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Capa

sa
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direito
y
an

Internacional
ne
58

privado
@
gm
ai
l.c
om

Página 1 de Nova Seção 1


Sumário

direito internacional privado


sumário
→ Casamento e divórcio no DIPR: Página 05
↳ Capacidade para casar: Página 05
↳ Casamento realizado no Brasil: Página 06
↳ Casamento realizado no exterior: Páginas 06 e 07
↳ Casamento consular: Página 07
↳ Casamento consular de brasileiros no exterior: Página 07
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↳ Casamento consular de estrangeiros no Brasil: Página 07


↳ Casamento por procuração: Página 08
ra

↳ Lei aplicável ao regime de bens: Página 08


↳ Efeitos pessoais do casamento: Página 08
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↳ Invalidade do casamento: Página 09


↳ Divórcio: Página 10
y

↳ Divórcio consensual consular: Página 10 e 11


an

↳ Divórcio consensual puro e qualificado: Páginas 11 e 12


ne

→ Relações parentais no Dipr: Página 13


↳ Filiação: Página 13
58

↳ Guarda de filhos: Página 14


↳ Direito de visita: Páginas 14 e15
↳ Alimentos: Página 15 e 16
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↳ Sequestro internacional de crianças: Página 16 a 18


gm

→ Sequestro internacional de crianças: Página 19


Objetivos da convenção: Páginas 19 ao 21
ai
l.c
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Stickers: FreePik

Página 2 de Nova Seção 1


Sumário

direito internacional privado


sumário
→ Adoção: Página 22
Questão da nacionalidade: Página 22
Convenção Interamericana sobre Conflito de Leis em Matéria de Adoção de Menores (1984): Página 23 a 25
Convenção Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional (1993): Página 25 e 26
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Direito Internacional Privado brasileiro da adoção: Página 26 e 27


Adoção por estrangeiros na Constituição de 1988 e no ECA: Página 27 e 28
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Resumo: Página 28 e 29

→ Direito das sucessões no DIPR: Página 30


ra

Princípio da universalidade sucessória: Páginas 30 e 31


Desuso (de facto) e insubsistência (de jure) da regra: Página 31
y

Bens imóveis localizados no estrangeiro: Páginas 31 e 32


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Equalização de direitos na partilha dos bens: Página 32


Sucessão de bens de estrangeiros situados no País: Página 32
ne

Capacidade para suceder: Páginas 32 e 33


Execução de testamento celebrado no estrangeiro: Página 33
58

Lei aplicável à forma: Página 33

→ Direito das obrigações e contratos. Página 34


@

Obrigação proveniente de contrato: Página 34 e 35


Obrigação no exterior destinada à execução no Brasil: Página 35
gm

Obrigações por atos ilícitos: Página 35


Tratados internacionais: Página 35 e 36
Flexibilização pela lex damni: Página 36
ai

Obrigações ex lege: Página 36


l.c
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Stickers: FreePik

Página 3 de Nova Seção 1


Sumário

direito internacional privado


sumário
→ Pessoas jurídicas no DIPR: Página 37
Lei Aplicável: Página 37
Nacionalidade da empresa: Página 37
Reconhecimento e funcionamento da empresa estrangeira: Página 37
Limites de operação no Br: Páginas 37 e 38
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→ Direito processual internacional; Página 39


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Introdução: Página 39
Natureza das normas de direito processual internacional: Página 39
ra

Fontes do direito processual civil internacional: Página 39


Lex fori; Lex Diligentiae e lex causae: Páginas 39 e 40
y

→ Cooperação jurídica internacional: Página 41


an

Introdução: Página 41
Carta rogatória: Páginas 41 e 42
ne

Cooperação judiciária internacional: Página 42


Homologação de sentença estrangeira: Página 43
58

Requisitos: Páginas 43 e 44

→ Condição jurídica do estrangeiro: Página 45


@

Conceito de estrangeiro: Página 45


Regulamentação: Página 45
gm

Admissão e ingresso de estrangeiro: Página 45


Tipos de visto: Páginas 45 a 47
Direitos dos estrangeiros: Páginas 47 e 48
ai

Exclusão do estrangeiro: Páginas 48 a 50


Extradição: Páginas 49 e 50
l.c

Fases ( sistema judiciário de extradição): Página 50 a 54


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Art./Súmulas
Gmail: sararayanne58@gmail.com/ Instagram: sararayanne58 Observações
Títulos
Aula 01- Casamento e Divórcio Atenção
Subtítulos

Aula 01
Casamento e divórcio no DIPR: - Por exemplo: umas pessoa/jovem com dezoito anos de
idade é habilitado a se casar no Brasil, entretanto em
sa

- É de extrema importância analisarmos tais fenômenos dentro algumas leis estrangeiras o mesmo pode ser
do direito internacional privado, principalmente pela enorme considerado menor.
ra

constância com que pessoas de nacionalidades e domicílios


- Há também outros fatores que a lei de domicilio deve
distintos casam-se.
tratar como de ordem pública, como: doença mental,
- Casamentos no estrangeiro de domiciliados no Brasil.
ra

loucura ou exercício de determinadas funções ou


- E casamentos no Brasil de pessoas domiciliadas no estrangeiro. cargos.
- QUAL LEGISLAÇÃO DEVE SER APLICADA E UTILIZADA A ESSA
y

RELAÇÃOJURÍDICA?
an

QUAL A LEI DEVE SER APLICADA QUANTO


AOS IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS?
ne

Deve ser verificado a lei do local de


CAPACIDADE celebração(lex loci celebrationis), e não
+
58

referente a lei do domicilio.


FORMALIDADES
(HABILITANTES E CELEBRANTES)
@
gm

Art. 7°.LINDB=
A lei do país em que domiciliada a
ai

- AS NORMAS DE DPR EM RELAÇÕ AO CASAMENTO TEM pessoa determina as regras sobre


IMPORTÂNCIA PARA A PRECIAÇÃO DE SUA VALIDADE EM o começo e o fim da personalidade,
l.c

RELAÇÕES INTERJURISDICIONAIS. o nome, a capacidade e os direitos


- Se atentar para a união estável. de família.
Analisaremos o casamento ocorrido no brasil e no exterior, o
o

-
casamento consular, o casamento por procuração, a lei
m

aplicável ao regime de bens e a invalidade matrimonial. Art.7°;§1°;LINDB=


Realizando-se o casamento no Brasil,
 Capacidade para casar: será aplicada a lei brasileira quanto aos
- A capacidade para casar(contrair matrimônio), é estabelecida impedimentos dirimentes e às
pela lei pessoal de domicílio de cada nubente. formalidades da celebração.
- A lei que estabelece esse ideal é a LINDB em seu Art.7°.caput.
- Já a forma é estabelecida pela lei do local de
celebração(Art.7°,LINDB;§1°).
- A lei do local de celebração, pode ter regra diferente
enquanto a capacidade, mas a que deve ser avaliada é a de
domicilio dos mesmos.

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- Obedecidas as formalidade habilitantes e celebrantes
Continuação da lei brasileira , será portanto válido do Brasil e em
todos os países, em relação ao princípio do direito
 Casamento realizado no Brasil: adquirido n exterior.
- Como já elucidado no Art.7;§1° da LINDB,as formalidades
habilitantes e celebrantes serão regidas pela lei do local de  Casamento realizado no exterior:
celebração, observado por cada legislação. - E QUANTO AOS CASAMENTO DE BRSILEIROS OU
- Cada ordem jurídica/Estado chama para si a competência ESTRANGEIROS DOMICILIADOS NO BRASIL, QUAL LEI
quanto as formalidades habilitantes e celebrantes do SERÁ APLICADA? A resposta é clara, pois se como
matrimônio. dito, os casamentos celebrados no brasil, deve se
- Evitar casamentos à margem da lei. respeita a lei local, nada que mais lógico que aplicar a
lei do local da celebração.(lex loci celebrationis),pois
CÓDIGO DE BUSTAMANTE x CONVEÇÃO DE HAVANA cada pais tem uma norma quanto as formalidades.
- Assim o casamento no estrangeiro, seja como for a
sa

- O código de Bustamante em seus Arts. 36° e 37°,dispõe, modalidade ,será plenamente válido no Brasil, e a
que os nubentes estão sujeitos a lei pessoal/domicílio quanto recíproca é verdadeira.
ra

a capacidade de contrair matrimônio, devendo ainda provar - O casamento de brasileiros no estrangeiros,


e certificar, ao consentimento mediante certidão pela entretanto deve ser registrado perante autoridade
autoridade local/paterna.
ra

brasileira(habilitação reguladas no Código Civil).


- CONDIÇÕES JURÌDICAS QUE DEVE PRECEDER A CELEBRAÇÃO
DO MATRIMONIO:CÓDIGO DE BUSTAMANTE..
y an

Art. 1.544°;CC=
Art. 36°= O casamento de brasileiro, celebrado no
ne

Os nubentes estarão sujeitos á sua lei estrangeiro, perante as respectivas


pessoal, em tudo quanto se refira á autoridades ou os cônsules brasileiros, deverá
capacidade para celebrar o matrimonio, ao
58

ser registrado em cento e oitenta dias, a


consentimento ou conselhos paternos, aos contar da volta de um ou de ambos os
impedimentos e á sua dispensa. cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo
@

domicílio, ou, em sua falta, no 1 o Ofício da


Capital do Estado em que passarem a residir.
gm

Art. 37°=
Os estrangeiros devem provar, antes de casar, que
preencheram as condições exigidas pelas suas leis Art.9°; §1°;LINDB=
ai

pessoais, no que se refere ao artigo precedente. Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-
Podem fazê-lo mediante certidão dos respectivos se-á a lei do país em que se constituírem.
l.c

funcionários diplomáticos ou agentes consulares ou § 1 Destinando-se a obrigação a ser executada


por outros meios julgados suficientes pela no Brasil e dependendo de forma essencial,
autoridade local, que terá em todo caso completa será esta observada, admitidas as
o

liberdade de apreciação. peculiaridades da lei estrangeira quanto aos


m

requisitos extrínsecos do ato.

- A norma brasileira é adepta a regra locus regit actum(lugar


rege o ato).
- A intenção da norma, é preservar o casamento de qualquer
fraude, buscar o respeito ao direito brasileiro(Código Civil).
- Observar a lex fori (lei do foro/local).

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Continuação
Art.7°;§2°;LINDB=
- Porém, muito embora exista a previsão constitucional de O casamento de estrangeiros poderá
respeito ao direito adquirido, tal premissa, ao menos no celebrar-se perante autoridades
Brasil, não é absoluta, visto que não será reconhecido o diplomáticas ou consulares do país de
direito adquirido nos casos em que se entenda haver ambos os nubentes.
ofensa à ordem pública, aos bons costumes e à soberania
nacional. Logo, não se reconhece no Brasil, casamentos
ocorridos no exterior entre um homem e várias mulheres,
ainda que tal prática seja legal em cerca de cinquenta
países. Assim, se um cidadão árabe que possui duas PORTANTO NÃO PODERÁ E NÃO SERÁ VÁLIDO OS
esposas legítimas cujos casamentos ocorreram na Arábia
-
CÔNSULES CELEBRAR CASAMENTO DE UM
sa

Saudita, onde permite-se a poligamia, estabelecer sua NACIONAL E UM ESTRANGEIRO.(POR QUESTÃO DE


residência no Brasil, não poderá ter reconhecido seus dois SOBERANIA), PORÉM PODERAM CASAR SOB
casamentos, tendo assim afetados os seus direitos outrora
ra

AUTORIDADE LOCAL,DESDE QUE NÃO SEJA


adquiridos em seu país natal. IMPOSTA FORMALIDADES IMPOSSÍVEIS DE SEREM
ra

CUMPRIDAS, QUE OS NUBENTES NÃO CONCORDAM,


 Casamento consular: SENDO PORTANTO IMPOSSÍVEL O CASAMENTO
- Tanto brasileiros no exterior quanto estrangeiros no brasil POR FALTA DE BASE JURÍDICA.
y

podem casar perante autoridades consulares de seus Questão de reciprocidade entre os Estados
an

-
respectivos países. soberanos em função do casamento consular.
- LEI NACIONAL DOS NUBENTES. - Mesmo havendo casamento consular há a
- EM XCEÇÃO A REGRA GERAL LEX LOCI CELEBRATIONIS. necessidade de registro em 180 dias no brasil.
ne

- Para evitar constrangimentos em caso de imposição de


algumas regras.  Casamento consular de estrangeiros no Brasil:
58

- Art.5°; da convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas - Da mesma forma que é permitido aos brasileiros
de 1963. casarem em repartição consular ou diplomática
(perante autoridades brasileiras),podem os
@

 Casamento consular de brasileiros no exterior: estrangeiros igualmente fazerem.


- Interesse da autoridade celebrante.(soberania).
gm

- No Brasil, portanto podem ser feitas diversas


formas de casamento por forma diversa da
legislação brasileira, pois cada Estado tem um
Art. 18°;LINDB=
ai

interesse e entendimento diverso(legislação de


Tratando-se de brasileiros, são competentes origem).
as autoridades consulares brasileiras para
l.c

lhes celebrar o casamento e os mais atos de


Registro Civil e de tabelionato, inclusive o
o

registro de nascimento e de óbito dos filhos


de brasileiro ou brasileira nascido no país da PODEM,CONTUDO DOIS ITALIANO,QUE
m

sede do Consulado. SÃO TAMBÉM BRASILEIROS EM RAZÃO


DE DUBLA NACIONALIDADE CASAR-SE
PERANTE AUTORIDADE CONSULAR?
A resposta é não!!!!!
- Assim cônsules de carreira, podem celebrar casamento de
nubentes de nacionalidade brasileira, independendo lugar de
seu domicílio.
- ENTRETANTO DEVE-SE OBSERVAR QUE OS NUBENTES
PRECISAM TER NACIONALIDADE BRASILEIRA(SEJA
ORIGINÁRIA OU DERIVADA).

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Continuação
Art.7°;LINDB= § 4o
 Casamento por procuração: O regime de bens, legal ou convencional,
- Existe uma certa divergência quanto a sua definição. obedece à lei do país em que tiverem os
nubentes domicílio, e, se este for diverso, a
do primeiro domicílio conjugal.

SE ALGUÉM,DOMICILIADO EM PAÍS QUE


IMPEDE TAL MODALIDADE,PASSA UMA DOS CONTRACTOS MATRIMONIAES EM
PROCURAÇÃO PARA OUTREM A FIM DE RELAÇÃO AOS BENS
CASAR-SE COM CONSORTE DOMICILIADO Art. 187°=Os contractos matrimoniaes
sa

NO Brasil, QUAL A LEI APLICÁVEL AO regem-se pela lei pessoal commum aos
CASAMENTO ASSIM CELEBRADO? contractantes e, na sua falta, pela do
primeiro domicilio matrimonial.
ra
ra

- Dolinger explica que essa questão está ligada de maneira


substancial, ligada à capacidade, à manifestação da vontade
y

para casar, deve aplicar-se a lex causae e considerar que DOMICÍLIO COMUM x PRIMEIRO DOMICÍLIO
an

o casamento não foi regularmente celebrado, devendo ser DOS NUBENTES MATRIMONIAL
invalidado;
- ENTRETANTO FOI TRATADO COMO FORMA DE - Convenção da Haia a Lei aplicável aos Regimes
ne

CELEBRAÇÃO, APLICANDO- SE ASSIM A LEX LOCI Matrimoniais.


CELEBRATIONIS, A LEI BRASILEIRA POR SER PLENAMENTE - NÃO TERÁ NENHUMA INFLUÊNCIA A EVENTUAL
VÁLIDO A FORMA DE CELEBRAÇÃO POR PROCURADOR.
58

MUDANÇA POSTERIOR DE DOMICÍLIO.


- O mesmo deve ser realizado por etapas. - PARA ALGUNS DOUTRINADORES O MAIS CERTO
SERIA TER A LEI DO LOCAL DE CELEBRAÇÃO DO
@

Lex fori X lex causae ATO, AO QUE SE REFERE AO REGIME DE BENS, AFIM
- Apesar do Brasil aceitar, o mesmo não poderá ser DE EVITAR POSSÍVEIS FRAUDES. PRINCIPALMENTE
realizado no Brasil, exceto por tratado internacional em POR SE TRATAR DE FASE PRELIMINAR E NÃO
gm

contrário. POSTERIORE,POIS O DOMICÍLIO CONJUGAÇ SERÁ O


- Outro fator é que apesar do impedimento da lex causae de SUBSEQUENTE.
haver casamento por procuração não viola nossa "ORDEM - No brasil há uma certa liberdade para os cônjuges
ai

PÚBLICA". estipularem qual regime lhes é mais benéfico.


- NADA IMPEDE QUE O PAÍS A QUALIFIQUE COMO UMA - O tema também é ressalvado no código Civil quanto a
l.c

QUESTÃO SUBSTÂNCIAL, QUALIFICADA PELA LEX FORI. prova de mudança de domicílio no Art.74°CC, em
- PARA SER VÁLIDO NO BRASIL,DEVE A LEI PESSOAL DO como sobre o processo de habilitação para o
o

OUTORGANTE PERMITIR EXPRESSAMENTE.. casamento em seu Art.1525°IV;CC.


- APOSTILAMENTO:DE REGIME DE COMUNHÃO
m

 Lei aplicável ao regime de bens: PARCIAL DE BENS,RESPEITANDO O DIREITO DE


- Ao que se refere ao regime de bens no casamento, a TERCEIROS;
LINDB determina em seu Art.7°;§4°.que deve se observar
à lei do país em que os nubentes estão domiciliados, se  Efeitos pessoais do casamento:
esse for diverso, à lei do primeiro domicílio conjugal. - A LINDB não contém disposições expressas sobre o
- Assim como o Código de Bustamante em seu Art.187°: assunto.
- Sendo evidente que o domicílio conjugal é o da época da - Entretanto se nos valermos da lei nacional (domiciliar)
celebração ou estabelecimento. para tratar das relações dos cônjuges.
- Em respeito ao princípio da ordem pública.

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- Ora, se o casamento foi validamente realizado à luz
Continuação de certe ordem jurídica, não poderá a lei de
terceiro Estado determinar a regência de sua
 Invalidade do casamento: possível invalidade, que poderá ter lugar em
- No que se refere à invalidade do casamento, é estabelece a situações adversas às estabelecidas pela lex loci
LINDB, em seu Art.7°;§3°. celebrationis.

- Por todos esses motivos é que o STF, em 1972,


declarou como não escrita a regra do art. 7°, § 3°,
Art. 7°;§3°;LINDB= da LINDB, ao entender que a lei-regente da
Tendo os nubentes domicílio diverso, invalidade do casamento só poderá ser a lex loci
regerá os casos de invalidade do celebrationis, mesmo para eventos ocorridos depois
matrimônio a lei do primeiro domicílio das núpcias, nestes termos: Tendo a nova lei
conjugal.
sa

adotado o princípio domiciliar para reger, entre


outros, os direitos de família (art. 7°), ao contrário
da antiga, para quem a lei pessoal era, não a do
ra

domicílio, mas a da nacionalidade, o legislador resolveu


A norma é profundamente criticada, por se afastar do que é estender o princípio domiciliar aos casos de
ra

-
estabelecido no Código de Bustamante, em seu Art.47°. invalidade do matrimônio (art. 7°, § 3°), esquecido de
- A lei deverá ser aplicada independentemente do lugar de que, enquanto a lógica não for sepultada, a validade
y

celebração observando apenas o domicilio conjugal.(sendo ou invalidade de um ato só pode ser aferida em face
da lei a que ele obedeceu. (.. ) Que fazer então? Ter o
an

portanto incongruente e sem lógica essa ideia posta pelo


legislador, de reger a invalidade por lei estranha, a do lugar de preceito como inaplicável, por impossibilidade lógica,
celebração). e, assim, como não escrito.
ne
58

Código de Bustamante
Art. 47°= A nulidade do matrimônio deve
@

regular-se pela mesma lei a que estiver


submetida a condição intrínseca ou
extrínseca que a tiver motivado.
gm
ai

- Na prática o que o disposto deixa a


entender(incongruentemente) é o seguinte: um casal contrai
l.c

núpcias num país, à luz de suas regras jurídicas e, tão logo se


casam, fixando domicílio em outro país, neste caso só podendo
o

pela lei deste último- que é país totalmente estranho ao lugar da


celebração do matrimonio- discutir a validade do casamento
m

realizado alhures.
- Para Almicar de Castro, à redação do dispositivo foi infeliz, pois
ao invés de tratar sobre a validade, preferiu acolher a invalidade.
Pois para ele, não se pode realizar o casamento por um direito,
e anulá-lo por outro: e que nenhum casamento pode ser
celebrado em um pìs para valer apenas fora desse país.
- Além dele Dolinger, a incongruência de ter a LINDB determinado
a aplicação de uma lei de um país B para uma falha formal ou
substancial prevista em sua legislação que tenha ocorrido em um
casamento celebrado quando os nubentes ainda eram
domiciliados neste país B.

Página 9 de Nova Seção 1


Continuação
 Divórcio:
Art. 7°;§ 6°; LINDB=O divórcio realizado no
- Os casais (nacionais ou estrangeiros) que contraíram núpcias
estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem
no Brasil e aqui se domiciliam terão – salvo eleição de foro brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois
estrangeiro, com a anuência de ambos – de submeter-se à de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se
competência da autoridade brasileira para aqui se divorciar. houver sido antecedida de separação judicial por
- O STF, por sua vez, baseado em tais elementos, entendeu igual prazo, caso em que a homologação
ser a Justiça norte-americana incompetente para a prolação produzirá efeito imediato, obedecidas as
da sentença de divórcio, vez que era o casal domiciliado no condições estabelecidas para a eficácia das
Brasil, pelo que somente a Justiça brasileira teria competência sentenças estrangeiras no país. O Superior
sa

para Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento


conhecer da ação; entendeu o tribunal, além do mais, não ter interno, poderá reexaminar, a requerimento do
ra

havido foro de eleição, por faltar a concordância da esposa. À interessado, decisões já proferidas em pedidos
conta disso, negou-se a homologação da sentença norte- de homologação de sentenças estrangeiras de
americana de divórcio em razão, entre outras, da divórcio de brasileiros, a fim de que passem a
ra

incompetência do juízo. produzir todos os efeitos legais.


y

CASADOS NO BRASIL + DOMICILIADOS = NÃO ADMITE


DIVÓRCIO
an

FORA - O art. 226°, § 6°, da Constituição Federal de 1988,


cuja redação original dispunha que “ casamento civil
ne

pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia


- Por sua vez, casais domiciliados no Brasil cujo casamento separação judicial por mais de um ano nos casos
tenha sido realizado no exterior podem eleger a autoridade expressos em lei, ou comprovada separação de
58

brasileira como competente para decidir sobre a separação fato por mais de dois anos”, foi posteriormente
ou o divórcio. Em tais casos, aceita-se a competência da alterado (em 13.07.2010) pela Emenda
Constitucional no 66, passando a dizer,
@

autoridade brasileira para tanto, à luz da regra domiciliar


prevista no art. 7° da LINDB. Evidentemente que poderá o simplesmente, que “casamento civil pode ser
casal optar pela realização do divórcio no país em que dissolvido pelo divórcio”, sem qualquer referência a
gm

celebrado o casamento, em razão da lex loci celebrationis prazo para a dissolução.


(especialmente se o Estado em causa adota o critério da
nacionalidade como determinante do estatuto pessoal). - O divórcio realizado alhures somente não produzirá
ai

efeitos perante a nossa ordem jurídica se houver


CASADO EM OUTRO + DOMICILIADO = PODE PROCESSAR violação à ordem pública, a teor do que dispõe o
l.c

PAÍS NO BRASIL DIVÓRCIO NO art. 17 da LINDB, segundo o qual “ leis, atos e


BRASIL sentenças de outro país, bem como quaisquer
declarações de vontade, não terão eficácia no
o

- Optando, porém, por divorciar-se no Brasil, nada há que Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a
m

impeça o conhecimento da demanda perante a Justiça ordem pública e os bons costumes”.


brasileira, bastando, para tanto, que apenas um dos cônjuges
seja domiciliado no Brasil.97 Ao juiz, porém, poderão aparecer  Divórcio consensual consular:
duas - A partir da entrada em vigor da Lei no
questões de DIPr a serem, de plano, verificadas: a relativa à 11.441/2007, possibilitou-se no Brasil a realização
validade do ato realizado no estrangeiro (à luz da regra locus de inventário, partilha, separação consensual e
regit actum) e a relativa à regra aplicável ao regime de bens divórcio consensual pela via administrativa
(LINDB, art. 7o, § 5o). (extrajudicial).

- Se o divórcio realizou-se no estrangeiro, sendo um ou ambos


os cônjuges brasileiros, dispõe o art. 7°, § 6°, da LINDB,que:

Página 10 de Nova Seção 1


- Portanto a sentença de divórcio consensual no
Continuação estrangeiro, é reconhecido no brasil, sem haver a
necessidade de homologação pelo STJ.
- À vista dessa inovação legislativa, a Lei no 12.874/2013 incluiu
os §§ 1° e 2° ao art. 18° da LINDB,para o fim de autorizar às
autoridades consulares brasileiras que também celebrem a
separação e o divórcio consensuais de brasileiros no exterior,
nestes termos: Art. 961°;CPC=
A decisão estrangeira somente terá eficácia
no Brasil após a homologação de sentença
estrangeira ou a concessão do exequaturàs
cartas rogatórias, salvo disposição em sentido
Art. 18°. § 1º ;LINDB=
contrário de lei ou contrato
As autoridades consulares brasileiras também poderão
§ 5º A sentença estrangeira de divórcio
celebrar a separação consensual e o divórcio consensual
sa

consensual produz efeitos no Brasil,


de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapazes
independentemente de homologação pelo
do casal e observados os requisitos legais quanto aos
Superior Tribunal de Justiça.
ra

prazos, devendo constar da respectiva escritura pública


as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens
ra

comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto


à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à
manutenção do nome adotado quando se deu o
y

casamento.
an

Provimento CNJ nº 53/2016


Dispõe sobre a averbação direta por Oficial
ne

de Registro Civil das Pessoas Naturais da


Art.18°;§ 2°;LINDB= sentença estrangeira de divórcio consensual
É indispensável a assistência de advogado, devidamente
58

simples ou puro, no assento de casamento,


constituído, que se dará mediante a subscrição de independentemente de homologação judicial.
petição, juntamente com ambas as partes, ou com
@

apenas uma delas, caso a outra constitua advogado 16 de Maio de 2016


próprio, não se fazendo necessário que a assinatura
do advogado conste da escritura pública.
gm
ai

- Entretanto o §2° do Artigo, merece um olha crítico, quando a Divórcio consensual puro:Divórcio
l.c

indispensabilidade de haver um advogado constituído no processo consensual simples ou puro consiste


com registro na Ordem dos Advogados, o que poderia/pode exclusivamente na dissolução do matrimônio,
podendo dispor sobre a questão do nome de
o

dificultar às partes na obtenção do divórcio consensual.


casada/nome de solteira.
m

 Divórcio consensual puro e qualificado:


- Se discutia muito sobre a necessidade de homologação no Brasil
das sentenças estrangeiras de divórcio consensual, para o fim de
operar efeitos em território nacional.
- Atualmente, não há dúvidas de que o divórcio consensual realizado
no exterior independe de homologação pelo STJ para valer no
Brasil, a teor do que expressamente dispõe o art. 961°, § 5°, do
CPC/2015:

Página 11 de Nova Seção 1


Continuação

Divórcio consensual qualificado:divórcio


consensual qualificado consiste no divórcio que
além de dissolver o matrimônio faz disposição
sobre guarda de filhos, pensão alimentícia
e/ou partilha de bens.
sa
ra
ra
y an
ne
58
@
gm
ai
l.c
om

Página 12 de Nova Seção 1


Art./Súmulas
Continuação Observações
Títulos
Aula 02- Relações parentais em DIPR Atenção
Subtítulos

Aula 0 2

Relações parentais no Dipr: - Neste caso aplica-se o domicílio residual do menor


sa

- O Dipr também se preocupa em estabelecer e definir casos - E em casos de proibição da busca da paternidade em
em que relacione variados ordenamentos jurídicos (relação país estrangeiro, aplica-se a lei mais favorável
ra

internacional) em casos e questões como filiação, guarda de (brasileira?lex fori).


filhos, alimentos, subtração de menores etc. - Valendo lembrar quem nos códigos anteriores era a
nacionalidade que determinava o começo e fim da
ra

 Filiação : personalidade, capacidade, direito de famiçia,mas por


uma questão de favorecer situações como essas houve
y

a alteração.
an

Filiação é a relação entre


ne

duas pessoas em que uma é


pai ou mãe da outra. Poderá, contudo, a lei de residência
58

habitual do filho ou, inclusive, a mais


favorável ofender
a ordem pública do foro (em raríssimos
@

casos, é certo). Já se pensou, v.g., que


- Essa relação é disciplinada pelo art.7°;CAPUT da LINDB, regido ofenderia a ordem
pela lei do domicílio, por se tratar de direito de família. pública do foro a lei do país que autoriza a
gm

- Sendo o domicílio do filho, por se tratar de seus diretos investigação de paternidade, quando esta é
primordiais. inadmitida pela lex fori.
- E para conhecer o domicílio do filho é necessário aplicar o
ai

disposto no Art.7°;§7°.LINDB:
l.c

- Essa questão hoje nos parece superada, pois a


o

maioria dos países trazem essa proteção dos


§ 7° Salvo o caso de abandono, o
m

filhos, não fazendo discriminações entre filhos


domicílio do chefe da família - Assim, para as questões relativas à filiação, sendo
estende-se ao outro cônjuge e aos comum o domicílio (ou residência habitual) de pais e
filhos não emancipados, e o do filhos, aplica-se a norma prevista pela lei desse
tutor ou curador aos incapazes espaço de convivência comum; sendo, porém,
sob sua guarda. diferentes os domicílios (ou residências habituais)
de ambos, aplica-se, a priori, a lei do local de
residência habitual do filho, se não lhe for mais
- UM PONTO DE CONFLITO QUE ENCOTRAMOS É QUANDO HÁ favorável a lei pessoal de cada qual dos pais.
NECESSIDADE DE DETERMINAR O DOMICÍLIO DO FILHO, QUE - Arts.57 a 66/ Código de Bustamante.
AINDA NÃO SE SABE QUEM É O PAI:

Página 13 de Nova Seção 1


Continuação

 Guarda de filhos: Portanto, não restam dúvidas ser a


lei do estatuto do filho (lei da
residência
habitual do menor, à luz do
entendimento atual) a competente
Art. 1.584°;CC= A guarda, unilateral ou para o estabelecimento da guarda,
compartilhada, poderá ser: sempre que outra não lhe seja mais
I – requerida, por consenso, pelo pai e favorável. Como forma de
pela mãe, ou por qualquer deles, em ação proximidade com a lei e proteção dos
autônoma de separação, de divórcio, de direitos e interesses do menor.
sa

dissolução de união estável ou em medida


cautelar;
II – decretada pelo juiz, em atenção a
ra

necessidades específicas do filho, ou em  Direito de visita:


razão da distribuição de tempo necessário
ra

ao convívio deste com o pai e com a mãe.


y

Para a lei brasileira ser competente, os pais e filhos devem Assim como a guarda, o direito
an

-
estar domiciliados no Brasil(lei do domicílio familiar). dos pais à visita aos filhos será
É VÁLIDO FRISAR, QUE O DOMICÍLIO É ENTENDIDO NÃO COMO regulado pela lei brasileira
quando ambos (pais e filhos)
-
ne

NO EXPOSTO NO CÓDIGO CIVIL, COM ÂNIMO DEFINITIVO, MAS


mas como o país (ou estado, província, território etc.) em que forem domiciliados ou residentes
se encontra a família, ainda que seus membros residam no Brasil.
58

separadamente.
@

- Em um primeiro momento definimos o direito de


visitação, entretanto não podemos nos esquecer,
gm

Poderão os pais, contudo, que um dos genitores podem querer sair no período
domiciliar-se em países distintos, de visitação, entretanto é necessário a autorização
quando, então, inexistirá do poder judiciário.
“domicílio familiar”?
ai

Qual norma deve ser aplicada?


l.c

Art. 83°;ECA= Nenhuma criança


ou adolescente menor de 16
o

(dezesseis) anos poderá viajar


m

- Sobre a análise do código civil de 1916, e alguns doutrinadores, para fora da comarca onde
como Pontes de Miranda, deveria ser analisada a lei dos cônjuges, reside desacompanhado dos pais
ou se tivessem a nacionalidade diferente a lei de cada um, mas a ou dos responsáveis sem
lei do filho que deveria ser vista e atendida. expressa autorização judicial.
- No Código Civil atual (de 2002) a guarda vem regulada nos
arts.1.583° a 1.590°, pertencentes ao Capítulo XI (“Da Proteção da
Pessoa dos Filhos”), que integra o Subtítulo I (“Do Casamento”) no
âmbito do Título I (“Do Direito Pessoal”) do Livro IV (“Do Direito de
Família”) do Código. Também no ECA a guarda (art. 33°)encontra-
se em capítulo intitulado “Do Direito à Convivência Familiar e
Comunitária” (Capítulo III).

Página 14 de Nova Seção 1


 Alimentos:
Continuação

O estudo da lei aplicável à


prestação de alimentos leva em
Art. 84°;ECA= Quando se tratar de conta tanto normas
viagem ao exterior, a autorização é internacionais específicas quanto
dispensável, se a criança ou adolescente: a regra da norma mais favorável
I - estiver acompanhado de ambos os ao alimentando.
pais ou responsável;
II - viajar na companhia de um dos pais,
autorizado expressamente pelo outro
sa

através de documento com firma - Convenção de Nova York sobre Prestação de


reconhecida. Alimentos no Estrangeiro (1956):
ra

- O Brasil faz parte da convenção de Nova York


desde da década de 1960,com a intenção de
ra

facilitar ao credor de alimentos/parte


demandante .
Qual a lei aplicável ao direito - Autoridade remetente e instituição
y

de visita quando há pluralidade intermediária.( responsáveis para tomar as atitudes


an

de domicílios? necessárias)
ne
58

- Neste caso diferentemente do direito de guarda, que ARTIGO VI


se observa o interesse principalmente do menor, Funções da Instituição Intermediária
@

deve-se analisar neste caso e o interesse dos 1. A Instituição Intermediária, atuando


membros da família , afim de propiciar um ambiente dentro dos limites dos poderes conferidos pelo
gm

familiar saudável. Entretanto a grande dificuldade é demandante, tomará, em nome deste,


determinar a lei aplicável tendo os pais/genitores quaisquer medidas apropriadas para assegurar
domicílios diferentes, em casos de domicílio. a prestação dos alimentos. Ela poderá,
- Por tal motivo, na falta de critério uniforme
ai

igualmente, transigir e, quando necessário,


estabelecido em tratado, parece coerente admitir iniciar e prosseguir uma ação alimentar e
que o critério da residência habitual da criança
l.c

fazer executar qualquer sentença, decisão ou


continue a operar mesmo quando em jogo interesses outro ato judiciário.
mais amplos e relativos a uma gama maior de pessoas
o

(como pais, avós, tios etc.) O grande motivo para tal


entendimento é para se evitar conflitos entre os
m

genitores, por questões de direito material entre


ordenamentos jurídicos distintos e desconhecimento
da lei referente a visita.
- A Lei de Alimentos (Lei no 5.478, de 25 de julho
de 1968).

Página 15 de Nova Seção 1


- Portanto entende-se que uma maior flexibilização
Continuação
das normas e leis aplicáveis aos casos concretos
que envolvam credor e devedor em uma relação
de alimentos.
- Daí a conclusão de que a norma alimentar a ser
aplicada pelo juiz há de ser sempre a mais
- Lei de Alimentos (Lei no 5.478, de 25 de favorável ao alimentando, seja tal norma a sua lei
julho pessoal, da sua nacionalidade, do domicílio,
de 1968). residência ou nacionalidade do devedor ou, em
Art. 26°; É competente para as ações de última análise, a lex fori (caso esta não se
alimentos decorrentes da aplicação confunda com uma ou outra).
do Decreto Legislativo nº. 10, de 13 de
novembro de 1958, e Decreto nº. 56.826, NECESSIDADE x POSSIBILIDADE
sa

de 2 de setembro de 1965, o juízo federal


da Capital da Unidade Federativa Brasileira - Alguns autores, contudo, defendem que não
em que reside o devedor, sendo considerada ferindo a moral, os bons costumes ou a ordem
ra

instituição intermediária, para os fins dos pública do foro, melhor seria a aplicação da lei
referidos decretos, a Procuradoria-Geral da pessoal do devedor para regular a obrigação
ra

República. alimentar, ao argumento de que mais fácil seria, na


prática, a cobrança e a execução desses
alimentos no foro do executado.
y an

- Convenção sobre a Cobrança Internacional de Alimentos


para Crianças e outros Membros da Família e Protocolo  Sequestro internacional de crianças:
sobre a Lei Aplicável (2007).
ne

Artigo 1º -DECRETO Nº 9.176, DE 19 DE OUTUBRO DE 2017


58

EM RAZÃO DA GRANDE QUANTIDADE


A presente Convenção tem por objeto assegurar a DE VIAJENS ESTRANGEIRAS EM
@

eficácia da cobrança internacional de alimentos para CASOS DE GUARDA E


crianças e outros membros da família, principalmente ao: VISITA,SURGIRAM A PREOCUPAÇÃO
gm

a) estabelecer um sistema abrangente de cooperação entre QUANTO A SUBTRAÇÃO ILÍCITA DE


as autoridades dos Estados Contratantes; CRIANÇAS DE SUA REDIDÊNCIA
b) possibilitar a apresentação de pedidos para a obtenção de HABITUAL.
ai

decisões em matéria de alimentos;


c) garantir o reconhecimento e a execução de decisões em
l.c

matéria de alimentos; e
d) requerer medidas eficazes para a rápida execução de
decisões em matéria de alimentos. - Convenção sobre Aspectos Civis do Sequestro
o

Internacional de Crianças, concluída na Haia (à


m

- Os arts. 7° e 8° do Protocolo inovam ao permitir às unanimidade) em 25 de outubro de 1980.


partes, não obstante com restrições, que escolham a lei - OBJETIVOS DA CONVENÇÃO:
aplicável às obrigações alimentares, reforçando a a) assegurar o retorno imediato de crianças
tendência do DIPr contemporâneo que consagra a ilicitamente transferidas para qualquer Estado-
autonomia da vontade das partes. contratante ou nele retidas indevidamente;
b) fazer respeitar de maneira efetiva nos outros
Estados contratantes os direitos de guarda e
de visita existentes num Estado-contratante

Página 16 de Nova Seção 1


Artigo 5
Continuação Nos termos da presente Convenção:
a) o "direito de guarda" compreenderá os direitos
relativos aos cuidados com a pessoa da criança, e, em
particular, o direito de decidir sobre o lugar da sua
residência;
O instrumento visa, b) o "direito de visita" compreenderá o direito de
assim, proteger as crianças dos levar uma criança, por um período limitado de tempo, para
efeitos nocivos de sua subtração e um lugar diferente daquele onde ela habitualmente reside.
retenção para além dos limites
de um Estado, prevendo mecanismos - Compete a cada Estado-contratante designar a
para o seu retorno imediato ao país Autoridade Central encarregada de dar
de residência habitual. cumprimento às obrigações que lhe são impostas pela
Convenção (art. 6°)
sa

Artigo 7
ra

- A redação entretanto se preocupou apenas com maneiras As autoridades centrais devem cooperar entre si e
facilitadores para o retorno da criança e não em tornas as leis promover a colaboração entre as autoridades
aplicáveis.
ra

competentes dos seus respectivos Estados, de forma a


assegurar o retorno imediato das crianças e a realizar os
demais objetivos da presente Convenção.
y

Em particular, deverão tomar, quer diretamente,


an

quer através de um intermediário, todas as medidas


É IMPORTANTE SALIENTAR QUE apropriadas para:
É ERRADO O USO DO TERMO a) localizar uma criança transferida ou retida
ne

SEQUESTRO, POIS SE TRATA DE ilicitamente;


SUBTRAÇÃO ILEGAIS DE b) evitar novos danos à criança, ou prejuízos às
58

CRIANÇAS DE SEU PAIS DE parles interessadas, tomando ou fazendo tomar medidas


RESIDÊNCIA HABITUAL preventivas;
c) assegurar a entrega voluntária da criança ou
@

facilitar uma solução amigável;


d) proceder, quando desejável, à troça de
gm

- Convenção sobre Aspectos Civis do Sequestro informações relativas à situação social da criança;
Internacional de Crianças: e) fornecer informações de caráter geral sobre a
A transferência ou a retenção de uma criança é considerada legislação de seu Estado relativa à aplicação da Convenção;
f) dar início ou favorecer a abertura de processo
ai

ilícita quando:
a) tenha havido violação a direito de guarda atribuído a judicial ou administrativo que vise o retomo da criança ou,
quando for o caso, que permita a organização ou o
l.c

pessoa ou a instituição ou a qualquer outro organismo, individual


ou conjuntamente, pela lei do Estado onde a criança tivesse sua exercício efetivo do direito de visita;
residência habitual imediatamente antes de sua transferência g) acordar ou facilitar, conforme ás circunstâncias,
o

ou da sua retenção; e a obtenção de assistência judiciária e jurídica, incluindo a


participação de um advogado;
m

b) esse direito estivesse sendo exercido de maneira


efetiva, individual ou em conjuntamente, no momento da h) assegurar no plano administrativo, quando
transferência ou da retenção, ou devesse está-lo sendo se tais necessário e oportuno, o retorno sem perigo da criança;
acontecimentos não tivessem ocorrido. i) manterem-se mutuamente informados sobre o
O direito de guarda referido na alínea a) pode resultar de funcionamento da Convenção e, tanto quanto possível,
uma atribuição de pleno direito, de uma decisão judicial ou eliminarem os obstáculos que eventualmente se oponham
administrativa ou de um acordo vigente segundo o direito desse à aplicação desta.
Estado.

Página 17 de Nova Seção 1


Continuação
- Comprovada a subtração e de competência da justiça
federal decidir sobre o retorno imediato do infante ao
país de residência habitual. Art.109°;CF.
- Nos termos do art. 15 da Convenção, poderá o Poder
Judiciário, “antes de ordenar o retorno da criança,
solicitar a produção pelo requerente de decisão ou de
atestado passado pelas autoridades do Estado de
residência habitual da criança comprovando que a
transferência ou retenção deu-se de forma ilícita.
- Por sua vez, como não poderia deixar de ser, a
Convenção prevê também exceções ao
retorno imediato da criança, entre as quais está a
sa

atinente aos riscos graves de ordem física ou


psíquica que pode a criança, em seu retorno, ficar
ra

submetida. O art. 13, b, da Convenção,


ra
y an
ne
58
@
gm
ai
l.c
om

Página 18 de Nova Seção 1


Art./Súmulas
Observações
Continuação
Títulos
Aula 03- Sequestro/Subtração de menores. Atenção
Subtítulos

Aula 03
Sequestro internacional de crianças: - A convenção prima pelos aspectos civis e não
penalizadores (criminais),estabelecendo portando normas
facilitadoras e não aplicáveis ao caso concreto.
sa

EM RAZÃO DA ABERTURA DAS SEQUESTRO x SUBTRAÇÃO


ra

FRONTEIRAS, E DOS CONFLITOS


ENTRE GENITORES QUANTO A - Nesse sentido não se deve confundir o sequestro com a
GUARDA E VISITA, SURGIRAM subtração, pois na subtração é transferência/retenção
ra

PREOCUPAÇÕES QUANTO A ilícita e indevida do menor por u dos genitores ou


SUBTRAÇÃO ILÍCITA DE familiares próximos.
y

MENORES EM OUTROS
- Nos termos da Convenção, há duas possibilidades de se
TERRITÓRIOS.
an

configurar a subtração:
1) quando se transfere ilicitamente a criança de sua
- Convenção sobre Aspectos Civis do Sequestro Internacional residência habitual, levando-a para outro país sem o
ne

de Crianças, concluída na Haia (à unanimidade) em 25 de consentimento do responsável;


outubro de 1980. 2) quando o responsável consente na viagem da criança
para o exterior, mas o subtraente a retém em país
58

 Objetivos da convenção: distinto por tempo indeterminado


- Art.1°; da convenção sobre aspectos civis do sequestro
@

internacional.
Artigo 1
gm

-
A presente Convenção tem por objetivo:
a) assegurar o retorno imediato de crianças ilicitamente Artigo 3
transferidas para qualquer Estado Contratante ou nele A transferência ou a retenção de uma
ai

retidas indevidamente; criança é considerada ilícita quando:


b) fazer respeitar de maneira efetiva nos outros Estados a) tenha havido violação a direito de
l.c

Contratantes os direitos de guarda e de visita existentes guarda atribuído a pessoa ou a instituição ou


num Estado Contratante. a qualquer outro organismo, individual ou
conjuntamente, pela lei do Estado onde a
o

criança tivesse sua residência habitual


m

imediatamente antes de sua transferência


ou da sua retenção; e
O instrumento visa, b) esse direito estivesse sendo
assim, proteger as crianças dos efeitos exercido de maneira efetiva, individual ou em
nocivos de sua subtração e retenção conjuntamente, no momento da
para além dos limites transferência ou da retenção, ou devesse
de um Estado, prevendo mecanismos está-lo sendo se tais acontecimentos não
para o seu retorno imediato ao país de tivessem ocorrido.
residência habitual.

Página 19 de Nova Seção 1


- Ao receber pedidos de Autoridades Centrais
Continuação estrangeiras, a ACAF atua em conjunto com a
Interpol e a Advocacia-Geral da União para a
localização da criança e a obtenção de ordem judicial
que implemente tais tratados, garantindo o retorno
seguro da criança ao seu país de residência habitual
sistema de cooperação entre as ou para restabelecer o contato entre a criança e o
Autoridades Centrais dos Estados- pai/mãe.
membros, por meio do qual tais - A ACAF será como um mediador, onde o requerente
autoridades em cada país proporcionam deve entrarem contato pata requerer e solicitar o
assistência para localizar a criança, retorno ou efetivação do direito de visita, por
possibilitando sua restituição voluntária ou intermédio do preenchimento de um formulário em
uma solução amigável português e traduzido no idioma do pais onde a
criança se encontra.
sa

- Em casos de incerteza quanto ao paradeiro da


criança, a ACAF poderá entra em contanto com a
ra

- Comprovada a subtração internacional da criança, caberá ao Interpol, com familiares,amigos e apoio de autoridades
Poder Judiciário (Justiça Federal) decidir sobre o retorno locais através da citação de características físicas,
ra

imediato do infante ao país de residência habitual. A documentos, fotos.


competência da Justiça Federal para tanto encontra - Aspectos legais:
a) Mediação;
y

fundamento no art. 109, III, da Constituição Federal, segundo o


b) Assistência jurídica gratuita;
an

qual aos juízes federais compete processar e julgar “as causas


fundadas em tratado ou contrato da União com Estado No Brasil, o pedido de retorno das crianças é enviado
estrangeiro ou organismo internacional”. ao judiciário pela Advocacia Geral da União (AGU), que
ne

- Por sua vez, como não poderia deixar de ser, a Convenção


ingressa com o processo judicial em nome próprio,
prevê também exceções ao retorno imediato da criança, entre a pedido do Estado estrangeiro. Dessa forma, a AGU
as quais está a atinente aos riscos graves de ordem física ou não representa os interesses do particular perante
58

psíquica que pode a criança, em seu retorno, ficar submetida. O a justiça, mas sim o interesse do Estado estrangeiro
art. 13, b, da Convenção. que solicita a cooperação jurídica.
@

- Conforme determina o art. 11 da Resolução no 131, de 13 de


maio de 2011 do Conselho Nacional de Justiça, as autorizações
de viagem não constituem em autorizações para fixação de
gm

residência no exterior, salvo se expressamente consignado. artigo 11 da Resolução no 131 do CNJ,a


- O conceito de subtração internacional de crianças está
autorização de
presente na Convenção de Haia de 1980 sobre os Aspectos viagem não constitui autorização para alterar
ai

Civis do Sequestro Internacional de Crianças e também na a residência da criança para o exterior.


Convenção Interamericana de 1989 sobre a Restituição A autorização tem prazo determinado e deve
l.c

Internacional de Menores. ser usada nos casos em que a viagem para o


exterior se der em caráter temporário
o

(férias, passeio, visitas, etc.).


m

cabe à Autoridade Central Administrativa Federal


(ACAF) receber e enviar
pedidos de cooperação jurídica internacional para - Há países que diferentemente do Brasil, não
retorno de crianças vítimas de subtração possui um controle de saída de crianças e
internacional ao seu país de residência habitual, adolescentes eficaz, permitindo que ocorra
bem como a implementação do direito de muitas subtrações. Desta forma a emissão de
visitas transnacional (nos casos em que não se passaporte no brasil se tornou um dos meios
configura a ocorrência de subtração mais eficientes.
internacional ilícita da criança ou do adolescente),

Página 20 de Nova Seção 1


Continuação

- A Convenção de Haia de 1980 sobre os Aspectos Civis do


Sequestro Internacional de Crianças também estabelece meios
para garantir o direito de
visitas internacionais. Art. 5°;b)
sa
ra
ra
y an
ne
58
@
gm
ai
l.c
om

Página 21 de Nova Seção 1


Art./Súmulas
Observações
Continuação Títulos
Aula 03- Adoção Atenção
Subtítulos

Aula 03
Adoção: - A equiparação de direitos entre filhos disposto na
constituição federal e no código civil, possui efeitos
sa

apenas civis, pois para ter nacionalidade originária


brasileira, só em caso de nascidos no estrangeiros
ra

de pai ou mãe brasileiros,supondo apenas os filhos


não estudaremos as formas de
biológicos.
se adotar, mas apenas os
Cuida-se, como se vê, na Convenção da Haia de
ra

elementos de conexão e as leis


-
1993, de relação de equivalência aos efeitos
aplicáveis a modalidade da adoção
decorrentes da ruptura do vínculo, não a outros
em cenário internacional.
y

alheios a esse ponto


an

específico, como a atribuição de nova nacionalidade à


criança. Aqui, o “diálogo das fontes” internacionais e
internas está a demonstrar a impossibilidade de se
ne

atribuir à criança adotada a nacionalidade dos


Em princípio aplica-se o caput do adotantes.
Convenção da Haia sobre Conflitos de Nacionalidade,
58

Art.7°; da LINDB, sempre que não -


houver outra favorável a fim de de 1930, o seu art. XVII.
determinar a lei competente para
@

reger a adoção internacional, contudo


atualmente entende a lei de "residência
habitual do adotando
gm

Art. 52-C;ECA= Nas adoções


internacionais, quando o Brasil for o país
de acolhida, a decisão da autoridade
 Questão da nacionalidade: competente do país de origem da
ai

- A criança adota por um brasileiro, não recebe nacionalidade criança ou do adolescente será
brasileira em razão do fato de ser adotada, o que conclui conhecida pela Autoridade Central
l.c

que a adoção não influi na nacionalidade estrangeiro(de Estadual que tiver processado o pedido
origem) de habilitação dos pais adotivos, que
o

comunicará o fato à Autoridade Central


Federal e determinará as providências
m

necessárias à expedição do Certificado


A pessoa adotada só poderá ser de Naturalização Provisório.
nacional do Brasil, quando maior, se
assim
pretender, e por meio do processo de
naturalização, uma vez que a adoção não
produz, em nosso
sistema jurídico, qualquer efeito relativo
à nacionalidade.

Página 22 de Nova Seção 1


Artigo 4
Continuação A lei do domicílio do adotante (ou adotantes)
regulará:
 Convenção Interamericana sobre Conflito de Leis em a) a capacidade para ser adotante;
Matéria de Adoção de Menores (1984): b) os requisitos de idade e estado civil do adotante;
- O Brasil é parte da Convenção Interamericana sobre
c) o consentimento do cônjuge do adotante, se for o
Conflito de Leis em Matéria de Adoção de Menores (CIDIP- caso, e
III), concluída em La Paz (Bolívia) em 24 de maio de 1984. d) os demais requisitos para ser adotante.
- Os artigos introdutórios dessa convenção carrega algumas EXCEÇÃO: Quando os requisitos da lei do adotante
críticas, pois tem por destinatários apenas o círculo (ou adotantes) forem manifestamente menos
restrito dos Estados-partes, não valendo para relações estritos do que os da lei da residência habitual do
jurídicas entre Estados-partes e não partes. adotado, prevalecerá a lei do adotado.
A regra, como se nota, tem por finalidade impedir
que legislações estrangeiras facilitem a adoção
sa

internacional de menores, ameaçando a sua


proteção.
ra

Artigo 1
ra

Esta Convenço aplicar-se-á à adoção


de menores sob as formas de adoção Art.46°;§ 3°;ECA=
y

plena, legitimação adotiva e outras Em caso de adoção por pessoa ou casal


formas afins que equiparem o
an

residente ou domiciliado fora do País, o


adotado à condição de filho cuja estágio de convivência será de, no
filiação esteja legalmente estabelecida, mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45
ne

quando o adotante ( ou adotantes) (quarenta e cinco) dias, prorrogável por


tiver seu domicílio num Estado-Parte e até igual período, uma única vez,
o adotado sua residência habitual
58

mediante decisão fundamentada da


noutro Estado-Parte autoridade judiciária.
@

Apenas para a questão: prévia, relativa à capacidade


Artigo 3
gm

dos adotantes para adotar, levar-se-á em conta a lei


A lei da residência habitual do menor domiciliar de cada um deles (Convenção, art. 4°, primeira
regerá a capacidade, o consentimento e parte; LINDB, art. 7°, caput). Já se disse, porém, que a
os demais requisitos para a adoção, bem evolução do DIPr na matéria exige também observar a
ai

como os procedimentos e formalidades norma mais favorável ao adotando, podendo tal norma,
extrínsecas necessários para a v.g., ser a lei da nacionalidade, do domicílio ou da
l.c

constituição do vínculo. residência ha


Obs.: deve se analisar a existência - A lei indicada pela regra de DIPr convencional, poderá,
de lei mais favorável ao interesse
o

contudo, colidir com eventual lei de aplicação imediata (loi


da criança. de police) em vigor no Estado do foro, como, v.g.,
m

algumas normas do Estatuto da Criança e do


Adolescente no Brasil, vez que as normas de aplicação
imediata operam a priori de qualquer investigação
legislativa. Não viola o tratado a inaplicação da lei
indicada, porque o bloqueio dá-se não à norma
convencional, senão à possibilidade por ela prevista de
aplicação de outra lei. O mesmo poderá ocorrer,
evidentemente, com a violação à ordem pública. Neste
caso, porém, verifica-se a lei (que seria) aplicável, para,
depois, cortar efeitos ao comando legislativo.

Página 23 de Nova Seção 1


Artigo 10
Continuação No caso de adoção diferente da adoção plena, da
legitimação adotiva e de forma afins, as relações entre o
adotante ( ou adotantes), e o adotado regem-se pela lei do
domicílio do adotante ( ou adotantes).
Artigo 11
Artigo 5 Os direitos sucessórios correspondentes ao adotado (ou
As adoções feitas de acordo com adotantes) reger-se-ão pelas normas aplicáveis às
esta Convenção serão reconhecidas respectivas sucessões.
de pleno direito nos Estados-Partes, No caso de adoção plena, legitimação adotiva e formas
sem que se possa invocar a exceção afins, o adotado, o adotante ( ou adotantes) e a família
da instituição desconhecida. deste último ou destes últimos terão os mesmos direitos
sucessórios correspondentes à filiação legítima.
Artigo 12
sa

As adoções a que se refere o artigo 1 serão irrevogáveis.


A revogação das adoções a que se refere o artigo 2
ra

reger-se-á pela lei da residência habitual do adotado no


momento da adoção.
ra

Artigo 6 Artigo 13
Os requisitos concernentes a publicidade e Quando for possível a conversão da adoção simples em
registro da adoção reger-se-ão pela lei do adoção em adoção plena, legitimação adotiva ou formas
y

Estado em que devam ser cumpridos. afins, essa conversão reger-se-á, à escolha do autor, pela
an

Nos registros públicos deverão constar a lei da residência habitual do adotado no momento da adoção
modalidade e as características da adoção. ou pela lei do Estado de domicílio do adotante ( ou
adotantes) no momento de ser pedida a conversão.
ne
58

Artigo 14
@

A anulação da adoção será regida


pela lei de sua outorga. A anulação
somente será decretada
gm

Artigo 9 judicialmente, velando-se pelos


No caso de adoção plena, legitimação adotiva interesses do menor de acordo com
e formas afins: o artigo 19 desta Convenção.
a) as relações entre o adotante ( ou
ai

adotantes) e o adotado, inclusive no que diz


respeito a alimentos, bem como as relações
l.c

do adotado com a família do adotante ( ou


adotantes), reger-se-ão pela mesma lei que
Artigo 15
o

regula as relações do adotante ( ou


Serão competentes para outorgar as adoções a que
adotantes) com sua família;
m

se refere esta Convenção as autoridades do Estado


b) os vínculos do adotado com sua família de
da residência habitual do adotado.
origem serão considerados dissolvidos. No
Artigo 16
entanto, subsistirão impedimentos para
Serão competentes para decidir sobre a anulação ou
contrair matrimônio.
a revogação da adoção os juízes do Estado da
residência habitual do adotado no momento da
outorgada adoção.

Página 24 de Nova Seção 1


Artigo 4
Continuação As adoções abrangidas por esta Convenção só poderão
ocorrer quando as autoridades competentes do Estado de
Artigo 17 origem:
Serão competentes para decidir as questões referentes às a) tiverem determinado que a criança é adotável;
relações entre o adotado e o adotante (ou adotantes) e a família b) tiverem verificado, depois de haver examinado
deste último (ou destes últimos), os juízes do Estado de domicílio adequadamente as possibilidades de colocação da
do adotante (ou adotantes), enquanto o adotado não constituir criança em seu Estado de origem, que uma adoção
domicílio próprio. internacional atende ao interesse superior da criança;
A partir do momento em que o adotado tiver domicílio próprio
será competente, à escolha do autor, o juiz do domicílio do c) tiverem-se assegurado de:
adotado ou do adotante (ou adotantes) 1) que as pessoas, instituições e autoridades cujo
Artigo 18 consentimento se requeira para a adoção hajam sido
As autoridades dos Estados-Partes poderão recusar-se a aplicar convenientemente orientadas e devidamente
sa

a lei declarada competente por esta Convenção quando essa lei informadas das conseqüências de seu consentimento,
for manifestamente contrária á sua ordem pública. em particular em relação à manutenção ou à
ra

Artigo 19 ruptura, em virtude da adoção, dos vínculos jurídicos


Os termos desta Convenção e as leis aplicáveis de acordo com ela entre a criança e sua família de origem;
ra

serão interpretados harmonicamente e em favor da validade da 2) que estas pessoas, instituições e autoridades tenham
adoção e em benefício do adotado. manifestado seu consentimento livremente, na
Artigo 25 forma legal prevista, e que este consentimento se
y

As adoções, outorgadas de conformidade com o direito interno, tenha manifestado ou constatado por escrito;
an

quando o adotante ( ou adotantes) e o adotado tiverem domicílio 3) que os consentimentos não tenham sido obtidos
ou residência habitual no mesmo Estado-Parte, surtirão efeitos mediante pagamento ou compensação de qualquer
de pleno direito nos demais Estados-Partes, sem prejuízo de que espécie nem tenham sido revogados, e
ne

tais efeitos sejam regidos pela lei do novo domicílio do adotante 4) que o consentimento da mãe, quando exigido, tenha
( ou adotantes). sido manifestado após o nascimento da criança;
58

d) tiverem-se assegurado, observada a idade e o grau


 Convenção Relativa à Proteção das Crianças e à de maturidade da criança, de:
Cooperação em Matéria de Adoção Internacional (1993): 1) que tenha sido a mesma convenientemente
@

- O Brasil também é parte da Convenção Relativa à Proteção orientada e devidamente informada sobre as
das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção consequências de seu consentimento à adoção,
gm

Internacional, concluída na Haia em 29 de maio de 1993. quando este for exigido;


Artigo 1 2) que tenham sido levadas em consideração a vontade
A presente Convenção tem por objetivo: e as opiniões da criança;
a) estabelecer garantias para que as adoções internacionais 3) que o consentimento da criança à adoção, quando
ai

sejam feitas segundo o interesse superior da criança e exigido, tenha sido dado livremente, na forma legal
com respeito aos direitos fundamentais que lhe reconhece prevista, e que este consentimento tenha sido
l.c

o direito internacional; manifestado ou constatado por escrito;


b) instaurar um sistema de cooperação entre os Estados 4) que o consentimento não tenha sido induzido
o

Contratantes que assegure o respeito às mencionadas mediante pagamento ou compensação de qualquer


garantias e, em consequência, previna o sequestro, a espécie.
m

venda ou o tráfico de crianças;


c) assegurar o reconhecimento nos Estados Contratantes
das adoções realizadas segundo a Convenção.

- A Convenção da Haia de 1993 tem seus aspectos jurídicos


notadamente voltados a normas administrativas e de
processo civil, em atenção ao melhor interesse da criança,
não propriamente a questões conflituais de DIPr.

Página 25 de Nova Seção 1


Artigo 36
Continuação Em relação a um Estado que possua, em matéria de
adoção, dois ou mais sistemas jurídicos aplicáveis
Artigo 5 em diferentes unidades territoriais:
As adoções abrangidas por esta Convenção só poderão ocorrer a) qualquer referência à residência habitual nesse
quando as autoridades competentes do Estado de acolhida: Estado será entendida como relativa à residência
a) tiverem verificado que os futuros pais adotivos encontram-se habitual em uma unidade territorial do dito Estado;
habilitados e aptos para adotar; b) qualquer referência à lei desse Estado será
b) tiverem-se assegurado de que os futuros pais adotivos foram entendida como relativa à lei vigente na
convenientemente orientados; correspondente unidade territorial;
c) tiverem verificado que a criança foi ou será autorizada a
entrar e a residir permanentemente no Estado de acolhida.
sa

Artigo 37
No tocante a um Estado que
ra

Artigo 23 possua, em matéria de adoção,


1. Uma adoção certificada em dois ou mais sistemas jurídicos
conformidade com a Convenção, aplicáveis a categorias diferentes
ra

pela autoridade competente do de pessoas, qualquer referência à


Estado onde ocorreu, será lei desse Estado será entendida
y

reconhecida de pleno direito pelos como ao sistema jurídico indicado


an

demais Estados Contratantes. O pela lei do dito Estado


certificado deverá especificar
quando e quem outorgou os
ne

assentimentos previstos no artigo Artigo 38


17, alínea "c". Um Estado em que distintas unidades territoriais possuam
suas próprias regras de direito em matéria de adoção
58

não estará obrigado a aplicar a Convenção nos casos em


que um Estado de sistema jurídico único não estiver
@

Art. 960°;CPC=. A homologação de decisão estrangeira será obrigado a fazê-lo.


requerida por ação de homologação de decisão estrangeira, salvo
disposição especial em sentido contrário prevista em tratado.  Direito Internacional Privado brasileiro da adoção:
gm

§ 2º A homologação obedecerá ao que dispuserem os tratados


em vigor no Brasil e o Regimento Interno do Superior Tribunal de
ai

Justiça.
Art. 7°;LINDB=
l.c

A lei do país em que domiciliada a


pessoa determina as regras sobre o
Não há que falar, assim, em
o

começo e o fim da personalidade, o


necessidade de homologação nome, a capacidade e os direitos de
m

da decisão família.
estrangeira pelo STJ, mesmo Obs.:
porque o próprio CPC pela lei domiciliar
reconhece os tratados e atualmente também compreendida
convenções. como a lei da “residência habitual”

Página 26 de Nova Seção 1


Continuação

Por fim, no que tange à forma da adoção, a


doutrina é unânime em determinar a
aplicação
a lei da residência habitual do adotando da regra locus regit actum. Assim, ainda que
(ou a mais a lei relativa aos efeitos da adoção seja a
favorável) regerá a capacidade para estrangeira (da residência habitual do
ser adotado, o consentimento do adotando, ou outra mais favorável, como,
adotando e demais v.g., a do
requisitos para a adoção, bem assim domicílio ou da nacionalidade do adotante),
os procedimentos e formalidades será a lei brasileira a aplicada quanto à
sa

extrínsecos necessários à forma se for


constituição do vínculo. a adoção realizada no Brasil.
ra
ra

ADOÇÃO X FILIAÇÃO NATURAL.


 Adoção por estrangeiros na Constituição de 1988 e
no ECA:
y an

Art. 42°;ECA=
ne

Podem adotar os maiores de 18 Art.227°;§ 5º;CF=


(dezoito) anos, independentemente A adoção será assistida pelo
do estado civil. Poder Público, na forma da lei,
58

§ 3º O adotante há de ser, pelo que estabelecerá casos e


menos, dezesseis anos mais velho condições de sua efetivação por
@

do que o adotando. parte de estrangeiros.


gm
ai

- O motivo de o ECA – que é norma de aplicação imediata, loi - A adoção de criança brasileira por estrangeiros
residentes no Brasil é adoção de caráter nacional,
l.c

de police – exigir que a Autoridade Central do país de


não internacional. De acordo com o Art.5°; da CF,
acolhida ateste (por meio de Relatório, a ser enviado à
pois trata os brasileiros e estrangeiros residentes
Autoridade Central Federal Brasileira) que os adotantes estão
o

no Brasil com a mesma igualdade de direitos, sem


“aptos para adotar” (art. 52, II e III). Tal significa, em última
necessidade portanto de dispositivo ou lei
m

análise, que, “ao atender à diferença de idade estabelecida na


específica/especial.
lei do país do adotante, o Estado do adotando está
simplesmente cooperando com este para que a adoção seja
eficaz em seu território”.

Página 27 de Nova Seção 1


Art. 52-B;ECA= A adoção por brasileiro residente no
Continuação exterior em país ratificante da Convenção de Haia, cujo
processo de adoção tenha sido processado em
conformidade com a legislação vigente no país de
residência e atendido o disposto na Alínea “c” do Artigo 17
da referida Convenção, será automaticamente
recepcionada com o reingresso no Brasil.
Portanto, segundo a interpretação mais § 1 o Caso não tenha sido atendido o disposto na Alínea
coerente do dispositivo constitucional, apenas “c” do Artigo 17 da Convenção de Haia, deverá a sentença
quando o estrangeiro for domiciliado no ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça
exterior é que haverá a necessidade de § 2 o O pretendente brasileiro residente no exterior em
legislação país não ratificante da Convenção de Haia, uma vez
específica para reger a adoção internacional, reingressado no Brasil, deverá requerer a homologação
da sentença estrangeira pelo Superior Tribunal de Justiça.
sa

pois, se for o estrangeiro residente no Brasil,


tem a
seu favor assegurada a igualdade de direitos  Resumo:
ra

com os cidadãos brasileiros, podendo adotar - Organismos de adoção não possui fins lucrativos.
(tal - ACAF/Administração pública(mediadora nas
ra

qual os brasileiros) e viver normalmente com adoções.


o(s) filho(s) adotivo(s) no Brasil. - Convenção de Haia 1993.
y

- Relatório geral das atividades desenvolvimentos e


an

relatório do acompanhamento das ultimas adoções;


Convenção da Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção relatório pós-adotivo.
das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional: - cópia da certidão de registro de nascimento
ne

Artigo 2 estrangeira e do certificado de nacionalidade tão


1) A Convenção será aplicada quando uma criança com logo lhes sejam concedidos.
58

residência habitual em um Estado Contratante ("o Estado de - Adoção internacional e subtração de menores=
origem") tiver sido, for, ou deva ser deslocada para outro ACAF(órgão interno).
Estado Contratante ("o Estado de acolhida"), quer após sua - Cooperação internacional.
@

adoção no Estado de origem por cônjuges ou por uma - Tratado internacional.


pessoa residente habitualmente no Estado de acolhida, quer - A principal atividade de uma Autoridade Central é
gm

para que essa adoção seja realizada, no Estado de acolhida prestar cooperação internacional de
ou no Estado de origem. maneira célere e efetiva como decorrência da
2) . A Convenção somente abrange as Adoções que diminuição de etapas no processamento de
estabeleçam um vínculo de filiação. demandas judiciais tramitadas entre países
ai

distintos, podendo-se, a depender do conteúdo


do tratado que lhe incumbe implementar, inclusive
l.c

dispensando o uso de outros


mecanismos de cooperação jurídica internacional,
o

como a homologação de sentenças


estrangeiras ou o uso da carta rogatória.
m

LER TODO O Art.52°; do


ECA - Evitar falhas de comunicação e permitir o
cumprimentos das etapas necessárias dos
processuais.
- Conselho das Autoridades Centrais
Brasileiras=traçar políticas e linhas de ação comuns
e garantir o interesse superior da criança e do
adolescente brasileiros quanto à sua
adotabilidade internacional.

Página 28 de Nova Seção 1


Continuação

- O Conselho é composto pelos seguintes membros:


I - Autoridade Central Administrativa Federal, que o presidirá;
II - um representante de cada Autoridade Central dos Estados
federados e do Distrito Federal (CEJA/CEJAI);
III - um representante do Ministério das Relações Exteriores; e
IV - um representante da Polícia Federal.
- Ademais, informamos que atualmente não há organismo
brasileiro credenciado junto à ACAF para atuar em matéria
de adoção internacional.
sa
ra
ra
y an
ne
58
@
gm
ai
l.c
om

Página 29 de Nova Seção 1


Art./Súmulas
Observações
Continuação Títulos
Aula 04- Direito das sucessões no DIPR Atenção
Subtítulos

Aula 04
Direito das sucessões no DIPR - Quantidade de bens:
a) A título singular: de um bem determinado.
sa

b) A título universal: de todos os bens do de cujus.


- A natureza do direito das sucessões é bifronte pois é - Momento:
ra

uma junção de um viés pessoal e um viés material: a) Por ato inter-vivos.


b) Por ato causas mortis.
+ + BENS DEIXADOS Ato de vontade:
ra

AUTOR DA HERANÇA HERDEIROS -


a) Sucessão testamentária.
b) Sucessão legítima ou ab intestato/sem atestado.
y

- Sucessão pode ser entendido como a substituição do de


cujus pelos herdeiros. Tanto em direitos como obrigações.
an

- "tomar um vivo a situação jurídica que foi de um morto,


recebendo total ou parcialmente seus direitos e
ne

obrigações” Art. 1.845°;CC=


São herdeiros necessários os
descendentes, os
+
58

PESSOA DO DEFUNTO SITUAÇÃO AS COISAS ascendentes e o cônjuge.


@

Art. 10°;LINDB=
gm

A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei


do país em que domiciliado o defunto ou o
desaparecido, qualquer que seja a natureza e a
ai

situação dos bens. Aberta a sucessão no Brasil, deverá


§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados o juiz do foro localizar a lei
l.c

no País, será regulada pela lei brasileira em benefício sucessória para o fim de resolver o
do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os inventário e a partilha dos bens
represente, sempre que não lhes seja mais deixados pelo falecido.
o

favorável a lei pessoal do de cujus.


m

§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula


a capacidade para suceder.
 Princípio da universalidade sucessória:
- Quando a LINDB determina que a lei a ser aplicada
- A regra do CAPUT do Art.10°é chamada de "lei de seja a do último domicílio, ela pretende unificar as
sucessão". questões em uma única lei sucessória, firmando o
princípio da universalidade. Diferente de como ocorre
- A disposição abrange tanto a sucessão por morte –
com alguns país que faz diferenciação quanto aos
legítima (ab intestato) ou testamentária (disposição de última bens móveis e imóveis
vontade) – quanto a sucessão por ausência.

Página 30 de Nova Seção 1


Continuação
- O princípio sofre abalo significativo sobretudo quanto aos
Em 2015, no julgamento do Caso
imóveis localizados no estrangeiro, dada a sua sujeição à lei
Susemihl, o STJ sepultou de vez o
do local em que situados, tornando a regra brasileira
princípio da
ineficaz a esse respeito.
universalidade sucessória, ao entender
que o art. 10, caput, da LINDB “não
 Desuso (de facto) e insubsistência (de jure) da regra:
assume caráter
absoluto”,

SITUAÇÃO + VONTADE DOAUTOR


Diversos doutrinadores criticam o DA COISA
sa

exposto no artigo 10°; da LINDB por


acreditar que por se tratar de casos
ra

com foros distintos a lei única pode não


ter prática, ou ter uma prática ineficaz,
por entrar em conflito com bens no Art. 23°;CPC= Compete à autoridade
ra

exterior e a vontade do autor, inclusive judiciária brasileira, com exclusão de qualquer


a aplicação de lei mais favorável ao outra:
y

cônjuge filhos.. I - conhecer de ações relativas a imóveis


an

situados no Brasil;
II - em matéria de sucessão hereditária,
proceder à confirmação de testamento
ne

particular e ao inventário e à partilha de


bens situados no Brasil, ainda que o autor da
Art. 8°;LINDB=
58

herança seja de nacionalidade estrangeira ou


Para qualificar os bens e regular tenha domicílio fora do território nacional;
as relações a eles concernentes,
@

aplicar-se-á a lei do país em que


estiverem situados.
gm

- Portanto a ideia de lei única e universalista, fica


restrita apenas aos bens situados no Brasil.
ai

 Bens imóveis localizados no estrangeiro:


- o STJ tem mitigado a aplicação do art. 10, caput,
l.c

da LINDB, em razão da pluralidade de juízos


Art. 12°;LINDB= sucessórios.
É competente a autoridade judiciária - Vários foros competentes (soberania), e o
o

brasileira, quando for o réu domiciliado surgimento de um conflito positivo de normas


no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a
m

sucessórias.
obrigação.
§ 1° Só à autoridade judiciária brasileira
compete conhecer das ações relativas a
imóveis situados no Brasil.

Página 31 de Nova Seção 1


 Sucessão de bens de estrangeiros situados no
Continuação País:

Para resolver a questão, o entendimento Art. 10°; § 1º;LINDB=


(doutrinário e jurisprudencial) é no sentido de A sucessão de bens de estrangeiros,
que a situados no País, será regulada pela lei
Justiça brasileira não terá, a priori, o poder de brasileira em benefício do cônjuge ou
decidir sobre imóveis sitos em país estrangeiro, dos filhos brasileiros, ou de quem os
dada a regra nacional de que " à autoridade represente, sempre que não lhes seja
judiciária brasileira compete conhecer das ações mais favorável a lei pessoal do de cujus.
sa

relativas a imóveis situados no Brasil” (LINDB, Obs.: ipsis litteris do Art.5°;XXXI:CF


art. 12, § 1o).
ra
ra

 Equalização de direitos na partilha dos bens:


- Dizer que o juiz brasileiro não pode decidir sobre os bens
imóveis sitos no estrangeiro não significa impedir o juiz
y

nacional de zelar pela norma material brasileira que garante Art. 1.789°;CC=
an

às partes a partilha igualitária dos bens. Havendo herdeiros necessários, o


testador só poderá dispor da
metade da herança.
ne
58

STF= tem aceito a chamada regra


equalizadora, que autoriza aguardar a  Capacidade para suceder:
@

decisão proferida pela Justiça estrangeira


para, depois,
proceder a partilha dos bens localizados no
gm

Brasil.
Art.10°;§ 2°; LINDB=
A lei do domicílio do herdeiro ou
ai

legatário regula a capacidade para


suceder.
l.c
o

Em suma, o que não pode o juiz


brasileiro fazer é invadir a - “capacidade para suceder” senão apenas a
m

competência do juiz estrangeiro aptidão para receber a herança. Esta, que é


para decidir sobre bens ali situados, capacidade de fato, de exercício, não de direito,
v.g., partilhando-os. Essa competência será a única regida pela lei do domicílio do
é exclusiva da herdeiro ou legatário, à luz da devida
Justiça estrangeira, como também, no interpretação do art. 10°, § 2°, da LINDB.
Brasil, é exclusiva do juiz brasileiro. Trata-se da capacidade (aptidão) para praticar
atos jurídicos para o fim de receber a herança,
não a relativa à questão prévia de saber quem é
ou não sucessível, ou seja, de quem pode herdar.

Página 32 de Nova Seção 1


Continuação
CAPACIDADE PARA RECEBER X CAPACIDADE DE SUCEDER Art. 1.863°;CC=
É proibido o testamento
conjuntivo, seja simultâneo,
- No direito brasileiro atual, a opinião corrente é a de que recíproco ou correspectivo.
subsiste a autonomia da vontade no direito sucessório,
permitindo-se ao testador, portanto, escolher outra lei
para a regência do testamento, desde que o faça nos
limites da lei geral de sucessão, que é, na LINDB, a lei - Convenção sobre os Conflitos de Leis quanto à
domiciliar. Há no direito brasileiro restrição expressa Forma de Disposições Testamentárias.
quanto à legítima, que é parte dos bens que não se pode Para a Convenção, uma disposição testamentária
incluir no testamento por havê-la reservado o Código Civil será válida sempre que sua forma estiver em
sa

aos herdeiros necessários (art. 1.857°, § 1°). conformidade com as normas do direito interno :
- Exceção à unidade sucessória em razão de créditos locais. a) do lugar onde o testador a realizou;
ra

(sua territorialidade é incontestável, sendo inadmissível b) do país de nacionalidade do testador no momento


que um Estado deva, para receber os impostos de em que realizou a disposição ou no momento de
sucessão devidos sobre bens sitos no seu território, ir se sua morte;
ra

habilitar C) de um lugar em que o testador possuía domicílio


em processo de inventário e partilha, aberto no no momento em que, realizou a disposição ou no
y

estrangeiro, e que fique sujeito, no assunto, à disposição momento de sua morte.


an

de leis estrangeiras, quer substantivas, quer adjetivas”). D) do lugar em que o testador tinha sua
residência habitual no momento em que realizou a
 Execução de testamento celebrado no estrangeiro: disposição ou no momento de sua morte;
ne

e) quando estiverem incluídos imóveis, do lugar em


- Validade intrínseca e extrínseca.
- O plano extrínseco diz respeito à forma do documento que estes estiverem situados. A
Convenção, como se vê, amplia sobremaneira o
58

(aspecto externo); e o intrínseco conota a


sua substância (aspecto interno). leque de possibilidades sobre a validade formal das
disposições testamentárias, aceitando, para além
@

 Lei aplicável à forma: do locus regit actum, também os critérios da


nacionalidade, do domicílio e da residência habitual
do testador, bem assim a lex rei sitae se o
gm

testamento contemplar bens imóveis.


ai

A forma do ato de última


vontade é regida pela lei do local
Não terá qualquer relevância a lei do
l.c

de sua celebração (locus regit


actum). país em que
realizado o ato, que só servirá para
o

aferir a validade formal do documento; a


m

validade substancial do testamento


obedece à lei do último domicílio do de
cujus (testador).
- celebrante e os requisitos de constituição do ato.

- Assim, se a pessoa testa num domicílio e falece


em outro, a lei do primeiro (vigente àquele
tempo) regerá a capacidade para testar, e a do
segundo (vigente ao tempo do falecimento), a
substância do ato.

Página 33 de Nova Seção 1


Art./Súmulas
Continuação Observações
Títulos
Aula 05- Direito das obrigações e contratos. Atenção
Subtítulos

Aula 05
Direito das obrigações e contratos. - regra locus regit actum.
- isto é, livremente determinada pela vontade das
sa

partes, não há jamais falar em fraude à lei, pois


Art. 9°;LINDB= não pode (nem poderia) haver fraude quando se
ra

Para qualificar e reger as obrigações, tem liberdade para escolher a lei aplicável a certo
aplicar-se-á a lei do país em que se ato jurídico.
- Nem sempre a regra locus regit actum será
ra

constituírem.(extracontratual).
§ 1 Destinando-se a obrigação a ser
o facultativa.
executada no Brasil e dependendo de forma
y

essencial, será esta observada, admitidas as  Obrigação proveniente de contrato:


an

peculiaridades da lei estrangeira quanto aos - As manifestações de vontade conectadas a mais


requisitos extrínsecos do ato. de um ordenamento jurídico extraterritorial, com
o
§ 2 A obrigação resultante do contrato qualquer meio de conexão podem ser considerados
ne

reputa-se constituída no lugar em que residir contratos internacionais e aplicáveis a sua


o proponente.(contratual). regência e execução.
58
@

- Nenhuma preocupação se há de ter, nesse caso, com a


nacionalidade, o domicílio ou a residência dos contratantes, Quando, portanto, um
estando tudo a depender do local em que constituída a contrato internacional existir,
gm

obrigação. surgirá a dúvida relativa à lei


aplicável à sua regulação?
- Contratuais(vontade das partes) como as
extracontratuais(vinculam as partes mesmo sem a vontade
ai

das partes).
l.c
o

Qual a lei irá reger a


m

capacidade para
contratar? No direito Porque o Art.9°;§2°, trata do
brasileiro por exemplo é a lugar onde reside o proponente?
de domicílio. Porque os contratantes possuem
domicílios diferentes e seria
impossível a aplicação
- Apesar do disposto no Art.9°, existem outras leis que do caput
também podem ser aplicadas, não sendo possível falar na
aplicação de lei única.
- dépeçage (fracionamento).

Página 34 de Nova Seção 1


 Obrigações por atos ilícitos:
Continuação - situações geradoras de responsabilidade civil do
causador do dano, seja contratual ou
- Para alguns doutrinadores a ideia do contrato ser reputado extracontratual.
constituído no lugar de residente do proponente parece
absurda, pois o ato foi constituído em outro território. Mas,
há outros que diz não ser necessário o apego ao
nacionalidade. lex loci
- Almir de Castro diz que deve ser levado e consideração delicti commissi=
onde ele estiver e propor a propositura do contrato. A lei do lugar onde o ato
- Conotação errada do residir no parágrafo, pois tem que ser ilícito foi cometido, que rege
entendido como lugar de morada do indivíduo. Os a obrigação de indenizar;
doutrinadores ainda interpretam o dispositivo reputa-se no
sentido de presumir, ou seja a autonomia da vontade das
sa

partes para escolher o foro eleito como ainda importante e


superior
ra

- (qualificação) somente a lex causae poderá


 Obrigação no exterior destinada à execução no Brasil: realizar.
interesses da vítima com as responsabilidades
ra

-
do autor do ilícito para fins de localização da lei
aplicável.
y an

Art. 9° § 1°;LINDB=  Tratados internacionais:


Destinando-se a obrigação a
ser executada no Brasil e
ne

dependendo de forma
essencial, será esta observada, Art. 168°;Código de
58

admitidas as peculiaridades da Bustamante.=


lei estrangeira quanto aos As obrigações que derivem de
requisitos extrínsecos do ato. atos ou omissões, em que
@

intervenha culpa ou negligência


não punida pela lei, reger-se-
gm

ão pelo direito do lugar em que


tiver ocorrido a negligência ou
- Vontade das partes. culpa que as origine
- A execução só será no Brasil se as partes assim aferirem em
ai

razão da natureza da obrigação.


- Em suma se a obrigação depender de forma essencial de
l.c

acordo com a legislação brasileira está será imperativa - Pelo Protocolo de São Luiz, toda
independente da vontade das partes. “responsabilidade civil por acidentes de trânsito
o

será regida pelo direito interno do Estado-Parte


m

em cujo território ocorreu o acidente”(art. 3°,


primeira parte).

Assim, as obrigações
referidas devem ser
exequíveis (exigíveis)
no Brasil, não meramente
acionáveis no país.

Página 35 de Nova Seção 1


Artigo 7
Continuação Para exercer as ações compreendidas neste Protocolo
serão competentes, à eleição do autor, os tribunais do
Estado Parte:
a) onde ocorreu o acidente;
b) do domicílio do demandado; e
c) do domicílio do demandante.
Artigo 3
A responsabilidade civil por  Flexibilização pela lex damni:
acidentes de trânsito será regida - A lei do local em que cometido o ilícito poderá não
pelo direito interno do Estado Parte ser, contudo, a mesma do lugar em que o dano
em cujo território ocorreu o gerou efeitos.
acidente. - substituir a lex delicti pela lex damni,
sa

- Lex damni – A lei do lugar onde se manifestaram


as consequências do ato ilícito, para reger a
ra

obrigação referida no item anterior;


- Martin Wolff, contudo, entende que a lex damni
somente poderá operar se a lei do local em
ra

Artigo 3
Se no acidente que cometido o ato o tiver por ilícito e capaz de
participarem ou resultarem produzir efeitos.
y

atingidas unicamente pessoas


an

domiciliadas em outro Estado  Obrigações ex lege:


- Há obrigações por atos ilícitos que não decorrem
Parte, o mesmo será regido
pelo direito interno deste de contratos, nem são ex delicto; provêm
ne

último. diretamente da lei (ex lege).


- É entendimento corrente que tais obrigações são
regidas tanto no DIPr como no direito
58

Comparado:
a) pela lei que estabelece a obrigação ou (
@

b) pela lei do lugar do fato que asoriginou.


- Há, porém, normatização no Código Bustamante,
que poderá ser utilizada (a título, ao
gm

menos, de doutrina) para os casos de relações


Artigo 5 jurídicas com países não partes no Código, quais
Qualquer que seja o direito sejam:
ai

aplicável à responsabilidade, levar- Art. 165° As obrigações derivadas da lei regem-se


se-ão em conta as regras de pelo direito que as tiver estabelecido.
l.c

circulação e segurança em vigor Art. 220° A gestão de negócios alheios é regulada


no lugar e no momento do pela lei do lugar em que se efetuar.
acidente. Art. 221° A cobrança do indébito submete-se à lei
o

pessoal comum das partes e, na sua falta, à do


m

lugar em que se fizer o pagamento.


Art. 222.° Os demais quase contratos subordinam-
Artigo 4 se à lei que regule a instituição jurídica que os
A responsabilidade civil por danos sofridos nas coisas alheias aos origine.
veículos acidentados como consequência do acidente de trânsito,
será regida pelo direito interno do Estado Parte no qual se
produziu o fato.

Página 36 de Nova Seção 1


Art./Súmulas
Continuação Observações
Títulos
Aula 06- Pessoas jurídicas no DIPR. Atenção
Subtítulos

Aula06
Pessoas jurídicas no DIPR: OBS.: FUNCIONAR x ATUAR
- Organizações de interesse coletivo: sociedades e - Quando uma empresa pode se ligar ao Brasil:
fundações. a- Transferência de sede para o Brasil (sujeita a lei
sa

- LINDB- Art.11°; CAPUT; §°1;2 E 3 brasileira).


b- Sede no estrangeiro e filiais/agencias no Brasil(sujeito
ra

a lei brasileira).
Art. 11°. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, c- Sede no estrangeiro, atividade no Brasil:(sem
como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em filial/agência).
ra

que se constituírem. d- Apenas recorrer aos tribunais brasileiros.


§ 1° Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou
y

estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados  Limites de operação no Br.


an

pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira.


§ 2° Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de
qualquer natureza, que eles tenham constituído, dirijam ou hajam
ne

investido de funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens


Art. 170°;CF. A ordem econômica,
imóveis ou susceptíveis de desapropriação.
fundada na valorização do trabalho
§ 3° Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos
58

humano e na livre iniciativa, tem por fim


prédios necessários à sede dos representantes diplomáticos ou
assegurar a todos existência digna,
dos agentes consulares.
conforme os ditames da justiça social,
@

 Lei Aplicável: observados os seguintes princípios:


- Lex societatis. IV - livre concorrência;
gm

- Ação no Brasil: juiz deve identificar a lei que independe da


nacionalidade ou domicilio dos sócios do lugar do capital social,
do exercício das atividades.
ai

- Aquisição de bens:
 Nacionalidade da empresa: - Art.11°;§2°- vedação governo estrangeiro
l.c

- Critérios: - Exceção: Art.11°§3° LINDB


I- Incorporação: local do registro dos estatutos. - Art.190° CF/88-
II- Sede social: local de sede. Art. 190°;CF= A lei regulará e limitará a aquisição
o

III- Controle: nacionalidade de quem controle. ou o arrendamento de propriedade rural por


m

pessoa física ou jurídica estrangeira e


 Reconhecimento e funcionamento da empresa estrangeira: estabelecerá os casos que dependerão de
a) A personalidade jurídica de uma empresa não depende de autorização do Congresso Nacional.
autorização estatal. - LEI 5.709/71 Art.5°=
b) Não podem funcionar livremente (relações fixas e
duradoras) sem fiscalização ou controle.
c) Para isso é necessário que os atos constitutivos sejam
aprovados pelo governo brasileiro, portanto ficam sujeitos
pelo governo brasileiro.- necessita de reconhecimento e de
sua constituição, e para seu funcionamento depende do
reconhecimento do governo brasileiro.

Página 37 de Nova Seção 1


Continuação
LEI 5.709/71 Art.5°=
Art. 5º - As pessoas jurídicas estrangeiras referidas no art. 1º
desta Lei só poderão adquirir imóveis rurais destinados à
implantação de projetos agrícolas, pecuários, industriais, ou de
colonização, vinculados aos seus objetivos estatutários.
§ 1º - Os projetos de que trata este artigo deverão ser aprovados
pelo Ministério da Agricultura, ouvido o órgão federal competente
de desenvolvimento regional na respectiva área.

Art. 222°;CF=
sa

A propriedade de empresa jornalística e de


radiodifusão sonora e de sons e imagens é
ra

privativa de brasileiros natos ou


naturalizados há mais de dez anos, ou de
pessoas jurídicas constituídas sob as leis
ra

brasileiras e que tenham sede no País.


y an

- Insolvência:
- Empresa: Início - desenvolvimento - fim
ne

- Fim: vontade dos sócios; fim da autorização do governo;


falência.
58

- Recuperação judicial 11.101.


- Sistemas pluralista e universal
@
gm
ai
l.c
om

Página 38 de Nova Seção 1


Art./Súmulas
Continuação Observações
Títulos
Aula 06- Direito processual internacional. Atenção
Subtítulos

Aula06
Introdução:  Fontes do direito processual civil internacional:
sa

- Como já vimos nos conteúdos anteriores o Direito - NCPC/2015


Internacional privado indica o direito aplicável em caso de - LINDB
conflito em uma relação jurídica com conexão internacional.
ra

- Tratados bilaterais e plurilaterais ratificados pelo


- São normas designativas; normas processuais; normas Brasil.
matérias/substantivas. - Organizações que promovem estudos sobre as
ra

- Para que as leis sejam aplicadas ao caso em concreto, as regras desse direito.
normas precisam de regras assessoriais ou instrumentos.
y

- a ausência dessas regras impossibilita a aplicação e  Lex fori; Lex Diligentiae e lex causae:
an

pronunciação sobre o mérito da causa pelo juiz - Regra de conexão local indicar que lei estrangeira
- lex fori, ou seja a aplicação dessas normas vincula-se à lei deverá ser aplicada, a autoridade judiciária local
local/interno. deverá respeitar.
ne

- Processos muito usado é a arbitragem; carta rogatória e


homologação de sentença estrangeira.
 Natureza das normas de direito processual internacional:
58

- O direito processual internacional, trata-se de normas Art. 314°;Código de Bustamante=


@

diretas e unilaterais. A lei de cada Estado contratante determina


- Não trata das normas potencialmente aplicáveis, mas a a competência dos tribunais, assim como a
necessidade de resolver questões e conflitos que acontecem
gm

sua organização, as formas de processo e


perante o judiciário brasileiro. a execução das sentenças e os recursos
- .em respeito ao princípio da territorialidade, o juiz aplica a lei contra suas decisões.
apenas nos limites de sua jurisdição.
ai

- Dos limites da jurisdição nacional.Art.21°;CPC


l.c

Art. 315°;Código de Bustamante=.


o

Art. 21°;CPC= Nenhum Estado contratante organizará


m

Compete à autoridade judiciária brasileira processar ou manterá no seu território tribunais


e julgar as ações em que: especiais para os membros dos demais
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, Estados contratantes.
estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato
praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I,
considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica
estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.

Página 39 de Nova Seção 1


Continuação

Artigo 4;
Convenção Interamericana sobre Normas Gerais
de Direito Internacional Privado, concluída em
Montevidéu, Uruguai, em 8 de maio de 1979=

Todos os recursos previstos na lei processual do


lugar do processo serão igualmente admitidos
para os casos de aplicação da lei de qualquer dos
outros Estados Partes que seja aplicável.
sa

- O código de processo civil em seu Art.16°, dispõe que o juízes e


ra

tribunais possam jurisdição civil em todo território nacional.


- A lei deve ser a local, independente de se aplicar lei estrangeira.
ra

- Lex diligentiae= local de diligência,quando há necessidade de


procedimentos processuais em outro páis=juridição de outro país.
y

- Aplica-se a regra do local da diligência para a realização desse


an

procedimento.
- Utiliza-se a lex fori onde ação foi proposta.
ne

LEIS DO PROCESSO X LEIS MATERIAIS APLICÁVEL

- Lex causae= lei material aplicada à controvérsia.


58

- Há uma certa confusão entre lei material e processual, durante a


ação.
@

- Lei material aplicável a essa relações interurjuridicionais.


gm
ai
l.c
om

Página 40 de Nova Seção 1


Art./Súmulas
Observações
Continuação Títulos
Aula 06- Cooperação jurídica internacional. Atenção
Subtítulos

Aula06
Introdução:
sa

- É possível que o processo em curso necessite da Art. 39°;CPC=


realização de procedimentos a serem realizados fora dos O pedido passivo de cooperação
limites territoriais do país em que tramite o processo ou
ra

jurídica internacional será recusado


que uma decisão proferida em uma jurisdição produza se configurar manifesta ofensa à
efeitos em outra. ordem pública.
ra

- Lex diligentiae.
y

 Carta rogatória:
an

- Ativas e passivas. Art. 12°;LINDB=


- As ativas são por exemplo, as solicitadas pelas autoridades É competente a autoridade judiciária brasileira,
Brasileiras a estrangeiras. quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver
ne

- Já as passivas, ocorrem quando o Brasil recebe a de ser cumprida a obrigação.


solicitação de autoridades brasileiras. § 2 A autoridade judiciária brasileira cumprirá,
o
58

- Sempre observar entre os Estados soberanos envolvidos a concedido o exequatur e segundo a forma
existência de tratados internacionais/se há acordo, caso estabelecida pele lei brasileira, as diligências
não tenha aplica-se e segue o pedido por via diplomática. deprecadas por autoridade estrangeira
@

competente, observando a lei desta, quanto ao


objeto das diligências.
gm

Art. 256°;CPC=
A citação por edital será feita: Art. 17°;LINDB=
ai

I - quando desconhecido ou incerto o citando; As leis, atos e sentenças de outro país,


II - quando ignorado, incerto ou inacessível o bem como quaisquer declarações de
l.c

lugar em que se encontrar o citando; vontade, não terão eficácia no Brasil,


III - nos casos expressos em lei. quando ofenderem a soberania nacional,
§ 1º Considera-se inacessível, para efeito de a ordem pública e os bons costumes.
o

citação por edital, o país que recusar o


m

cumprimento de carta rogatória.

- Nas cartas rogatórias passivas, o Brasil tem a competência STJ somente examinará:
interna de fazer a exequatur. a) A autenticidade da rogatória;
- Antes da EC n°.45/2004 era de competência do STF, na b) Se não fere a soberania ou
atualidade é de competência do STJ( SISTEMA ordem pública nacional.
CENTRALIZADO).
- Observar o disposto no Art. 105°; I, i; C, pois o exequatur às (SISTEMA DE CONTECIOSIDADE LIMITDA)
cartas rogatórias precisa ser concedido.

Página 41 de Nova Seção 1


Continuação
Art. 37°;CPC=
- Sem exame de mérito da ação em curso no exterior. .O pedido de cooperação jurídica
- Competência exclusiva da autoridade brasileira. internacional oriundo de autoridade brasileira
competente será encaminhado à autoridade
central para posterior envio ao Estado
requerido para lhe dar andamento.
Art. 964°;CPC=
Não será homologada a decisão
estrangeira na hipótese de competência Art. 38°;CPC=
exclusiva da autoridade judiciária brasileira. O pedido de cooperação oriundo de
sa

Parágrafo único. O dispositivo também se autoridade brasileira competente e os


aplica à concessão do exequatur à carta documentos anexos que o instruem serão
ra

rogatória. encaminhados à autoridade central,


acompanhados de tradução para a língua
oficial do Estado requerido.
ra

- A carta rogatória é instrumento disponível à autoridade


y

competente, valoração essa que deve ser feita pela lei de


origem do pedido, cumprindo ao tribunal brasileiro apenas a
an

aferição objetiva desse requisito.


- A lei de introdução, portanto não restringe a concessão de Art. 39°;CPC=
ne

exequatur somente a autoridades do judiciário, a qualquer O pedido passivo de cooperação


autoridade que seja competente. jurídica internacional será recusado se
configurar manifesta ofensa à ordem
58

pública.
@

Art. 36°;CPC=
Art. 40°;CPC=
O procedimento da carta rogatória perante o
gm

A cooperação jurídica internacional para


Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição execução de decisão estrangeira dar-se-á
contenciosa e deve assegurar às partes as garantias por meio de carta rogatória ou de ação
do devido processo legal. de homologação de sentença estrangeira,
ai

§ 1º A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao de acordo com o


atendimento dos requisitos para que o art. 960°
l.c

pronunciamento judicial estrangeiro produza efeitos


no Brasil.
§ 2º Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do
o

mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela  Cooperação judiciária internacional:


m

autoridade judiciária brasileira.


Art. 27°;CPC= A cooperação jurídica internacional
terá por objeto:
I - citação, intimação e notificação judicial e
extrajudicial;
II - colheita de provas e obtenção de informações;
III - homologação e cumprimento de decisão;
IV - concessão de medida judicial de urgência;
V - assistência jurídica internacional;
VI - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial
não proibida pela lei brasileira.

Página 42 de Nova Seção 1


Continuação
Art. 109°;CF/88==
 Homologação de sentença estrangeira: Aos juízes federais compete processar e
julgar:
X - os crimes de ingresso ou permanência
irregular de estrangeiro, a execução de carta
rogatória, após o "exequatur", e de sentença
Art. 27°;CPC= estrangeira, após a homologação, as causas
A cooperação jurídica referentes à nacionalidade, inclusive a
internacional terá por objeto: respectiva opção, e à naturalização;
III - homologação e cumprimento
de decisão;
sa

Art. 965°;CPC=
ra

- Fontes: tratados, julgados STJ; NCPC e regimento interno do O cumprimento de decisão estrangeira far-
STJ. se-á perante o juízo federal competente, a
requerimento da parte, conforme as normas
ra

estabelecidas para o cumprimento de decisão


nacional.
y

LER Arts. 26° a 41°, NCPC


Parágrafo único. O pedido de execução
e Arts.960° a 965°,NCPC.
an

deverá ser instruído com cópia autenticada


da decisão homologatória ou do exequatur ,
conforme o caso.
ne

- O Brasil em caso de homologação de sentença estrangeira, não


58

- Portanto a homologação e concessão de


poderá analisar o mérito, apenas observar se a decisão feri a
Ordem Pública, sem necessidade de se exigir reciprocidade. exequatur é de competência do STJ, já o
processo de execução compete a justiça federal.
@

- Outro ponto importante, é que a sentença só terá efeitos


jurídicos nos limites do território nacional.  Requisitos:
- O reconhecimento à sentença é de competência é do STJ. Art. 963°;CPC=
gm

- A homologação cabe ao STJ já o processamento de execução Constituem requisitos indispensáveis à


compete, em primeiro grau aos juízes federais. homologação da decisão:
I - ser proferida por autoridade competente;
ai

II - ser precedida de citação regular, ainda que


verificada a revelia;
l.c

Art. 105°;CF/88= III - ser eficaz no país em que foi proferida;


Compete ao Superior Tribunal de Justiça: IV - não ofender a coisa julgada brasileira;
I - processar e julgar, originariamente:
o

V - estar acompanhada de tradução oficial, salvo


i) a homologação de sentenças disposição que a dispense prevista em tratado;
m

estrangeiras e a concessão de exequatur VI - não conter manifesta ofensa à ordem pública.


às cartas rogatórias; Parágrafo único. Para a concessão
do exequatur às cartas rogatórias, observar-se-
ão os pressupostos previstos no caput deste
artigo e no art. 962°, § 2º .
Art. 964°;CPC=
Não será homologada a decisão estrangeira na
hipótese de competência exclusiva da autoridade
judiciária brasileira.(Art.23°;CPC)
Parágrafo único. O dispositivo também se aplica à
concessão do exequatur à carta rogatória.

Página 43 de Nova Seção 1


Continuação
- Art.216°- A;§1°; do regimento interno do STJ.( provimentos
não judiciais na lei do Brasil, com natureza de sentença
poderão ser homologados.
- Art.961°;CPC= a sentença estrangeira de divórcio
consensual, produz efeitos no Brasil, sem haver
homologação no brasil.
- Art.13°; da Convenção Interamericana sobre Obrigação
Alimentar de 1989, aduz sobre a ausência de necessidade
de homologação pelo STJ, podendo ser levadas diretamente
ao juízo de 1° instância.
sa
ra
ra
y an
ne
58
@
gm
ai
l.c
om

Página 44 de Nova Seção 1


Art./Súmulas
Continuação Observações
Títulos
Aula07- Condição jurídica do estrangeiro. Atenção
Subtítulos

Aula07
Conceito de estrangeiro: - INDESEJÁVEIS: aqueles a quem o Estado não deseja receber
- Quem não é nacional(é um conceito por exclusão). em seu território;
- Estiverem de maneira provisória ou definitivamente. - A admissão/permissão do estrangeiro em território pe ato
sa

- podem ter outra ou outras, ou ainda (apátrida, sem discricionário.


nenhuma nacionalidade) . - A ação das polícias federais, marítimas, aeroportuárias e de
fronteira, no combate e controle de entrada irregular no
ra

- Não ter nascido naquele território.


- Pode ser por mio da migração, causada pela economia, território nacional.
política, cultura, religião, perseguições etc. - O passaporte e visto como parte desse controle de ingresso,
ra

os quais permitem a identificação pessoal.


- Estrangeiros residentes + estrangeiros provisórios.
- O ingresso pode ser como IMIGRANTE OU VISITANTE.
y

- O imigrante é nacional de outro país ou apátrida que trabalha


ou reside e se estabelece temporariamente ou
an

definitivamente.
- O visitante vem para o Brasil para estadia de curta duração,
ne

Art. 5°;CF= sem pretensão temporária ou definitiva.


Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza,  Tipos de visto:
58

garantindo-se aos brasileiros e aos - Expectativa de ingresso o qual não garante sua entrada.
estrangeiros residentes no País a - Vistos de visita; temporário, diplomático, oficial e de
@

inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, cortesia(Art.12°, da lei de migração).


à igualdade, à segurança e à propriedade, a) Visto de visita: Art.13; da lei de migração;
nos termos seguintes:
gm

Art. 13°= O visto de visita poderá ser concedido ao visitante


que venha ao Brasil para estada de curta duração, sem
 Regulamentação: intenção de estabelecer residência, nos seguintes casos:
ai

- Lei de migração: Lei n° 13.445/2017-veio substituindo


o antigo Estatuto do estrangeiro). I - turismo; II - negócios; III - trânsito; IV - atividades artísticas
l.c

- Decreto n° 9.199/2017 ou desportivas; e V - outras hipóteses definidas em


- Essa lei e decreto veio no sentido de trazer regulamento.
garantias ,proteção, a busca pela dignidade do
o

estrangeiro, através de uma ótica humanitária de § 1º É vedado ao beneficiário de visto de visita exercer
m

acolhimento e limites quanto a mobilidade dos mesmos atividade remunerada no Brasil.


em território nacional.
§ 2º O beneficiário de visto de visita poderá receber
 Admissão e ingresso de estrangeiro: pagamento do governo, de empregador brasileiro ou de
- Princípio de DIP: Por uma questão de soberania e entidade privada a título de diária, ajuda de custo, cachê, pró-
proteção de seu território e de seus nacionais o labore ou outras despesas com a viagem, bem como
Estado não é obrigado a aceitar em seu território o concorrer a prêmios, inclusive em dinheiro, em competições
ingresso de estrangeiros, de modo provisório ou desportivas ou em concursos artísticos ou culturais.
permanente de qualquer forma, portanto assim nasci a
necessidade procedimentos para a entrada de
estrangeiros.

Página 45 de Nova Seção 1


C) Diplomático e oficial: Art.16°; da lei de migração.
Continuação
Art. 16°= Os vistos diplomático e oficial poderão ser
§ 3º O visto de visita não será exigido em caso de escala ou concedidos a autoridades e funcionários estrangeiros
conexão em território nacional, desde que o visitante não deixe a que viajem ao Brasil em missão oficial de caráter
área de trânsito internacional. transitório ou permanente, representando Estado
estrangeiro ou organismo internacional reconhecido.
- O prazo de estada é de 90+90 ,não ultrapassando de
180 dias em cada ato migratório. § 1º Não se aplica ao titular dos vistos referidos
no caput o disposto na legislação trabalhista brasileira.
b) Temporário: Art.14°; da lei de migração.
§ 2º Os vistos diplomático e oficial poderão ser
- Art. 14°.=O visto temporário poderá ser concedido ao estendidos aos dependentes das autoridades
imigrante que venha ao Brasil com o intuito de estabelecer referidas no caput .
sa

residência por tempo determinado e que se enquadre em


pelo menos uma das seguintes hipóteses:
ra

d) Cortesia: Art. 18°. Do Decreto n° 9199/17:


I - o visto temporário tenha como finalidade: Art. 18°= Os vistos diplomático, oficial e de cortesia
ra

terão prazo de validade de até três anos, e


a) pesquisa, ensino ou extensão acadêmica; permitirão múltiplas entradas no território nacional,
desde que os seus portadores cumpram os requisitos
y

b) tratamento de saúde; de registro estabelecidos pelo Ministério das


an

Relações Exteriores.
c) acolhida humanitária;
- Autorização de residência: Art. 30°; da lei de
ne

d) estudo; migração e Arts. 123° e 163°. Do Decreto n° 9199.


- É quase um visto permanente, para permanecer no
58

e) trabalho; Brasil.

f) férias-trabalho; Art. 30°; da lei de migração=A residência poderá ser


@

autorizada, mediante registro, ao imigrante, ao


g) prática de atividade religiosa ou serviço voluntário; residente fronteiriço ou ao visitante que se enquadre
gm

em uma das seguintes hipóteses:


h) realização de investimento ou de atividade com
relevância econômica, social, científica, tecnológica ou I - a residência tenha como finalidade:
ai

cultural;
a) pesquisa, ensino ou extensão acadêmica;
l.c

i) reunião familiar;
b) tratamento de saúde;
j) atividades artísticas ou desportivas com contrato por
o

prazo determinado; c) acolhida humanitária;


m

II - o imigrante seja beneficiário de tratado em matéria de d) estudo;


vistos;
e) trabalho;
III - outras hipóteses definidas em regulamento.
f) férias-trabalho;
- LER OS PARÁGRAFOS DESSE ARTIGO.
g) prática de atividade religiosa ou serviço voluntário;

Página 46 de Nova Seção 1


§ 3º Nos procedimentos conducentes ao cancelamento de
Continuação autorização de residência e no recurso contra a negativa de
concessão de autorização de residência devem ser respeitados
h) realização de investimento ou de atividade com relevância o contraditório e a ampla defesa.
econômica, social, científica, tecnológica ou cultural;
Art. 123°; do decreto n° 9.199/17= O imigrante, o residente
i) reunião familiar; fronteiriço e o visitante, por meio de requerimento, poderão
solicitar autorização de residência no território nacional.
II - a pessoa:
§ 1º A autorização de residência poderá ser concedida
a) seja beneficiária de tratado em matéria de residência e livre independentemente da situação migratória, desde que cumpridos
circulação; os requisitos da modalidade pretendida.
b) seja detentora de oferta de trabalho; § 2º A posse ou a propriedade de bem no País não conferirá o
sa

direito de obter autorização de residência no território nacional,


c) já tenha possuído a nacionalidade brasileira e não deseje ou sem prejuízo do disposto sobre a autorização de residência para
ra

não reúna os requisitos para readquiri-la; realização de investimento.


d) (VETADO);
ra

Art. 163°; do decreto n° 9199/17=541,1176 O Ministério da


Justiça e Segurança Pública disciplinará os casos especiais para
e) seja beneficiária de refúgio, de asilo ou de proteção ao a concessão de autorização de residência não previstos
y

apátrida; expressamente neste Decreto. (Revogado pelo


an

Decreto nº 9.873, de 2019)


f) seja menor nacional de outro país ou apátrida,
desacompanhado ou abandonado, que se encontre nas  Direitos dos estrangeiros:
ne

fronteiras brasileiras ou em território nacional; - não obrigação de receber


- mas uma vez os recebendo: obrigação de oferecer /
58

g) tenha sido vítima de tráfico de pessoas, de trabalho escravo garantir direitos mínimos
ou de violação de direito agravada por sua condição migratória; - (vida liberdade, segurança, integridade, intimidade,
privacidade, acesso à justiça, etc)
@

h) esteja em liberdade provisória ou em cumprimento de pena - direitos civis (Art. 4° Lei de Migração):
no Brasil; - liberdade: não significa não sujeito a regras penais do país,
gm

tudo esbarra na ordem pública.


III - outras hipóteses definidas em regulamento. - não direitos políticos (não votar / ser votado): garantido
apenas aos nacionais.
§ 1º Não se concederá a autorização de residência a pessoa
ai

condenada criminalmente no Brasil ou no exterior por sentença


transitada em julgado, desde que a conduta esteja tipificada na
l.c

legislação penal brasileira, ressalvados os casos em que:


o

I - a conduta caracterize infração de menor potencial ofensivo; Art. 5°;CF=


Todos são iguais perante a lei, sem
m

II - (VETADO); ou distinção de qualquer natureza,


garantindo-se aos brasileiros e aos
III - a pessoa se enquadre nas hipóteses previstas nas alíneas estrangeiros residentes no País a
“b”, “c” e “i” do inciso I e na alínea “a” do inciso II do caput deste inviolabilidade do direito à vida, à
artigo. liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
§ 2º O disposto no § 1º não obsta progressão de regime de
cumprimento de pena, nos termos da Lei nº 7.210, de 11 de julho
de 1984 , ficando a pessoa autorizada a trabalhar quando assim
exigido pelo novo regime de cumprimento de pena.

Página 47 de Nova Seção 1


- As condições específicas da repatriação pode vir
Continuação expressa em tratados ou regulamento.

Art. 1°; Código de bustamante= Art. 49°;§ 4º=


Os estrangeiros que pertençam a qualquer Não será aplicada medida de
dos Estados contratantes gozam, no repatriação à pessoa em situação de
território dos demais, dos mesmos direitos refúgio ou de apátrida, de fato ou de
civis que se concedam aos nacionais. direito, ao menor de 18 (dezoito) anos
Cada Estado contratante pode, por motivo de desacompanhado ou separado de sua
ordem pública, recusar ou sujeitar a família(.. )
condições especiais o exercício de
sa

determinados direitos civis aos nacionais dos


outros, e qualquer desses Estados pode, em
ra

casos idênticos, recusar ou sujeitar a


Art. 45°; da lei de migração =Poderá ser impedida de
condições especiais o mesmo exercício aos
ingressar no País, após entrevista individual e mediante
ra

nacionais do primeiro.
ato fundamentado, a pessoa:
y

I - anteriormente expulsa do País, enquanto os efeitos da


 Exclusão do estrangeiro:
an

expulsão vigorarem;
- Exclusão dos estrangeiros por iniciativa estatal:
a) Repatriação: II - condenada ou respondendo a processo por ato de
ne

b) Deportação: terrorismo ou por crime de genocídio, crime contra a


c) Expulsão. humanidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos
Destinação: pais de nacionalidade ou de procedência do termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal
58

-
migrante/visitante ou outro aceite. Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto nº
- Difere da extradição: que não é iniciativa do Estado, mas 4.388, de 25 de setembro de 2002 ;
@

solicitação de governo estrangeiro.


III - condenada ou respondendo a processo em outro país
a) Repatriação: Art. 49° e 45° da lei de migração: por crime doloso passível de extradição segundo a lei
gm

- Devolução ao país de procedência. brasileira;


- Caso de impedimento no território nacional.
- É um impedimento reconhecido no momento de entrada em IV - que tenha o nome incluído em lista de restrições por
ai

território brasileiro. ordem judicial ou por compromisso assumido pelo Brasil


- A pessoa não chega a ingressar. perante organismo internacional;
l.c

- Art.49°; da lei de migração;


V - que apresente documento de viagem que:
o

a) não seja válido para o Brasil;


m

A repatriação é uma medida b) esteja com o prazo de validade vencido; ou


administrativa, o qual será feito sob
imediata comunicação do ato c) esteja com rasura ou indício de falsificação;
fundamentado de repatriação à
empresa transportadora + mais VI - que não apresente documento de viagem ou
autoridade consular do pais de documento de identidade, quando admitido;
procedência ou de nacionalidade.

Página 48 de Nova Seção 1


Art. 50°, da lei de migração=A deportação é medida
Continuação decorrente de procedimento administrativo que consiste
na retirada compulsória de pessoa que se encontre em
VII - cuja razão da viagem não seja condizente com o visto ou com situação migratória irregular em território nacional.
o motivo alegado para a isenção de visto;
§ 1º A deportação será precedida de notificação pessoal
VIII - que tenha, comprovadamente, fraudado documentação ou ao deportando, da qual constem, expressamente, as
prestado informação falsa por ocasião da solicitação de visto; ou irregularidades verificadas e prazo para a regularização
não inferior a 60 (sessenta) dias, podendo ser prorrogado,
IX - que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos por igual período, por despacho fundamentado e mediante
dispostos na Constituição Federal. compromisso de a pessoa manter atualizadas suas
informações domiciliares.
Parágrafo único. Ninguém será impedido de ingressar no País por
motivo de raça, religião, nacionalidade, pertinência a grupo social § 2º A notificação prevista no § 1º não impede a livre
sa

ou opinião política. circulação em território nacional, devendo o deportando


informar seu domicílio e suas atividades.
ra

b) Deportação: Art. 50°; da lei de migração.


- As causas: é a entrada irregular e permanência em § 3º Vencido o prazo do § 1º sem que se regularize a
território nacional.
ra

situação migratória, a deportação poderá ser executada.


- Procedimento administrativo.
- Retirada compulsória. § 4º A deportação não exclui eventuais direitos adquiridos
y

- Entrada irregular(clandestina). em relações contratuais ou decorrentes da lei brasileira.


an

- Individual e não coletivo.


§ 5º A saída voluntária de pessoa notificada para deixar o
País equivale ao cumprimento da notificação de deportação
ne

para todos os fins.


58

Art. 50°; da lei de migração= § 6º O prazo previsto no § 1º poderá ser reduzido nos
A deportação é medida casos que se enquadrem no inciso IX do art. 45.
decorrente de procedimento
@

administrativo que consiste na c) Expulsão: Art. 54°; da lei de migração:


retirada compulsória de pessoa - Medida administrativa.
gm

que se encontre em situação - Retirada compulsória )obrigada), com impedimento de


migratória irregular em território reingresso por prazo determinado, não superios ao
nacional. dobro da pena.
ai

Não é impedimento de ingresso, mas de permanência


l.c

-
irregular.
- Não é por prática de crime.
Art. 54°; lei de migração=
A expulsão consiste em medida
o

- A deportação será precedida por notificação ao deportando,


com as irregularidades verificadas e fundamentadas. administrativa de retirada
m

- O prazo para a regularização é de 60 dias, como possibilidade


compulsória de migrante ou visitante
de prorrogação de mais 60 dias. do território nacional, conjugada com
- Essa notificação não impede a livre circulação em território
o impedimento de reingresso por
nacional, o qual terá que indicar e informar o local de seu prazo determinado.
domicílio e atividades.
- A deportação não exclui direitos adquiridos em relações - Retirada do território estrangeiro que cometeu
contratuais. nesse país crimes graves, atentando contra a
- LEMBRANDO NÃO É MEDIDA PUNITIVA, MAS dignidade nacional segurança e tranquilidade do
ADMINISTRATIVA. Estado.
- Nas legislações passadas era possível a prisão - Indigno de permanecer no território.

Página 49 de Nova Seção 1


Continuação
- Poderá dar causa de expulsão à condenação com sentença Reingresso de estrangeiro expulso
transitada em julgado. Art. 338°; CP=
- Crime doloso que dificulte a ressocialização no território Reingressar no território nacional o
brasileiro. estrangeiro que dele foi expulso:
- O processamento de expulsão em crime comum, não Pena - reclusão, de um a quatro
prejudicará os benefícios de progressão de pena anos, sem prejuízo de nova expulsão após
- Não é pena no sentido penal/criminal do Código Penal. o cumprimento da pena.
- Ministro da justiça e Polícia federal.

Art. 54°; da lei de migração= A expulsão consiste em


sa

medida administrativa de retirada compulsória de migrante - NÃO HAVERÄ EXPULSÃO QUANDO:


ou visitante do território nacional, conjugada com o - Art.55°; da lei de migração.
ra

impedimento de reingresso por prazo determinado. - filho brasileiro sob sua guarda ou dependência
econômica /socioafetiva ou pessoa sob sua tutela
ra

§ 1º Poderá dar causa à expulsão a condenação com (ANTES DA DECISÃO DE EXPULSÃO) –


sentença transitada em julgado relativa à prática de: interpretação CF+ECA=depois da causa expulsória,
mas desde que comprovada a guarda e a
y

I - crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de dependência econômica ou socioafetiva do filho
an

guerra ou crime de agressão, nos termos definidos pelo nacional.


Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998, - cônjuge ou companheiro residente no Brasil
promulgado pelo Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de
ne

- ingressado no Brasil até 12 anos de idade


2002 ; ou - pessoa com mais de 70 anos que resida no país
há mais de 10
58

II - crime comum doloso passível de pena privativa de - for brasileiro nato ou naturalizado
liberdade, consideradas a gravidade e as possibilidades de
ressocialização em território nacional.
@

§ 2º Caberá à autoridade competente resolver sobre a  Extradição:


expulsão, a duração do impedimento de reingresso e a
gm

- Difere da repatriação; deportação e expulsão, não


suspensão ou a revogação dos efeitos da expulsão, possui iniciativa das autoridades brasileiras.
observado o disposto nesta Lei.
- Requerida por outro país.
ai

§ 3º O processamento da expulsão em caso de crime - Relação de entre dois Estados soberanos, que
comum não prejudicará a progressão de regime, o buscam em comum e conjunto a cooperação entre
l.c

cumprimento da pena, a suspensão condicional do processo, si para repressão internacional dos delitos.
a comutação da pena ou a concessão de pena alternativa,
de indulto coletivo ou individual, de anistia ou de quaisquer
o

benefícios concedidos em igualdade de condições ao nacional


m

brasileiro.
Medida de cooperação internacional
§ 4º O prazo de vigência da medida de impedimento pela qual um Estado entrega à
vinculada aos efeitos da expulsão será proporcional ao justiça repressiva de outro, a pedido
prazo total da pena aplicada e nunca será superior ao dobro deste, indivíduo nesse último
de seu tempo. processado ou condenado
criminalmente e lá refugiado, para que
possa aí ser julgado ou cumprir a pena
que lhe foi imposta.
(MAZZUOLI, 2018, p.659).

Página 50 de Nova Seção 1


- Pautar-se nos tratados de direitos humanos.
Continuação - Modalidades: Ativa, quando o governo brasileiro
solicita a extradição ? Art.88°; Lei de migração;
- Repressão internacional de delitos. Arts. 266° a 277°; Decreto 9199/17.
- Infrações penais. Passiva, quando país estrangeiro solicita a
- Duas possibilidades: pessoa responde a processo penal no extradição./ Art. 98°; Lei de migração; Art. 278° a
Estado requerente, ou já foi processado e julgado nesse Estado 280°; Decreto 9199/17
requerente no Âmbito criminal.
- Possui duas fases: instrutória que ocorre no país
Um solicita o extraditando o outro envia.
requerente e a fase executória, que cumpra-se a
-
Principais autoridades brasileiras envolvida é o Ministro da
pena já imposta pelo Estado requerente.
-
Justiça e o Ministro das relações exteriores.
Tratados internacionais bilaterais e declarações de
 Fases ( sistema judiciário de extradição):
-
reciprocidade.
I) Administrativa:
sa

ENTREGA X ESTRADIÇÃO - Pedido recebido pelo Ministério da Justiça após


exame de pressupostos da Lei de Migração. Art.
89°, Lei de Migração + art. 269°, Decreto
ra

9.199/2017.
- Se pressupostos não cumpridos: arquivado pelo
ra

Art. 83°; da lei de migração= Ministro, sem prejuízo de renovação do pleito.


- Poderá haver pedido de prisão cautelar (para
São condições para concessão da extradição:
y

garantir executoriedade da medida = comunicação à


autoridade por e-mail, escrito, correio, fax, ou
an

I - ter sido o crime cometido no território do outro por escrito, ou com ponto de contato a
Estado requerente ou serem aplicáveis ao INTERPOL (Organização Internacional de Polícia
ne

extraditando as leis penais desse Estado; e Criminal)


- Após o pedido cautelar e a prisão do indivíduo, 60
II - estar o extraditando respondendo a dias da data da cientificação da prisão do
58

processo investigatório ou a processo penal ou extraditando, para formalizar o pedido (art. 82°) –
ter sido condenado pelas autoridades se passar do prazo: liberdade.
judiciárias do Estado requerente a pena
@

privativa de liberdade.
gm

Art. 89°;da Lei de Migração=O pedido de


ai

extradição originado de Estado


Art. 263°; do decreto n°9199/ 17 estrangeiro será recebido pelo órgão
l.c

competente do Poder Executivo e, após


São condições para concessão da extradição: exame da presença dos pressupostos
formais de admissibilidade exigidos nesta
o

I - o crime ter sido cometido no território do Lei ou em tratado, encaminhado à


Estado requerente ou serem aplicáveis ao
m

autoridade judiciária competente.


extraditando as leis penais desse Estado; e
Parágrafo único. Não preenchidos os
II - o extraditando estar respondendo a pressupostos referidos no caput , o
processo investigatório ou a processo penal pedido será arquivado mediante decisão
ou ter sido condenado pelas autoridades fundamentada, sem prejuízo da
judiciárias do Estado requerente à pena possibilidade de renovação do pedido,
privativa de liberdade superior a dois anos devidamente instruído, uma vez superado
o óbice apontado.

Página 51 de Nova Seção 1


§ 1º A previsão constante do inciso VII do caput não
Continuação impedirá a extradição quando o fato constituir,
principalmente, infração à lei penal comum ou quando o
Art. 269°; Decreto n° 9199/2017=O pedido de extradição crime comum, conexo ao delito político, constituir o fato
originário de Estado estrangeiro será recebido pelo Ministério da principal.
Justiça e Segurança Pública e, após o exame da presença dos
pressupostos formais de admissibilidade exigidos na Lei nº 13.445, § 2º Caberá à autoridade judiciária competente a
de 2017 , ou em tratado de que o País seja parte, será apreciação do caráter da infração.
encaminhado ao Supremo Tribunal Federal.
§ 3º Para determinação da incidência do disposto no inciso I,
§ 1º Os compromissos de que trata o art. 274 deverão ser será observada, nos casos de aquisição de outra
apresentados no ato de formalização do pedido pelo Estado nacionalidade por naturalização, a anterioridade do fato
requerente. gerador da extradição.
sa

§ 2º Não preenchidos os pressupostos de que trata este artigo, § 4º O Supremo Tribunal Federal poderá deixar de
o pedido será arquivado mediante decisão fundamentada, sem considerar crime político o atentado contra chefe de
ra

prejuízo da possibilidade de renovação do pedido, devidamente Estado ou quaisquer autoridades, bem como crime contra a
instruído, uma vez superado o óbice apontado. humanidade, crime de guerra, crime de genocídio e
ra

terrorismo.

§ 5º Admite-se a extradição de brasileiro naturalizado, nas


y

Art. 82°; da Lei de Migração=. Não se concederá a extradição hipóteses previstas na Constituição Federal.
an

quando:
II- Judiciária (STF da legalidade e procedência do pedido):
I - o indivíduo cuja extradição é solicitada ao Brasil for brasileiro Art. 102°, I, g, CF88
ne

-
nato; - Compete ao STF processar e julgar originariamente
examina: Art. 82°; da Lei de Migração VIDE AO
58

-
II - o fato que motivar o pedido não for considerado crime no LADO.
Brasil ou no Estado requerente; a) se há dupla tipificação do crime
b) se crime já estava previsto na legislação estrangeira
@

III - o Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o antes do cometimento;
crime imputado ao extraditando; c) se houve extinção de punibilidade em quaisquer dos
gm

Estados;
IV - a lei brasileira impuser ao crime pena de prisão inferior a 2 d) se o delito tem natureza política ou militar
(dois) anos; e) sistema de garantias no sistema jurídico do Estado
ai

requerente (legalidade e procedência do pedido


V - o extraditando estiver respondendo a processo ou já houver - Relator
l.c

sido condenado ou absolvido no Brasil pelo mesmo fato em que se - interrogatório do extraditando
fundar o pedido; - defesa 10 dias para apresentar: identidade da pessoa
reclamada, ilegalidade da extradição ou defeito de
o

VI - a punibilidade estiver extinta pela prescrição, segundo a lei forma de documento


m

brasileira ou a do Estado requerente; - pode determinar a prisão domiciliar ou defesa em


liberdade retendo documento de viagem até
VII - o fato constituir crime político ou de opinião; julgamento da extradição / entrega
VIII - o extraditando tiver de responder, no Estado requerente,
perante tribunal ou juízo de exceção; ou

IX - o extraditando for beneficiário de refúgio, nos termos da Lei


nº 9.474, de 22 de julho de 1997 , ou de asilo territorial.

Página 52 de Nova Seção 1


III- Administrativa (governo autoriza a entrega ou a
Continuação negativa dela) – efetivação ou não da medida.
- Governo autorizando, a autoridade estrangeira deve
retirar o extraditando de seu território em 60 dias
- Decisão final é do Poder Executivo.
- (O poder Judiciário apenas se manifesta sobre
Art. 102°; I; g; CF=. legalidade e procedência do pedido). Se procedente: ato
Compete ao Supremo Tribunal declaratório de que Poder Executivo poderá autorizar
Federal, precipuamente, a (ato não vinculado à decisão do STF). Se improcedente:
guarda da Constituição, cabendo- ato constitutivo negativo (Executivo não poderá
lhe: extraditar – ato vinculado à decisão do STF)
g) a extradição solicitada por
Estado estrangeiro;
sa

Art. 92°; Lei de Migração=


ra

Julgada procedente a extradição e


autorizada a entrega pelo órgão
ra

competente do Poder Executivo, será


o ato comunicado por via diplomática ao
Estado requerente, que, no prazo de
y

Art. 90°; da Lei de 60 (sessenta) dias da comunicação,


an

Migração= deverá retirar o extraditando do


Nenhuma extradição será território nacional.
concedida sem prévio
ne

pronunciamento do Supremo
Tribunal Federal sobre sua
58

legalidade e procedência, não


cabendo recurso da decisão.
@

Art. 93°;da Lei de Migração=


gm

Se o Estado requerente não


retirar o extraditando do território
nacional no prazo previsto no art.
ai

92°, será ele posto em liberdade,


Art. 94°; da Lei de Migração= sem prejuízo de outras medidas
Negada a extradição em fase
l.c

aplicáveis.
judicial, não se admitirá novo
pedido baseado no mesmo fato.
o m

Página 53 de Nova Seção 1


Continuação
Art. 96°; da Lei de Migração=
Art. 82°;§1°; da Lei de Migração=
VII - o fato constituir crime político ou de
. Não será efetivada a entrega do extraditando sem que o Estado
opinião;
requerente assuma o compromisso de:
§ 1º A previsão constante do inciso VII
I - não submeter o extraditando a prisão ou processo por fato
do caput não impedirá a extradição quando
anterior ao pedido de extradição;
o fato constituir, principalmente, infração
à lei penal comum ou quando o crime
II - computar o tempo da prisão que, no Brasil, foi imposta por força comum, conexo ao delito político, constituir
da extradição; o fato principal.
sa

III - comutar a pena corporal, perpétua ou de morte em pena


privativa de liberdade, respeitado o limite máximo de cumprimento de
ra

30 (trinta) anos;

IV - não entregar o extraditando, sem consentimento do Brasil, a


ra

Súmula 421/ STF


outro Estado que o reclame; Não impede a extradição a
circunstância de ser o extraditando
y

V - não considerar qualquer motivo político para agravar a pena; e casado com brasileira ou ter filho
an

brasileiro.
VI - não submeter o extraditando a tortura ou a outros tratamentos
ou penas cruéis, desumanos ou degradantes.
ne
58

Art. 267°; do Decreto ;§ 5°=


@

A extradição de brasileiro naturalizado Art. 5°;LI; CF/88=


pela prática de crime comum antes da nenhum brasileiro será extraditado, salvo
o naturalizado, em caso de crime comum,
gm

naturalização ou o envolvimento em
tráfico ilícito de entorpecentes e praticado antes da naturalização, ou de
drogas afins independerá da perda da comprovado envolvimento em tráfico
nacionalidade. ilícito de entorpecentes e drogas afins,
ai

na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de
l.c

estrangeiro por crime político ou de


opinião;
o m

Página 54 de Nova Seção 1


Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Câmara dos
Exercícios Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara dos
Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo
Área II
(Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Câmara dos Deputados Prova: Acerca do casamento entre brasileiro e estrangeiro e
CESPE) Acerca do casamento entre brasileiro e estrangeiro e aos aos desdobramentos jurídicos desse tipo de união, julgue
desdobramentos jurídicos desse tipo de união, assinale apenas os os itens subsequentes.
itens verdadeiros.
a) Quanto aos impedimentos para o casamento, serão Quanto aos impedimentos para o casamento, serão
adotadas as normas de regência de ambos os países, ainda adotadas as normas de regência de ambos os países,
que o casamento tenha sido celebrado apenas no Brasil. ainda que o casamento tenha sido celebrado apenas no
b) Na hipótese de estrangeiro casado se naturalizar brasileiro, Brasil.
é possível mudar o regime de bens para o de comunhão • Certo
• Errado
sa

parcial, mediante expressa anuência do outro cônjuge, por


ocasião da naturalização.
c) O regime de bens convencionado pelo casal será regido pela - Como já elucidado no Art.7;§1° da LINDB,as formalidades
ra

legislação do local da celebração do casamento. habilitantes e celebrantes serão regidas pela lei do local
d) De acordo com o direito brasileiro, se o casamento for de celebração, observado por cada legislação.
ra

celebrado no Brasil, a ele será aplicada a legislação brasileira


quanto às formalidades da celebração. Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Câmara dos
Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara dos
y

e) O divórcio puro não se difere do divórcio qualificado, e


ambos podem ser executados sem reconhecimento pelo Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo
an

STJ. Área II
Acerca do casamento entre brasileiro e estrangeiro e
aos desdobramentos jurídicos desse tipo de união, julgue
ne

Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Câmara dos


Deputados Prova: CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - os itens subsequentes.
Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área II
58

Acerca do casamento entre brasileiro e estrangeiro e aos Na hipótese de estrangeiro casado se naturalizar
desdobramentos jurídicos desse tipo de união, julgue os itens brasileiro, é possível mudar o regime de bens para o de
subsequentes. comunhão parcial, mediante expressa anuência do outro
@

cônjuge, por ocasião da naturalização


Não se admite o reexame pelo STJ das decisões já proferidas em • Certo
gm

pedidos de homologação de sentença estrangeira de divórcio de • Errado


brasileiros.
• Certo (LINDB) Art. 7°= A lei do país em que domiciliada a pessoa
determina as regras sobre o começo e o fim da
ai

• Errado
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de
família.
l.c

- Com a Emenda Constitucional 66, de 13 de julho de 2010,


que instituiu o divórcio direto, a homologação de sentença
estrangeira de , para alcançar eficácia plena e § 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar
o

imediata, não mais depende de decurso de prazo, seja de brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu
cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto
m

um ou três anos,
bastando a observância das condições gerais estabelecidas de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do
na Lei regime de comunhão parcial de bens, respeitados os
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) e no direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente
Regimento Interno do STJ. registro.
- Uma vez atendidos os requisitos previstos no art. 15°; da
LINDB.
- (Art. 17°;LINDB).
O artigo da LINDB que justifica a assertiva é o 7º, § 6º.
- Art. 961°; § 5°CPC

Página 55 de Nova Seção 1


Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2014 - OAB -
Exercício Exame de Ordem Unificado - XV - Tipo 1 - Branca
Túlio, brasileiro, é casado com Alexia, de nacionalidade sueca,
Ano: 2012 Banca: PGR Órgão: PGR Prova: PGR - 2012 - PGR - estando o casal domiciliado no Brasil. Durante um cruzeiro
Procurador da República marítimo, na Grécia, ela, após a ceia, veio a falecer em razão
AS REGRAS SOBRE O COMEÇO E FIM DA PERSONALIDADE, O de uma intoxicação alimentar. Alexia, quando ainda era noiva de
NOME, A CAPACIDADE OU O DIREITO DE FAMILIA DE Túlio, havia realizado um testamento em Lisboa, dispondo sobre
BRASILEIRO QUE TENHA OUTRA NACIONALIDADE ORIGINÀRIA. os seus bens, entre eles, três apartamentos situados no Rio de
Janeiro.
a) são determinadas pelo direito brasileiro;
b) são determinadas pelo direito brasileiro e pelo direito do À luz das regras de Direito Internacional Privado, assinale
pais da outra nacionalidade, cabendo ao juiz dirimir as afirmativa correta.
dúvidas decorrentes sobre eventual colisão normativa: A) Se houver discussão acerca da validade do testamento,
no que diz respeito à observância das formalidades,
sa

c) são determinadas pelo direito do pais em que for


domiciliado: deverá ser aplicada a legislação brasileira, pois Alexia
d) são determinadas pelo direito da pais de local de seu encontrava se domiciliada no Brasil.
ra

nascimento. B) Se houver discussão acerca da validade do testamento,


no que diz respeito à observância das formalidades,
ra

- Art. 7°;LINDB= A lei do país em que domiciliada a pessoa deverá ser aplicada a legislação portuguesa, local em que
determina as regras sobre o começo e o fim da foi realizado o ato de disposição da última vontade de
Alexia.
y

personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de


família. C) A autoridade judiciária brasileira não é competente para
an

proceder ao inventário e à partilha de bens, porquanto


Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: IBFC - Alexia faleceu na Grécia, e não no Brasil
D) Se houver discussão acerca do regime sucessório,
ne

2018 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto


Em matéria de pedidos de alimentos por credor situado no Brasil deverá ser aplicada a legislação sueca, em razão da
e devedor em país diverso: nacionalidade do de cujus.
58

I- Aplica-se a Convenção de Nova Iorque sobre Prestação de


Alimentos no Estrangeiro de 1956. II- Aplica-se a Convenção da
Haia sobre a Cobrança Internacional de Alimentos para Crianças
@

e Outros Membros da Família, de 2007. III- Aplica-se o


Protocolo da Haia sobre Lei Aplicável às Obrigações de Prestar
gm

Alimentos, de 2007.
A) Somente a Convenção prevista na alternativa I está em
vigor no Brasil.
ai

B) Somente a Convenção prevista na alternativa II está em


vigor no Brasil.
l.c

C) Somente a Convenção prevista na alternativa III está em


vigor no Brasil.
D) Todas as Convenções estão em vigor no Brasil.
o

E) Somente as Convenções previstas nas alternativas I e II


m

estão em vigor no Brasil.

Página 56 de Nova Seção 1

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