que se destina, e a mantê-la nesse estado, pelo tempo do contrato, salvo cláusula expressa em
contrário;

O ITEM II É VERDADEIRO
Art. 571. Havendo prazo estipulado à duração do contrato, antes do vencimento não poderá o
locador reaver a coisa alugada, senão ressarcindo ao locatário as perdas e danos resultantes, nem
o locatário devolvê-la ao locador, senão pagando, proporcionalmente, a multa prevista no
contrato.
O ITEM III É VERDADEIRO
Art. 577. Morrendo o locador ou o locatário, transfere-se aos seus herdeiros a locação por tempo
determinado.

ASSIM A OPÇÃO CORRETA É A LETRA B


3a questão ( Prova: FCC - 2018 - PGE-TO - Procurador do Estado)
Em razão de fortes chuvas que ocasionaram inundação, os habitantes de certa área ribeirinha
tiveram de depositar seus móveis e utensílios nos armazéns e galpões particulares que se
situavam em lugares não atingidos pela calamidade. Esse depósito qualifica-se como
a) contrato inominado, por faltar disposição legal sobre ele, podendo ser gratuito ou oneroso.

b)voluntário e se presume gratuito, exceto se houver convenção em contrário.

c)necessário e se presume gratuito.

d) legal e sujeita o depositário que se recusar a devolver os bens, cessados os efeitos da


calamidade, à prisão e ao ressarcimento dos prejuízos.

e) miserável, mas não se presume gratuito.


ASSIM A OPÇÃO CORRETA É A LETRA E

Art. 647. É depósito necessário:


I - o que se faz em desempenho de obrigação legal;
II - o que se efetua por ocasião de alguma calamidade, como o incêndio, a inundação, o
naufrágio ou o saque.
Art. 651. O depósito necessário não se presume gratuito. Na hipótese do art. 649, a
remuneração pelo depósito está incluída no preço da hospedagem.
• 4a questão (Prova:; FCC-2015-TRT 1ª Região –PE -Juiz do Trabalho Substituto; FCC-2015-TRT
6ª Região –PE -Juiz do Trabalho Substituto; CESPE - 2016 – FUNPRESP-JUD-Analista –Direito)

• Analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta


• I. se o prestador de serviço for despedido sem justa causa, a outra parte será obrigada a
pagar-lhe por inteiro a retribuição vencida, e por metade a que lhe tocaria de então ao
termo legal do contrato.

• II. não se tendo estipulado, nem chegado a acordo entre as partes, fixar-se-á por
arbitramento a retribuição, segundo o costume do lugar, o tempo de serviço e sua
qualidade.
• III Com relação ao contrato de prestação de serviços, é permitida, de acordo com o Código
Civil, a subcontratação sem autorização da outra parte, nos casos em que o prestador da
obrigação de fazer garanta o resultado.

Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) I.
e) III.
O ITEM I É VERDADEIRO
Art. 603. Se o prestador de serviço for despedido sem justa causa, a outra parte será obrigada a
pagar-lhe por inteiro a retribuição vencida, e por metade a que lhe tocaria de então ao termo legal
do contrato.

O ITEM II É VERDADEIRO
Art. 596. Não se tendo estipulado, nem chegado a acordo as partes, fixar-se-á por arbitramento a
retribuição, segundo o costume do lugar, o tempo de serviço e sua qualidade.

O ITEM III É FALSO


Art. 605. Nem aquele a quem os serviços são prestados, poderá transferir a outrem o direito aos
serviços ajustados, nem o prestador de serviços, sem aprazimento da outra parte, dar substituto
que os preste.

ASSIM A OPÇÃO CORRETA É A LETRA A


5a questão (fonte: FCC-2016-PGE-MT-Procurador do Estado)
Acerca do comodato, considere:
I. O comodato é contrato real, perfazendo-se com a tradição do objeto.
II. O comodatário constituído em mora, além de por ela responder, pagará, até restituí-la, o
aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante.
III. O comodatário responde pelo dano decorrente de caso fortuito ou força maior se,
correndo risco o objeto do comodato, juntamente com os seus, antepuser a salvação destes,
abandonando o do comodante.
IV. Se o comodato não tiver prazo convencional, o comodante poderá, a qualquer momento,
suspender o uso e gozo da coisa emprestada, independentemente de decisão judicial e da
finalidade do negócio.
Está correta o que ser afirma em
(A ) I, II, III e IV.
(B) II e III, apenas.
(C) II e IV, apenas.
(D) I, III e IV, apenas.
(E) I, II e III, apenas.
TODAS A ASSERTIVAS IV ESTÁ INCORRETA
LETRA: E
Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição
do objeto.
Art. 582. (...). O comodatário constituído em mora, além de por ela responder, pagará, até restituí-
la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante.
Art. 583. Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do comodatário,
antepuser este a salvação dos seus abandonando o do comodante, responderá pelo dano ocorrido,
ainda que se possa atribuir a caso fortuito, ou força maior.

Art. 581. Se o comodato não tiver prazo convencional, presumir-se-lhe-á o necessário para o uso
concedido; não podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo
juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que
se determine pelo uso outorgado.
• 6a questão (CESGRANRIO-2013-BNDES-Profissional Básico-Direito)
• JS realiza contrato de mútuo com o Banco do Povo. Antes do termo do contrato, o mutuário
sofreu manifesta modificação em sua situação econômica.

Nesse caso, de acordo com a legislação pertinente,



a) o mutuante pode exigir garantia da restituição.
• b) o mutuante poderá arguir exceção do contrato não cumprido e resolver a relação
jurídica contratada.
• c) o mutuante não pode resolver o contrato, pois houve adimplemento substancial.
• d) o mutuário é obrigado a antecipar a restituição.
• e) a hipótese de inadimplemento anterior ao termo deve ser verificada, resolvendo-
se o contrato.

ASSIM A OPÇÃO CORRETA É A LETRA A

Art. 590. O mutuante pode exigir garantia da restituição, se antes do


vencimento o mutuário sofrer notória mudança em sua situação
econômica.
• 7a questão ( Prova: FGV- 2010 -BADESC- Advogado)
• Semprônio realiza contrato de mútuo com Terêncio, emprestando a quantia de R$
20.000,00 para pagamento em dez prestações, incidentes juros legais, sem
correção monetária. Para garantir a avença, intercede Esculápio, na condição de
fiador, pelo período do contrato, renunciando ao benefício de ordem.
No curso da avença, o devedor, por motivos de doença da família, deixa de quitar
algumas prestações. Após o período de dificuldades, credor e devedor ajustam a
prorrogação do contrato, não informando tal situação ao fiador.
Diante do exposto, analise as afirmativas a seguir.
I. O contrato de fiança somente estabelece a responsabilidade do fiador no período
avençado no contrato.
II. Mediante aquiescência do credor, do devedor e do fiador, a fiança pode se
prorrogada.
III. Não concordando o devedor com a fiança, credor e fiador estão proibidos de
estabelecer a referida garantia no contrato.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I for verdadeira.
b) se somente a afirmativa II for verdadeira.
c) se somente as afirmativas I e II forem verdadeiras.
d) se somente as afirmativas I e III forem verdadeiras.
e) se todas as afirmativas forem verdadeiras.

O ITEM I É VERDADEIRO
Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.
O ITEM II É VERDADEIRO

O ITEM III É FALSO


Art. 820. Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra
a sua vontade.
ASSIM A OPÇÃO CORRETA É A LETRA C
8ª) QUESTÃOO Conselho Regional de Nutrição (CRN) local firmou contrato de empreitada com determinada
empresa de construção, a fim de edificar a nova sede do conselho. O referido contrato foi encaminhado ao
Departamento Jurídico do CRN para análise.

Considerando a situação hipotética apresentada e as várias espécies de contrato previstas no Código Civil,
assinale a alternativa correta.

a) Operam-se, de pleno direito, a cláusula resolutiva expressa e a tácita.

b) Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, o empreiteiro de


materiais e execução responderá, durante o prazo irredutível de 10 anos, pela solidez e segurança do
trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo.

c)Sempre se extingue o contrato de empreitada pela morte de qualquer das partes.

d) Independentemente de o empreiteiro só fornecer mão de obra, todos os riscos correrão por conta dele.

e)O empreiteiro que se incumbir de executar uma obra, segundo plano aceito por quem a encomendou,
salvo estipulação em contrário, não terá direito a exigir acréscimo no preço, ainda que sejam introduzidas
modificações no projeto, a não ser que estas resultem de instruções escritas do dono da obra.
CORRETA LETRA E

Art. 612. Se o empreiteiro só forneceu mão-de-obra, todos os riscos em que não tiver
culpa correrão por conta do dono.
Art. 619. Salvo estipulação em contrário, o empreiteiro que se incumbir de executar
uma obra, segundo plano aceito por quem a encomendou, não terá direito a exigir
acréscimo no preço, ainda que sejam introduzidas modificações no projeto, a não ser
que estas resultem de instruções escritas do dono da obra.
9ª QUESTÃO (Ano: 2019 Banca: Método Soluções
Educacionais Órgão: Prefeitura de Nortelândia - MT Prova: Método Soluções
Educacionais - 2019 - Prefeitura de Nortelândia - MT – Advogado

A)Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes transfere o domínio


de certa coisa, e o outro, se obriga a pagarme certo preço em dinheiro.
B) Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo
de uma das partes a fixação do preço.
C) É lícita a compra e venda entre cônjuges dos bens havidos em comunhão.
D) Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma autoriza a
rejeição de todas.
CORRETA – LETRA B

Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o
domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.

Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de
uma das partes a fixação do preço.

Art. 499. É lícita a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da
comunhão.

Art. 503. Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não autoriza a
rejeição de todas.
c) não haverá complemento de área, nem devolução de excesso, tendo em vista que o
imóvel foi vendido como coisa certa e discriminada, tendo sido apenas enunciativa a
referência às suas dimensões, mesmo não constando, de modo expresso, ter sido a
venda ad corpus.
d) sempre que a descrição da área não corresponder à realidade, o comprador terá o
direito de exigir o complemento da área, e, não sendo isso possível, o de reclamar a
resolução do contrato ou abatimento proporcional ao preço.
e) não há o direito de exigir qualquer indenização porque a diferença não excede de
um décimo da área total enunciada.
CORRETA LETRA C
Art. 500. Se, na venda de um imóvel, se estipular o preço por medida de extensão, ou se
determinar a respectiva área, e esta não corresponder, em qualquer dos casos, às dimensões
dadas, o comprador terá o direito de exigir o complemento da área, e, não sendo isso possível, o
de reclamar a resolução do contrato ou abatimento proporcional ao preço.
§ 1 o Presume-se que a referência às dimensões foi simplesmente enunciativa, quando a
diferença encontrada não exceder de um vigésimo da área total enunciada, ressalvado ao
comprador o direito de provar que, em tais circunstâncias, não teria realizado o negócio.
§ 2 o Se em vez de falta houver excesso, e o vendedor provar que tinha motivos para ignorar a
medida exata da área vendida, caberá ao comprador, à sua escolha, completar o valor
correspondente ao preço ou devolver o excesso.
§ 3 o Não haverá complemento de área, nem devolução de excesso, se o imóvel for vendido
como coisa certa e discriminada, tendo sido apenas enunciativa a referência às suas dimensões,
ainda que não conste, de modo expresso, ter sido a venda ad corpus .
10ª) Questão (Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Campinas - SP Prova: VUNESP -
2019 - Prefeitura de Campinas - SP - Auditor Fiscal Tributário Municipal - Conhecimentos Gerais
e Específicos
Maria vendeu a Joana um terreno certo e discriminado, localizado na esquina entre as Ruas “A”
e “B”. O contrato previu o preço de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e descrevia o terreno
como tendo a extensão de 500 m², constando cláusula contratual prevendo que a descrição do
imóvel era meramente enunciativa. Não constou expressamente do contrato que a venda seria
ad corpus. Após formalizada a venda, Joana realizou um trabalho de topografia no imóvel e
descobriu que o terreno tinha uma extensão real de 450 m². Nesse caso, pode-se corretamente
afirmar que

a) apenas se for provado que o vendedor sabia da diferença, tendo agido de má-fé, haverá o
direito do comprador de exigir o complemento da área, e, não sendo isso possível, o de
reclamar a resolução do contrato ou abatimento proporcional ao preço.
b) como não constou expressamente ter sido a coisa vendida ad corpus, bem como a diferença é
superior a um vigésimo da área descrita, há direito do comprador de exigir o complemento da
área, e, não sendo isso possível, o de reclamar a resolução do contrato ou abatimento
proporcional ao preço.

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