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Resumo Direto Civil

OBRIGAÇÕES

Relação Jurídica

Elemento da relação jurídica

 Sujeito ativo
 Objeto
 Sujeito passivo

Fontes das Obrigações

 Lei – Obrigação legal


 Declaração de Vontade – Obrigação Voluntária
 Ato Ilícito – Reparar Dano

OBS: Lei e Declaração de Vontade o nome da obrigação é Dívida (schuld), já no Ato Ilícito é
Responsabilidade (haftung).

OBS: As obrigações podem ser divisíveis (o contrato pode estabelecer divisão) ou indivisíveis
(Arts. 257, 258, 259, 260\ CC).

Elementos da Obrigação

Simples

 Possui apenas um sujeito ativo e um passivo e tem apenas uma prestação

Complexas

 Possui pluralidade de sujeito ou Pluralidade de prestações.

OBS: A solidariedade não se presume, resulta da Lei ou da vontade das partes (Art. 265 CC).

OBS: As prestações podem ser Cumulativas e Alternativas ou Cumulativas ou Alternativas

OBS: Os credores só poderão cobrar suas quotas partes ao devedor, salvo, se for obrigação
SOLIDÁRIA.

OBS: Nas obrigações indivisíveis cada um será obrigado pela dívida toda.

OBS: Quando a obrigação indivisível se torna impossível, cabe indenização (culpado responde
por perdas e danos), desse modo, ela se tornará divisível.

OBS: Se o credor perdoar ou remir a solidariedade de um dos devedores, esta não se


estenderá aos demais (Art. 282 CC).

OBS: Em caso de devedor insolvente, a parte deste será dividida aos demais devedores (Art.
283, 284 CC).

OBS: O fiador é responsabilidade subsidiaria. Podendo renunciar o direito da ordem aí a


obrigação se torna solidária.
OBRIGAÇÃO DE DAR

 DAR – Transferir propriedade da coisa


 ENTREGAR – Transferir a posse da coisa
 RESTITUIR – Devolver a posse ao proprietário (Nessa obrigação quem deve é o
proprietário da coisa).

Res perit domino - a coisa perece para o dono. Isso ocorre quando há a obrigação de
restituir coisa certa e esta se perde antes da tradição, sem culpa do devedor.

Resolução da obrigação

Perecimento
 Com culpa – Devedor pagará o equivalente, mais perdas e danos (Art. 234 CC)
 Sem culpa – Resolve-se a obrigação (Art. 234 CC)

Deterioração

 Com culpa – O credor escolhe entre resolver a obrigação ou aceitar a coisa, no


estado em que se encontrar, em ambos os casos, terá direito à indenização das
perdas e danos (Art. 236 CC).
 Sem culpa – O credor escolhe entre resolver a obrigação ou aceitar a coisa, no
estado em que se encontra, abatendo o valor que perdeu (Art. 235 CC)

Melhoramento ou Acréscimo

 O devedor pode exigir aumento no preço; se o credor recusar, o devedor


pode resolver a obrigação (Art. 237 CC).

Perecimento

 Com culpa – O devedor responderá pelo equivalente, mais perdas e danos


(Art. 239 CC)
 Sem culpa – O credor suportará a perda, sem indenização (Art. 238 CC)

Deterioração

 Com culpa – O devedor responderá pelo equivalente, mais perdas e danos


(Art. 240 CC).
 Sem culpa – O credor suportará o prejuízo, sem indenização (Art. 240 CC).

Melhoramento ou Acréscimo

 Com trabalho ou despesa – Devedor possuidor de boa-fé terá direito a


indenização das benfeitorias necessárias e úteis, de levantar as voluptuárias, e
de reter a coisa até ser indenizado; devedor possuidor de má-fé só terá direito
à indenização das benfeitorias necessárias, sem retenção (Arts. 242, 1.29 e
1220 CC).
 Sem trabalho ou despesa – O credor lucrará, sem indenizar o devedor (Art.
241 CC).

Frutos
 Possuidor de boa-fé – Devedor terá direito aos frutos percebidos e
ressarcimento das despesas de custeio dos pendentes.
 Possuidor de má-fé – Devedor terá direito ao ressarcimento das despesas de
custeio.

OBRIGAÇÃO DE FAZER

Inadimplemento (Art. 248)

 Com culpa – Perdas e Danos


 Sem culpa – Resolve a obrigação

Personalíssima (ART. 247)

 Resolve em perdas e danos

Impessoais

 Execução por terceiro (Art. 249 CC).

OBS: Se há urgência não precisa da autorização do juiz para que terceiro execute.

OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER

Inadimplemento

 Sem culpa – Resolve a obrigação (Art. 250 CC).

Desfazimento

 Com culpa – Perdas e danos (Art. 251 CC)

OBS: Se há urgência não precisa da autorização do juiz para o desfazimento.

FINALIDADE DA OBRIGAÇÃO

Obrigação de meio

 Devedor deve empregar seus conhecimentos meios e técnicas sem se


responsabilizar por obtenção de determinado resultado.

OBS: É necessário demonstrar a negligencia ou imperícia.

Obrigação de Resultado

 Devedor somente se exonera da obrigação quando o fim prometido é


alcançado.

OBS: O devedor deve provar força maior, caso fortuito, culpa exclusiva da vítima ou fato
exclusivo de terceiro.

OBS: O médico com finalidade puramente estética sua obrigação é de resultado.

Obrigação Garantia

 Devedor se obriga a eliminar risco existente para o credor, mesmo nas


hipóteses de fortuito ou força maior.

OBS: Seguro, fiança, vício redibitório, evicção etc.


TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES

Inter Vivos

 Direito das obrigações


 Substituição subjetiva nas relações obrigacionais, em virtude da
AUTONOMIA PRIVADA das partes (negócio jurídico).
o Cessão de crédito
O devedor NÃO precisa dar anuência para
transferência
As partes – Credor (cedente), terceiro (cessionário)
Objeto – Transferência total ou parcial da obrigação a
terceiro, mantendo-se a relação original com o
devedor.
o Assunção de dívida
NECESSITA do consentimento do credor
As partes – Devedor (cedente), Terceiro (cessionário) e
Credor (cedido).
Objeto - – Transferência total ou parcial da obrigação a
terceiro

Causa Mortis

 Direito das Sucessões


 Substituição subjetiva nas relações obrigacionais, em virtude do
EVENTO MORTE.

EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES

Elemento do Pagamento

 Sujeitos
 Objeto
 Tempo
 Local
 Modo de pagamento

 Quem paga (Devedor) – Art. 304 a 306 e 346, III do CC


 Terceiro interessado
o Artigos 304 e 346, III do CC

 Terceiro NÃO interessado


o Em nome do devedor, Artigo 304, PU DO CC
o Em nome próprio, artigo 305 do CC (tem direito de reembolso)
o Anuência do devedor, artigo 306 do CC (Não tem direito a
reembolso)

 A quem se paga (Credor) – Art. 308 a 312 do CC


 Credor
o Artigo 308 do CC

 Credor Putativo
o Artigo 309 do CC

 Credor Incapaz
o Artigo 310 do CC

 Mandato Tácito
o Artigo 311 do CC

 Credores do Credor
o Artigo 312 do CC

Formas especiais (Pagamento Indireto)

 Pagamento em Consignação – Art. 334 a 337 do CC

 Pagamento com Sub-rogação


 O terceiro Interessado que pagou assume todos os privilégios e
garantias do devedor original (pode cobrar juros etc.) – Art. 346 do CC

OBS: A sub-rogação pode ser LEGAL quando já vem expressa em lei e CONVECIONAL quando as
partes expressão.

 Imputação do Pagamento
 O devedor tem que informar que dívida está pagando, artigo 352 do
CC
 O credor tem que informar referente a que dívida está recendo artigo,
353 do CC
 Imputação Legal artigos 354, 355 do CC
 Doação em Pagamento
 O devedor paga coisa adversa do que foi acordado
 Deve haver o consentimento do credor – Art. 356 do CC
 A dívida deve estar vencida
 Deve haver a vontade de pagar do devedor animus solvendi

 Novação
 As partes criam uma NOVA OBRIGAÇÃO para substituir e extinguir a
anterior
 Deve existir uma obrigação anterior - Art. 367 do CC
 A NOVA obrigação deve ser DIFERENTE da anterior
 Deve existir a vontade de uma nova obrigação animus novandi, ou
seja, o devedor deve ter ciência de que está fazendo um novo negócio,
senão só reconfirmará a primeira e não irá extinguir a prescrição.
o Espécies
 Novação Objetiva – Art. 360, I do CC
 Novação Subjetiva
Passiva – Art. 360, II do CC
Ativa – Art. 360, III do CC
 Novação por Expromissão –
ART. 362 do CC
 Novação por Delegação – Art.
363 do CC
Mista
 Compensação
 Quando credor e devedor, devem um ao outro e abatem a dívida.
 Não podem ser objeto de compensação, dívidas incompensáveis (EX.
dívida proveniente de esbulho, furto ou roubo, natureza alimentar
etc.)

OBS: Não é mais possível a compensação de honorários de Advogados.

 Compromisso (Arbitragem)
 Confusão
 A mesma pessoa se torna ao mesmo tempo credora e devedora da
obrigação
 Remissão (perdão)
 Perdão da dívida
o Animus de perdoar – Art. 385 do CC
o Deve haver a aceitação do perdão– Art. 385 do CC
o O perdão pode ser TOTAL ou PARCIAL – Art. 382 do CC
o Remissão tácita – Art. 386, 387 do CC
o Remissão convencional – Art. 388 do CC
 Transação ou Acordo (judicial ou extrajudicial)
 As partes são transigentes
 Os interessados previnem ou extinguem um litígio
 Extinção da relação jurídica controversa
 Deve haver concessão reciproca (As partes devem querer)

INADIMPLEMENTO (descumprimento)

 Absoluto
o Impossibilidade do pagamento da dívida.
o Impossibilidade do objeto (o objeto se torna impossível)
o Impossibilidade por Interesse do Credor
 Relativo
 Mora – art. 399 do CC
o A prestação continua possível e interessa ao credor
o O pagamento da prestação será acrescido dos encargos
moratórios:
 Multa
 Juros de mora
 A responsabilidade em caso de perecimento ou
deterioração durante a mora (a mora do devedor atrai
para ele a responsabilidade objetiva)
o Purgação da Mora é o pagamento – Art. 401, I, II do CC
PERDAS E DANOSS

 Patrimonial – Art. 402 do CC


o Dano Emergente
o Lucro Cessante
 Moral – Art. 186 do CC

CLÁUSULA PENAL – Art. 408, 409 do CC

 Espécies
o Cláusula Penal COMPENSATÓRIA –Art. 410 do CC
o Cláusula Penal MORATÁRIA –Art. 411 do CC

 Limites – Art. 412, 413 do CC

 Nulidade
o Tem Natureza acessória

OBS: Quando há existência de Clausula Penal não é necessário provar culpa ou dano, entra
com a ação e executa a cláusula (pode ser feito mesmo que não tenha prejuízo). A clausula
penal não pode ter valor maior do que a obrigação principal.

ARRAS ou SINAL – Art. 417 a 420 do CC

 Conceito
o Sinal em dinheiro ou outro móvel

 Espécies
o Arras Confirmatórias
 Sem Cláusula de Arrependimento
 Com Perdas e Danos

o Arras Penitenciais – Art. 420 do CC


 Com Cláusula de Arrependimento
 Sem Perdas e Danos

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