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I – Anotações
2) Depósito Judicial
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Art. 335. A consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar
quitação na devida forma; - Mora do Credor (portável)
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
- Mora do Credor (quesível)
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir
em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; Impossibilidade de pagamento direto
em razão da pessoa do devedor ou do lugar em que ele se encontra
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
Dúvida
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.Litígio
Pergunta: o rol do art. 335 do CC é taxativo ou exemplificativo? Exemplificativo
– existem outras hipóteses que dão ensejo ao pagamento em consignação além
das previstas no art. 335
Ex.: Consignação em pagamento para se promover a revisão do conteúdo do
contrato.
a) AgRg no AG 1.369.875/MS – Ação Revisional cumulada com Consignação
em Pagamento
b) AgRg no REsp 1.179.034/RJ – Possibilidade de se discutir o valor do
débito em ação de consignação em pagamento, ainda que seja necessária
a revisão do contrato
c) REsp 1.160.697/MG – Depósito da quantia incontroversa e improcedência
da ação – Impossibilidade de levantamento do depósito pelo devedor –
afronta à boa-fé objetiva.
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem
o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.
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I) Do credor que paga a dívida do devedor comum.
Ex.: Jose´ deve R$ 5.000,00 para Antônio e R$ 20.000,00 para Maria.
Após vencida a dívida com Antônio, Maria efetua o seu pagamento,
diante do inadimplemento de José. Nesse caso Maria está sub-rogada
nos direitos de Antônio.
II) Do adquirente do imóvel hipotecado que paga ao credor hipotecário,
bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado
de direito sobre o imóvel.
Duas situações:
a) o adquirente do imóvel hipotecado que paga ao credor
hipotecário – fica nesses casos sub-rogado nos direitos do
credor hipotecário.
*Dica:
REsp 1.169.418/SP – Seguradora paga indenização ao segurado em decorrência
de danos causados por terceiros e sub-roga-se nos seus direitos para exigir do
terceiro, dentro do prazo prescricional, o ressarcimento do que despendeu. (No
mesmo sentido AgRg no AREsp 589.619/SP)
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a) A prestação deve ser diversa da devida.
Exs.: i) coisa por coisa – dou o meu relógio em lugar da bicicleta
ii) Coisa por dinheiro – dou o meu relógio Rolex em lugar da minha dívida de R$
20.000,00
*Dica: se for dinheiro em lugar de coisa será considerada compra e venda (art.
357 CC)
Art. 357. Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes
regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda.
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que
mais valiosa.
*DICA: O que ocorre nos casos de evicção da coisa dada em pagamento (perda da coisa
dada em pagamento, em virtude de decisão judicial ou de ato administrativo)?
Nas hipóteses em que o credor é evicto da coisa dada em pagamento, ou seja, ele perde
a coisa que foi dada em pagamento por força de uma decisão judicial ou de uma
desapropriação (ato administrativo), o art. 359 do CC estabelece que a obrigação
primitiva é reestabelecida, ficando sem efeito a quitação dada ao devedor, mas
ressalvados os direitos de terceiros.
Da Evicção
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia
ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública.
OBRIGAÇÃO NOVA
ATUAL
Animus
novandi
OBRIGA
ÇÃO
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EXTINÇÃO DA
OBRIGAÇÃO ATUAL
COM TODOS OS SEUS
ACESSÓRIOS
Requisitos da novação:
A) Existência de uma obrigação – dívida novada
B) Criação de uma nova obrigação – dívida novadora (diversa da já existente)
C) Ânimo de novar (animus novandi) – intenção de criar uma nova obrigação para
extinguir a anterior
Art. 361. Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito mas inequívoco, a segunda
obrigação confirma simplesmente a primeira.
-Não havendo ânimo de novar teremos duas obrigações, eis que a primeira não
será extinta.
- O ânimo de novar poder ser:
a) Expresso: quando a novação está expressamente disposta pela vontade das
partes
b) Tácito, mas inequívoco – Maria Helena Diniz: Se o ânimo de novar não estiver
expresso, estará presente (tácito) sempre que a nova obrigação for incompatível
com a primeira
Exemplos:
I) Duplicatas e cheques:
a) Se for emitido um cheque pelo devedor e entregue ao credor sem a devolução
da duplicata ou qualquer outra ressalva, não há novação. Trata-se de uma nova
obrigação que não extingue aquela representada pela duplicata.
b)Se for emitido um cheque pelo devedor e entregue ao credor mediante a
devolução da duplicata, há novação.
II) Consta do novo contrato a novação da dívida expressa no contrato anterior
– novação expressa.
III) A simples concessão de prazo para o devedor quitar o seu débito
(moratória) não constitui por si só uma novação
Espécies de novação:
A) Novação subjetiva ou pessoal: a nova obrigação possui novos sujeitos
a) Novação subjetiva ativa: novo credor
Requisitos: - consentimento do devedor
- consentimento do antigo credor
(renúncia ao seu crédito que será
extinto pela novação)
- anuência do novo credor
- art. 360, III
b) Novação subjetiva passiva: novo devedor (art. 360, II)
* Se o novo devedor for insolvente não existe ação contra o primeiro,
porque a obrigação anterior foi extinta pela novação, salvo se houver má-
fé
Pergunta: é possível a novação subjetiva passiva contra a vontade do
devedor primitivo? Sem o seu consentimento? SIM
b1) Novação subjetiva passiva POR EXPROMISSÃO: sem o consentimento
do devedor primitivo (art. 362 CC)
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b2) Novação subjetiva passiva POR DELEGAÇÃO: com o consentimento do
devedor primitivo
B) Novação objetiva ou real: a nova obrigação possui novo objeto (art. 360,
I)
Art. 360. Dá-se a novação:
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida (novo objeto) para extinguir e
substituir a anterior;
*DICA: Não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas. Mas as
obrigações anuláveis podem ser novadas (Art. 367)
AgRG no AREsp 567.076: Em virtude da impossibilidade de se validar obrigações
nulas, ainda que tenham sido objeto de novação, os contratos bancários são
passíveis de revisão judicial conforme Sum 286 STJ.
Súmula n° 286 do STJ
A renegociação de contrato bancário ou a confissão da dívida não impede a possibilidade de
discussão sobre eventuais ilegalidades dos contratos anteriores.
6) Compensação – Arts. 368 e ss CC
R$ 10.000
JOSÉ ANTÔNIO
R$ 8.000