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Ação de Divórcio – Pensão Alimentícia – Partilha de

bens - De acordo com o NOVO CPC


EXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ(A) DE DIREITO DA .......
VARA DA FAMÍLIA E DAS SUCESSÕES DA COMARCA
DE ......

Processo nº 0000000-00.0000.0.00.0000 

                        (Nome Completo), (nacionalidade), (estado


civil), (profissão), portador(a) da cédula de identidade n°
(informar) e do CPF nº (informar), residente e domiciliado(a) à
(endereço completo), vem, respeitosamente perante V. Exa.,
por sua advogada e procuradora que a esta subscreve
(documento anexo), para

CONTESTAÇÃO À AÇÃO DE DIVÓRCIO c.c.PENSÃO


ALIMENTÍCIA E PARTILHA DE BENS

À AÇÃO DE DIVÓRCIO,  que lhe é movida por (Nome


Completo), o que faz por essa e na melhor forma de direito,
contestando e impugnando a inicial, em todos os seus
termos, bem assim os documentos a ela acostados:

1. DOS FATOS ALEGADOS NA INICIAL:

Pretende a requerente, via Ação de Divórcio c.c Pensão


Alimentícia e Partilha de bens:

1) A decretação do divorcio por já estarem separados de fato.


2) A partilha dos bens adquiridos  ante o esforço comum do
casal: (descrever)

3) E finalmente a fixação  de pensão alimentícia  no valor


equivalente a (descrever).

2. DOS BENS PARTILHAVEIS: (descrever)

3. DAS QUOTAS DA EMPRESA: (descrever)

4. DO DIREITO:

O requerido nada tem a opor  quanto a homologação do


divórcio.

As partes são casadas sob o regime de comunhão parcial de


bens, portanto a requerente  faz jus a 50% (cinquenta por
cento) dos bens adquiridos na constância do casamento,
mencionados no item 2 e 3.

5) DOS BENS NÃO COMUNICÁVEIS (descrever)

O Art. 1659, I, do Código Civil prevê:

Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:


I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe
sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou
sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;

No entendimento de nossos tribunais,   transcrevemos a


Jurisprudência:

“(TJ-RS - AI: 70041425117 RS , Relator: André Luiz Planella


Villarinho, Data de Julgamento: 08/06/2011, Sétima Câmara
Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia
14/06/2011)
CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. SEPARAÇÃO CONVERTIDA EM
DIVÓRCIO. PARTILHA. POSSIBILIDADE. BEM DOADO.
REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL DE BENS. - Debate sobre
a comunicabilidade de doação de numerário para a quitação
de imóvel adquirido pela recorrente, em casamento regido
pela comunhão parcial de bens. - O regime de comunhão
parcial de bens tem, por testa, a ideia de que há
compartilhamento dos esforços do casal na construção do
patrimônio comum, mesmo quando a aquisição do
patrimônio decorre, diretamente, do labor de apenas um dos
consortes. - Na doação, no entanto, há claro descolamento
entre a aquisição de patrimônio e uma perceptível
congruência de esforços do casal, pois não se verifica a
contribuição do não-donatário na incorporação do
patrimônio. - Nessa hipótese, o aumento patrimonial de um
dos consortes prescinde da participação direta ou indireta do
outro, sendo fruto da liberalidade de terceiros, razão pela
qual, a doação realizada a um dos cônjuges, em relações
matrimonias regidas pelo regime de comunhão parcial de
bens, somente serão comunicáveis quando o doador
expressamente se manifestar neste sentido e, no silêncio,
presumir-se-á feitas apenas ao donatário. - Recurso provido
com aplicação do Direito à espécie, para desde logo excluir o
imóvel sob tela, da partilha do patrimônio, destinando-o,
exclusivamente à recorrente.” Grifo nosso.

Portanto não procedem a exigência quanto a quota


hereditária dos imóveis, pela falta de determinação do
doador.

6. DOS ALIMENTOS

A requerente sempre auferiu renda própria e atualmente está


trabalhando, portanto não necessita dos alimentos
pleiteados.

Portanto não assiste a requerente o direito que refere a


alimentos, haja vista os seguintes julgados:

1)”DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO DE ALIMENTOS. EX-


ESPOSA. NÃO CABIMENTO. INOBSERVÂNCIA DO BINÔMIO
NECESSIDADE-POSSIBILIDADE. Incabível a pensão
alimentícia à ex-esposa quando não for observado o binômio
legal, necessidade do alimentado/possibilidade do
alimentante. (TJ-MG 100240780728240011 MG
1.0024.07.807282-4/001(1), Relator: SILAS VIEIRA, Data de
Julgamento: 19/03/2009, Data de Publicação: 12/05/2009,
undefined)”.

2)”APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE


ALIMENTOS. UNIÃO DESFEITA HÁ MAIS DE VINTE ANOS.
EX-ESPOSA APOSENTADA. AUSÊNCIA DE ELEMENTOS
QUE INDIQUEM NECESSIDADE DE ALIMENTOS PARA
PROVER O PRÓPRIO SUSTENTO. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO. Os alimentos devidos entre ex-cônjuges,
decorrentes do dever de mútua assistência, são concedidos
ad necessitatem e não têm por escopo manter o padrão de
vida antes desfrutado pelo casal, nem garantir ao beneficiário
a mesma condição econômico-financeira do obrigado
(Apelação Cível n. , de Tubarão, rel. Des. Luiz Carlos
Freyesleben, j. 23-6-2010)”.

3)’’(TJ-SC - AC: 418332 SC 2010.041833-2, Relator: Stanley


da Silva Braga, Data de Julgamento: 01/06/2011, Sexta
Câmara de Direito Civil, Data de Publicação: Apelação Cível
n. , da Capital) AGRAVO DE INSTRUMENTO. UNIÃO
ESTÁVEL. AÇÃO DE ALIMENTOS. EX-ESPOSA. AUSÊNCIA
DE DEMONSTRAÇÃO DA NECESSIDADE. PESSOA JOVEM E
APTA PARA O TRABALHO. Cabível a fixação de alimentos
provisórios em favor da companheira, baseado no dever de
mútua assistência. No entanto, é imprescindível a prova
inequívoca da possibilidade econômica do alimentante e da
efetiva necessidade da alimentanda. Na ausência, nesta fase,
de elementos que respaldem a alegação de necessidade da
autora, que é pessoa jovem e apta para o trabalho, já tendo
exercido atividade laboral, descabe a fixação de verba em seu
favor”.

               
O Ministro Marco Buzzi, integrante da Quarta Turma do STJ,
em seu livro Alimentos Transitórios: uma obrigação por tempo
certo, afirma que os alimentos são devidos apenas para que o
alimentando tenha tempo de providenciar sua independência
financeira. “Atualmente, não mais se justifica impor a uma
das partes integrantes da comunhão desfeita a obrigação de
sustentar a outra, de modo vitalício, quando aquela reúne
condições para prover a sua própria manutenção”.

Conforme entendimento jurisprudencial abaixo citado:

“Ao julgar um recurso oriundo do Rio de Janeiro, em 2011, a


Terceira Turma reafirmou que o prazo fixado para o
pagamento dos alimentos deve assegurar ao cônjuge
alimentando tempo hábil para sua inserção, recolocação ou
progressão no mercado de trabalho, que lhe possibilite
manter pelas próprias forças status social similar ao período
do relacionamento (REsp 1.205.408)”. 

               

 7. DOS PEDIDOS

Em face do exposto, requer seja julgado:

a)   procedente o pedido de divorcio;

b)   procedente a partilha do contido no item 2 e 3 da


contestação, 50% (cinquenta por cento) para a Requerente;

c)   totalmente improcedente os demais pedido feitos pela


Requerente;

d)   e finalmente requer o pagamento das custas, despesas


processuais e honorários advocatícios.

Provará o alegado por todos os meios de provas em


direito admitidos e pertinentes à espécie.

                                           
Termos em que

 P. Deferimento
                        Localidade, (dia) de (mês) de (ano)
                                      
                               ADVOGADO
                            OAB/XX número

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