I SEMCED - 2016
29 a 31 de março de 2016
Faculdade Nossa Senhora Aparecida - FANAP
Realização: Apoio:
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Caderno de Resumos
ISSN: 2448-0975
I SEMCED - 2016
29 a 31 de março de 2016
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COMISSÃO ORGANIZADORA
Profa. Dra. Lucimar Luisa Ferreira - Presidente
Profa. M.ª Luciane Silva de Souza
Prof. M.e Rafael Flores Belmont
COMISSÃO CIENTÍFICA
Profa. M.ª Luciane Silva de Souza - Presidente
Profa. Dra. Valdivina Alves Ferreira
Profa. Dra. Lucimar Luisa Ferreira
Profa. M.ª Carolina Machado Moreira
Prof. Mª Israel Serique dos Santos
Profa. M.ª Luziene Soares Franzão
Prof. M.e Rafael Flores Belmont
Local do Evento: Av. Pedro Luiz Ribeiro, Qd. 01, Lt. 01 – Chácara Santo Antônio, Gleba 04 A –
Conjunto Bela Morada – CEP: 74920-760 – Fone: (62) 3277-1000
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SUMÁRIO
Programação Geral Do Evento....................................................................................................10
RESUMOS
MESAS-REDONDAS:
BASE COMUM NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES VERSUS BASE NACIONAL
COMUM NA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA: concepções e práxis
Profa. Dra. Iria Brzezinski (PUC/GO)...............................................................................................13
BASES CURRICULARES E DE FORMAÇÃO: problematizações a partir de princípios
constitucionais - Profa. Dra. Ana Elisa Spaolonzi Queiroz ASSIS (UNICAMP)...............................13
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO EM ESPAÇO NÃO-ESCOLAR: possibilidade de reflexão
sobre a linguagem - Elizete Beatriz AZAMBUJA (UEG)...................................................................13
O ENSINO NA PERSPECTIVA DA ETNOMATEMÁTICA: a construção da TAKÃRA - Adailton
Alves da SILVA (UNEMAT/MT).......................................................................................................14
SESSÃO DE PÔSTER
PÔSTER 01 - CMEI- DESENVOLVIMENTO E SOCIALIZAÇÃO DA CRIANÇA
Adriana Oliveira CAMPOS; Patricia Duarte LEITE; Laiza Magalhães Lessa NEVES; Aline Alves
Lopes RODRIGUES........................................................................................................................15
PÔSTER 06 - O DIREITO DE ESTUDAR É PARA TODOS E NÃO TEM IDADE - Gerlir Damasceno
MATOS; Janes Marques da ROCHA; Mariana Cardoso LIRA........................................................18
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COMUNICAÇÕES COORDENADAS
CC1 - Práticas de Alfabetização e Letramento
Coordenadora: Profa. Dra. Lucimar Luisa FERREIRA (FANAP/GO)
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29/03/2016 – TERÇA-FEIRA
30/03/2016 – QUARTA-FEIRA
31/03/2016 – QUINTA-FEIRA
19h – 20h20min – MINICURSOS
MC1 - Ensino de Língua Portuguesa: Finalidades e Práticas Discursivas. – Prof. Rafael de
Souza Bonifácio e Profa. Dra. Lucimar Luisa FERREIRA (FANAP/GO)
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MC2 – Práticas Pedagógicas: Looking for heroes – Prof. Cléssio BASTOS (Secretaria Municipal
- Goiânia)
MC3 – Avanços e desafios das Políticas Públicas para as Pessoas com Deficiência – Prof.
Maria José de CARVALHO (Secretaria Municipal - Goiânia)
MC4 – O uso das Tecnologias e Jogos Digitais Educacionais na Sala de Aula: benefícios e
desafios – Profa. Nelma Roberto G. MENDES (SENAC/GO)
MC5 – Nos caminhos para o ensino de Geografia – Profa. Ritana Miguel Marques PAULA (...)
MC6 – Literatura e Cinema na sala de aula: linguagens e possibilidades. Profa. Helissa de
Oliveira SOARES (UFG)
MC7 – Ferramentas Digitais na Prática da Sala de Aula – Profa. Denise Cristina de Oliveira
(FANAP/GO)
MC8 – “Redação Escolar”: leitura e escrita como desafios para o século XXI – Profa. Me.
Luciane Silva de Souza (FANAP/GO)
MC9 - A importância da Etnomatemática no ensino da matemática nas séries iniciais do
ensino fundamental – Prof. Israel Serique dos Santos (FANAP/GO)
MC10 – Modos de ler, modos de ver: sugestões para o trabalho com a Literatura Infantil e
Juvenil em sala de aula – Prof. Edilson Alves de Souza e Profa. Vanessa Gomes FRANCA (....)
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RESUMOS
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MESAS-REDONDAS
29/03/2016 – terça-feira
Mesa-Redonda de abertura “Base comum nacional de formação de professores e base nacional
curricular da Educação Básica”.
BASE COMUM NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES VERSUS BASE NACIONAL
COMUM NA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA: concepções e práxis
Profa. Dra. Iria Brzezinski (PUC/GO)1
Duas políticas educacionais distintas, mas que envolvem a questão curricular são primordiais nas
discussões e debates propostas neste trabalho, em razão de que são de interesse tanto para a
educação básica, como para a educação superior, em particular, para a formação de formadores.
Essas políticas, que intrinsecamente pertencem ao campo do currículo, estão em tensão, sobretudo
pela instabilidade da política educacional em nosso país, que em 5 anos, teve cinco ministros da
educação, cada um imprimindo saberes de sua área (apenas um era professor) que provocam
(des)entendimentos entre os curriculistas e os profissionais envolvidos com essa questão. Neste
momento, são objeto de nossas análises os princípios da Base Comum Curricular de Formação de
Professores, de raízes históricas na Associação Nacional pela Formação de Profissionais da
Educação, e a Base Nacional Comum Curricular da Educação Básica, como exigência da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) e do Plano Nacional de Educação (2014) e que
sua elaboração está a cargo da Secretaria de Educação Básica do MEC/Diretoria de Currículo.
Palavras-chave: políticas de formação de professores; políticas curriculares, base comum nacional
1
Doutora em Administração Escolar pela Universidade de São Paulo (USP); Professora Titular da Pontifícia Universidade Católica de
Goiás (PUC/GO).
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Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Professora da Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP). Faculdade de Educação – UNICAMP. Departamento de Políticas, Administração e Sistemas Educacionais (DEPASE).
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e Educação Básica sem uma reforma na concepção de ciência, quanto a concepção de História
enquanto processo obrigatoriamente evolutivo com base em expressões como “atualização” e
“acompanhamento de mudanças”. Finalizamos com a consideração de que os documentos não
encerram um processo ou uma discussão, eles inauguram novas fases e permitem a identificação
de outros/novos problemas, aos quais devemos nos atentar diante do nosso compromisso com a
educação pública de qualidade.
31/03/2016 – quinta-feira
Mesa-Redonda de encerramento: “O fazer pedagógico em diferentes perspectivas”
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Professora do Curso de Letras da Universidade Estadual de Goiás, Câmpus São Luís de Montes Belos.
liazambuja@ibest.com.br
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Doutorado em Educação Matemática (Unesp – Rio Claro-SP). Professor e pesquisador do Departamento de Matemática
e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino de Ciências e Matemática da Universidade do Estado de
Mato Grosso-UNEMAT. E-mail: adailtonalves5@uol.com.br
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Na Educação Infantil, o trabalho com noções matemáticas deve atender às necessidades da própria
criança de construir conhecimentos que incidam nos mais variados domínios do pensamento e
corresponder a uma necessidade social de melhor instrui-la à participar e compreender um mundo
que exige múltiplos conhecimentos e habilidades. “[...] o desenvolvimento da criança é um processo
dialético complexo caracterizado pela periodicidade, desigualdade no desenvolvimento de
diferentes funções, metamorfose ou transformação qualitativa de uma forma em outra,
embricamento de fatores internos e externos, e processos adaptativos que superam os
impedimentos que a criança encontra.” (Vygotsky ,1991, p.51). Por isso é tão importante o professor
mediar seus alunos neste processo, utilizando de brincadeiras, músicas, objetos concretos e faz de
conta. Assim cada criança vai expandindo seu conhecimento e se relacionando com a matemática,
podendo explorar, refletir e relacionar com a mesma de maneira positiva. Vygotsky (1991) discute
a relação do brinquedo com o real, o imaginário e as intervenções, já que é no brinquedo que a
criança aprende a agir numa esfera cognitiva, dependendo das motivações, ou seja, ao aplicarmos
estes meios na metodologia temos a ludicidade. Apesar da relação brinquedo-desenvolvimento
poder ser comparada à relação instrução desenvolvimento, o brinquedo fornece ampla estrutura
básica para mudanças das necessidades e da consciência. A ação na esfera imaginativa, numa
situação imaginária, a criação das intenções voluntárias e a formação dos planos da vida real e
motivações volitivas, tudo aparece no brinquedo, que se constitui, assim, no mais alto nível de
desenvolvimento pré-escolar. A criança desenvolve-se, essencialmente, através da atividade de
brinquedo. Somente neste sentido o brinquedo pode ser considerado uma atividade condutora que
determina o desenvolvimento da criança. (Vygotsky, 1991 p.70). Sendo assim, compreendemos
que o aprendizado de matemática na Educação infantil é de fundamental importância para formação
de um indivíduo atuante no mundo em que vive, e que por meio da ludicidade contribuímos para o
seu desenvolvimento integral.
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três tarefas para a fase II. Na tarefa da fase II, o participante recebe as instruções, em seguida
assiste a uma história sinalizada e logo após recebe oito figuras, separando as que aparecem na
história e organizando-as na sequência correta. O desempenho é analisado conforme a quantidade
de acertos, expresso em porcentagens. A fase III é realizada em duas etapas: observar se o
participante seleciona e organiza figuras na sequência correta. Quanto ao cômputo das respostas,
na tarefa de demonstração da Fase I, o aluno obteve resultado de cem por cento, com conceito
excelente. Na fase II, o educando obteve conceito excelente com cem por cento de acerto. No
tocante à fase III, o conceito foi insuficiente; pois, na fase A e na fase B, o aluno retirou do grupo
três gravuras que faziam parte da história e não conseguiu ordenar as figuras na ordem certa. O
avaliado apresentou maiores dificuldades em compreender informações complexas e em organizar
e estruturar a sequência lógica de fatos como: antes, durante e depois, e em separar os eventos,
relacionando-os aos personagens. A indicação é a elaboração de um plano de ação que contemple
as atividades de estimulação que se apresentam na obra de referência. QUADROS, Ronice Muller;
CRUZ, Carina Rebello. Língua de Sinais- Instrumentos de Avaliação. Editora Artmed, 2011.
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Os jogos e as brincadeiras estão sempre presentes no dia a dia das crianças, são atividades
realizadas nas creches, escolas, em casa, enfim, satisfazem à criança, seus interesses,
necessidades e desejos e é uma forma de descobrir o mundo que a cerca. Vygotsky (1984) atribui
relevante papel ao ato de brincar na construção do pensamento infantil. É brincando, jogando, que
a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar
em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos. Para o autor, a
brincadeira cria para as crianças uma “zona de desenvolvimento proximal” que não é outra coisa
senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinada pela capacidade de resolver
independentemente um problema, e o nível atual de desenvolvimento potencial, determinado
através da relação de um problema sob a orientação de um adulto (VYGOTSKY, 1984, p. 113).
Além da interação, a brincadeira, o brinquedo e o jogo são fundamentais como mecanismo para
desenvolver a memória, a linguagem, a atenção, a percepção, a criatividade e habilidade para
melhor aprendizagem. Nessa perspectiva, as brincadeiras, os brinquedos e os jogos vêm contribuir
significativamente para o importante desenvolvimento das estruturas psicológicas e cognitivas do
aluno.
Na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 208, inciso I, é garantido o acesso ao ensino
fundamental gratuito a todos, inclusive aqueles que não tiveram acesso na idade própria. Esse
dispositivo constitucional determina, portanto, o dever do Estado de promover a educação de jovens
e adultos. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) definiu que a
educação de jovens e adultos deve atender aos interesses e às necessidades de indivíduos que já
tinham uma determinada experiência de vida, participam do mundo do trabalho e dispõem, portanto,
de uma formação bastante diferenciada das crianças e adolescentes aos quais se destina o ensino
regular. É por isso que a educação de jovens e adultos é também compreendida como educação
contínua e permanente (TARTUCI, 2005, p.8). A educação de jovens e adultos representa uma
promessa de efetivar um caminho de desenvolvimento de todas as pessoas, de todas as idades.
Nela, adolescentes, jovens, adultos e idosos poderão atualizar conhecimentos, mostrar habilidades
e trocar experiências. O papel fundamental da EJA é fornecer subsídios para que os alunos se
afirmem como sujeitos ativos, críticos, criativos e democráticos. A educação de jovens e adultos
deve voltar-se a uma formação na qual os alunos possam aprender constantemente, refletir de
modo crítico, agir com responsabilidade individual e coletiva, acompanhar a dinamicidade das
mudanças sociais, enfrentar problemas construindo soluções utilizando os conhecimentos
científicos, tecnológicos e sócio-históricos. Partindo e dando importância a tudo aquilo que eles já
têm como conhecimento. Para que de fato esse processo seja prazeroso e significativo aos alunos
e professores.
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O favorecimento deste tema para a Educação Infantil é de suma relevância, pois é por intermédio
do professor que as crianças têm o seu primeiro contato com o livro literário, ao observar as
ilustrações os alunos interpretam a fantasia do que estão contando. “No período que antecede o
domínio do código escrito, a imagem auxilia na leitura e dá à criança a sensação de estar
construindo a história” (Debus, 2006, 102). A literatura infantil norteará a criança no
desenvolvimento da imaginação, emoções e sentimentos, pois os pequenos ainda não têm
experiências por serem imaturos e a literatura lhes propiciará isto de maneira prazerosa e
significativa, levando-os a viajar no maravilhoso mundo da imaginação e fantasia que lhes aguçará
a criatividade que é essencial para a nossa sociedade do mundo hodierno. “Se a criança – devido
não só à sua circunstância social, mas também por razões existenciais – se vê privada ainda de um
meio interior para a experimentação do mundo, ela necessitará de um suporte fora de si que lhe
sirva de auxiliar. É este lugar que a literatura infantil preenche [...]” (ZILBERMAN, 2003, p. 45)
Portanto a Literatura na Educação Infantil é uma ferramenta pedagógica que o professor utiliza para
a criança fazer links entre a imaginação e a realidade. Sendo assim, o professor despertará no
educando o gosto pela leitura que, consequentemente, refletirá em toda sua vida fazendo-o mais
crítico e reflexivo e sendo capaz de expressar melhor suas ideias. “A imaginação é um momento
totalmente necessário, inseparável do pensamento realista.”. (VIGOTSKY,1992, p.128).
Este trabalho teve como base os estágios realizados durante o 6º período do Curso de Licenciatura
em Pedagogia e as leituras realizadas nesta época, que tratavam do tema Educação de Jovens e
Adultos. Com base nas pesquisas feitas, percebe-se que a EJA durante décadas procurou ocupar
seu lugar na história da educação básica de adultos. Também se pode notar que muitos programas
foram criados, mas sua duração não permitiu aos jovens concluir seus estudos no ensino regular,
deixando estes muitas vezes desencorajados e desestimulados a finalizarem a educação básica.
Embora tenha passado por esses problemas, a EJA, definitivamente ocupa seu lugar, sendo
amparada por lei, o que torna obrigatória e gratuita a sua inclusão no processo de ensino.
Obviamente, há muito o que melhorar em termos de qualidade. Porém, a Educação de Jovens e
Adultos tem cumprido o seu papel social e permitido que este jovem ou adulto consiga dar mais um
passo rumo à cidadania. É essencial acreditar nesse jovem, na sua capacidade de aprender, criar,
propor e escolher, dando-lhe oportunidade de se expressar livremente, de refletir e criticar, pois a
educação é um trabalho de trocas, em que se ensina e se aprende dos dois lados, é um ato de
amor, solidariedade e coletividade, como bem ensinava o grande pedagogo Paulo Freire. Durante
o estágio, o que se observou também foi a socialização desse jovem e desse adulto naquele
ambiente escolar, com colegas, professores e gestores. Porém, ainda, foi possível visualizar as
dificuldades encontradas por eles no processo de aprendizagem. Isso por inúmeros motivos, dentre
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A partir do fim do sistema feudal, por volta do final do século XVII e século XVIII, foram produzidos
os primeiros livros para crianças. Isso só ocorreu graças às mudanças sociais engajadas pela
burguesia. Antes disso não havia livros pelo simples fato de não haver infância. Dada citação
espanta nos dias atuais, no entanto o conceito surgiu em consequência da nova noção de família
centrada não mais em amplas relações de parentesco, mas num núcleo unicelular, preocupado em
manter sua privacidade e estimular o afeto entre seus membros. Antes da formulação do conceito
de infância, as crianças participavam de todos os eventos sociais e não eram percebidas como um
tempo diferente do adulto. A alta taxa de infanticídio era recorrente. As crianças também não tinham
o direito de opinar. Já pela sua estrutura física impossibilitava o trabalho. Contudo, a literatura
infanto-juvenil nasce da vontade de manter o controle sobre as crianças. Os primeiros textos foram
escritos por pedagogos e professores com direcionamento educativo, cujo objetivo didático era a
dominação, preparação da criança para se adequar a sociedade vigente. A literatura infantil com
esses objetivos por mais que seja um avanço, traz prejuízos para o indivíduo, pois não tem o caráter
de ampliar o conhecimento, mas sim, de moldar para vida social. Isso causou retrocesso na
liberdade de pensamento.
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construção de saberes e a reflexão sobre as experiências que trazem da sua prática, possibilitando
um novo conhecimento sobre o fazer docente.
Ao longo dos anos, a educação preocupa-se em contribuir para a formação de um individuo critico,
responsável e atuante na sociedade. Isso porque se vive em uma sociedade onde as trocas sociais
acontecem rapidamente, seja através da leitura, da escrita, da linguagem oral ou visual. Diante
disso, a escola busca conhecer e desenvolver na criança as competências da leitura e da escrita.
Nas percepções e analise são possíveis reconhecer a importância da leitura e incentivar a formação
do hábito de ler na idade em que todos os hábitos se formam. A escola também é uma grande
responsável no processo de leitura da criança, pois ela deve disponibilizar livros para as crianças e
disponibilizar o acesso à biblioteca para que elas possam ter a curiosidade de analisar figuras e,
através das figuras, observar a escrita e isso causar debates entre elas e por meio dos debates
pode ocorrer a troca de ideias e assim irá formando um indivíduo social. Neste sentido, a leitura é
um caminho que leva a criança a desenvolver habilidades, compreensão, decodificação e
interpretação. Assim, pode-se observar que a capacidade para aprender está ligada ao contexto
pessoal do indivíduo, que cada leitor entrelaça o significado pessoal de suas leituras de mundo,
com vários significados que ele encontrou ao longo da historia de um livro. O ato de ler então, não
representa apenas a decodificação, já que esta não está imediatamente ligada a uma experiência,
fantasia ou necessidade do individuo, ou seja, a forma de como os textos são produzidos causa no
leitor a percepção de que a escrita não está ligada somente no mundo irreal do escritor, mas
também o leitor percebe e acaba fazendo parte da vida pessoal do escritor. PALAVRAS-CHAVE:
Leitura; Percepção e análise; Indivíduo.
O acesso da criança na educação infantil favorece o seu desenvolvimento integral, sendo a base
para a formação de um sujeito humano ético e, socialmente, transformador. A escola precisa ter
condições favoráveis para promover o desenvolvimento integral, abarcando os aspectos físicos,
psicológico, intelectual, social e ético da criança em complementação à ação da família. Na escola,
a criança amplia suas vivências e conhecimentos. Com isso, estimula seu interesse pelo processo
de transformação da natureza e da sociedade, através do seu convívio social. O grande objetivo da
escola é de formar um cidadão crítico, democrático e capaz de contribuir para a transformação de
seu meio e sociedade em que está inserido.
Percivalina da ROCHA
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aos jovens e adultos o direito à formação na especificidade de seu tempo humano e assegura-lhes
a permanência e a continuidade dos estudos ao longo da vida. O estágio foi realizado no 6º período
do curso de Pedagogia, pela a faculdade FANAP orientado pela professora Luana Borges. Fomos
em 10 visitas para que aprendêssemos como funcionava a modalidade de ensino EJA. Ficamos em
uma sala grande onde havia mais jovens do que pessoas de idade mais avançada. Percebemos
que a maioria da turma não tinha um determinado interesse pelos os conteúdos e não participava
das aulas com muita convicção. Era nítida a falta de interesse e de compromisso com os estudos.
A maioria dos alunos trabalhava fora o dia todo e à noite ia para a escola. Dentro da sala de aula,
os alunos ficavam mexendo nos celulares, conversavam bastante, e até atrapalhavam as aulas. A
minoria que estavam ali era para ter um conhecimento melhor. Os professores, na maioria das
vezes, não tinham um preparo muito qualificado para trabalhar com as turmas, deixavam à desejar,
passam os conteúdos por cima e não tinham nenhuma autoridade sobre a turma. As atividades
eram muito tradicionais e os alunos não tinham nenhum interesse por elas. Já estavam cansados
por terem trabalhado o dia inteiro, e quando chegam na escola não tinha nada de novo, nada que
poderia chamar a atenção deles. A estrutura do lugar boa qualidade, as salas todas com ar
condicionado, amplas, quadros brancos. Porém, a maioria dos docentes não sabiam aproveitar os
recursos e os alunos não sabiam aproveitar aquele momento em que estavam ali. Foi uma boa
experiência durante o período dos estágios, pelo fato de que, enquanto profissionais da educação,
não devemos ser muitos tradicionais, principalmente com alunos da EJA. Devemos trazer esses
alunos para o ambiente escolar, e mostrar a eles o quanto é bom e necessário para a vida o estudo.
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O Estágio supervisionado nos faz entender e compreender como a teoria se aproximar da realidade
na vivência em sala de aula, em relação a didática, relação professor – aluno e ensino-
aprendizagem. Estagio Supervisionado III desenvolvidos no primeiro semestre de 2015, que se
realizou na instituição de ensino SESI.
O Estágio Supervisionado nos possibilita participar em sala de aula do processo de formação do
aluno, nos tornando um profissional critico, reflexivo, pesquisador e capaz de realizar as alterações
necessárias a nossa pratica pedagógica. O Estágio Supervisionado nos mostra de forma incisiva
os saberes docentes, os saberes de experienciais, os saberes enfatizados pelo professor na prática
pedagógica. Dando oportunidade as possíveis dificuldades que se encontram no decorrer das
visitas e relacionando a prática a teoria aplicada em sala de aula. Vivenciando a prática do estágio,
nós como estudantes temos um aprendizado mediado pelo aluno no qual acompanhamos sua
prática diária, assim nos preparando para construção do conhecimento como futura pedagogas. O
estágio supervisionado é uma exigência da LDB – Lei de diretrizes e bases da Educação nacional
nº 9394/96 nos cursos de formação de professores. Desta forma, o resumo apresenta os registros
do que foi observado durante o período de Estágio Supervisionado III Educação de Jovens e
Adultos, realizado durante 6º período do curso de pedagogia da Faculdade Nossa Senhora
Aparecida realizado no 1º semestre do ano 2015. Nas visitas ao Estágio Supervisionados III foram
feitas algumas observações importantes, nas quais é necessárias serem pontuadas. A estrutura
física é de boa qualidade, contem salas climatizadas, materiais didáticos com recursos para serem
ministradas aulas de boa qualidade, porém durante as visitas os alunos se mostraram
desinteressados e entediados com as aulas, principalmente por estarmos em uma sala de 4º ano
do Ensino Médio e com idade média de 26 anos, assim, com aulas pouco atrativas os alunos não
mostravam interesse e por outro lado o professor também se mostrava despreparado para ser esse
mediador do ensino-aprendizagem. Outro fator observado foi o nível cultural dos alunos que
frequentavam as aulas, alunos nos quais diziam palavras de baixo calão e que não seguiam as
orientações disciplinares do professor, que por sua vez não conseguia impor seu respeito perante
esses alunos levando a uma certa desordem na sala de aula. Notando essas falhas, aprimore pelos
professores, que por sua vez não tem o apoio necessário para atuar na EJA, que não são
efetivamente preparados para sair dos bancos das faculdades com bagagem didática ou teórica
para assumir tal responsabilidade, precisa buscar o conhecimento informações dos contextos
culturais para transformar as aulas atrativas e assim conseguir que a educação de jovens e adultos
se torne algo prazeroso, seja libertadora. Precisa que ocorra uma efetiva mudança, em que sejam
de interesse de nossos governantes ter alunos em sala de aula, para sim conseguir diminuir os
índices de criminalidade, de evasão escolar, gravidez precoce, pois “se a educação sozinha não
transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. (Paulo Freire).
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A escolha deste tema é para tentar entender os caminhos que as crianças percorrem para aprender
a ler e escrever, onde eles são os protagonistas do seu aprendizado, sem métodos prontos ou
impostos, com foco nas particularidades de cada criança. Todas as fases da aprendizagem na
infância são importantes, ou seja, se complementam, mas a alfabetização deve ser aquela que o
educador não pode errar, pois isso comprometeria todo o processo de aprendizagem do indivíduo
ao longo de sua vida escolar e social. Com essa informação, é função do pedagogo, mesmo que
não trabalhe diretamente nessa área, conhecer seu processo e ser capaz de ensinar ou preparar o
aluno para este momento da alfabetização. Logo, o professor a partir desta discussão poderá
preparar melhor os seus alunos para viver em sociedade. Buscar métodos que atendam às
necessidades do aprendizado infantil para que ele não ocorra de modo tão deslocado da realidade
do aluno e que faça sentido na vida prática e que seja apenas mais uma ferramenta útil na vida e
que isso lhes façam sentir prazer por descobrirem o novo, sem traumas. “Segundo Ferreiro (2001)
Se aceitarmos que o “fácil” e o” difícil “não podem ser definidos a partir das perspectivas do adulto,
mas da de quem aprende”. Provavelmente, nós os adultos, não temos lembranças de nossa
alfabetização, mas devemos nos colocar sobre o prisma de quem está aprendendo algo novo, mas
que já possui um conhecimento prévio, pois a criança já é falante do português e vive rodeado de
palavras e essas palavras não são descontextualizadas. Quando chega à escola, a criança precisa
se sentir à vontade, mas nem sempre isso acontece, pois se vê cercada de coisas que não fazem
parte do seu dia a dia. Sabemos que o conhecimento é uma construção não uma assimilação,
partindo do nada. Diante disso, precisamos nos ater à realidade da criança enquanto ser social,
para, ai sim, iniciarmos nossos trabalhos de alfabetização baseados nas estruturas cognitivas das
crianças.
Diante de um diagnóstico feito na escola, observamos algumas dificuldades por parte dos alunos
do 1º ao 5º ano, em especial àquelas que se referem à leitura, escrita e interpretação de textos.
Nesse sentido, fez-se necessário a elaboração desse projeto que visa desenvolver uma maior
aprendizagem no que tange à alfabetização e ao letramento de maneira significativa e lúdica. Serão
trabalhadas atividades com a participação dos alunos no processo de ensino e aprendizagem, com
métodos lúdicos e recursos audiovisuais para que o ensino se torne mais eficaz. O letramento que
compreende o domínio da leitura e da escrita como contato com o mundo, é o foco central desse
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projeto. Após a efetivação do projeto com as turmas, foco de estudo, serão levantados as reais
dificuldades e realizado um diagnóstico. Tendo em vista os resultados do diagnóstico das turmas,
será definido, ainda, um plano de trabalho com as metas gerais a serem desenvolvidas durante as
próximas etapas. Foram definidas também ações e atividades tendo por base as competências
necessárias e que deveriam ser garantidas no processo inicial de alfabetização e letramento. Ao
trabalhar a construção dessas competências, acreditar-se-á que cada aluno será capaz, ao longo
do desenvolvimento do trabalho, de identificar os diferentes portadores de textos, bem como seus
usos sociais. Esse projeto será mais um passo dado em prol do aluno e uma melhora substancial
nas produções de textos e, consequentemente, melhor resultados nos estudos, de modo geral.
Além disso, possibilitará aos alunos uma vivência diferenciada com a linguagem.
Este estudo tem como enfoque trazer a importância da Alfabetização e Letramento nas séries
iniciais do ensino fundamental, discutir: O que é a alfabetização? Como ela surgiu? O desafio dos
professores, quais caminhos eles traçam para terem resultados satisfatórios. Refere-se à
alfabetização como meio de acesso a leitura e a escrita, inserção e interação da criança no meio
social e cultural. A sociedade a cada dia que passa vem exigindo escolas e profissionais preparados
e comprometidos com as novas práticas pedagógicas. É feita uma análise sobre conceito de
alfabetização articulando ao letramento, as contribuições de alguns teóricos como Emília Ferreiro,
Paulo Freire, Soares, Kleiman, dentre outros. Freire destaca que a alfabetização tem caráter político
e que aprendemos a ler e escrever para podermos participar desta sociedade de direitos e deveres.
Embasado em Soares (1999) e Kleiman (2007) dizem que letramento é a apropriação da escrita e
da leitura para uso social. O letramento nas séries iniciais deveria ser entendido como ampliação
ou complemento do processo de alfabetização.
A relação dos Tapirapé com as práticas de escrita em português acontece desde os primeiros
contatos do povo com a sociedade envolvente, mas, com a criação da escola na comunidade, na
década de 1970, essa relação se amplia. No decorrer da história da educação escolar na aldeia, o
povo Tapirapé sempre lutou para manter a sua língua materna nas práticas da escola. Na
contemporaneidade, com o ensino bilíngue, a escola busca atender aos interesses da comunidade:
manter a língua materna, sem desconsiderar a importância do português (segunda língua) nas
relações que o povo mantém com diferentes setores da sociedade: área comercial, instituições
públicas, instituições de saúde etc. Nessa perspectiva, os professores Tapirapé necessitam produzir
5Doutora em Linguística pela UNICAMP – Campinas – São Paulo. Pesquisadora FAPEMAT- UNEMAT/MT e
professora na FANAP. E-mail: lucimarluisa@uol.com.br.
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materiais escritos em Tapirapé e em Português com significado cultural para o trabalho na escola.
Sabendo do valor simbólico da oralidade para o povo, a escola tem como meta a produção de
materiais escritos significativos para circular nas diferentes esferas da comunidade. Assim, a
circulação de materiais escritos, tanto em língua materna (Tapirapé) quanto na segunda língua
(Português) adquire relevância no espaço da escola e comunidade em geral. Com o propósito de
refletir sobre a escrita na escola e na comunidade, neste trabalho apresentamos a experiência de
organização de um livro de histórias em quadrinhos, escrito em língua Tapirapé, produzido em
oficinas de formação continuada de professores, realizadas na aldeia Tapi`itãwa – Terra Indígena
Urubu Branco – Confresa –MT, em 2015. O trabalho faz parte do Projeto de Extensão “Formação
continuada de professores Tapirapé: produção de saberes, práticas e material de apoio
didático/pedagógico no contexto da escola”, realizado pela Unemat/ProExt. O objetivo do estudo é
discutir como a produção de histórias em quadrinhos pode dar significado para as práticas de escrita
em Tapirapé na escola e na comunidade, possibilitando aos professores e aos alunos espaço para
gestos de interpretação. O estudo tem como suporte teórico a Análise de Discurso e é produzido a
partir dos materiais coletados nas oficinas de formação continuada de professores.
PALAVRAS-CHAVE: Professores Tapirapé; Histórias em quadrinhos; práticas de escrita.
_________________
1. Acadêmica do curso de Pedagogia pela Faculdade Nossa Senhora Aparecida (FANAP)
2. Professora Orientadora da disciplina de TCCI do Curso de Pedagogia da Faculdade Nossa
Senhora Aparecida FANAP; e-mail: denyseufg @hotmail.com
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O objetivo deste relato é apresentar as ações de intervenção com o grupo discente e docente do
Colégio Estadual José Lopes Rodrigues, localizado no Jardim Tropical, na cidade de Aparecida de
Goiânia, nos anos de 2013, 2014 e 2015, realizadas e idealizadas pela professora intérprete e
professoras de apoio, com o auxílio da coordenação pedagógica e equipe diretiva, para a
construção de uma cultura escolar de inclusão, para além das adaptações metodológicas e da
flexibilização dos conteúdos. As ações foram momentos planejados de divulgação e informação
sobre as características da deficiência de cada educando, o laudo com as especificidades, a sua
história de vida. No caso da surdez foi apresentado as concepções de surdez, como pode ser
classificado o grau de surdez e a classificação do sujeito surdo como parte de um grupo minoritário
linguístico. Durante o triênio foram articulados momentos com os docentes e os discentes. O
resultado dessas intervenções pode ser percebido no cotidiano escolar com a replicação das ações
de inclusão, antes vista apenas entre os sujeitos inclusos, e agora observada entre os outros
sujeitos da comunidade escolar. As ações propostas ao coletivo do Colégio José Lopes, apesar de
simples, tinham como objetivo para ações autônomas de inclusão, por todos do coletivo escolar.
Ainda que ingênuas essas ações proporcionaram momentos de aprendizagem e mais, de ações
efetivas de incluir não por um ato mecânico, ou por força da lei, mas por compreender quais são as
necessidades individuais de cada indivíduo.
_________
¹ Professora de apoio na SEDUCE/GO, Professora na rede municipal de Aparecida de Goiânia.
²Professora intérprete na SEDUCE/GO, Professora intérprete na rede SME/Goiânia, professora no
Instituto Consciência.
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estabelecem em três momentos: O ensino da língua de sinais, o ensino dos conceitos sociais, tendo
como a língua de instrução a sua língua de expressão e o ensino da língua portuguesa na
modalidade escrita. Essas orientações norteiam o processo de letramento do surdo. Partindo desse
prisma é fundamental a presença de professores bilíngues que dominam a língua de sinais e
conheçam os elementos linguísticos expressados por ela e presentes em sua cultura visual. Dessa
maneira, a interação acontece por meio de recursos didáticos não somente adaptados, como
também criação de outros recursos que contemplem essa característica visual do surdo. Sendo
assim, ao optar por um gênero textual de uso social, como receitas, jornais, folhetos de
supermercados, o professor deverá inserir as percepções surdas para que se estabeleçam
identificações nesse processo. Ao pensarmos em letramento como a habilidade adquirida da leitura
e do uso da escrita pelo surdo, percebemos que esse processo se dá através da exploração de
metodologias visuais que contemplem a estrutura gramatical natural da Libras e com ela, os
diferentes recursos icônicos presentes em sua linguagem.
Dissertação que traz para o debate, a situação vivenciada pela criança com dificuldade de
aprendizagem, que no contexto da inclusão escolar é caracterizada como possuidora de deficiência
intelectual, mesmo não apresentando uma avaliação especializada que indicasse a existência de
uma deficiência física, sensorial ou mental. Participaram da investigação, crianças, com a
denominação de deficientes intelectuais, frequentando as turmas de segundo ao quinto ano do
Ensino Fundamental, em uma Escola Pública Estadual. As crianças foram indicadas pela escola,
por meio de parecer elaborado pelos professores e pelo coordenador pedagógico, como alunos
possuidores de dificuldade de aprendizagem, pelo fato de não conseguirem acompanhar a turma
com relação à assimilação dos conteúdos escolares, e que por este motivo foram encaminhados
ao atendimento educacional especializado. Uma das inquietações geradora deste trabalho de
investigação diz respeito ao tratamento dado à criança com dificuldade de aprendizagem no
contexto da inclusão escolar. Uma questão extremamente delicada, em virtude das práticas
pedagógicas e administrativas que se foram construindo a partir da interpretação do que vem a ser
o trabalho com a diversidade no interior da escola e da perspectiva de como lidar pedagogicamente
com esta situação. Buscou-se compreender as características do comportamento das crianças, nas
dimensões cognitiva e afetiva, suas estratégias para lidar com sua situação de dificuldade de
aprendizagem, a forma como são caracterizadas pelos professores, bem como o tratamento
recebido no contexto da inclusão escolar. Os resultados apontam que as crianças investigadas
estão em uma situação de dificuldade de aprendizagem, não significando que não tenham
capacidade para aprender, e, do ponto de vista afetivo e cognitivo, têm todos os indícios de que são
capazes de realizar uma atividade intelectual, pois trazem em si as potencialidades constitutivas da
condição humana necessárias para tal ação.
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Everton QUEIROZ1
Rafael Souza BONIFÁCIO2
hendrixano@gmail.com
O modelo único de ensino é visto como ultrapassado se tornando um dos grandes desafios para a
formação de professores. É preciso mudar o paradigma de formação dos profissionais da educação
atrelando a formação profissional acadêmica e o campo de trabalho à cultura científica capaz de
realizar pesquisas e análises de situações educativas no campo das ciências humanas e sociais e
o pleno exercício da docência em contextos institucionais escolares e não escolares. O processo
de redefinição do professor como uma profissão ainda está engatinhando apesar de tanto empenho
dos teóricos. É necessário que o conhecimento, inovação, novas estratégias de aprendizagem, a
busca do fortalecimento da profissão pela própria sobrevivência do educador sejam medidas
eletivas para a compreensão do fazer docente. O novo milênio retrata a educação em constante
mudança, logo é fundamental a participação do educador como uma figura insubstituível na
transformação social, construindo uma identidade profissional e social. A escola precisa rever suas
ações nas suas práticas educativas principalmente analisando os conceitos didático-metodológicos
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com a intenção de adequar a prática pedagógica a situação social em que ela está inserida como,
por exemplo: problemas físicos, prediais, material didático e material permanente, ainda também
profissionais preparados para novas metodologias. O educador do século XXI precisa ser criativo,
ter conhecimentos teóricos, ser crítico com a realidade vivida, trazer a prática pedagógica, a
aprendizagem satisfatória e significativa para a instituição social denominada escola. Nossa
pesquisa tem como objetivo apresentar a identidade dicotômica do docente que, enquanto momento
de formação, é cercado de informações e teorias que na prática não configuram aplicabilidade,
gerando assim, uma crise na identidade docente. Trata-se de um estudo inicial que será permeado
por caminhos como a formação docente, a prática pedagógica e a configuração da escola como
instituição social.
PALAVRAS CHAVE: Identidade docente; Crise; Prática Pedagógica.
________
1. Aluno do oitavo período do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Nossa Senhora
Aparecida – Fanap – email: hendrixano@gmail.com 2. Professor Orientador – email:
rafbonifacio@gmail.com
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Pesquisas recentes refletem o quanto as doenças psicológicas estão evidentes na atualidade. São
conhecidos os transtornos que acometem as crianças em fase escolar, e quase não se discute o
transtorno que atinge mais de 60% dos profissionais da educação: a Síndrome de Burnout. Devido
a um contato direto com o problema e como é difícil o conhecimento de seus efeitos e sua
decorrência, levanta-se o interesse na pesquisa sobre o tema que aponta para uma grande
preocupação no que se deve fazer para evitar e ou até mesmo depois de adquiri-la no que se deve
ser feito para solucionar tal transtorno. A Síndrome de Burnout tem sido a que mais causa
afastamentos dos profissionais da educação e, consequentemente, o grande índice de evasão de
profissionais em seu ambiente de trabalho. Devido às grandes mudanças no ambiente escolar e na
educação, o corpo docente das escolas se sente responsável sobre o resultado dos alunos,
afetando-os emocionalmente, fazendo com que, se o aluno não obtém os resultados esperados, os
docentes se sintam culpados, transferindo para si uma carga de insatisfação e desmotivação do
seu trabalho realizado em sala de aula, sentimentos que poderão somar a fatores que levam à
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Síndrome de Burnout. Para esta pesquisa serão analisados os estudos dos seguintes autores:
Freudenberger (1974), Maslach & Jackson (1981), Faber (1991), Freud (2006). Esses
pesquisadores tratam da importância de conhecer, identificar e prevenir a Síndrome de Burnout em
professores e seu mecanismo de defesa.
_________
1. Acadêmica do oitavo período do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Nossa
Senhora Aparecida – Fanap – email: laydmcr@hotmail.com 2. Professor Orientador – email:
profalucianesouza@gmail.com
A presente pesquisa tem por objetivo discutir a formação docente em meio às problemáticas
políticas e sociais. Em meio às mudanças de legislação e práticas educacionais, a formação de
docentes tem se revelado um local privilegiado no debate sobre educação de maneira geral. Devido
a isso, o estudo sobre o papel das universidades, faculdades e centros profissionalizantes devem
se renovar constantemente na busca por melhores condições estruturais e profissionais. Este
cenário traz novos atores e papéis e requer aprendizado específico para o processo de mediação
pedagógica com tecnologias interativas e tendo consciência de que elas “renovam a relação do
usuário com a imagem, com o texto, com o conhecimento. A investigação aponta para a
necessidade de desenvolver a cultura de uso de outros ambientes de aprendizagem como os
mediados pelas novas tecnologias da informação e comunicação; da inclusão do professor do
ensino superior na cibercultura e na perspectiva da interatividade, que ultrapassa as fronteiras do
ambiente da sala de aula, pois, no ambiente online as informações estão acessíveis a todos e o
diferencial desta modalidade para a educação é a mediação do professor, como provocador da
construção dos saberes. A docência online foi estimulada a não tomar o professor meramente como
“um transmissor”, “um conselheiro”, “uma ponte entre a informação e o conhecimento”, “um
facilitador da aprendizagem”. Por fim o presente estudo busca revelar as disparidades entre as
regiões do país, e como tal situação ajuda a comprometer a ideia de um currículo nacional unificado,
que vise à melhora do discente, do docente e da comunidade em geral. Palavras-Chave: educação,
docente, conflito
______
1. Mestrando no Programa de Pós-Graduação em História da UFG.
A presente pesquisa refere-se à “Formação dos professores para a educação especial”. Sabe-se
que de acordo com a lei, toda instituição de ensino privada ou pública deve se adaptar ao ensino
de pessoas deficientes, quaisquer que sejam. Diante do grande crescimento e a necessidade de
escolarização das pessoas com deficiência, seja ela mental, intelectual, física, visual, altas
habilidades ou superdotação, se viu a grande importância das instituições de ensino pensar em
maneiras de se adaptarem e se prepararem através do ensino, a essa realidade. A formação desses
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professores deve ter como foco principal as diferentes situações as quais eles vão encontrar em
sua docência, analisando as suas práticas educativas. Todos nós sabemos e entendemos que a
educação é um direito de todos e para todos, tem o dever de instituir políticas públicas e
pedagógicas dando a essas pessoas o acesso ao conhecimento permitindo assim uma cultura para
todos. Diante disso, faz-se necessário a busca de uma escola completa em todos os sentidos, onde
nela estejam alunos(as), e professores(as), os quais, profissionais da educação e em suas ações
pedagógicas, que na atualidades em que estamos vivendo a escola se coloque em um princípio
ético de inclusão escolar. Concordamos que nesse sentido é necessário ressaltar a importância de
se investir de forma geral na formação do professor, seja ela inicial e continuada. Neste caso,
estamos falando em políticas públicas, as quais garantam a este educador uma formação ética e
de qualidade considerando assim as diversidades, neste caso, o deficiente seja ele qual for.
PALAVRAS-CHAVE: (professor, educação especial, criança, desenvolvimento);
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1. Acadêmica do curso de Pedagogia pela Faculdade Nossa Senhora Aparecida (FANAP)
2. Professora Orientadora da disciplina de TCCI do Curso de Pedagogia da Faculdade Nossa
Senhora Aparecida FANAP; e-mail: denyseufg @hotmail.com
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Em qual livro está a prática que você pretende adotar em sua sala de aula? Qual autor te inspira na
construção do papel de professor que você desempenha? Qual o lugar que seus alunos ocupam
na escala de influências que te levam a ser quem você é ao ensinar? Você é um profissional curioso,
leitor ávido, crítico e autônomo, tal qual espera que seus alunos sejam? A atual geração de alunos
exige uma educação que foge à quase tudo que já foi estabelecido como prática pedagógica, uma
nova prática emerge, não de recursos, mas a partir de um perfil específico de profissional, para
perfis diversos de alunos. Você é o perfil de professor capaz de falar e tocar o aluno deste tempo?
Muito se falou, na última década, em avanços na educação. A questão estrutural esteve no centro
das atenções. Recursos tecnológicos chegaram a ser cogitados como possíveis substitutos para a
figura ultrapassada do mestre. Vivemos agora o auge desse movimento, mas há uma
reconfiguração drástica que precisa ser efetuada, o professor deve assumir o local central nesse
processo em função da priorização do aprendizado que se dará de forma mais natural ao passo
que este se tornar o ser curioso, insaciável e criativo que todos esperam que o aluno seja. Iniciemos
as discussões sobre prática pedagógica a partir da premissa de um professor que saiba, tenha
gosto e necessidade de aprender, de tudo. O projeto Looking4heroes (www.looking4heroes.org) é
a vitrine de um professor que convive diariamente com todas as questões expostas acima, é sobre
minha relação com essas questões que pretendo falar.
_____
1. Professor da Rede Municipal de Ensino. Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade
Católica de Goiás (PUC-GO).
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Este estudo parte de observações, discussões e inquietações durante a minha prática docente na
escola em que leciono. Foi nesse período que meu olhar se direcionou à compreensão das
dificuldades enfrentadas por muitos alunos no processo de ensino. Fez-se necessário explorar as
concepções do tema abordado de uma maneira especial, os sentimentos e os desafios aos quais
todo professor pode enfrentar ao adentrar numa sala onde as diferenças permeiam. Falar de
inclusão é também permitir que os atores sociais família-escola-aluno se envolvam nesses
processos e que o aluno possa se sentir seguro no decorrer do processo de aprendizagem. Para
tanto, o cenário escolhido para a realização da pesquisa-participativa foi uma escola da rede regular
de ensino da rede particular da cidade de Goiânia, durante o período de agosto de 2012 a fevereiro
de 2013. A seleção dessa escola ocorreu pelo fato da mesma atender às necessidades de alunos
com dificuldades de aprendizagem em Geografia. Na realização da pesquisa ficou traçado como
objetivo principal, analisar a escola regular nas instâncias da educação inclusiva, do
desenvolvimento da prática pedagógica, do currículo, da avaliação e das estratégias de ensino
voltadas aos alunos com dificuldades de aprendizagem. A metodologia desse trabalho se baseou
numa pesquisa de natureza prática, onde foram realizadas observações e intervenções diretas na
escola e na sala de aula do 7º ano do Ensino Fundamental. Nesse contexto, também, foram
realizadas buscas por referenciais teóricos e diálogos. Na oportunidade, foi feita uma análise do
projeto político pedagógico da escola para uma leitura detalhada de seus elementos constitutivos,
a fim de identificar planos e projetos para uma educação inclusiva.
O texto aqui apresentado trata dos estudos parciais do projeto de pesquisa: História e Memória da
Escola Municipal Rural de Ensino Fundamental Água Mansa Coqueiros, no município de Rio Verde
– GO. A pesquisa está fundamentada com a adoção metodológica da história oral dentro de uma
linha de abordagem qualitativa. Os dados da pesquisa de campo foram coletados por meio de
entrevistas, questionários, observação e análise de documentos pesquisados em arquivos públicos,
institucionais e particulares. Neste sentido apresenta as narrativas sobre a prática das professoras
em classes multisseriadas no ensino rural, abordando suas experiências e desafios docentes.
Participou cinco professoras das entrevistas, o que colaborou para a solidificação do corpus oral.
Através da metodologia da história oral, o pesquisador pode criar e recriar fontes. Olhar o passado
não pode ser um exercício de nostalgia, lembranças simples e saudades. As sociedades, em sua
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organização política, econômica, social e cultural, pensam o passado de diversas formas e o narra
de distintas maneiras. O recorte temporal contempla os acontecimentos e cenários de 1997, ano de
criação da escola até 2014. A intenção da pesquisa é compreender o processo da memória como
algo que não é puramente individual, que não representa exatamente o que se passou, mas que é,
muitas vezes, fruto de uma construção social de um grupo de indivíduos. Foi possível encontrar
uma comunidade de memória que congrega alunos, professores e demais funcionários da Escola
Municipal Rural de Ensino Fundamental Água Mansa Coqueiros. Visa contribuir para ampliação dos
estudos da historiografia da educação local, regional e brasileira, possibilitando a elaboração de
documento científico sobre sua memória.
_______
1. Mestranda em Educação. Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC-GO
niveacouto@hotmail.com. 2. Doutoranda em Educação. Pontifícia Universidade Católica de Goiás
– PUC-GO tianinharv@yahoo.com.br
Segundo a análise crítica do atual contexto da educação brasileira é possível dizer que a conjuntura
na qual ela está inserida aponta para o grande desafio de se melhorar a educação matemática nas
séries iniciais do Ensino Fundamental. Os dados estatísticos evidenciam que os processos de
ensino, nesta disciplina, carecem que novas metodologias e elementos conceituais que favoreçam
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Este trabalho tem por objetivo mostrar parte da história da Etnomatemática e sua importância para
a análise e reflexão sobre o ensino da Matemática nas series iniciais do Ensino Fundamental.
Aborda conceitos importantes sobre o aspecto transdisciplinar da etnomatemática, a importância
desta na formação do educador, bem como, a complexidade, os desafios do ensino da matemática,
a prática matemática do dia a dia e do ambiente espaço educacional, a importância do outro na
interação, na aprendizagem, na mediação pedagógica e na formação dos cidadãos. O estudo tem
como base as obras de D’Ambrosio, pioneiro nesse estudo e considerado por alguns teóricos como
sendo o pai da Etnomatemática no Brasil. A análise de suas pesquisas trará os aspectos desse
estudo, a história da construção do conhecimento em Matemática em diferentes culturas, o estudo
da cultura de cada povo, a história das civilizações e todos os elementos fundamentais para o
desenvolvimento de suas teorias a respeito do saber e do conhecer dos seres humanos. As
civilizações, ou seja, os seres humanos, por meio de suas produções culturais, repassam seus
conhecimentos para as novas gerações e constroem novos conhecimentos a partir dos dados que
já possuem, sendo assim, a etnomatemática se utiliza desses conhecimentos, estuda os fatos
sociais e busca compreender como as sociedades desenvolvem as ciências e educam as novas
gerações. A partir do estudo e da reflexão sobre as construções humanas, a etnomatemática se
torna útil aos processos de ensino aprendizagem da matemática enquanto ciência, visto que, ela
pode analisar o fazer pedagógico em cada sociedade, com vistas ao aperfeiçoamento da prática
pedagógica. Palavras-chave: Etnomatemática; Educação Matemática; D’Ambrósio.
_____
1. Pedagoga pela Faculdade Nossa Senhora Aparecida (FANAP). E-mail:
marlydearaujo@yahoo.com.br
2. Professor Orientador do trabalho em questão. E-mail: israelserique@gmail.com
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Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa, cujo propósito principal, foi conhecer as
práticas digitais de crianças de 04 e 05, entendendo como elas apropriam das mídias digitais a que
tem acesso. Buscou-se identificar o domínio técnico, os tipos, as finalidades de uso e como as
mídias podem integrar-se ao processo de desenvolvimento da criança como instrumentos culturais
de aprendizagem. A pergunta norteadora foi gerada em meio a estudos teóricos e pesquisa empírica
que buscaram somar esforços para compreender a complexa relação entre Tecnologia de
Informação e Comunicação, educação e desenvolvimento humano. Nesta perspectiva, realizou-se
uma pesquisa qualitativa, desenvolvida em duas etapas. Os dados foram coletados por meio da
observação de atividades desenvolvidas no laboratório de informática e de oficinas pedagógicas,
com o uso de diferentes artefatos digitais. Os sujeitos da pesquisa foram crianças de 4 e 5 anos
matriculadas em duas instituições pública de Educação Infantil. A pesquisa fundamentou-se nos
pressupostos da Teoria Histórico-Cultural, com base nos estudos de Vygotsky (2007), Leontiev
(1988), Pino (2005), Freitas (2012), Libâneo (2005), Freitas (2009), Duarte (2001) e Wertsch (1998).
Recorreu-se, ainda, aos estudos que analisam as relações dos sujeitos com as TIC dentro da
abordagem da sociologia dos usos e apropriações, fundamentando-se, principalmente, nos estudos
de Belloni (2010), Cardon (2005) e Peixoto (2008). A análise dos dados foi realizada dentro de uma
abordagem qualitativa, tomando como base epistemológica o referencial teórico adotado e a
realidade sócio-histórico-cultural das crianças. Ao adentrar a realidade das crianças, paralelamente
com estudos dessa abordagem, foi-se encontrando elementos que vieram contribuir com a
desconstrução da ideia de que existe uma padronização das formas de uso e apropriação das
mídias e de sua influência, bem como, da crença de que o simples acesso vai gerar
desenvolvimento social e mental. Os dados da pesquisa demonstraram que as formas como as
crianças acessam e apropriam-se das mídias digitais a que têm acesso estão diretamente ligadas
às suas condições concretas de vida, seu contexto e suas formas de viver a infância, o que não é
igual para todas. Palavras-chave: Mídias digitais. Crianças. Aprendizagem. Desenvolvimento.
Educação infantil.
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velar ou (des)velar o mundo e suas verdades. Assim, o homem, desde tempos remotos, busca
compreender o mundo e a si mesmo por meio de opiniões, crenças e explicações, com o objetivo
de adaptar-se ou transformar a realidade. Desde sempre, estabelece uma relação com o meio,
sendo que esta se configura como ação do sujeito sobre a realidade do mundo físico e social. Desta
relação produz, pela ação consciente e pelo uso da (des)razão, o conhecimento científico. Mas,
esta não é a única forma de conhecimento. O senso comum, a religião, o mito, a arte e a filosofia
são formas que coexistem com o conhecimento científico nas sociedades contemporâneas. Embora
existam fronteira entre elas, todas estas formas são realidades produzidas pelo homem a partir de
saberes acumulados coletivamente no decorrer da história da humanidade. Isso implica
compreender que os conhecimentos são produções determinadas pela história, pela cultura e pelas
relações sociais econômicas de uma sociedade.
______________
1
.Bolsista CAPES-PROSUP. Mestranda em Educação na PUC Goiás, Linha de Pesquisa educação
Sociedade e Cultura. Pesquisadora no Projeto de Pesquisa “O que as crianças pensam sobre o
mundo?”, financiado pelo CNPq e em execução pelo GEPCEI.
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A pesquisa que estou realizando para o TCC fala sobre a importância do dançar na educação
infantil, e como essa modalidade pode ajudar os alunos em determinadas situações que os exigem.
Através das pesquisas realizadas sobre o dançar, percebe-se que a mesma tem função pedagógica
específica na escola que se traduz na criação de movimentos da criança. Uma das finalidades da
dança na escola é permitir a criança evolui em relação ao domínio de seu corpo, assim desenvolverá
e aprimorará suas possibilidades de movimentação, descobrindo novos espaços, formas superando
suas limitações e condições para enfrentar novos desafios quando aspectos motores, sociais,
afetivos e cognição. Por ser um processo educacional, a dança, não se resume em aquisição de
habilidades, mas sim, contribui para o aprimoramento de habilidades básicas no desenvolvimento
das potências humanas e suas relações com o mundo.
_____
1. Acadêmica do oitavo período do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Nossa
Senhora Aparecida – Fanap 2. Professor Orientador
A música possui várias representações do dia a dia das crianças e se utilizada de forma adequada
pode ser um agente facilitador da educação e da aprendizagem. Desde o nascimento da criança
ela já tem vários contatos com o universo sonoro, “pois na fase intrauterina os bebês já convivem
com um ambiente de sons provocados pelo corpo da mãe. A voz materna também constitui material
sonoro especial e referencia afetiva para eles’(BRITO, 2003). A música é um dos elementos que
constitui de várias maneiras para o desenvolvimento da inteligência e a socialização da criança. A
música possui um papel importante no processo ensino e aprendizagem da criança pois estimula e
melhora a sua sensibilidade na construção do conhecimento. Muitos educadores usam a música
como uma ponte de ligação entre a matéria e a aprendizagem e é uma forma de chamar a atenção
do aluno, a música é um instrumento facilitador pois é através dela que pode perceber , sentir, criar
e refletir. Ela tem o poder de mexer com os sentidos e interferir no modo de agir e pensar. Por esses
fatores, a iniciação musical é de extrema importância, e deve acontecer o mais cedo possível, o
desenvolvimento a musicalidade nas crianças.
______
1. Acadêmica do curso de Pedagogia pela Faculdade Nossa Senhora Aparecida (FANAP)
2. Professora Orientadora da disciplina de TCCI do Curso de Pedagogia da Faculdade Nossa
Senhora Aparecida FANAP; e-mail: denyseufg @hotmail.com
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A oralidade está presente no cotidiano de todos os falantes, de forma natural e espontânea. Essa
forma de entender a oralidade permite abordá-la em sua dimensão comunicativa como meio de
interação social nas situações de interlocução, conforme as condições de comunicação. Nessa
perspectiva, a presente comunicação traz uma reflexão sobre a utilização de práticas orais nas
aulas de Língua Portuguesa, atendendo às orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs), a fim de contribuir com o processo de formação dos indivíduos bem como o exercício da
cidadania. Para demonstração disso, destacamos uma experiência com os gêneros orais
discursivos ‘conversa’ e ‘diálogo’ na perspectiva Bakhtiniana. As atividades realizadas favoreceram
uma conscientização das singularidades da prática discursiva oral e permitiram uma reflexão sobre
o papel da Língua Portuguesa seja qual for a realidade, fundamentada em aspectos sócio-históricos
e culturais. Para tanto, tem como essencial, as contribuições de Mikhail Bakhtin (1992; 1998; 2003;
2006) ao afirmar que a interação verbal e seu caráter dialógico apontam para uma abordagem
histórica e viva da língua, culminando no enfoque social das inúmeras enunciações. Portanto, o
objetivo principal é destacar a importância do planejamento de atividades que focalizem a oralidade,
incluindo a conversa e o diálogo na sala de aula. Dessa forma, acreditamos que a atuação do
professor em sala de aula pode fazer esse tipo de investimento, tornando-o ponto de partida à
valorização da realidade linguística dos sujeitos, além da contribuição ao processo de ensino
aprendizagem. Palavras-chave: Ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa; oralidade; gêneros
discursivos; conversa; diálogo.
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de Educação Profissional, na Rede Pública de Ensino, no Estado de Goiás, em Goiânia, nas suas
dimensões constitutivas. Propõe-se realizar uma pesquisa qualitativa, baseada no materialismo
histórico dialético, por compreender que a contradição pode ser desvendada pela interpretação da
realidade já existente, que não se mostra diretamente como é, mas tem de ser desvendada,
descoberta. Para tanto, serão realizadas: pesquisa bibliográfica fundamentada em Louro (2007),
Saffioti (1987), Costa (2008) e Freire (2011), análises documentais e escuta aos sujeitos envolvidos
no processo educativo, por meio de entrevistas que atuam em instituições de educação profissional,
considerada espaço de convivência com a diversidade, portanto, privilegiado para essa discussão,
por se tratar de uma modalidade de ensino, que oferece cursos em diversas áreas do conhecimento.
A análise dos dados obtidos terá como intuito analisar a relação da mulher com o mundo do trabalho,
ao compreender sua realidade, mediante pressupostos e enfrentamentos dos reais fundamentos e
apontar se, se constitui ou não este empoderamento, nas instituições públicas estadual e municipal,
de Educação Profissional, em Goiás, articulado às suas expectativas pessoais e profissionais,
visando à formação integral cidadã.
No último ano o assunto “Gênero em sala de aula” chegou aos espaços populares de discussão
motivados pela votação dos Planos de Educação regionais. Já rejeitada anteriormente no Plano
Nacional da Educação (Lei 13.005/14) a palavra comum entre os estudiosos da cultura, Gênero
chegou assombrosa em meio as pregações religiosas e redes sociais gerando por todos os lados
discussões acaloradas e apaixonadas. Assim, motivada pela recente celeuma no campo
educacional, este trabalho pretende fazer uma breve análise da conjuntura da elaboração do Plano
Nacional de Educação (PNE) 2014 e dos conflitos entre os discursos que querem de um lado
ratificar e de outro ceifar da educação pública a palavra Gênero. Pretende-se também analisar a
disputa intelectual entre estes dois grupos, o primeiro formado por legisladores e religiosos
conservadores e o segundo por educadores, intelectuais e membros de movimentos sociais,
especialmente feministas. Salientando por fim, da perspectiva educacional a importância de se
inserir tal conteúdo na pauta educativa para formação de uma sociedade inclusiva e democrática.
A palavra Gênero, segundo Joan Scott significa “a categoria social em torno do corpo sexuado”
(1995, p.76), ou seja, o que se cria em torno do fator biológico natural trazido pela genitália. E é
possível perceber que se trata de elementos culturais e não naturais do momento que se pode notar
que estas relações sofrem alterações ao longo do tempo. A História e Antropologia nos mostra que
as masculinidades e feminilidades se alteram, e podem ser notadas de múltiplas maneiras em
sociedades do passado e em diferentes grupos sociais no presente. E apesar de haver um fator
biológico natural (o corpo sexuado), o que se constrói em torno dele não é natural, e muda de lugar
para lugar. Scott nos fala que “Gênero [...] fornece um meio de decodificar o significado e de
compreender as complexas conexões entre várias formas de interação humana” (1995, p.89). Logo,
se entende o Gênero como algo construído socialmente, e não dado pela natureza,
consequentemente todos os poderes opressivos e hierarquizantes que o envolvem podem ser
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reconfigurados numa reelaboração social. E esta é a grande proposta para uma educação que
perceba a sociedade como um contínuo processo de construção e desconstrução, e
consequentemente de melhorias em busca de justiça social.
O tema se insere no âmbito das discussões que versam sobre alternativas às práticas educacionais
voltadas para o ensino da educação ambiental. O projeto de educação ambiental que escolhemos
como objeto de nossa pesquisa chamou-nos a atenção exatamente por contemplar em suas
estratégias uma crítica profunda a noção do uso do conceito sobre desenvolvimento sustentável.
Tal projeto de extensão se intitula Reativar: lugares, naturezas e culturas, executado pela
Universidade Federal de Goiás – UFG. As atenções deste projeto estão voltadas para um processo
de impacto socioambiental, derivado de um amplo fenômeno de migração que ocorre em Aparecida
de Goiânia, dentro do qual a ênfase recai sobre os processos de invisibilização de saberes e práticas
de modelos de natureza. Com base no que está dito acima, evidenciamos que para elaborar uma
alternativa às demais alternativas de educação ambiental, o referido projeto de extensão definiu seu
principal escopo: a construção de metodologias que conscientizam a comunidade escolar para o
fato de que não são os espaços escolares e/ou universitários os únicos locus de produção de
conhecimento, e que no próprio entorno da escola pode ser encontrado fluxos constantes de
conhecimentos renovados e criativos, capazes, inclusive, de apontar soluções para problemas
socioambientais de enorme complexidade. Do nosso lado, a questão que nos motiva é menos a de
averiguar os níveis de recepção e acertos alcançados pelos participantes envolvidos nas atividades
propostas pelo projeto, e mais a de poder, como observador participante, atingir a apreensão das
práticas pedagógicas, bem como as metodologias de ensino utilizadas no projeto Reativar que
procuram dar visibilidade aos saberes e práticas de modelo de natureza.
A sociedade vem se transformando com o decorrer dos tempos exigindo cada vez mais qualificação
do sujeito para se inserir no mercado de trabalho. Com isso, a educação também foi se modificando
de tal forma para atender essas normas sociais, a tecnologia e os equipamentos digitais são
indispensáveis para essa transformação, por isso a escola EJA de jovens e adultos vem se
adaptando as novas tecnologias de forma que esses alunos consigam se desenvolver no processo
educacional, adquirindo habilidades, podendo atuar no meio social, atendendo as exigências do
novo mundo tecnológico. O que é tecnologia? Por que ela é indispensável no mundo social? Quais
suas vantagens e desvantagens? A educação e o mundo virtual tecnológico andam juntos para a
transformação da educação EJA, com objetivo de capacitar cada vez mais esses jovens que por
algum motivo deixaram a sala de aula muito cedo, e que talvez por exigência das normas sociais,
ou até mesmo vontade de recuperar o tempo perdido voltam para a sala de aula, se deparando com
um mundo novo no qual eles têm de se incluir e desenvolver. A tecnologia é uma nova maneira de
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facilitar a vida de todos, ela é muito importante, pois por meio dela o sujeito ganha tempo em muitas
atividades, consegue se comunicar no mundo todo em questões de segundos. PALAVRAS-CHAVE:
Educação, TICs ,EJA.
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1. Acadêmica do curso de Pedagogia pela Faculdade Nossa Senhora Aparecida (FANAP)
2. Professora Orientadora da disciplina de TCCI do Curso de Pedagogia da Faculdade Nossa
Senhora Aparecida FANAP; e-mail: denyseufg @hotmail.com
O presente trabalho apresenta a música como ferramenta pedagógica na educação infantil, destaca
a importância da mesma para o desenvolvimento integral das crianças e como a música pode
auxiliar em várias atividades pedagógicas na educação infantil. A música está na vida do ser
humano, ela desperta sentimentos e emoções de acordo com a capacidade de percepção que ele
possui para assimilá-la. O objetivo da pesquisa é mostrar que a música é mais do que uma
associação de sons e palavras, é um instrumento que pode fazer a diferença nas instituições de
ensino. Ela pode ser utilizada com vários propósitos: formação de hábitos, atitudes,
comportamentos, memorização, entre outros. Esta por sua vez facilita a aprendizagem e a
socialização do aluno, ou seja, a música é uma linguagem importante na construção do
conhecimento e favorece o desenvolvimento de diversos aspectos como: cognitivo, motor, social e
afetivo. O trabalho busca investigar a forma de utilização da música e suas contribuições no
processo de aprendizagem das crianças da educação infantil. Qual música usar e em qual momento
usar, como suporte cognitivo das disciplinas curriculares de maneira que seja uma ferramenta
auxiliadora e que traga ludicidade para as crianças. Através da pesquisas bibliográficas analisando
teóricos que falam sobre a área foi possível perceber que os benefícios do contato da criança com
a música contribui de forma satisfatória para o desenvolvimento infantil. Conclui-se que a Música
tem grande importância na educação infantil, pois faz parte de uma das etapas da vida da criança.
PALAVRAS-CHAVE: música, criança, desenvolvimento.
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1. Acadêmica do curso de Pedagogia pela Faculdade Nossa Senhora Aparecida (FANAP)
2. Professora Orientadora da disciplina de TCCI do Curso de Pedagogia da Faculdade Nossa
Senhora Aparecida FANAP; e-mail: denyseufg @hotmail.com
Falar de dança se torna uma problemática ao se tratar sobre sua inclusão no âmbito educacional.
Pois não somente envolve descontração, brincadeira ou algo ensaiado para algum evento. Mas
envolve inúmeras formas de trabalhar o movimento, expressão corporal dos alunos para facilitar
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1. Acadêmica do curso de Pedagogia pela Faculdade Nossa Senhora Aparecida (FANAP)
2. Professora Orientadora da disciplina de TCCI do Curso de Pedagogia da Faculdade Nossa
Senhora Aparecida FANAP; e-mail: denyseufg @hotmail.com
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1. Acadêmica do curso de Pedagogia pela Faculdade Nossa Senhora Aparecida (FANAP)
2. Professora Orientadora da disciplina de TCCI do Curso de Pedagogia da Faculdade Nossa
Senhora Aparecida FANAP; e-mail: denyseufg @hotmail.com
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A família tem sido vista como sendo fundamental no processo ensino aprendizagem, seja em seu
sucesso ou até mesmo no seu fracasso. Procurar uma harmonia entre a escola e a família é
fundamental. Levando em consideração que o ser humano aprende o tempo todo, nos mais diversos
interesses que a vida lhe apresenta, o papel da família torna-se essencial, pois é ela que determina
o que seus filhos precisam aprender. O que é necessário saberem para poder tomar as decisões
que irão os beneficiar no futuro. A família tem um papel imprescindível na vida dos filhos, pois é
nesse meio que acontece o desenvolvimento das primeiras habilidades, os primeiros ensinamentos
através da educação doméstica, na qual o filho aprende a respeitar os outros, a conviver com regras
que foram criadas e reformuladas no decorrer da formação da sociedade. A participação familiar é
uma necessidade contemporânea que passou a ser almejada por todos que fazem parte do contexto
escolar. Educar é uma função de todos nós. E quando a família participa da educação da criança,
elas conseguem sair-se muito melhor na escola e na vida. A escola vem para reforçar esses valores,
acrescentando, mas jamais diminuindo e muito menos assumindo para si o papel inicial da família.
PALAVRAS-CHAVE: educação, família, criança, escola.
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1. Acadêmica do curso de Pedagogia pela Faculdade Nossa Senhora Aparecida (FANAP)
2. Professora Orientadora da disciplina de TCCI do Curso de Pedagogia da Faculdade Nossa
Senhora Aparecida FANAP; e-mail: denyseufg @hotmail.com
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A tolerância precisa ocorrer em relacionamentos marcados pela desigualdade social, visto que, o
marco da tolerância está pautado na igualdade social. O interesse por esse tema surgiu a partir da
curiosidade em entender o porquê das pessoas não aceitarem o diferente se todas elas são únicas
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e especiais a seu modo. Esse despertar surgiu na formação acadêmica no curso de pedagogia,
ainda no primeiro período, quando tudo era novidade. Dentro desse contexto se percebe a
relevância de se criar projetos com a temática da diversidade buscando mediar à relação entre
crianças e conseguir dessa forma diminuir o preconceito e aumentar a tolerância de uns para com
os outros, dentro e fora da sala de aula, bem como em toda a sociedade. E por esse motivo esse
tema deve cada vez mais ser discutido na esfera acadêmica. É sabido a todos que a diversidade
humana existe desde os primórdios da humanidade, mas, apenas a partir do final do século XX é
que a sociedade se dá conta dessas especificidades, declarando que os seres humanos não são
iguais, porém ainda hoje a tolerância entre as pessoas é pouco trabalhada, pensando nisso surge
a questão: Como discutir a tolerância à diversidade nas escolas, buscando a aceitação do outro?
Para essa pesquisa serão analisados diversos autores que entendem a diversidade como assunto
não só pertinente como também obrigatório no ambiente escolar. Abramowicz (2006: 12) afirma que
diversidade pode significar “variedade, diferença” Sendo assim, pode se dizer que tudo é diverso
dentro do contexto humano, já que ninguém é igual a ninguém e mesmo assim todos são iguais até
mesmo no diferente. É preciso reconhecer e aceitar a diversidade humana, até porque ela é
constitutiva da natureza do homem, e o reconhecimento da sua própria diversidade é uma das
condições para reconhecer a diversidade do outro. Obrigatoriamente deve se guiar por princípios
de igualdade e de aceitação da diferença, procurando contribuir para que nenhuma cultura perca a
sua identidade. Como tal esta Diversidade é de fato uma realidade nas nossas escolas, e isso exige
dos professores e da escola redobradas responsabilidades, no sentido de desenvolverem um
trabalho interdisciplinar, com a finalidade de formar cidadãos do mundo, capazes de viver em
sociedade e de interagir de modo construtivo com a Diferença.
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1. Acadêmica do oitavo período do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Nossa
Senhora Aparecida – FANAP – E-mail: nubia_38_vida@hotmail.com
2. Professora orientadora da pesquisa em questão. E-mail: profalucianesouza@gmail.com
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cidade, de seu país e do planeta. A problemática ambiental está diretamente vinculada à forma
como a natureza tem sido apropriada para a produção capitalista, com consequências para a vida
do próprio homem. Diante dessa realidade, os novos processos propostos pela educação ambiental
crítica e assumidos por sujeitos individuais e coletivos, são tanto mais relevantes e eficientes à
medida que contribuem para a construção de um novo modelo de relacionamento com a natureza
e de intervenção para a mudança no modelo vigente. Mas essa educação ambiental não pode ser,
a exemplo da educação em geral, um instrumento ideológico a serviço das classes dominantes e
do capital. A educação ambiental tem adquirido cada vez mais relevância na atualidade à medida
que se intensificam as denúncias de agressões e danos causados ao meio ambiente. Mas um
aspecto hoje bastante discutido é que a educação ambiental não pode se limitar apenas à descrição
dos problemas ambientais e de suas causas devendo, antes de tudo, ser uma educação crítica.
O presente artigo, sobre Proteção Ambiental na Óptica Empresarial tem como objetivo conhecer os
fatores que intervém na proteção ambiental e empresarial sem afetar a parte econômica da
empresa, com a adoção de estratégias e ações na área empresarial, possibilitando a criação de
programa de proteção ambiental buscando melhorias na qualidade no âmbito socioambiental e
empresarial. Devido às pressões populacionais e de tecnologia, o ambiente biofísico está sendo
degradado mais a cada dia. A proteção do meio ambiente é necessária devido às várias atividades
humanas individuais, e também coletivas, por exemplo, nas empresas, visando contribuir para
preservação do meio ambiente e mesmo assim permanecer no mercado, influenciando um
resultado positivo em que as empresas possam ter Responsabilidade Ambiental Empresarial,
Responsabilidade Social Empresarial e Responsabilidade Econômica que implicariam no
crescimento econômico da empresa, sem comprometer a sustentabilidade ambiental ou social.
Através das pesquisas realizadas pelo o presente artigo, percebe-se que as empresas devem apoiar
a abordagens preventivas aos desafios ambientais e mesmo assim conseguirem um crescimento
econômico. A proteção ambiental na óptica empresarial e econômica faz parte de um esforço
integrado e contínuo de toda cadeia produtiva de uma empresa na busca da excelência ambiental.
A postura pragmática conduz a empresa a gerir seu sistema ambiental através de desenvolvimento
de tecnologias limpas, com atividades de natureza estratégica, portanto, os investimentos e o
comprometimento de todos os colaboradores e da alta administração. Se as empresas atuais não
despertarem para a proteção ambiental em vê de desenvolvimento depender de crescimento
econômico ele passará requerer o inverso – o decrescimento, pois a humanidade depende da
capacidade dos ecossistemas de prover recursos e serviços e ainda absorver os resíduos e o que
faremos sem o meio ambiente?
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Este artigo é parte da pesquisa em andamento para Dissertação de Mestrado vinculada a Linha
Políticas Educacionais, Gestão da Escola e Formação Docente do Programa de Pós-graduação em
Educação da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). O objetivo desse artigo é apresentar a
efetivação do direito constitucional à profissionalização, através do Programa Nacional de Acesso
ao Ensino Técnico e Emprego - PRONATEC na rede estadual de ensino do Estado de Mato Grosso
do Sul - MS, no período de 2011-2014. O PRONATEC é um programa de financiamento da
educação profissional lançado em 2011, no governo Dilma Rousseff (2011-2014), sob a Lei
n°12.513/2011. As ações integrantes do PRONATEC foram reunidas pela Secretaria de Educação
Profissional e Tecnológica (SETEC) agrupando programas que já aconteciam como o
fortalecimento e expansão da Rede Técnica Federal de 2003; Rede E-TEC Brasil de 2007; Brasil
Profissionalizado de 2007 e o Acordo de Gratuidade Sistema S com ações novas do Bolsa
Formação e o Fies técnico e empresa ambos de 2011. Nessa pesquisa focamos o financiamento
da educação profissional na rede estadual de ensino profissional e tecnológica, no Estado do MS
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através do Pronatec que é previsto para ser executado em regime de colaboração com o governo
federal. O aparato jurídico que garante o direito a profissionalização estão assegurados nos Artigos
205, 214 e 227 da Constituição Federal de 1988, bem como, nos Artigos 36-A e 40 da Lei n°
9.394/96. A relevância dessa pesquisa está em entender como um ente federado viabiliza, através
do PRONATEC, o direito à profissionalização assegurada pela Constituição Federal, em meio às
demandas do mercado capitalista de produção. Esse trabalho é uma pesquisa documental e
bibliográfica e os resultados parciais indicam que após o financiamento do PRONATEC houve um
aumento de 364% no número de matriculados na modalidade educação profissional na rede de
ensino do Estado do MS, confirmado pelos dados do Censo da Educação Básica dos anos de 2010
a 2014. O que implica dizer que o financiamento do PRONATEC tem contribuído para garantir o
direito constitucional à profissionalização. Palavras-chaves: Políticas Públicas Educacionais; Direito
a Profissionalização; PRONATEC.
As condições de gerenciamento de muitas das escolas públicas são precárias e Goiânia não seria
diferente. Infraestrutura deficiente, professores mal preparados, classes barulhentas. É difícil falar
em gestão inovadora na Capital nessas condições. Mesmo reconhecendo essa dificuldade
estrutural, a competência de um diretor de escola pode suprir boa parte das deficiências. A
incorporação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nas escolas goianas contribuem
para expandir o acesso à informação atualizada e, principalmente, para promover a criação de
comunidades colaborativas de aprendizagem que privilegiam a construção do conhecimento, a
comunicação, a formação continuada e a gestão articulada entre as áreas administrativa,
pedagógica e informacional da escola. Desde a implantação da Lei Nº. 9394/96, o cidadão goiano,
tanto quanto de outros estados, se depara com uma verdadeira revolução na gestão da escola e da
figura do gestor escolar, pois inúmeras responsabilidades, competências e habilidades são exigidas
em sua atuação administrativa, pedagógica e comunitária, a partir dos princípios de gestão
democrática no âmbito da escola pública em geral, incluindo Goiás. O gestor goiano, a partir desse
momento, passou a gerenciar, coordenar, acompanhar e executar atribuições que anteriormente
não ressoavam no âmbito da escola e da comunidade com tal força, tal como se é evidenciado,
com o advento da referida lei. O contato com a tecnologia é diário, pois esta se encontra incorporada
nas empresas, nos bancos, nos comércios, enfim, em vários setores econômicos do Estado.
Crianças já sentem o efeito da sociedade da informação, pois as mesmas rincam com a tecnologia,
fruto de suas curiosidades e da ausência do medo de errar. Este trabalho busca identificar o papel
do gestor escolar goiano na implantação das novas tecnologias educacionais no ambiente escolar
em toda a capital, a fim de que se possa determinar qual é a influência do gestor educacional junto
aos demais membros da escola para a utilização das novas tecnologias educacionais. A pesquisa
utilizou a pesquisa bibliográfica para a confecção do tema proposta, fazendo uso de material
disponível em livros, revistas e jornais, fazendo um aparato do conteúdo aqui disposto. Palavras
chave: Educação, ensino, tecnologia, gestão.
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1. Instituto Superior De Educação Professora Lúcia Dantas (Isel). Mestrado Multidisciplinar
Profissional Ciências Da Educação
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A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é imbuída de vários paradigmas que margeiam o processo
histórico da educação, o que evidencia a necessidade de integrar-se ao Sistema Nacional de
Educação como modalidade capaz de oferecer oportunidade de acesso, garantia de permanência
e qualidade à jovens e adultos quanto à conclusão da educação básica, o que lhe é
constitucionalmente assegurado, enquanto direito subjetivo. Dessa maneira, esse artigo objetiva
proporcionar algumas reflexões acerca da análise do contexto histórico da EJA e a dicotomia da
atualidade com relação a essa modalidade. Partindo da década de 1960, momento da criação do
Movimento Brasileiro pela Alfabetização, também denominado Mobral à atualidade, com a
implantação de exames para certificação de competências. Esse artigo faz parte de estudos
realizados em uma pesquisa de mestrado em andamento, iniciado em 2015, vinculado ao Grupo de
Pesquisa Políticas Públicas e Gestão da Educação (GEPPE), do Programa de Pós-Graduação em
Educação - Mestrado e Doutorado da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Recorre-se ao
estudo documental e bibliográfico arroladas ao tema, o qual aponta que, a Educação de Jovens e
Adultos vem ganhando centralidade nos discursos e ações de diversos interlocutores políticos e
sociais na atualidade, todavia ainda se constitui, através de Políticas Públicas pontuais e
fragmentadas que evidenciam conflitos sociais e políticos, emergentes da divisão promulgada pelo
capitalismo e que ressaltam nas intencionalidades e interesses que o fundamentam. Palavras-
chave: Educação de Jovens e Adultos; Processo Histórico; Atualidade.
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Apesar do tema violência e criminalidade serem diferentes, ambos não estão tão distantes e suas
práticas por vezes se assemelham muito. É de se estranhar a velocidade e precocidade com que
muitos jovens têm entrado no mundo do crime. O que motiva esse acontecimento? Qual a diferença
do jovem de ontem para o de hoje? A violência antecede a criminalidade, é o caminho para se
praticar atos ilícitos. Qual o desejo desse iniciante da vida quando ele rouba, trafica ou espanca? A
sociedade tem mudado seus valores, princípios e moral é ensinado que valemos o que temos e não
o que somos. Todos querem dinheiro, carro, sucesso, conforto etc. A maioria entende que se deve
ter essas coisas através do estudo e trabalho, alguns outros não desenvolveram esse valor e
“cortam” caminho tomando o dinheiro, bens alheios e buscando o sucesso entre seus amigos de
forma ilícita. Há de se pensar muito sobre valores e princípios, estes são dados na educação
primária, recebida dentro de casa, por seus pais ou cuidadores. E onde estão os pais e cuidadores
em sua grande maioria que estão ausentes? Estão lá buscando o dinheiro, carro novo, conforto e o
sucesso...
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1. Psicólogo CRP09/6488; Psicólogo Jurídico, Clínico e Docente Superior
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O atual contexto de violência a que está submetida a juventude urbana no Brasil, coincide com a
propagação de um discurso que, em vez de compreendê-la como vítima, lhe atribui a
responsabilidade pela insegurança das grandes cidades. Predomina no senso comum a ideia de
que o envolvimento de adolescentes e jovens com o consumo e tráfico de drogas é o fator
determinante para o aumento da violência, em especial o homicídio. A partir dessa impressão mais
geral e com suporte dos meios de comunicação de massa, o discurso repressivo ganha força e
dissemina o anseio punitivo, reforçando o apelo por mudanças legislativas que levem ao
endurecimento das leis penais. O que atualmente se expressa no clamor pelo rebaixamento da
idade penal. Diante de tais considerações, o presente trabalho busca discutir sobre o tema da
redução da maioridade penal. Para a realização do estudo tomamos os dados sobre a participação
de adolescentes em práticas criminais no Estado de Goiás nos anos de 2012 e 2013. O objetivo é
confrontar a participação concreta dos adolescentes com as narrativas sociais e proposições
políticas em favor da redução da maioridade. A partir da leitura dos dados podemos observar uma
forte discrepância entre as narrativas que apontam o potencial criminal dos adolescentes e os dados
reais. A discussão resulta do diálogo articulado entre resultados de duas pesquisas: 1)
Levantamento do Sistema Socioeducativo Municipal em Goiânia; e, 2) Violência Urbana no Estado
de Goiás.
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O presente minicurso tem como objetivo expor algumas noções relevantes para o contexto
do ensino de Língua Portuguesa: o texto como unidade de análise, a materialização discursiva
através dos gêneros textuais, a função social dos textos e a integração de várias formas de
linguagem na composição textual. Partiremos dos pressupostos da análise sociointeracionista
(Bakhtin) e das suas aproximações com a Análise do Discurso, pois são as condições de produção
dos textos que determinam as relações discursivas materializadas nas várias práticas sociais – que,
linguisticamente, surgem através de gêneros do discurso.
Conteúdos apresentados:
Concepção de texto – estrutura ou acontecimento?
Práticas discursivas na escola – a função social dos textos;
Abordagem de alguns gêneros textuais – metodologias possíveis;
Explorando linguagens.
MC8 – “REDAÇÃO ESCOLAR”: leitura e escrita como desafios para o século XXI
Luciane Silva de Souza CARNEIRO (FANAP/GO)
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