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AÇÃO DECLARATÓRIA - ART.

19, I - NOVO CPC

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE


__________________ - ___

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___________, brasileiro, casado, (profissão), RG nº __________/SSP, CPF nº ___.___.___-


__, Nascido em __/__/____, Filiação _________ e _________, Residente na Rua:
_________, nº __, Bairro: _________, na Cidade de _________, CEP _____-___, por seu
representante legal com escritório situado na Rua: _________, nº __, Bairro: _________, na
Cidade de _________, CEP _____-___, onde recebe intimações e avisos, vem à V. Exª, com
fundamento no art. 19, I, do CPC/2015, propor

AÇÃO DECLARATÓRIA,

contra _________ LTDA., CNPJ nº _________, CEI nº _________, Rua: _________, nº __,
Bairro: _________, na Cidade de _________, CEP _____-___, pelas razões que passa a
expor:

No dia __/__/__, o autor e o réu firmaram contrato de compra e venda de imóvel, localizado
na Rua _________, nº __, Bairro: _________, na Cidade de _________, CEP _____-___.

O autor já adimpliu mais de 50% das parcelas, entretanto, o autor encontra-se atualmente
desempregado temendo não conseguir quitar as parcelas faltantes do negócio.

Ocorre que o autor tem dúvida da exata interpretação da cláusula nº __ (contrato em anexo),
pelo fato de que: "Fica estabelecida multa contratual de 50% (cinquenta por cento) para
ambas as partes em caso de desistência ou não do cumprimento do contrato ora firmado".

A cláusula é extremamente ambígua, visto que não determina se: 1 - A multa de 50% incide
sobre o valor total do contrato? 2 - A multa de 50% incide somente sobre as parcelas impagas
ou em atraso? 3 - A multa de 50% incide sobre o valor total do bem?

Lembrando que o autor já adimpliu __ parcelas, portanto, mais de 50% do total, neste caso
não seria medida de justiça uma redução proporcional desta multa contratual?

Diante do princípio da boa-fé objetiva na interpretação do negócio jurídico e dos contratos


em geral, estabelece o art. 423 do CC que:
"Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á
adotar a interpretação mais favorável ao aderente."
Também temos a determinação do art. 47 do CDC: "As cláusulas contratuais serão
interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor."

A interpretação mais favorável ao consumidor (Autor) sem dúvida nenhuma é a de que a


multa de 50% incida quando muito, sobre o valor de uma parcela e não sobre os valores
pagos ou sobre a totalidade do bem.

Cabe ainda ressaltar o enunciado na Súmula nº 181 do STJ:


“É admissível ação declaratória, visando a obter certeza quanto à exata interpretação de
cláusula contratual.”

O autor encontra-se incapaz de cumprir o disposto na cláusula, tendo em vista as dúvidas


supracitadas. Tendo motivos suficiente para a propositura dessa ação, visa o autor a
declaração por r. sentença da interpretação do magistrado acerca da cláusula, podendo assim
cumpri-la.

Ex positis, requer:

O conhecimento e a apreciação da presente ação, com designação de audiência de mediação


ou de conciliação, sendo o réu citado com, no mínimo, 20 (vinte) dias de antecedência. Não
comparecendo o réu à audiência, sem que, com no mínimo 10 (dez) dias de antecedência,
tenha peticionado em contrário à autocomposição, pede-se a aplicação de multa de 2% do
valor da causa, conforme art. 334, §§ 5º e 8º, do CPC/2015.

Pede que o Réu seja informado que poderá contestar a petição inicial, em até 15 (quinze) dias
contatos da audiência de mediação/conciliação, conforme art. 335 do CPC/2015, e caso não
conteste a ação, incorrerá em revelia, de acordo com o art. 344 do CPC/2015.

Por fim, requer a declaração por sentença da interpretação menos gravosa de V. Exª acerca da
cláusula __ do contrato em anexo (doc. __), condenando-se assim, o réu nos efeitos
sucumbenciais.

Almeja-se provar o alegado por todos os meios admitidos pelo direito.

Atribui-se à causa o valor de R$ ________.

Nestes termos,

Pede deferimento.

[Local] [data]

__________________________________

[Nome Advogado] - [OAB] [UF].

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