AO JUÍZO DA VARA DO TRABALHO DE ...

(NOME COMPLETO DA PARTE AUTORA), nacionalidade, estado

civil, profissão, portador da carteira de identidade n° …., expedida pelo
…, inscrito no CPF/MF sob n° …, endereço eletrônico, residente e
domiciliado na ... qualificar conforme (artigo 319 do CPC), por
intermédio de seu advogado in fine, com escritório estabelecido em...,
onde recebe as notificações e intimações de praxe, vem
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos
artigos 840, §1°, da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, e 319
do Código de Processo Civil -CPC propor a presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA,

Rito Ordinário

em desfavor da Empresa 171 LTDA (qualificar) pelos motivos que

passa a expor:

Da Justiça Gratuita

§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos

tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a
requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita,
inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que
perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento)
do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social.

Conforme será abordado a seguir a última remuneração da

reclamante totalizou R$ 3.000,00 (três mil reais) cabendo destacar
que, no momento encontra-se desempregado, conforme declaração e
extratos bancários em anexo, não possuindo, no momento, qualquer
fonte de renda.

Dessa forma, requer aplicação do art. 790, § 3º da CLT, tendo em

vista que a reclamante percebia salário inferior a 40% (quarenta por
cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social, e que no momento encontra-se desempregado,
merece ser concedido, de plano, o benefício da Justiça Gratuita,
dispensando a mesma do recolhimento de custas, honorários
periciais, honorários advocatícios à parte contrária, em caso de
sucumbência, e emolumentos.

DOS FATOS

I. O Reclamante foi admitido pela Reclamada, no dia 01/04/2016, para

atuar na função de contador, percebendo como última remuneração o
valor de R$ 3.000,00 (três mil reais).
II. Dessa forma, o Reclamante laborava de segunda a sábado, das 08:00
até às 20:00 horas, com uma hora de intervalo. O repouso semanal
remunerado era sempre concedido aos domingos e o reclamante não
laborava nos feriados.
III. Isto posto, esclarece-se que o reclamante foi dispensado sem justa
causa, no dia 01/05/2020, não recebendo horas extras durante a
vigência do contrato de trabalho, em virtude do seu serviço suplementar,
além disso, não gozou férias e tampouco recebeu gratificação natalina
durante todo o período trabalhado ou quaisquer verbas rescisórias.
DO DIREITO

1) DA JORNADA DE TRABALHO - HORAS EXTRAS

Desde a data de sua admissão a reclamada, prestou durante todo o período de

trabalho, serviço em horário que supera a sua jornada de trabalho, visto que
laborava das 08:00 até às 20:00, com uma hora de intervalo, de segunda a
sábado. Horas essas que o reclamante não recebeu. O que contraria o
Disposto no Art. 58 e Art. 59 da CLT. Dessa forma, o reclamante faz jus a 22
horas extras semanais, considerando a jornada máxima de 44horas semanais.

2) DAS FÉRIAS VENCIDAS, SIMPLES E PROPORCIONAIS.

 Além disso, ressalta-te que o reclamante não gozou de férias na

vigência do contrato de trabalho. Por isso, requer o pagamento referente
aos períodos concessivos vencidos, a serem pagos em dobro consoante
disposto no Art. 146 da CLT. O pagamento das férias simples à luz do
art. 134, da CLT. Requer, ainda, o pagamento das férias proporcionais.
Todas elas acrescidas de 1/3, conforme previsto art. 7, XVII, da CF/88.

3) Gratificação natalina

 Destaca-se, também que o reclamante não recebeu a gratificação

natalina, durante todo o período laborado. Isto posto, solicita-se o
pagamento do 13° salário e proporcionais - ano corrente – art. 7, VIII, da
CF
 4) Aviso prévio

Ademais, não houve o pagamento do aviso prévio indenizado, conforme

previsto art. 487, § 1°, da CLT e Lei 12.506/11, art. 1º. Conforme data de
admissão e respectiva data de dispensa, o reclamante faz jus a 42 dias
de aviso prévio indenizado.

5) Da demissão sem justa causa

O reclamante foi dispensado, sem justa causa, mas também não

recebeu o valor da multa, calculada no montante de 40% sobre o FGTS,
consoante previsto no § 1º do art. 18, da lei 8.036/1990.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto acima, requer pela procedência dos pedidos e

ainda, que a reclamada seja condenada a pagar ao reclamante:

 Horas extras acrescidas de 50% por x horas diárias, bem como, reflexos
e integrações em DSR`s e feriados, bem como as suas repercussões
em aviso prévio, férias, 13°s, depósito do FGTS e multa de 40% dos
depósitos.
 Férias vencidas pagas em dobro (colocar período)
 Férias simples (colocar período)
 Férias proporcionais acrescidas de 1/3 (colocar período)
 Aviso prévio proporcional indenizado e sua projeção nas demais verbas
 Pagamento da multa de 40% sobre o FGTS.
 DOS REQUERIMENTOS: 

A. A notificação da Reclamada para que compareça em audiência

a ser designada por V. Exa sob pena de confissão e revelia.

B. A concessão da gratuidade de Justiça com base no artigo 790, §

3° da CLT.

C. D) seja o reclamado compelido a juntar aos Autos, Guias de

Recolhimento Mensal e Relação de Empregados do FGTS, para
comprovação dos recolhimentos efetuados, demonstrativos de
pagamento, relativos ao período de vigência do Contrato de
Trabalho, nos termos dos artigos 355 e 359 do CPC.

I) Liberação das guias para o recebimento do FGTS e seguro

desemprego sob pena de indenização substitutiva.

j) A condenação da Reclamada ao pagamento de custas

judiciais e honorários advocatícios de 15% sobre o valor bruto da
condenação, conforme determina o artigo 791-A, da CLT.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em

direito admitidas, notadamente pelo depoimento do representante
legal da Reclamada sob pena de confissão, prova testemunhal,
juntada de novos documentos, perícias, vistorias, etc. (artigos 369 e
seguintes do NCPC)

Dar-se à Causa o valor de R$ liquidar os valores se a

questão estiver requerendo..

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local...data...
Advogado...

OAB/...nº...