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EXECELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ....

VARA
DO TRABALHO DA COMARCA DE ..... ESTADO .....

TRABALHADOR brasileiro (a), (estado civil),


profissional da área de ....., portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF n.º .....,
residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º ....., Bairro ....., Cidade .....,
Estado ....., com endereço eletrônico: __________________________, por
intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante procurador(a) (procuração em
anexo - doc. 01), vem, mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência
propor

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

em face da EMPRESA X, pessoa jurídica de


direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º ....., com sede na Rua ....., n.º .....,
Bairro ......, Cidade ....., Estado ....., CEP ....., com endereço eletrônico:
_________________, representada neste ato por seu (sua) sócio(a) gerente
Sr. (a). ....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador (a)
do CIRG nº ..... e do CPF n.º ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir
aduzidos.
DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento


liminar das Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 2.139 e 2.160, decidiu
que a passagem pela Comissão de Conciliação Prévia é facultativa.

Com efeito, o artigo 625-D da CLT, que traz a


regra da obrigatoriedade, recebeu interpretação conforme a Constituição
Federal, com base no seu artigo 5º, XXXV, ao prever o princípio da
inafastabilidade da jurisdição ou do amplo acesso ao Poder Judiciário.

DA PRESCRIÇÃO

Cabe ressaltar, que os direitos pleiteados pela


Reclamante, encontram-se dentro do prazo prescricional estabelecido pelo
artigo 7º, XXIX da Carta Constitucional de 1988, ou seja, no prazo prescricional
de 2 anos, tendo em vista o término do contrato de que se deu em XXX

DOS FATOS

O TRABALHADOR foi admitido para exercer a


função de vendedor da Reclamada.

Como contraprestação dos serviços, o


TRABALHADOR percebia o equivalente a 6,5% sobre o valor das vendas
mensais.
Tais vendas são comprovadas por intermédio
das notas fiscais e de e-mails dos pedidos feitos pelo TRABALHADOR.

A Reclamada simplesmente não pagou ao


TRABALHADOR o que lhe era devido.

DO DIREITO

O TRABALHADOR autônomo, goza de amparo


ao propor a presente demanda, por intermédio da Lei reformista, nº 13.467/17,
em seu art. 442-B da CLT, em que tratou de forma específica da contratação
do autônomo.

Art. 442-B. A contratação do autônomo,


cumpridas por este todas as formalidades
legais, de forma contínua ou não, afasta a
qualidade de empregado prevista no art. 3º
desta Consolidação. (Redação
dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017)

Ademais, encontra-se ainda guarida junto à lei


4.886/65, que trata do representante comercial, que é a função do aqui
Trabalhador.

Além da sempre autorização, que a Carta


Maior deu, em seu artigo 114, I da CF/88:

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho


processar e julgar: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I as ações oriundas da relação de trabalho,


abrangidos os entes de direito público externo
e da administração pública direta e indireta da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
No tocante à Reclamada não tem como negar
a prestação dos serviços e a ausência dos pagamentos das comissões.

O não pagamento por parte da Reclamada


gera diminuição do patrimônio do Trabalhador, visto que este vendeu sua força
de trabalho e não recebeu a contraprestação, e consequentemente um
aumento ilícito do patrimônio da Empresa.

Desta feita, a Reclamada encontra-se


inadimplente com suas obrigações e comete ato ilícito, nos termos do artigo
186 do CC/02.

Prevê ainda o art. 27º da lei de representação


comercial, uma indenização quando do contrato a prazo determinado:

§ 1° Na hipótese de contrato a prazo certo,


a indenização corresponderá à importância
equivalente à média mensal da retribuição
auferida até a data da rescisão, multiplicada
pela metade dos meses resultantes do prazo
contratual. (Redação dada pela Lei nº
8.420, de 8.5.1992)

Sendo assim, a Reclamada deu origem ao


rompimento do contrato de prestação de serviços do Trabalhador, devendo,
portanto, arcar com todos os custos, uma vez que este tentara de forma
amigável receber pelos serviços prestados. Mas nada resolveu diante do
império da má-fé da Reclamada de lubridiar seus parceiros de serviços, na
obtenção de maior lucro.

Ademais, esclarece que apesar da previsão do


artigo 39 da lei de representação comercial, em que prevê a Justiça Comum,
prevalece o atual entendimento, de que a Competência é da Justiça do
Trabalho, nos termos da CF/88, art. 114, I e do art. 442-B da CLT.

DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer digne-se Vossa
Excelência em:

a) Citação do Reclamada na pessoa do seu


representante legal, no endereço anteriormente mencionado, para, querendo,
contestar a presente, no prazo legal, sob pena de revelia e confesso;

b) A procedência da presente ação, para


condenar a Reclamada a pagar, conforme notas fiscais acostadas o valor da
prestação dos serviços de R$ XXXX;

c) Condenar ainda, nos termos do artigo 27 da


Lei de Representação comercial, a indenização por rompimento do contrato, no
valor de R$ xxxx;

d) A produção de todas as provas em direito


admitidas, inclusive o depoimento pessoal da Reclamada, documental e
testemunhal, cujo rol oportunamente será apresentado em juízo;

e) Concessão do benefício da gratuidade da


justiça, na forma que autorizada pelo do artigo 99 do Novo Código de Processo
Civil, requerem o deferimento de benefício da assistência judiciária gratuita;

f) condenação do requerido nas custas


processuais e honorários de advocacia e honorários de advogado no montante
de 15% do valor da causa, sendo o valor de R$ xxxx.

Dá-se à causa o valor de R$ .....

Termos em que

Pede Deferimento.

São Paulo, 000 de março de 2018.


Advogado (a)

OAB/SP 00000

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