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Capa

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direito
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processual
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Civil I
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Página 1 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
Sumário

direito processual civil


sumário
→ Foro especial: Páginas 06 e 07
União: Página 06
Sucessão: Página 06
Estados ou Distrito Federal: Página 06
Ação de divórcio, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável: Página 07
Ação de alimentos: Página 07
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Pessoa jurídica como ré: Página 07


Reparação de dano: Página 07
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Reparação de danos sofrido em razão de delito ou acidente de veículo: Página 07


ra

→ Competência em razão do valor da causa(competência relativa: Página 08


→ Competência funcional( competência absoluta): Página 08
y

→ Competência em razão da matéria(competência absoluta: Página 08


an

→ Competência em razão da pessoa(competência absoluta): Página 08


→ Conflito de competência: Páginas 08 e 09
→ Modificação de competência: Página 09
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Conexão e continência: Página 09


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→ Distinção entre alegação de modificação de competência e alegação de incompetência relativa: Página 10


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→ Introdução: Página 11
↳ Direito de ação, ação, procedimento e direito afirmado:(Fredie Didier e Geraldina): Página 07
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→ Processo e ação: Página 11


→ Como o direito de ação surgiu ao longo da historia: Página 12
→ Direito de ação: Página 12
ai

→ Natureza: Página 12
l.c

→ Ação em sentido amplo e ação em sentido estrito: Página 12


→ Teorias da ação: Página 12
↳ Teoria concretista: Página 12
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↳ Teoria abstratista pura: Página 13


m

↳ Teoria abstratista eclética( O mérito; o direito de ação como direito a uma resposta de mérito): Página 13
↳ Teoria eclética no Brasil: Página 13

→ O direito de ação é condicionado: Página 14


→ A demanda e a relação jurídica substancial: Página 14
→ Elementos da ação: Página 14
Causa de pedir: Página 14
↳ Pedido: Página 14
↳ Partes: Páginas 14 e 15

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Sumário

direito processual civil


sumário
→ A legitimidade "Ad causam": Página 15
→ Interesse de agir: Páginas 15 e 16
→ Maneiras de verificar se as condições da ação estão ou não preenchidas: Página 16
↳ Teoria da asserção: Página 16
↳ O exame em concreto das condições da ação: Página 16
↳ No Brasil: Página 16
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→ Capacidade postulatória/procuradores: Página 16


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→ A identificação da ação: Página 16


→ Classificação das ações: Página 16
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↳ A classificação com base no fundamento: Página 16


↳ A classificação quanto ao tipo de atividade exercida pelo juiz: Página 17
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↳ Tipo de tutela: condenatória, constitutiva e declaratória : Página 17


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↳ Tutela mandamental e executiva" latu sensu": Página 17

Pressuposto processual: noções gerais: Página 18


ne


→ Pressupostos de existência e requisitos de validade: Páginas 18 e 19
→ Pressupostos processuais: condições da ação e mérito: Página 19
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→ Processo ineficaz e processo nulo: Páginas 19 e 20


→ A ineficácia como vício insanável: Página 20
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→ Pressupostos processuais de eficácia: Página 20


→ Pressupostos processuais de validade: Página 20
gm

→ Capacidade: página 20
↳ Capacidade para ser parte( Marcus Vinícius Rios Gonçalves) : Página 20
↳ Capacidade para ser parte( Fredie Didier) :Página 20
ai

↳ Capacidade processual ou de estar em juízo( Marcus Vinícius Rios Gonçalves) : Página 21


↳ Capacidade processual ou de estar em juízo( Fredie Didier) : Página 21
l.c

↳ Capacidade postulatória ( Marcus Vinícius Rios Gonçalves) : Pagina 21


↳ Capacidade postulatória( Fredie Didier) : Páginas 21 e 22
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→ Capacidade e legitimidade( Marcus Vinícius Rios Gonçalves) : Página 22


m

→ A legitimação para agir e o interesse processual ( Fredie Didier) : Página 22


↳ Observações introdutórias: Página 22
↳ O Art. 17°;CPC: Página 22

→ Legitimação para agir( Fredie Didier) : Páginas 22 e 23
→ Classificação da legitimação ad causam ( Fredie Didier) : Página 23
↳ Legitimação ordinária: Página 23
↳ Legitimação extraordinária: Página 23

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Sumário

direito processual civil


sumário
→ O interesse de agir ( Fredie Didier) : Página 23
↳ Generalidades: Páginas 23 e 24

→ O interesse-utilidade ( Fredie Didier): Página 24


→ O interesse-necessidade e as ações necessárias ( Fredie Didier) : Página 24
→ O denominado interesse-adequação ( Fredie Didier) : Página 24
sa

→ Pressupostos processuais como matéria de ordem pública ( Marcus Vinícius Rios Gonçalves) : Página 24
→ Formação do processo ( Fredie Didier) Página 25
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→ A propositura da demanda- iniciativa da parte ( Marcus Vinícius Rios Gonçalves) : Página 25


→ Impulso oficial ( Marcus Vinícius Rios Gonçalves) : Página 26
ra

→ Propositura da ação ( Nelson Nery Jr.) : Página 26


→ Petição inicial e demanda ( Fredie Didier) : Página 26
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→ Petição inicial ( Marcus Vinícius Rios Gonçalves) : Página 26


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→ Petição inicial ( Nelson Nery Jr.) : Página 26 e 27


→ Processo e a petição inicial (Geraldina) Página 27
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→ Requisitos processual objetivo intrínseco: respeito ao formalismo processual ( Fredie Didier) : Página 27
→ Requisitos processuais objetivos extrínsecos negativos ( Fredie Didier) : Página 27
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→ Requisitos da petição inicial ( Fredie Didier) : Página 27


↳ Indicação do juízo a que é dirigida a demanda : Página 27
↳ Qualificação das partes : Página 27 e 28
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↳ Causa de pedir (O fato e o fundamento): Página 28


↳ O pedido com suas especificações: Página 32
gm

↳ Atribuição de valor a causa : Página 32


↳ As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados : Página 32
↳ A opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação : Página 32
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→ Requisito da petição inicial ( Nelson Nery Jr.) : Página 32


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↳ Juízo competente : Página 33


↳ Nome e qualificação das partes : Página 33
o

↳ O fato e os fundamentos jurídicos do pedido : Página 33


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↳ O pedido com as suas especificações : Página 33


↳ O valor da causa : Página 33
↳ Provas : Página 33
↳ Audiência de conciliação ou mediação : Página 33

→ Mapa sobre Fato e fundamento : Página 29


→ Considerações sobre Fatos e atos processuais de acordo com (Ada Pellegrini Grinover) : Página 30
→ Considerações sobre fatos e atos jurídicos de acordo com ( Miguel Recale Jr) : Página 30 e 31

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Sumário

direito processual civil


sumário
→ Requisito da petição inicial : Página 34
→ Conceito de Pedido ( Fredie Didier) Página 34 e 35
→ Requisitos ( Fredie Didier) : Página 35
→ Pedido certo ( Marcus Vinícius Rios Gonçalves) : Página 35
→ Pedido certo ( Nelson Nery Jr.) : Página 35 e 36
→ Pedido Genérico ( Fredie Didier) : Página 36 e 37
sa

→ Pedido Genérico ( Marcus Vinícius Rios Gonçalves) : Página 37


→ Cumulação de pedidos ( Fredie Didier) : Página 37
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↳ Cumulação própria ( simples e sucessiva) : Página 37 e 38


↳ Cumulação imprópria ( Alternativa e subsidiária ) : Página 38 e 39
ra

→ Cumulação de pedidos ( Marcus Vinícius Rios Gonçalves) : Página 39 e 40


y

→ Cumulação de pedidos; Subsidiárias e alternativa ( Nelson Nery Jr. ) : Página 40 e 41


an

→ Requisitos para a cumulação ( Fredie Didier) : Página 41


→ Cumulação de pedidos ( Nelson Nery Jr. ) : Página 41
Requisitos da cumulação: Página 42
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→ Valor da causa: Marcus Vinícius Rios Gonçalves : Página 43


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→ Qual a relevância do valor da causa para o processo : Página 43


↳ Motivos de dar valor a causa: Página 43
@

→ Qual deve ser o valor da causa? : Página 43


→ Valor da causa: Nelson Nery Jr : Página 43
gm

→ Gratuidade da justiça e assistência judiciária : Página 44

→ Conceito de prova: Daniel Amorim : Página 45


ai

Espécies de provas: Página 45


A verdade possível e a verossimilhança: Página 46
l.c

"Verdade formal" e "verdade de real": Página 47


Direito à prova no processo civil: Página 47
o

Objeto das provas: Página 47


m

Exclusão do objeto de prova (art. 374° do Novo CPC): Página 47 a 49


Ônus da prova: Página 49
Regras de distribuição do ônus da prova: Página 49 e 50
Inversão do ônus da prova: Página 50 e 51
Juízo de admissibilidade: Página 51
Stickers: FreePik

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Art./Súmulas
Observações
Gmail: sararayanne58@gmail.com/ Instagram: sararayanne58 Títulos
Aula 01- Foro especial e modificação de competência. Atenção
Subtítulos

Aula 01
Foro especial: - Foro subsidiário, não passível de escolha do autor.
 União: - Art.1859°;CC=Ação anulatória de testamento, não entra
- Art.51°;CPC na regra do artigo 48°;CPC
sa

- Como autora;
- Como demandada
ra

- Se a união for demandada poderá ser proposta no: Art. 48°;CPC= O foro de domicílio do autor da
a) Domicílio do autor; herança, no Brasil, é o competente para o
ra

b) Ocorrência do ato ou fato que originou a demanda; inventário, a partilha, a arrecadação, o


c) Situação da coisa; cumprimento de disposições de última vontade, a
d) Ou no Distrito federal. impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e
y

- Competência por delegação/ Art. 109°;§3°;CF= (tem que ser para todas as ações em que o espólio for réu,
an

expressa em lei-> 1° grau de jurisdição). ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía
domicílio certo, é competente:
ne

I - o foro de situação dos bens imóveis;


Art. 51°;CPC= É competente o foro de domicílio do II - havendo bens imóveis em foros diferentes,
réu para as causas em que seja autora a União.
58

qualquer destes;
Parágrafo único. Se a União for a demandada, a III - não havendo bens imóveis, o foro do local de
ação poderá ser proposta no foro de domicílio do qualquer dos bens do espólio.
@

autor, no de ocorrência do ato ou fato que


originou a demanda, no de situação da coisa ou no
Distrito Federal.
gm

Art. 1.859°= Extingue-se em cinco anos o


direito de impugnar a validade do
testamento, contado o prazo da data do
Art. 109°;§3°;CF= Serão processadas e julgadas na seu registro.
ai

justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados


ou beneficiários, as causas em que forem parte Estados ou Distrito federal:
l.c


instituição de previdência social e segurado, sempre - Art.52°;CPC;
que a comarca não seja sede de vara do juízo - Autor;
o

federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá - Demandado.


permitir que outras causas sejam também
m

processadas e julgadas pela justiça estadual.


Art. 52°;CPC= É competente o foro de domicílio do réu
 Sucessão: para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito
- Art.48°;CPC Federal.
- Domicílio do autor da herança( De cujus). Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o
- Se não for domicílio certo: demandado, a ação poderá ser proposta no foro de
a) Bens imóveis(competência absoluta=Art.23°;CPC. domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que
b) Bens imóveis em foros diferentes. originou a demanda, no de situação da coisa ou na
c) Não havendo bens imóveis. capital do respectivo ente federado.
- Mora/está no exterior, será considerado o último domicílio do
de cujus.

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Continuação
III - do lugar:
 Ação de divórcio, anulação de casamento e reconhecimento ou a) onde está a sede, para a ação em que
dissolução de união estável: for ré pessoa jurídica;
- Art.53°;CPC; b) onde se acha agência ou sucursal,
- Alegação do autor/ competência territorial; quanto às obrigações que a pessoa
jurídica contraiu;
c) onde exerce suas atividades, para a
ação em que for ré sociedade ou
Art. 53°;CPC= É competente o foro: associação sem personalidade jurídica;
I - para a ação de divórcio, separação, d) onde a obrigação deve ser satisfeita,
anulação de casamento e reconhecimento ou para a ação em que se lhe exigir o
sa

dissolução de união estável: cumprimento;


a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
ra

b) do último domicílio do casal, caso não haja


filho incapaz;  Reparação de dano:
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes
ra

- Art.53°;IV.a;b;CPC;
residir no antigo domicílio do casal; - Do lugar no ato ou fato para ação;
- Dano ilícito civil;
y

- Essa regra não tem aplicabilidade no direito do


an

 Ação de alimentos:
-Art.53°;II;CPC; consumidor(CDC).
- Ação na residência do alimentando( aquele que come).
ne

- Direitos previstos no Estatuto do Idoso( só em caso d


regra expressa.
IV - do lugar do ato ou fato para a
58

- Art.80°/Estatuto do idoso.
ação:
a) de reparação de dano;
@

b) em que for réu administrador ou


gestor de negócios alheios;
Art. 53°;CPC= É competente o foro:
gm

II - de domicílio ou residência do
alimentando, para a ação em que se
pedem alimentos;  Reparação de dano sofrido em razão de delito ou
acidente de veículo:
ai

- Foro especial;
Extracontratual;
l.c

-
Art. 80°;CPC= As ações previstas neste - Domicilio do autor ou do local do fato;
Capítulo serão propostas no foro do - Em trânsito.
o

domicílio do idoso, cujo juízo terá - Concorrente;


m

competência absoluta para processar a


causa, ressalvadas as competências da
Justiça Federal e a competência originária
dos Tribunais Superiores. Art.53°;V = de domicílio do autor ou do local do
fato, para a ação de reparação de dano sofrido
em razão de delito ou acidente de veículos,
 Pessoa jurídica como ré: inclusive aeronaves.
- Art.53°;III; a;b;c;d;CPC;

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 Conflito de competência :
Continuação - É o fato de dois ou mais juízes se darem por
competentes (conflito positivo,Art.66°;I,CPC),ou
 Competência em razão do valor da causa(competência incompetentes(conflito negativo Art.66°,II,CPC) para
relativa): o julgamento da mesma causa ou de mais de uma
- Art.291°;CPC; causa(em caso de reunião por
- Juizado especial- Lei 9099/1995(estaduais); conexão,Art.66°;III,CPC);
- Juizados especiais federais- Lei 10.259/2001; - O conflito deve ser dirimido ,para que apenas um
- Juizados especiais da fazenda pública Estadual-Lei 12.153/2009; seja declarado competente e possa julgar a(s)
▪ Art.39° da Lei 9099/1995. causa(s).
- Só o que excede( não por completo); - É difícil imaginar conflito positivo de competência
- É ineficaz a sentença condenatória na parte que exceder a que envolva apenas uma causas, pois normalmente
alçada estabelecida nesta lei, ocorre à reunião de causas conexas, em que se
discute o juiz prevento, mas alguns doutrinadores
sa

como Barbosa Moreira, que explica, porém em caos


Lei 9099/1995=Art. 39°. É ineficaz a de conflito positivo que envolva apenas uma causa,
ra

sentença condenatória na parte que exceder tratando-se de litispendência.


a alçada estabelecida nesta Lei. - Enunciado 59° da súmula do STJ.
Art.951° e seguintes do CPC.
ra

-
- Art.105°;d;CF.
Também não há conflito se entre os juízos houver
Competência funcional( competência absoluta):
-
y


diferença hierárquica prevalecendo o
A competência funcional ou critério funcional de determinação
an

- posicionamento do juízo hierárquico superior, por


da competência, relaciona-se com a distribuição de funções que exemplo: não há conflito entre STF e qualquer
devem ser exercidas em um mesmo processo. outro juízo, entre STJ e TRF/TJ, entre TJ/TRF e
ne

- De distribuição de aspectos endoprocessuais (internos) juiz estadual/federal.


▪ Vicente Greco filho sistematizou a competência funcional de
maneira:
58

a) Por graus de jurisdição(originária e recursal).


b) Por fases do processo(cognição e execução)
c) Por objeto do juízo: assunção de competência; Art. 66°;CPC= Há conflito de competência
@

- A distribuição de competência funcional pode ser visualizada pela quando:


I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram
perspectiva horizontal(na mesma instancia) competentes;
gm

II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram


 Competência em razão da matéria:(competência incompetentes, atribuindo um ao outro a
competência;
absoluta).
ai

III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge


- É determinada pela natureza da relação jurídica controvertida, controvérsia acerca da reunião ou separação
definida pelo fato jurídico que lhe dá causa. de processos.
l.c

- Assim é a causa de pedir, que contém a afirmação do direito Parágrafo único. O juiz que não acolher a
discutido; competência declinada deverá suscitar o
conflito, salvo se a atribuir a outro juízo.
o

- Em consideração do juízo competente.


É com base nesses critérios que as varas cíveis, criminais, de
m

-
família são criadas.
SÚMULA 59 -STJ
 Competência em razão da pessoa:( competência NÃO HA CONFLITO DE COMPETENCIA
absoluta). SE JA EXISTE SENTENÇA COM
- A fixação de competência tendo em conta as partes TRANSITO EM JULGADO, PROFERIDA
envolvidas(rationae persona). POR UM DOS JUIZOS CONFLITANTES.
- o principal exemplo de competência em razão da pessoa é da
vara privativa da Fazenda Pública criada para processar e
julgar causas que envolvam entes público.
- Outro exemplo é em caso de prerrogativas do exercício de
algumas funções.

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Art. 54°;CPC= A competência relativa poderá modificar-
Continuação se pela conexão ou pela continência, observado o disposto
nesta Seção
Art. 55°= Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações
quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
Art. 951°;CPC= O conflito de competência § 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para
pode ser suscitado por qualquer das partes, decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido
pelo Ministério Público ou pelo juiz. sentenciado.
§ 2º Aplica-se o disposto no caput :
I - à execução de título extrajudicial e à ação de
- Validade dos atos praticados permanecem até decisão em conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico;
contrário. II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
- A lei não atribui a nulidade. § 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os
O STJ deve observar a validade. processos que possam gerar risco de prolação de
sa

-
- Absolutamente válido, salvo decisão em contrário. decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos
separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
ra

Art. 105°;CF= Compete ao Superior Tribunal de  Continência:


ra

Justiça: - O regramento da continência é semelhante e, de


d) os conflitos de competência entre quaisquer acordo com o direito processual civil brasileiro, é
um exemplo de conexão, produzindo os mesmos
y

tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem


como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e efeitos desta, com uma sutil diferença.
an

Assim dá-se continência entre 2 ou mais ações


entre juízes vinculados a tribunais diversos;
-
quando houver identidade quanto às partes e as
causas de pedir.
ne

Art. 56/;CPC= Dá-se a continência entre 2 (duas)


 Modificação da competência: ou mais ações quando houver identidade quanto às
58

- Para analisar os casos de modificação de competência, há de partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma,
ser ter em vista a classificação da competência em absoluta e por ser mais amplo, abrange o das demais.
relativa. Dar-se -á a modificação ou prorrogação de Art. 57°;CPC= Quando houver continência e a ação
@

competência. continente tiver sido proposta anteriormente, no


- Há caso de modificação legal(conexão e continência) e processo relativo à ação contida será proferida
voluntária(foro de eleição e não alegação de incompetência
gm

sentença sem resolução de mérito, caso contrário,


relativa). as ações serão necessariamente reunidas.
 Conexão: Art. 58°;CPC=. A reunião das ações propostas em
É uma relação de semelhança entre demandas, que é separado far-se-á no juízo prevento, onde serão
ai

-
considerado pelo direito positivo como apta para a produção de decididas simultaneamente.
determinados efeitos processuais. Art. 59°;CPC= O registro ou a distribuição da
l.c

- A conexão pressupõe demandas distintas, mas que mantêm petição inicial torna prevento o juízo.
entre si algum nível de vínculo.
o m

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Continuação

 Distinção entre alegação de modificação de competência e


alegação de incompetência relativa:
- Ao afirmar a ocorrência de uma hipótese de modificação de
competência, parte-se da premissa de que o órgão jurisdicional é
competente, mas, em razão da prorrogação da competência, deve
a causa ser remetida a outro órgão jurisdicional, o prevento (é
nisso que consiste a modificação).Quando se aponta a
incompetência relativa, nega-se, de logo, que o juízo tenha
competência para conduzir a causa, pedindo-se a remessa dos
autos ao juízo competente.
- A competência que surge para o juízo prevento tem natureza
sa

absoluta (funcional), sendo essa a razão pela qual é possível o


conhecimento ex ofício da conexão ou da continência: ao autorizar
ra

a modificação da competência, surge uma hipótese de competência


absoluta do órgão jurisdicional prevento, que justifica, inclusive, a
ra

quebra da perpetuação da jurisdição prevista no art. 43 do CPC. A


modificação legal da competência é uma questão que transcende o
interesse das partes, indisponível, portanto, na medida em que se
y

relaciona com a eficiência processual e serve para minimizar os


an

riscos de desarmonia das decisões.


ne
58
@
gm
ai
l.c
mo

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Art./Súmulas
Observações
Continuação Títulos
Aula 02- Teoria da ação: da ação e do direito de ação. Atenção
Subtítulos

Aula 02
- NÃO SE PODE CONFUNDIR O DIREITO DE AÇÃO COM O
Introdução: DIREITO QUE AFIRMA TER QUANDO EXERCIDA O DIREITO
sa

 Direito de ação, ação, procedimento e direito DE AÇÃO.


afirmado:(Fredie Didier e Geraldina). - o direito afirmado compõem a res in iudicium deducta e
- A ação é termo que possui mais de uma acepção na pode ser designado como o direito material deduzido em
ra

linguagem na ciência do Direito processual, sendo a mesma juízo ou a ação material processualizada.
para se referir ao direito de ação, ao procedimento, à - Direito de ação e direito afirmado o são distintos e
ra

demanda e , enfim, ao direito afirmado em juízo. autônomos: o direito de ação não pressupõe a titularidade
- O direito de ação é o direito fundamental ( sendo uma do direito afirmado.
y

situação jurídica, composto por um conjunto de situações - Além disso, o direito de ação não se vincula a nenhum tipo
jurídicas que permitem e garantem ao seu titular o PODER de direito material afirmado, o direito de ação permite a
an

DE ACESSAR OS TRIBUNAIS E EXIGIR DELES UMA TUTELA afirmação em juízo de qualquer direito material, por isso,
JURISDICIONAL ADEQUADA, TEMPESTIVA (APROPRIADA) E diz-se que o direito de ação é abstrato, pois independe do
ne

EFETIVA. conteúdo do que se afirma quando se provoca a jurisdição.


- É direito fundamental, que resulta da incidência de diversas Conferindo ao seu titular ainda o direito a um
normas constitucionais, como o princípio da inafastabilidade procedimento adquado,para tutelar o direito afirmado na
58

da jurisdição e do devido processo legal. demanda. (Fredie Didier)

Portanto, o direito de ação(possibilidade), é o direito


@

-
Art.5°; XXXV;CF= subjetivo de provocar o Estado-juiz, que precisa ser
a lei não excluirá da apreciação do instrumentalizada ,deduzido e materializado pela petição
gm

Poder Judiciário lesão ou ameaça a inicial, que é o ponta pé do processo/procedimento a


direito; partir do momento em que se bate à porta do poder
judiciário (ou seja, em face do Estado-juiz),transformando
assim no direito afirmado ( quando se exerce o direito de
ai

- Trata-se de ato jurídico importante, pois além de ser fato ação).


gerador do processo, define o objeto litigioso,fixando,os - Lembrando que a ação é um ato jurídico- tratando-se do
l.c

limites da atividade jurisdicional. exercício do direito de ação, podendo ser chamado de


- Assim o processo irá adequar-se às peculiaridades daquilo ação exercida.
o

que foi demandado. - Dentro do procedimento, que é um conjunto de atos


- O ESTUDO DO DIREITO DE AÇÃO NÃO SE CONFUNDE COM O organizados tendentes a produção de um ato final, a
m

ESTUDO DE AÇÃO, EMBORA SE RELACIONE. ação é primeiro ato do procedimento principal; portanto a
- O SIMPLES FATO DE SER UM DIREITO (SITUAÇÃO JURÍDICA) E ação que instaura o procedimento.
O OUTRO SER UM ATO JURÍDICO JÁ IMPEDE CONFUSÃO. Processo e ação:
- O ESTUDO DOS ELEMENTOS DA AÇÃO(PARTES, CAUSA DE - Não há como confundi-los. A ação é o direito subjetivo
PEDIR E PEDIDO), DA CUMULAÇÃO DE AÇÕES, DO CONCURSO público de movimentar a máquina judiciária, postulando
DE AÇÕES, DA CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES, DIZ RESPEITO À uma resposta à pretensão formulada. Para que isso seja
AÇÃO EXERCIDA, E NÃO AO DIREITO DE AÇÃO. viável, é necessário percorrer o caminho, ou seja, o
- Questões envolvendo coisa julgada, litispendência, conexão e processo que leva ao provimento jurisdicional, o que exige
continência,prejudicialidade, intervenção de terceiro, atos ordenados que estabelecem uma relação entre juiz e
legitimidade para agir e interesse processual também estão partes, da qual resultam direitos, ônus, faculdades e
intimamente relacionadas à ação exercida.(Fredie Didier) obrigações.

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Natureza:
Continuação - A doutrina, de forma mais ou menos unânime,
conceitua o direito de ação como um direito subjetivo
Como o direito de ação surgiu ao longo da público, exercido contra o Estado: é direito subjetivo,
historia:( Marcus Vinícius Rios Gonçalves). porque o lesado tem a faculdade de exercê-lo, ou não,
e é contra o Estado, porque a ação põe em movimento
- O processo civil é uma ciência dentro do direito a máquina judiciária, que, sem ela, é inerte. O termo
relativamente nova, nascendo em meados dos século XIX, “ação” contrapõe-se ao termo “inércia”. É a ação que
onde a distinção entre direito processual e direito material tira o Estado da sua originária inércia e o movimenta
ainda se confundiam. rumo à tutela ou provimento jurisdicional. É exercida
- Quando o direito de alguém era desrespeitado, e a vítima era
contra o Estado, porque dirigida a este, e não à parte
obrigada a ir a juízo, entendia-se que a pretensão por ela contrária. É verdade que o adversário do autor é
colocada perante a justiça nada mais era do que o seu direito sempre o réu, mas o direito de ação não é dirigido
material, em movimento contra este, mas contra o próprio Estado, porque
sa

- Confundia-se o direito de ação, com o direito civil, subjacente


serve para movimentá-lo.
à propositura da demanda.
- O direito de ação não era autônomo, isto é, não havia o
ra

direito de ir a juízo para postular uma resposta do Poder Ação em sentido amplo e ação em sentido estrito:
Judiciário a uma pretensão - Ação em sentido mais amplo/abrangente é o DIREITO
ra

- Apesar de ser longo o processo de autonomia do direito de SUBJETIVO de acesso ao poder judiciário ,ou seja, é o
ação, ela começou a ganhar forma na segunda metade do direito de obter em prazo razoável, a solução integral
do mérito, qualquer que seja o pedido, a todas as
y

século XIX, na Alemanha, que teve como grandes


idealizadores: Windscheid, Muther e Oskar von Bülow. pretensões a ele(Estado) dirigida.
an

- Nesse momento inicial, aos poucos se foi percebendo que - É o direito de por a máquina judiciária em movimento,
uma coisa é o direito material, que a lei nos assegura; outra, de provocar uma resposta, enfim o direito é a
possibilidade de acesso em juízo. Tratando- se portanto
ne

o direito de ir a juízo, para que o Poder Judiciário dê uma


resposta a uma pretensão a ele levada. de uma garantia constitucional , atribuída a todos sem
- Direito material X Direito de ação: distinção, sem nenhuma condição.
58

- Mesmo não havendo o preenchimento das chamadas


condições da ação, o postulante tem direito a uma
Direito de ação: resposta do Judiciário. Por mais absurda que seja a
@

pretensão, por mais impossível, descabida, ela será


- A jurisdição é o poder-dever atribuído aos estado-juiz de examinada pelo juiz, que deverá dar uma decisão
fundamentada.
gm

dizer o direito, solucionando e mediando os conflitos como um


terceiro imparcial, dizendo qual o direito e estabelecendo - Já a ação em sentido estrito, possui outro sentido que
quem tem razão, sendo ainda um poder inerte, ou seja, o e relaciona mais ao processo civil, sendo chamada em
mesmo precisa ser provocado para que o processo se ação a nível processual, que já não é mais o
ai

desenvolva por impulso oficial, necessitando entretanto da simples(mais importante), direito de ação, mas sim a
AÇÃO (QUE COMEÇA PELA PARTE).,POIS O JUIZ EM REGRA ação como um ato jurídico, ou seja, ao exercício da
l.c

NÃO PODE AGIR DE OFICIO, APENAS QUANDO A LEI ASSIM ação ou ainda chamado direito afirmado.
DETERMINAR
Teorias da ação:
o

- Assim a ação surge como um mecanismo que pelo qual se


provoca o Estado-juiz/judiciário a lhe dar uma resposta, justa  Teoria concretista:
m

e efetiva. Sendo essa resposta chamada de PROVIMENTO OU - De início temos a teoria concretista, que não conseguia
TUTELA JURISDICIONAL, que foi estabelecido ao longo dos nos diferenciar e determinar o que era direito material e
aos estado, por meio de um pacto social, afim de evitar que direito da ação
os conflitos se resolvessem pela prevalência da força bruta, - Era aquela que condicionava o direito de ação à do
à ameaça etc. próprio direito material.
- Quem vai a juízo busca esse provimento, essa tutela. - Entre as condições de ação para os concretistas era
- Vale lembrar que o direito de ação é sempre uma faculdade que o sujeito tivesse razão .
daquele que se sente prejudicado. - Dai se dava o direito de ação em sentido estrito, pois só
se considerava ter havido ação quando fosse proferida
sentença de procedência, e pessoa tivesse razão do
que se pedia.

Página 12 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
- Terá havido o exercício do direito de ação, mesmo
Continuação quando a sentença for de improcedência, quando o juiz
entender que a razão não estava com o postulante.
 Teoria abstratista pura: - Portanto é errado dizer em condições(condicionantes) da
- No oposto das teorias concretistas, surgi a teoria abstratista ação, inclusive se o pedido for procedente ou
pura. improcedente.(o famoso se ), evento futuro e incerto,
- Para seus defensores, havia ação em sentido estrito, pois o direito de ação, é um direito subjetivo.(Geraldina).
independente do tipo de resposta dada pelo judiciário, fosse a - A execução também é ação?
sentença de procedência, improcedência ou extinção sem Em síntese, resposta de mérito é mais abrangente do
resolução de mérito. que sentença de mérito. Essa é a forma de resposta
- Para essa corrente não havia portanto diferença entre ação própria do processo de conhecimento; no processo de
em sentido amplo e ação em sentido estrito, entre ação em execução, a resposta de mérito vem sob a forma de
sentido estrito e o direito de acesso à justiça, garantido atos satisfativos.
constitucionalmente.
sa

- Assim, nenhuma dessa teorias conseguiram ser convincentes  Teoria abstratista eclética no Brasil?
entre as distinções necessárias, para a compreensão que - Foi poderosa a influência de Liebman no Brasil, tendo
ra

temos atualmente da ação, do direito de ação e do exercício entre seus discípulos o Prof. Alfredo Buzaid, autor do
desse direito. projeto que resultou no Código de Processo Civil de 1973.
ra

Entre nós, foi acolhida a “teoria abstratista eclética”,


 Teoria abstratista eclética:(O mérito. O direito de ação como tanto pelo Código atual como pelo anterior. No Brasil, a
direito a uma resposta de mérito). palavra “ação” pode ser empregada em dois sentidos
y

- Com essa teoria, surge uma ideia intermediária, apelidada diversos: no amplo, como o direito de acesso à justiça,
an

"abstratista eclética". de movimentar a jurisdição, ordinariamente inerte, enfim


- O seu grande defensor foi o italiano Enrico Túlio Liebman, o o direito de obter uma resposta do judiciário a todos os
qual teve grande influência no processo civil brasileiro, pois requerimentos a ele dirigidos; e, no estrito, como direito
ne

deixou seu país que sofria com o fascismo e veio ao Brasil na a resposta de mérito.
época em editávamos o código de processo civil. - O disposto no art. 17°, que exige interesse e legitimidade
58

- "Escola Paulista de Processo Civil". para que se possa postular em juízo, demonstra que o
- Sendo ele um dos idealizadores e defensores da teoria CPC manteve a adoção da teoria eclética, já acolhida no
"abstratista eclética". CPC anterior, pois continua a exigir o preenchimento das
@

- Para compreender essa teoria devemos entender o condições para que possa ser proferida resposta de
significado da palavra "mérito". Em processo civil, ela é mérito. Respeitável doutrina tem sustentado que o
CPC/2015, por não mencionar mais a expressão
gm

empregada como sinônimo da pretensão inicial, daquilo que o


autor pede, postula.. “condições da ação”, teria eliminado essa categoria. Ainda
- Quando se diz que o juiz extinguiu o processo sem resolução que a expressão, de fato, não seja mais utilizada, a
de mérito, informa-se que ele pôs fim ao processo sem combinação do disposto nos arts. 17° e 485, VI;CPC,
ai

examinar o pedido. mostra que a lei processual continua adotando a teoria


Para a teoria eclética, o direito de ação, em sentido estrito, é abstratista eclética, mantendo a exigência do
l.c

-
o direito a obter uma resposta de mérito, isto é, uma preenchimento das condições da ação.
decisão, positiva ou negativa, a respeito da pretensão - Assim, é importante a visualização do conteúdo
complexo do direito de ação, como um dos grandes
o

formulada.
No processo de conhecimento, as respostas de mérito são avanços da ciência jurídica processual
m

-
as sentenças de procedência ou de improcedência. contemporânea ,que abrange importante vereda da
- A teoria eclética não é concretista, mas abstratista, porque Teoria Geral do Processual, com a necessária
não condiciona a existência da ação à do direito material reformulação do conceito jurídico fundamental "direito
sustentado pelo autor. de ação".( Fredie Didier).
- Ele terá direito de ação mesmo que se verifique, ao final, que
não tinha razão, nem era titular do direito alegado.

Página 13 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
- A causa de pedir na demanda impõe, a narrativa dos
Continuação atos da vida e da própria relação jurídica nascida.
- e o pedido veicula a pretensão processual do
 O direito de ação é condicionado: autor(pedido imediato e pedido mediato: tutela do
- O direito de acesso à justiça é incondicionado, independe do bem da vida).
preenchimento de qualquer condição: a todos assegurado, em E se, para a teoria eclética, não há ação se o
qualquer circunstância; mas nem sempre haverá o direito a processo é extinto sem resolução de mérito por
uma resposta de mérito. Para tanto, é preciso preencher falta de condições, não será possível saber, no
determinadas condições; quem não as preencher não terá o momento da propositura, se o autor tem ou não
direito de ação em sentido estrito, mas tão somente em esse direito, porque só quando sair a sentença é que
sentido amplo. poderemos conhecer o seu teor, verificando se é ou
- Ele receberá uma resposta do Judiciário, mas não de mérito. não de mérito. Por isso, não é tecnicamente preciso
Será “carecedor” de ação. Por quê? Ora, a finalidade da dizer que foi proposta a ação. Mais correto é dizer
jurisdição é permitir que o Judiciário se pronuncie sobre a que foi ajuizada a demanda, palavra empregada aqui
sa

tutela postulada, concedendo-a ou não. como sinônima da pretensão veiculada pela petição
- Há certas situações em que o juiz se verá na contingência de inicial. Em suma, o autor ajuíza a demanda, e o juiz,
ra

encerrar o processo, sem responder à pretensão posta em ao proferir a sentença, decidirá se ele tem ou não
juízo, isto é, sem dar uma resposta ao pedido do autor. Isso direito de ação, passando, em caso afirmativo, a
examinar se o pedido procede ou não.
ra

ocorrerá quando ele verificar que o autor é carecedor, que


faltam as condições de ação. A ação em sentido estrito
aparece, portanto, como um direito condicionado.
y

- A qualquer tempo que verifique a falta das condições, o juiz


an

extinguirá o processo, interrompendo o seu curso natural,


sem apreciar o que foi pedido, sem examinar o mérito.
O processo não terá alcançado o seu objetivo. Sempre que
ne

-
for proferida sentença de extinção do processo sem
resolução de mérito, por carência de ação, não terá havido,
58

segundo a teoria eclética, ação, no sentido estrito da palavra,


ação em sentido processual. O que terá havido, então? O que
se poderia dizer é que foi exercido o direito de acesso à Elementos da ação:
@

justiça, o direito de ação em sentido amplo.( Marcus Vinícius


Rios Gonçalves).  Causa de pedir: Porque?
 Pedido: O que? É o próprio bem da vida.
gm

A demanda e a relação jurídica substancial:  Partes: Quem?.


- Não é outra a razão pela qual os elementos da
- O vocábulo demanda, tem duas acepções: demanda são a causa de pedir (fato jurídico), o
a) É o ato de ir a juízo provocar a atividade jurisdicional e
ai

pedido (objeto) e as partes (sujeitos).


b) É também a atividade jurisdicional.
- Toda ação concretamente exercida pressupõe a existência
l.c

PARTE MATERIAL x PARTE LEGÍTIMA


de ao menos uma relação jurídica de direito substancial (PARTE DO LITÍGIO)
ocorrido um fato da vida previsto em uma determinada - Parte processual é aquela que está em uma relação
o

norma jurídica, formando assim u fato jurídico. jurídica processual.


- Demanda portanto é o nome processual que recebe a
m

- A parte processual pode ser parte da


pretensão processual relativa à relação jurídica substancial demanda(demandante e demandado), que é a parte
posta à apreciação do poder judiciário. principal ou auxiliar, coadjuvante, que embora não
- A DEMANDA TEM COMO ELEMENTOS AS PARTES, A CAUSA formule pedido, ou não tenha contra si pedido
DE PEDIR E O PEDIDO. formulado, é sujeito parcial, como por exemplo em
- As partes normalmente coincidem com os sujeitos da relação assistente simples ou um representante.
jurídica substancial ( à exceção dos casos de legitimação - Há partes da demanda principal, autor e réu, e há
extraordinária ou se houver ilegitimidade ad causam). Em partes de demandas incidentais, que podem não ser
razão da autonomia do processo, é possível que os sujeitos a mesma da demanda principal.
processuais(autor e réu), não coincida com os sujeitos da
relação jurídica material deduzida.

Página 14 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
Continuação - LER Arts.70° a 76°;CPC.
- Parte material ou do litígio: é o SUJEITO DA SITUAÇÃO
JURÍDICA DISCUTIDA EM JUÍZO, pode ou não ser parte
processual, pois o direito pode conferir alguém, em certas Art. 70°;CPC= Toda pessoa que se encontre
hipóteses, a legitimação extraordinária. ASSIM, no exercício de seus direitos tem capacidade
ALGUÉM,MESMO NÃO SENDO O TITULAR DA SITUAÇÃO para estar em juízo
JURÍDICA DISCUTIDA,PODE SER PARTE PROCESSUAL. Art. 71°; CPC=O incapaz será representado
- Parte legítima: é aquela que tem autorização para estar em ou assistido por seus pais, por tutor ou por
juízo discutindo determinada situação jurídica: parte ilegítima, curador, na forma da lei.
por consequência, é o sujeito que, obstante esteja em juízo,
mas não tem autorização para tanto, sendo ainda parte
mesmo, que ilegítima, pois pode declarar sua ilegitimidade
- Canelutti fala, ainda na parte complexa, quando temos o O atributo de causa dado na primeira parte do
sa

-
incapaz assistido ou representado pelo seu representante, ou Art.70°;CPC, é dado a todos, entretanto não é o
ainda a pessoa jurídica e o seu órgão presentante.(Fredie mesmo que a legitimidade/capacidade ad
ra

Didier). processum,que é a capacidade de estar em juízo, que


- Assim, podemos observar o que foi dito nos Arts.17° e 18° o só tem quem tem capacidade plena, e não apenas
ra

CPC. quem capacidade de gozo.


- A capacidade processual é o pressuposto dos
absolutamente/plenamente capazes e da existência
y

do processo
an

Art. 17°;CPC=. Para postular em juízo é necessário - Lembrando que não se pode confundir legitimidade
ter interesse e legitimidade. extraordinária com representação.
Art. 18°;CPC=. Ninguém poderá pleitear direito alheio - Na legitimidade extraordinária, aquele que
ne

em nome próprio, salvo quando autorizado pelo figura como parte postula ou defende direito alheio. É
ordenamento jurídico. o que ocorre, por exemplo, se a lei autorizar X a
58

Parágrafo único. Havendo substituição processual, o ajuizar uma demanda, em nome próprio, mas na
substituído poderá intervir como assistente defesa de interesses de Y. Haverá uma dissociação:
litisconsorcial. aquele que figura como parte (X) não é o titular do
@

direito; e o titular do direito (Y) não é quem figura


A legitimidade “ad causam”: como parte.
gm

- Essa ideia de legimidade encontra-se no artigo 18°;CPC - Para poder melhor distinguir os personagens que
- Esse dispositivo diz que, em regra, as pessoas só podem ir a resultam da legitimidade extraordinária, será melhor
juízo, na condição de partes, para postular e defender nomeá-los. O que figura como parte, sem ser o
direitos que alegam ser próprios, e não alheios. titular do direito, será chamado “substituto” ou
ai

- Entretanto essa regra possui as exceções estabelecidas em “substituto processual”. E o titular do direito, que não
lei/norma. é parte, será denominado “substituído” ou
l.c

- Podemos concluir que, no que concerne à legitimidade, existem “substituído processual”.


dois grandes campos no Processo: o da normalidade, em que - Não confundir partes X e sujeitos processuais.
o

as pessoas figuram em juízo, na condição de partes, em


defesa dos interesses e direitos que alegam ser próprios,
m

Interesse de agir:
sendo o que ocorre na imensa maioria dos processos — a - De acordo com o art. 17° do CPC, para postular em
esse tipo de legitimidade, a comum, dá-se o nome de juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
ORDINÁRIA; e o da anormalidade, naquelas hipóteses em que - O interesse de agir exige o preenchimento do
uma pessoa X poderá ser autorizada a figurar em juízo, em binômio: NECESSIDADE e ADEQUAÇÃO. É preciso que
nome próprio, na condição de parte, em defesa dos a pretensão só possa ser alcançada por meio do
interesses de Y — nesse caso, diz-se que haverá aforamento da demanda e que esta seja adequada
Legitimidade EXTRAORDINÁRIA, também chamada “substituição para a postulação formulada.
processual” (conquanto haja alguma divergência a respeito,
essas duas expressões têm sido usadas como
sinônimas).(Marcus Vinícius Rios Gonçalves).

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 No Brasil:
Continuação Há, hoje, profunda controvérsia doutrinária a respeito de
qual das duas teorias foi acolhida no Brasil Liebman, o
- Há os que ainda incluem a utilidade como elemento do interesse grande jurista italiano, que tanto influência teve sobre o
de agir, mas parece-nos que ele é absorvido pela necessidade, nosso ordenamento jurídico, foi defensor da teoria da
pois aquilo que nos é necessário certamente nos será útil. asserção, e hoje talvez seja possível dizer que ela tem
- Não haverá interesse de agir para a cobrança de uma dívida, predominado entre os nossos doutrinadores, embora,
antes que tenha havido o seu vencimento, porque pode ser que como já dito, a questão seja controvertida. A
até a data prevista haja o pagamento espontâneo, o que predominância, entre os doutrinadores, da teoria da
tornaria desnecessária a ação. Mas, desde o vencimento, se a asserção deve-se, possivelmente, ao fato de que ela
dívida não for paga, haverá interesse de agir. Também é permite, com mais clareza, a distinção daquilo que é
necessário que haja adequação entre a pretensão do autor e a mérito do que é condição da ação.
demanda por ele ajuizada. Ao escolher a ação inadequada, o
autor está se valendo de uma medida desnecessária ou inútil, o Capacidade postulatória/procuradores:
sa

que afasta o interesse de agir.


- Haverá casos, outros, em que haverá carência por falta de - No capitulo III do CPC, procuradores.
ra

interesse superveniente.
ra

Maneiras de verificar se as condições da ação estão ou não


Art. 103°;CPC = A parte será
preenchidas: representada em juízo por advogado
y

- Há ainda uma questão relacionada a esse assunto, bastante regularmente inscrito na Ordem dos
an

complexa, a ser examinada. Refere-se à forma de proceder ao Advogados do Brasil.


exame das condições da ação, no processo, e àquilo que deve Parágrafo único. É lícito à parte postular
ser considerado em tal exame. Vale lembrar que o assunto é de em causa própria quando tiver habilitação
ne

ordem pública e deve ser considerado pelo juiz a qualquer legal.


tempo, de ofício ou a requerimento dos litigantes.
58

A identificação da ação:
 Teoria da asserção:
- Goza de muito prestígio, no Brasil, a chamada teoria da De tudo o que foi dito, conclui-se que uma ação é
identificada por seus três elementos que, na
@

asserção, desenvolvida, sobretudo, no direito italiano, onde é


chamada de teoria della prospettazione. verdade, podem ser subdivididos em seis: as partes, que
- o exame das condições da ação deve ser feito em abstrato, são o autor e o réu; o pedido, imediato (provimento
gm

pela versão dos fatos trazida na petição inicial, in statu jurisdicional) e mediato (o bem da vida); e a causa de
assertionis. pedir, que se compõe da indicação do fato e dos
- O juiz verificará se elas estão preenchidas considerando fundamentos jurídicos. Cinco desses seis elementos
ai

verdadeiro aquilo que consta da inicial, em abstrato. vinculam o juiz no julgamento e servem para a
- É certo que, no exemplo do item anterior, no curso da identificação da ação. Só um deles — os fundamentos
l.c

instrução, ficou provado que a versão inicial não era verdadeira, jurídicos — não o vinculam, nem servem para identificar
que a dívida era de jogo. Porém, para um assertivista, o que é a ação. Se mudarmos qualquer dos cinco, modificaremos
apurado em concreto, pelo exame das provas, é mérito, não a ação. Mas se alterarmos os fundamentos jurídicos, não
o

mais relacionado às condições da


m

ação.( Marcus Vinícius Rios Gonçalves). Classificação das ações:.


 A classificação com base no fundamento:
 O exame em concreto das condições da ação: - Frequentemente se utilizam expressões
- Em oposição aos defensores da teoria da asserção, há aqueles como “ação real” ou “ação pessoal” para distinguir
que entendem que as condições da ação devem ser examinadas entre aquelas que têm por fundamento um direito
em concreto. Para eles, o juiz, ao analisá-las, deve considerar real ou um direito pessoal. Essa forma de
não apenas o que consta da inicial, a versão afirmada do autor, classificação não é adequada, porque o real ou
mas tudo o que tenha ficado apurado. Um adepto pessoal não é ação, mas o direito material em que
dessa teoria julgaria, o processo extinto, sem resolução de ela está fundamentada.(Marcus Vinicius Rios
mérito, por falta de possibilidade jurídica do pedido.(Marcus Gonçalves)
Vinícius Rios Gonçalves)

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- As ações EXECUTIVAS "LATO SENSU"são também
Continuação exemplo de ações condenatórias, em que a sentença é
cumprida independentemente de fase executiva. São
 A classificação quanto ao tipo de atividade exercida pelo juiz: exemplos as ações possessórias e de despejo, em que,
- Tradicionalmente, é possível identificar, com base nesse proferida a sentença de procedência, o juiz determinará
critério, dois tipos fundamentais de ação: as de a expedição de mandado para cumprimento, sem
CONHECIMENTO ou COGNITIVAS e as de EXECUÇÃO. necessidade de um procedimento a mais, em que o réu
- Nas de conhecimento, pede-se que ele profira uma tenha oportunidade de manifestar-se ou defender-se.
sentença, na qual dirá se a razão está com o autor ou não, - Não se confunde esse tipo de ação com a mandamental,
bem como se ele tem ou não direito ao provimento porque nesta a determinação não é cumprida por
jurisdicional postulado. Nas de execução, o que se pede são mandado judicial. Quem deve cumpri-la é o próprio
providências concretas, materiais, destinadas à devedor, cabendo ao juiz estabelecer medidas de
satisfação do direito. Não mais que o juiz, por meio de uma pressão, ou determinar providências que assegurem
sentença, diga quem tem razão, mas que faça valer, por resultado semelhante. Já nas executivas lato sensu, não
sa

meios adequados, o direito ao seu respectivo titular. havendo cumprimento espontâneo da obrigação, o
próprio Estado a cumprirá no lugar do réu.
ra

 Tipo de tutela cognitiva: condenatória, constitutiva e


declaratória:
ra

- AS DECLARATÓRIAS:são mais simples que as demais,


porque nelas o juiz se limita a declarar a existência ou
inexistência de uma relação jurídica. O que se pretende
y

obter é uma certeza jurídica sobre algo que, até então, era
an

fonte de dúvidas, incertezas ou insegurança. A sentença


declaratória não impõe obrigações aos litigantes, por isso
não constitui título executivo, mas torna certa uma situação
ne

jurídica que, embora já existisse, não era reconhecida.


- AS CONSTITUTIVAS: é aquela cuja finalidade é
58

modificar, constituindo ou desconstituindo, uma relação


jurídica. Um exemplo é o das ações de separação judicial ou
divórcio, que objetivam desconstituir a sociedade conjugal ou
@

o casamento, respectivamente.
- As primeiras são as que criam relações jurídicas até então
gm

inexistentes; as segundas, as que as desconstituem


- A CONDENATÓRIA: condenatória é aquela que visa a
formação de um título executivo judicial, que atribuirá ao
ai

autor a possibilidade de valer-se da via executiva, tornando


realidade aquilo que lhe foi reconhecido. Sua finalidade é
compelir alguém ao cumprimento de uma obrigação
l.c

inadimplida.
- A ação condenatória tem por objetivo não a satisfação
o

imediata e plena do direito postulado, mas a formação de


título que permita aplicar a sanção executiva.
m

 Tutela mandamental e executiva “lato sensu”:


- São ações MANDAMENTAIS aquelas em que o juiz, ao
condenar o réu, emite uma ordem, um comando, que
permite, sem necessidade de um processo autônomo, tomar
medidas concretas e efetivas, destinadas a proporcionar ao
vencedor a efetiva satisfação de seu direito

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Art./Súmulas
Observações
Continuação
Títulos
Aula 02- Pressupostos processuais.(Doutrinas) Atenção
Subtítulos

Aula- 02
Pressuposto processual: noções gerais.
- O desenvolvimento da teoria dos "pressupostos
processuais" foi desenvolvida por Oskar Bülow, e tem
sa

origem na identificação do processo como conjunto de Art. 485°;CPC= O juiz não resolverá o
relações jurídicas distintas daquelas que constituem o seu mérito quando:
ra

objeto. IV - verificar a ausência de pressupostos


de constituição e de desenvolvimento
- A expressão não é de agrado e nem muito usada pela
válido e regular do processo;
ra

maioria dos doutrinadores, mas tem sido utilizada na


legislação e doutrina brasileira por alguns adeptos.
- Analogamente depende da presença de determinados
y

elementos, que condicionam, em termos globais, a - Como bem explana Didier os pressupostos deveriam ser
an

existência. Tais seriam os pressupostos processuais. observados em sentido "LATO SENSO", ENGLOBANDO
- (Fredie Didier). TANTO OS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS EM STRICTO
- Enquanto o direito de ação depende de determinadas SENSU(AQUELES CONCENETES À EXISTENCIA DO
ne

condições, sem as quais o autor é carecedor, o processo PROCESSO) BEM COMO OS REQUISITOS DE VALIDADE.
deve preencher requisitos, para que possa ter um - Os pressupostos devem ser observados como um
58

desenvolvimento regular e válido. feixe(conglobante) de relações jurídicas, já que toda


Para que ele alcance o seu objetivo, o provimento relação jurídica envolve elementos subjetivos (sujeitos )
jurisdicional e a resposta de mérito, são necessárias duas e objetivos(fatos jurídicos e objeto).
@

coisas: o direito de ação, de obter uma resposta de mérito; - Os sujeitos como já sabemos é o (autor e réu) e o
e um processo válido e regular, desencadeado com o Estado-juiz. E para que o processo exista, basta que
gm

aforamento da demanda. alguém postule/solicite/apresente perante um órgão


E os pressupostos processuais são os requisitos para que investido de jurisdição. Essa existência de um autor com
haja um processo válido e regular, sem o qual também o personalidade judiciária e de um órgão investido de
processo não chega a bom termo e o juiz não pode emitir jurisdição é o ato inaugural do processo. E o processo só
ai

o provimento. terá eficácia e produzirá algum efeito, pela citação do


(Marcus Vinícius Rios Gonçalves). réu.
l.c

- Os elementos objetivos de uma relação jurídica é o fato


Pressupostos de existência e requisitos de validade: e o objeto.
o

- Existência e validade. - O fato jurídico que instala a relação jurídica processual é


o ato que introduz o objeto litigioso. Já o objeto litigioso
m

- É válido esclarecer a distinção de pressuposto e requisito,


pois pressuposto é o que procede que supõe por do processo é o objeto da prestação jurisdicional
antecipação elementos necessários para a sua existência solicitado nesse ato, normalmente chamado de demanda.
jurídica; já os requisitos é o que integra a estrutura do ato, - Existente o processo, é possível falar sobre a
envolvendo os elementos da validade. Assim como idealiza admissibilidade(validade) de todo o procedimento (ato
Didier é mais correto falar em requisitos de validade, do jurídico complexo, ou de cada um dos atos jurídicos que
que pressupostos de validade. É os pressupostos nele são praticados.
processuais deveria se referir apenas aos pressupostos - Surgem, então os requisitos de validade do processo.
de existência.

Página 18 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
Pressupostos processuais: condições da ação e
Continuação mérito.(Marcus Vinícius Rios Gonçalves).
- Quem vai a juízo e bate as portas do poder judiciário
- Entretanto, assim como os requisitos do processo, o
busca uma resposta de mérito e a tutela jurisdicional.
procedimento também possuem seus requisitos de validade.
- Entretanto antes de entregar e emitir, o juiz deve
analisar e examinar se foram preenchidas duas ordens
de questões prévias: os pressupostos processuais; e
as condições da
ação
Processo= Enquanto o processo engloba
- E nessa ordem o juiz deve proceder a análise, como
todo o conjunto de atos que se alonga bem determina o disposto na lei (Art. 485°, IV e VI),
no tempo, estabelecendo uma primeiro os pressupostos processuais, se são
relação duradoura entre os regulares e válidos. Em caso negativo, deve, se
sa

personagens da relação processual. possível, determinar que o vício seja sanado; se não,
Procedimento= consiste na forma deve julgar extinto o processo sem resolução de
ra

pela qual a lei determina que tais atos mérito, como manda. Preenchido os pressupostos
sejam encadeados. processuais o juiz deve observar as condições da
Uma coisa é o conjunto de atos; ação(LEGITIMIDADE E INTERESSE PROCESSUAL). Se não,
ra

outra, a forma mais ou menos rápida, o processo será extinto sem resolução
comum ou incomum, pela qual eles se de mérito.
y

encadeiam no tempo.(Marcus Vinícius


an

Rios Gonçalves). CONDIÇÕES DA AÇÃO X ELEMENTOS DA AÇÃO


ne

- A forma do ato(procedimento) deve ser observado e


respeitado pelos sujeitos.
- O desatendimento dos requisitos de validade de um ato
58

isolado, não inviabiliza todo o procedimento, podendo dar azo Fredie Didier desmente um dos mitos, de
apenas à decretação de nulidade do ato jurídico defeituoso. que nem toda falta de um pressuposto
processual impede a decisão de mérito,
@

- E quando estamos diante de um "processo inválido", estamos


nos referindo de um defeito no fato jurídico que lhe deu como estabelece o Art.488°;CPC:
causa ou fato superveniente, daquele ato originário, e que Art. 488°;CPC= Desde que possível, o juiz
gm

impede o prosseguimento do processo para a solução do resolverá o mérito sempre que a decisão
objeto litigioso.(Fredie Didier). for favorável à parte a quem aproveitaria
- O ato jurídico originário pode ser válido, é ainda sim ser eventual pronunciamento nos termos
do art. 485
ai

decretada a inadmissibilidade do procedimento, pois como


vimos o processo é uma conjunto de atos jurídicos
l.c

complexos, composto por vários atos ao longo do percurso


Processo ineficaz e processo nulo:(Marcus
- Nem todo ato processual defeituoso pode causar um juízo
de inadmissibilidade do processo, pois deve ser observado se Vinícius Rios Gonçalves).
o

o defeito impede que o objeto litigioso seja apreciado, e isso - As teorias das invalidades do processo é diferente
m

ocorre quando o defeito está na cadeia dos atos do dos atos materiais. Os atos materiais normalmente
procedimento principal, estruturado no que se pediu e são de direito privado, já os atos processuais são
demandou do Estado-juiz. Portanto se não houver defeito de direito público, conduzidas pelo juiz e cheio de
dos atos principais do procedimento, não se pode atos.
comprometer a apreciação do mérito e não pode - Por fim, os atos processuais nunca constituem um
considerar requisito de validade o processo, mas requisito fim em si mesmos, mas instrumento da jurisdição.
de validade do ato processual isoladamente considerado ou - As nulidades de anulabilidades no Código Civil e no
será de admissibilidade de um procedimento incidental ou Código de Processo Civil, más possuem tratamentos
recursal. distintos.
- A competência por exemplo é pressuposto processual de
validade do processo.

Página 19 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
a) Petição inicial apta; Art.330°;§1°;CPC
Continuação b) Juízo competente e juiz imparcial;
- pois ambas se sanam, se tomadas as providências c) Capacidade: de ser parte e capacidade de estar em
necessárias juízo.
para isso. Todas as nulidades processuais, em princípio, d) Pressupostos processuais negativos;
podem ser sanadas, porque o processo não é um fim em si, Os pressupostos negativos indicam circunstâncias
mas meio para se alcançar a proteção aos direitos materiais. que devem estar ausentes, para a validade do
- As nulidades absolutas são as que decorrem de vícios processo, como a litispendência, a coisa julgada, a
relacionados com a estrutura do processo e da relação perempção e o compromisso arbitral.
processual. As que não dizem respeito a esses aspectos são
relativas. Capacidade: Marcus Vinícius Rios Gonçalves
- As nulidades relativas são aqueles de interesse particular, - O Direito Civil distingue entre capacidade de direito,
sendo aquelas alegadas pela parte prejudicada, e devem ser aptidão de todas as pessoas físicas ou jurídicas, de
sa

feitas na primeira oportunidade sob pena de preclusão. Já as ser titular de direitos e obrigações na ordem civil; e
nulidades absolutas são aqueles que envolvem o interesse capacidade de fato, aptidão de algumas pessoas
público, e podem ser reconhecidas de oficio e não sofre físicas de exercer seus direitos e obrigações por si
ra

pena de preclusão, pois são aquelas que coloca em risco a sós, sem precisarem ser representadas ou
estrutura do processo, e mesmo que se tenha transitado assistidas.
ra

em julgado cabe alegação por ação rescisória, cujo prazo No Direito Civil, a capacidade é atributo da
decadencial e de dois anos.. personalidade: só as pessoas — físicas ou
y

jurídicas — são dotadas de capacidade civil.


an

A ineficácia como vício insanável: No processo civil, exige-se capacidade de ser parte,
- A categoria “ineficácia” não indica que o ato processual, ou o de estar em juízo e postulatória. Não são duas,
processo como um todo, sejam fisicamente inexistentes mas três, as formas de capacidade.
ne

- Ao contrário, o processo não só existe, mas em regra vem


produzindo efeitos.  Capacidade para ser parte: Marcus Vinícius Rios
58

- A expressão ineficácia, utilizada pelo CPC é um tanto Gonçalves.


ambígua, por dar a impressão de que o processo não estaria - É a aptidão de ser parte em um processo, de
produzindo efeitos, quando ele na verdade está. figurar na condição de autor ou réu. Como o
@

- A diferença fundamental entre nulo e ineficaz, é quem processo é um instrumento que visa tornar efetivos
ambos existem e produzem efeitos e tem um vício, mas o os direitos, todos os titulares de direitos na ordem
vício do ato nulo não vai além do ação rescisória e a ineficácia civil terão capacidade de ser parte (portanto, todas
gm

não se supera. Medida processual mais adequada será a ação as pessoas, físicas e jurídicas).
declaratória de ineficácia (querela nullitatis insanabilis).  Capacidade para ser parte: Fredie Didier.
Entretanto, não há uma concordância doutrinária quanto - A capacidade de ser parte é a personalidade
ai

esse entendimento. jurídica, aptidão em tese, ser sujeito em uma relação


jurídica processual (processo),ou assumir uma
l.c

Pressupostos processuais de eficácia: situação jurídica.


- Admitindo-se a categoria da “ineficácia” processual, cumpre - Dela são dotados todos aqueles que tenham
o

apontar alguns pressupostos processuais cuja ausência personalidade civil( como pessoas naturais ou
geraria esse vício. jurídicas).
m

a) A existência de jurisdição; - A capacidade de parte decorre da garantia da


b) Existência de demanda; inafastabilidade do poder judiciário, prevista no
c) Capacidade postulatória; Art.5°; CF; XXXV.
d) Citação do réu; - Não tem meia capacidade de ser parte, ou tem ou
não tem.
Pressupostos processuais de validade
- São os indispensáveis para que o processo seja válido. Não
tão essenciais quanto os de eficácia, mas também
importantes. Se omitidos, implicarão a nulidade do processo.
Entre os principais, podem ser mencionados:

Página 20 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
- Assim alguns atos processuais necessitam além da
Continuação capacidade processual, a capacidade técnica, sem
 Capacidade processual ou de estar em juízo: Marcus Vinícius qual não é possível a sua realização válida.
Rios Gonçalves. a) Capacidade processual;
- É a aptidão para figurar como parte, sem precisar ser b) Capacidade técnica.
representado nem assistido. Não se trata de advogado, mas de A SOMA DESSAS DUAS FORMAM A CAPACIDADE
representante legal. As pessoas naturais que têm capacidade POSTULATÓRIA.
de fato, que podem exercer, por si sós, os atos da vida civil,
têm capacidade processual, pois podem figurar no processo - A CAPACIDADE POSTULATÓRIA ABRANGE A
sem serem representadas ou assistidas. CAPACIDADE DE PEDIR E RESPONDER, TÊM-NA OS
- O incapaz não tem capacidade processual. Mas passará a ter, ADVOGADOS REGULARMENTES INCRITOS NA ODEM
por intermédio das figuras da representação e da assistência. DOS ADVOGADOS DO BRASIL,OS DEFENSORES
- A capacidade de direito está para a capacidade de PÚBLICOS E OS MESMBROS DO PARQUET(MINISTÉRIO
PÚBLICO), E ALGUNS CASOS AS PROPRIAS PESSOA.
sa

ser parte, assim como a capacidade de fato está para a


capacidade processual. - As pessoas não advogadas precisam, portanto,
integrar sua incapacidade postulatória, nomeando um
ra

 Capacidade processual ou de estar em juízo: Fredie Didier. representante judicial: o advogado.


- A capacidade processual é a aptidão para praticar atos - Alguns doutrinadores colocam a capacidade
ra

processuais independentemente de assistência ou postulatória como pressuposto processual de


representação( pais, tutor, curador, etc.). pessoalmente ou eficácia, entretanto Didier entende como sendo
pressuposto processual de requisito de validade,
y

pelas indicadas pela lei.


- A capacidade processual ou de estar em juízo diz respeito, á colocando o mesmo a luz do sistema de invalidação
an

prática e a receptação eficazes de atos processuais, a dos atos processuais , impede a decretação da
começar pela petição inicial e a citação, isto é ao pedir e ser invalidade se do ato não decorrer prejuízo a todo
processo, usando aproveitar o ato processual.
ne

citado.
- A capacidade processual pressupõe a capacidade de ser parte.
É possível ter capacidade de ser parte, mas não ter
58

capacidade processual; a reciproca, porém não é verdadeira


- Há uma estreita relação da capacidade material(de exercício)
Art. 103°;CPC=
@

com a capacidade processual. Afirmando como regra, que


aquele que tem capacidade de exercício/material tem A parte será representada
capacidade processual.(entretanto são distintas e autônomas) em juízo por advogado
gm

regularmente inscrito na Ordem


 Capacidade postulatória: Marcus Vinícius Rios Gonçalves. dos Advogados do Brasil.
- Não diz respeito às partes, como nos casos anteriores. Parágrafo único. É lícito à parte
ai

postular em causa própria


- Na qual a mesma, é derivada da autorização/aptidão
quando tiver habilitação legal.
necessária para formular requerimentos ao Poder judiciário.
l.c

- Em regra as pessoas não possuem capacidade postulatória


- Quem normalmente tem tal capacidade são os
advogados e os membros do Ministério Público. Aqueles que não
o

a têm, devem outorgar procuração a quem a tenha, para que, Art. 4º;EOAB= São nulos os atos privativos
m

em seu nome, postule em juízo. A falta de capacidade de advogado praticados por pessoa não
postulatória não gera apenas nulidade, mas ineficácia (CPC, art. inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções
104, § 2º). civis, penais e administrativas.
Parágrafo único. São também nulos os atos
 Capacidade postulatória: Fredie Didier. praticados por advogado impedido - no
- Como já analisado os atos processuais para serem válidos âmbito do impedimento - suspenso,
necessitam de capacidade de exercício chamada "processual", licenciado ou que passar a exercer atividade
entretanto não basta simplesmente a capacidade para incompatível com a advocacia.
praticas os atos materiais em juízo, para que os mesmos
sejam válidos.

Página 21 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
 o art.17°;CPC:
Continuação a) Se compararmos o disposto no artigo 17; do novo CPC e
o artigo 3° do CPC de 1973,veremos uma nítida e
- Em suma a falta de capacidade postulatória é caso de razoável mudança..
nulidade.
- A falta de capacidade postulatória do autor implica extinção
do processo, se não for sanada; a do réu, o prosseguimento
do processo à sua revelia; a do terceiro, a sua revelia ou a Art. 17°; CPC/2015=Para
sua exclusão da causa. postular em juízo é necessário
ter interesse e legitimidade.
- Art.76°;CPC.

Art. 3°; CPC/1973 =Para


Capacidade e legitimidade; Marcus Vinícius Rios propor ou contestar ação é
Gonçalves.
sa

necessário ter interesse e


- A capacidade é pressuposto processual, que não se confunde legitimidade.
com a legitimidade ad causam, uma das
ra

condições da ação. Esta é requisito para que o litigante tenha


o direito de ação, ao passo que aquela é indispensável para - Interesse e legitimidade são exigidos para qualquer
ra

que o processo tenha regular seguimento. postulação em juízo, não apenas para a propositura da
- A capacidade processual é atributo da pessoa, demanda ou apresentação da defesa.
y

independentemente da demanda ajuizada. - Dinamicidade das posições processuais.


- Se uma pessoa a tem, poderá ajuizar qualquer demanda, sem
an

precisar ser representada ou assistida. b) Postulação processual exige outros requisitos, e não
- Já a legitimidade não é um atributo pessoal independente, pois apenas esses da legitimidade e interesse de agir. É
ne

diz respeito à pertinência entre aqueles que figuram em juízo preciso que a parte preencha os demais, como
e a relação de direito material que nele se discute capacidade processual e capacidade postulatória, e
- Ou seja, tem de ser verificada em cada processo, objetivos intrínsecos e extrínsecos
58

especificamente: uma pessoa ou terá capacidade processual


para todos os processos, ou não a terá; já a legitimidade tem Legitimação para agir Fredie Didier:
@

de ser verificada em cada processo particular. - A todos é garantido o direito constitucional de provocar
- Por exemplo: basta que se informe que uma pessoa é maior a atividade jurisdicional, entretanto ninguém é autorizado
e capaz, para que se possa concluir que tenha capacidade a levar à juízo, de modo eficaz toda e qualquer
gm

processual, seja qual for a demanda que pretenda ajuizar; pretensão, pois impõe-se a existência de UM VÍNCULO
mas é impossível saber se ela tem ou não legitimidade, antes ENNTRE OS SUJEITOS DA DEMANDA E A SITUAÇÃO
de examinar qual a demanda a ser proposta. JURÍDICA AFIRMADA, QUE LHES AUTORIZE GERIR OS
ai

ATOS DO PROCESSO
A legitimação para agir e o interesse processual: Fredie - SURGE ENTÃO A NOÇÃO DE LEGITIMIDADE AD CAUSAM.
l.c

Didier. - A legitimidade para agir é requisito de admissibilidade que


 Observações introdutória.s: se precisa investigar no elemento subjetivo da demanda:
o

- O CPC atual, não mais utiliza o termo " condição da os sujeitos.


- Não basta que preencham os pressupostos processuais
m

ação" como gênero, de que são espécies a legitimidade


ad causam e o interesse de agir. apenas, mas para que a parte possa atuar em juízo, é
- O CPC continua a regular essas espécies de necessário que os sujeitos da demanda, que estejam em
admissibilidade do processo, mas não sobre o mesmo determinada situação jurídica que lhes autorize a
termo. E enumera as hipóteses de extinção do conduzir o processo.
processo sem resolução do mérito, no caso de - Legitimidade ad causam em cada ato processual.
ilegitimidade e a falta de interesse processual. Art. - A legitimidade do ponto de vista tradicional observa tão
485°;VI;CPC apenas a aptidão para conduzir os atos processuais,
- A legitimidade ad causam é hipótese de requisitos de mas deve ser visualizado dentro do dinamismo da
admissibilidade subjetivo relacionado ás partes; o relação processual e das diversas relações jurídicas que
interesse de agir, requisito objeto extrínseco positivo. fazem parte.

Página 22 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
- Há legitimação exclusiva=quando o contraditório
Continuação somente puder ser considerado regular e
eficazmente formado coma presença de um
-Portanto é primordial a verificação da pertinência subjetiva determinado sujeito de direito.
para às praticas de funções processuais. - Há legitimação concorrente ou colegitimação=quando
- ESSE PODER PORTANTO É A LEGITIMIDADE AD CAUSAM mais de um sujeito estiver autorizado a discutir em
OU CAPACIDADE DE CONDUZIR O PROCESSO. juízo determinada situação jurídica,, discutindo uma
- Parte legítima coincide com a situação legitimadora mesma relação jurídica(litisconsórcio unitário), sendo
- O advogado pode não ter legitimidade para dispor do direito necessário entretanto que ambos tenham
material, mas tem a legitimidade para realizar o negócio legitimidade, ou sejam que sejam legitimadas.
jurídico. - . Há ainda a legitimação isolada ou simples, em que o
- A legitimidade é bilateral, pois o autor está legitimado para legitimado pode estar no processo sozinho, e a
propor a ação em face daquele réu, e a legitimidade do réu legitimação conjunta ou complexa, quando houver a
necessidade de formação de litisconsórcio.
sa

que não constituí afastada e autônoma da do autor.


- É possível também a legitimação total, quando existir
para todo o processo e a parcial, quando se
ra

Classificação da legitimação ad causam:Fredie Didier.


relacionar a um incidente.
a) Legitimação ordinária; - Finalmente, a legitimidade originária à luz da demanda
b) Legitimação extraordinária.
ra

inicial e a derivada, que é decorrente daquela


resultante de situações de sucessão na titularidade do
 Legitimação ordinária: direito alegado no pedido e na qualidade de parte
y

- Quando houver correspondência/relação entre a situação processual.


an

legitimante e as situações jurídicas.


- "Coincidem as figuras das partes com os pelos da relação O interesse de agir: Fredie Didier
jurídica, material ou processual, real ou apenas afirmada,
ne

retratada no pedido inicial".  Generalidades:


- LEGITIMADO ORDINÁRIO É AQUELE QUE DEFENDE EM JUÍZO
- O interesse de agir é requisito processual que deve
ser examinado em duas dimensões: necessidade e
58

INTERESSE PRÓPRIO.
utilidade da tutela jurisdicional.
 Legitimação extraordinária: - Há doutrinadores que acrescentam uma terceira
@

- Há legitimação extraordinária (substituição processual ou dimensão: a "adequação do remédio judicial ou


legitimação anômala quando não houver correspondência procedimento" como elemento necessário ao
interesse de agir.
gm

total entre a situação legitimante e as situações jurídicas


submetidas à apreciação do órgão julgador. - O interesse de agir é um requisito processual
- Legitimado extraordinário é aquele que defende em nome extrínseco positivo, é fato que deve existir para que
próprio interesse de outro sujeito de direito. a instauração do processo se dê validamente, se por
ai

- Há situações em que o legitimado pode reunir as situações acaso faltar interesse de agir o pedido não será
legitimantes ordinária de seu próprio direito, bem como a examinado.
l.c

legitimação extraordinária. - Essas duas dimensões devem ser examinadas à luz da


- Dentro da legitimação extraordinária encontramos as situação jurídica litigiosa submetida em juízo,
principalmente, ao menos a necessidade da causa de
o

autônomos, em que o legitimado está autorizado a conduzir o


pedir.
m

processo independentemente da participação do titular do


direito litigioso. E ainda tem a legitimação extraordinária - A constatação do interesse de agir, ocorre, sempre
subordinada, que ocorre com essencial participação do in concreto , à luz da narração na demanda, não
titular da situação jurídica, para se realize o contraditório, e havendo a possibilidade de indagar, em abstrato, pois
o legitimado extraordinário terá uma participação em sempre estará envolvida a determinada demanda
posição acessória, permitindo a participação de um terceiro judicial.
estranho ao objeto litigioso. O assistente simples disposto no
Art.121°,CPC, é um exemplo de legitimado extraordinário
subordinado.
- A legitimação pode ser classificada em exclusiva e
concorrente.

Página 23 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
- Ademais, adequação "é termo que não guarda
Continuação qualquer correlação com o vocábulo interesse. ( . . ) Em
- O conceito de interesse de agir, é um conceito fundamental que sentido a adequação poderia criar interesse para
e de suma importância ao processo, ao estabelecimento de alguém? Poderia existir interesse apenas porque
um sistema normativo, uniforme e constante em todos os existe adequação? Até que ponto a falta de
ordenamentos, e não como um sistema meramente jurídico- adequação pode indicar, ou presumir, falta de
positivo. interesse de agir?"
- O processo, em seu aspecto formal, é procedimento.
- E sua não observância acarretará na extinção do processo.
- Sendo um conceito formulado pela ciência jurídica processual. O exame da adequação do procedimento é um exame
- Deve se atentar para a diferença entre o interesse da sua validade. Nada diz respeito ao exercício do
processual do interesse substancial. O substancial pertence direito de ação, à demanda.
ao autor e processual é exercido em função do primeiro, o - Não há erro de escolha do procedimento que não
interesse de agir sendo portanto secundário e instrumento possa ser corrigido, por mais discrepantes que sejam
o procedimento indevidamente escolhido e aquele que
sa

ao interesse substancial primário; tendo por objeto o


provimento que se pede ao juiz como meio para obter a se reputa correto.
satisfação de um interesse primário.
ra

Pressupostos processuais como matéria de ordem


O interesse-utilidade:Fredie Didier. pública: Marcus Vinícius Rios Gonçalves.
ra

- Há utilidade sempre que o processo puder propiciar ao - Tal como as condições da ação, os pressupostos
demandante o resultado favorável pretendido; sempre que o processuais constituem matéria de ordem pública, que
y

processo puder resultar em algum proveito ao demandante. deve ser examinada pelo juiz de ofício. Cumpre-lhe, do
an

- É útil sempre em que for apta a tutela ne maneira completa início ao fim do processo, verificar e tomar
quanto possível. providências em caso de não preenchimento, que
- É por isso que se afirma, com razão, que há falta de pode culminar com a extinção do processo sem
ne

interesse processual quando não mais for possível a resolução de mérito.


obtenção daquele resultado almejado - fala-se em "perda do
58

objeto" da causa. É o que acontece, p. ex., quando o


cumprimento da obrigação se deu antes da citação do réu -
se o adimplemento se deu após a citação, o caso não é de
@

perda do objeto (falta de interesse),mas de reconhecimento


da procedência do pedido (art. 487°, lll, "a'', CPC).
gm

O interesse-necessidade e as ações necessárias:Fredie


Didier.
ai

- O exame da "necessidade da jurisdição" fundamenta-se na


premissa de que a jurisdição tem de ser encarada como
l.c

última forma de solução de conflito.


- Esse ideal só é possível em situações em que as prestações
são espontâneas, em que o direito a uma prestação exercido,
o

pelo processo como ( obrigacional; real e personalíssimo).


m

- Há ainda as "ações constitutivas necessárias", que são


demandas que somente pode ser afirmado o direito em juízo
por intermédio do poder judiciário, como é o caso de
interdição, com as anulações de contratos, etc.

O denominado interesse-adequação: Fredie Didier.


- José Orlando Rocha de Carvalho: "adequação é forma ou
demonstração de interesse?"

Página 24 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
Art./Súmulas
Observações
Continuação
Títulos
Aula 03- Formação do processo(Petição inicial/Art.319°;CPC). Atenção
Subtítulos

Aula 03
Formação do processo:Fredie Didier A propositura da demanda- iniciativa da parte:
- O PROCESSO NASCE COM A PROPOSTURA DA AÇÃO. Marcus Vinícius Rios Gonçalves.
sa

- A data do protocolo da petição inicial é a data de início do - Como já visto anteriormente, o Estado-Juiz é inerte,
processo. A partir daí, o processo, já existente, se portanto o processo começa por iniciativa da parte,
desenvolve, com a prática de novos atos (despacho da por meio de uma petição inicial, a qual estabelecerá e
ra

petição inicial, citação, resposta do réu, saneamento do indicará através do autor os limites objetivos e
processo, produção de provas, decisão, recursos etc.) e com subjetivos de seu pedido/demanda/pretensão,
ra

o surgimento de relações jurídicas processuais. trazendo ainda os fundamentos de fato e de direito


- Feito isso começa a se desenvolver os atos do processo. que devem ser motivo de acolhimento.
- A PARTIR DE ENTÃO, SURGE A LITISPENDÊNCIA ( A
y

- Assim como estabelece o Art.312°;CPC.


PENDÊNCIA DE CAUSA). - Proposta a ação, não se sabe ainda se o processo
an

será viável. O juiz examinará a petição inicial para


verificar se está ou não em termos e se tem ou não
ne

condições de ser recebida. Se detectar algum vício


Art. 2º;CPC= O processo começa por
que possa ser sanado, concederá ao autor 15 dias
iniciativa da parte e se desenvolve
para que o corrija. Mas se a inicial estiver em termos,
58

por impulso oficial, salvo as exceções


determinará que o réu seja citado. Só então a relação
previstas em lei.
processual estará completa, e a propositura da
ação produzirá efeitos em relação ao réu.
@

- Obs.: é valido observar que a propositura da ação não


se confunde com o despacho que ordena a citação do
gm

Art. 312.°;CPC= Considera-se proposta a réu, entretanto elas são indispensáveis para a
ação quando a petição inicial for formação da relação jurídica e a iniciação dos atos
protocolada, todavia, a propositura da processuais.
ai

ação só produz quanto ao réu os efeitos - Outro ponto a ser analisado é o uso do termo
mencionados no art. 240 depois que LITISPENDÊNCIA, pois a partir do momento da
for validamente citado.
l.c

propositura da ação e da citação do réu surge a


LITISPENDÊNCIA, OU SEJA, A PENDÊNCIA DE CAUSA
OU LIDE PENDENTE, QUE BUSCA COMO PRINCIPAL
o

CONSEQUENCIA A AÇÃO E ATUAÇÃO DO JUIZ NA


m

- Para o réu, no entanto, a litispendência somente produz CAUSA E O DESENVOLVIMENTO DA AÇÃO POR
efeitos a partir da sua citação (art. 240;° CPC art. 312°,fine, IMPULSO OFICIAL. ENTRETANTO COMO JÁ VISTO O
CPC). TERMO PODE SER UTILIZADO QUANDO HOUVER A
PROPOSITURA DE UMA AÇÃO IDÊNTICA( PRTES,
CAUSA DE PEDIR E PEDIDO).
Art. 240°;CPC=A citação válida, ainda
quando ordenada por juízo
incompetente, induz litispendência,
torna litigiosa a coisa e constitui em
mora o devedor..

Página 25 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
- Litispendência= Não se confunde propositura da ação
Continuação com ação pendente. A litispendência só se instaura
com a citação válida (CPC 240).
Impulso oficial: Marcus Vinícius Rios Gonçalves. - O início da litispendência ocorre com a citação válida
- Como bem consagra o Art. 2°;CPC, o processo começa por (CPC 240 caput); o término da litispendência ocorre
iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, pois o com a inimpugnabilidade das decisões dentro do
Estado-Juiz é inerte, necessitando que a parte faça a processo. Enquanto pender de julgamento qualquer
propositura da ação, e a partir dai o Estado munido de recurso interposto no processo, não se forma a coisa
jurisdição zele e dê andamento aos atos processuais para julgada (Stein-Jonas-Münzberg. Kommentar 22 , v. 7, §
satisfação e resolução do mérito em prazo razoável 705, n. 2, p. 80).
através da cooperação das partes e sujeitos envolvidos.
- Quando o ato processual depende de iniciativa do autor, o Obs.: Professora Geraldina: toda vez que não tiver
juiz aguardará que ele tome as providências. procedimento especial ou procedimento extravagante, será
utilizado o procedimento (residual) comum.
sa

- Se não o fizer, e o processo ficar paralisado, determinará


que seja intimado para dar andamento ao feito em cinco
dias, sob pena de extinção sem resolução de mérito (o Petição inicial e demanda: Fredie Didier
ra

Superior Tribunal de Justiça tem exigido que a extinção seja - A relação entre petição inicial e demanda é a mesma
requerida pelo réu, nos termos da Súmula 240, não que se estabelece entre a forma e o seu conteúdo.
ra

podendo o juiz promovê-la, de ofício. Se o réu não o - A demanda/pedido é um ato jurídico que requer uma
requerer, o processo ficará paralisado por um ano, e só forma especial para que seja entregue ao Estado-Juiz,
então o juiz poderá decretar-lhe a extinção, na forma do
y

portanto é através da PETIÇÃO INICIAL(QUE É UM


art. 485, II, do CPC). INSTRUMENTO/ FORMA),da demanda.
an

- Portanto a demanda é o conteúdo da petição inicial.


Forma é o meio pelo qual a vontade se expressa, se
ne

exterioriza. Ao tempo em que serve para exteriorizar


Art. 485°;CPC= O juiz não resolverá o a vontade, a forma serve de prova para o ato jurídico.
mérito quando: - A demanda através da petição inicial, por muitos é
58

II - o processo ficar parado durante chamada de PROJETO DE SENTENÇA; contendo aquilo


mais de 1 (um) ano por negligência das que o demandante almeja, colocando certos limites(não
@

partes; decidindo em ultra petita e extra petita).

Petição inicial: Marcus Vinícius Rios Gonçalves.


gm

SÚMULA 240- - É o ato que dá inicio do processo, em que o autor da


A extinção do processo, por propositura da ação, define os contornos objetivos e
abandono da causa pelo autor, subjetivos, em que o juiz não poderá desbordar. Sendo
ai

depende de requerimento do réu. por meio dela em que o juiz analisará as partes, a
causa de pedir e o pedido. Sendo um processo de
l.c

extrema importância e de extremo cuidado e exame


particular acurado, para a citação válida do réu.
o

Propositura da ação: Nelson Nery. Jr. Petição inicial: Nelson Nery Jr.
m

- É ato do autor, pelo qual exerce o direito de ação, - A petição inicial revela para o juiz, formalmente, a
protocolando em juízo a petição inicial para provocar a intenção do autor de exercer o direito de ação. A
jurisdição. Com a propositura da ação dá-se a estabilidade petição inicial é a peça inaugural do processo, pela qual
da competência (perpetuatio iurisdictionis, CPC 43°), o autor provoca a atividade jurisdicional, que é
constituindo-se como parâmetro inclusive para dirimir marcada pela inércia (CPC 2.º).
controvérsias sobre a prevenção do juízo para efeito de
competência e de reunião de ações por conexão ou
continência. V. CPC 43, 54 ss, especialmente 59.

Página 26 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
- c) respeito ao princípio do contraditório; d) obediência
Continuação ao procedimento, como, por exemplo, a necessidade
de intimação da parte para manifestar-se sobre
- É a peça processual mais importante para o autor, porque é documento juntado ao processo pela outra; e) escolha
nela que se fixam os limites da lide (CPC 141° e 489°), correta do procedimento.
devendo o autor deduzir toda a pretensão, sob pena de - De acordo com o doutrinador Marcus Vinícius Rios
preclusão consumativa, isto é, de só poder fazer outro Gonçalves os requisitos de validade intrínsecos
pedido por ação distinta. É um silogismo que contém premissa assemelham-se em grande parte as condições da
maior, premissa menor e a conclusão. Faltando a lógica, a ação.
petição inicial é inepta: deve ser emendada (CPC 321°) e,
permanecendo o vício, tem de ser indeferida (CPC 321° par. Requisitos processuais objetivos extrínsecos
ún. CPC 330° I e § 1.º IV) É a partir do pedido que a lide se
instaura e obriga o juiz a decidi-la nos limites em que foi negativos: Fredie Didier.
proposta. V. coments. CPC 492°e 493°. - Os requisitos objetivos extrínsecos podem ser
sa

positivos, como o interesse de agir, examinado bem


Processo e a Petição inicial: Geraldina. como ou negativos.
- São considerados negativos aqueles fatos que não
ra

- É um instrumento e um concatenado de atos(caderno de


podem ocorrer para que o procedimento se instaure
processo),onde se amarra os atos em outro(dependente do validamente. São fatos estranhos ao processo (daí o
ato anterior que a "petição inicial).
ra

adjetivo "extrínseco"), que, uma vez existentes,


- Sendo portanto um ato com dois efeitos/faces= a impedem a sua formação válida.
materialização da ação e o início do processo. - Não se trata de simples requisito do ato jurídico
y

- Ela portanto quebra a inércia. processual; na verdade, é requisito de validade do


an

- É ela que inicia o vínculo/relação jurídica. próprio processo.


- Autor; juiz e o réu..
- O demandado é o réu. Requisitos da petição inicial: Fredie Didier.
ne

- Não existe um único tipo de petição inicial.


- Art.319°;CPC.
58

Requisitos processual objetivo Intrínseco: respeito ao  Indicação do juízo a que é dirigida a demanda:
formalismo processual:Fredie Didier. - O autor tem de indicar o juízo (singular ou colegiado)
@

- Os requisitos intrínsecos de validade podem ser reunidos sob perante o qual formula a sua pretensão, observando
a seguinte rubrica: respeito ao formalismo processual. as regras sobre competência (art. 319°, I, CPC). O
- Considera-se formalismo processual a totalidade formal do endereçamento far-se-á no cabeçalho da petição
gm

processo, "compreendendo não só a forma, ou as inicial. Devem ser observadas as designações corretas:
formalidades, mas especialmente a delimitação dos poderes, a) comarca é unidade territorial
faculdades e deveres dos sujeitos processuais, coordenação da justiça dos Estados; Seção judiciária, da justiça
ai

da sua atividade, ordenação do procedimento e organização Federal; b) juiz federal qualifica o magistrado da justiça
do processo, com vistas a que sejam atingidas as suas Federal, e juiz de direito, o da justiça Estadual etc.
l.c

finalidades primordiais". Segue um exemplo de endereçamento: "Exmo.


- Pode-se dizer que o formalismo responde às perguntas: Sr. juiz de Direito da Vara de Família da Comarca de
como funciona (o processo) e quais são as regras do jogo. Salvador, Estado Federado da Bahia".
o

Trata-se- em linguagem simples- do regulamento da disputa.


Qualificação das partes:
m

O cerne do formalismo processual está no procedimento - 


espinha dorsal, na feliz expressão de Carlos Alberto Álvaro - O demandante apresentará a qualificação das partes
de Oliveira. (dele próprio e do réu).
- O desrespeito ao formalismo processual implica invalidade - Hão de constar, na petição inicial, os nomes,
do ato jurídico processual ou do procedimento, embora o prenomes, estado civil, a existência de união estável,
objetivo principal é exatamente o de evitar a decretação de profissão, número no cadastro de pessoas
nulidades. físicas ou no cadastro nacional de pessoas jurídicas, o
- Assim, exemplificativamente, podem ser citados os seguintes endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor
requisitos objetivos intrínsecos de validade: a) petição inicial e do réu (art. 319°, lI, CPC).
apta; b) comunicação dos atos processuais, inclusive e
principalmente a citação;

Página 27 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
- Seria erro dizer-se que é a regra jurídica que
Continuação produz a eficácia jurídica; a eficácia jurídica provém
- O que se pretende, com tal requisito, é evitar o da juridicização dos fatos (=incidência da
processamento de pessoas incertas, bem como verificar a regra jurídica sobre os fatos, tornando-os fatos
incidência de algumas normas que têm por suporte fático jurídicos)".
algum desses qualificativos - Tem, assim, o autor de, em sua petição inicial expor
Há casos em que é inviável e tem impecílios a individualização todo o quadro fático necessário à obtenção do efeito
para o cumprimento estrito da exigência formal de jurídico perseguido, bem como demonstrar como os
qualificação integral dos litigantes, acertada portanto outras fatos narrados autorizam a produção desse mesmo
características relevantes para a individualização do mesmo. efeito (deverá o autor demonstrar a incidência da
- Portanto não será vício insanável. Anão informação de todos e hipótese normativa no
quaisquer informações dispostas no inciso II,para a suporte fático concreto).
personificação do indivíduo. - teoria da substancialização=da causa de pedir, que
impõe ao demandante o ônus de indicar, na petição
sa

- Por esta razão o legislador se atentou e trouxe essa


possibilidade no art.319° em seus parágrafos. inicial, qual o fato jurídico e qual a relação jurídica
dele decorrente que dão suporte ao seu pedido. Não
ra

basta a indicação da relação jurídica, efeito do fato


jurídico, sem que se indique qual o fato jurídico que
ra

lhe deu causa - que é o que prega a teoria da


individualização.
Art. 319°;CPC= - Por vezes a causa de pedir é composta, pela
y

§ 1º Caso não disponha das informações pluralidades de causas de pedir.


an

previstas no inciso II, poderá o autor, na petição - Portanto dentro da petição inicial é imprescindível a
inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a narrativa completa do autor dos fatos, portanto se
sua obtenção.
ne

não houver, a petição não pode ser admitida.


§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a - Outro ponto importante é não confundir
despeito da falta de informações a que se fundamentos jurídicos com fundamentos legais.
58

refere o inciso II, for possível a citação do réu.


§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo FUNDAMENTOS X FUNDAMENTOS
não atendimento ao disposto no inciso II deste JURÍDICOS LEGAL
@

artigo se a obtenção de tais informações


tornar impossível ou excessivamente oneroso o - O magistrado está limitado, na sua decisão, aos fatos
gm

acesso à justiça. jurídicos alegados e ao pedido formulado - não o


está, porém, ao dispositivo legal invocado
pelo demandante, pois é sua a tarefa de verificar se
 Causa de pedir: o fato e o fundamento.
ai

houve a subsunção do fato à norma (ou seja,


- Como instrumento da demanda, a petição inicial deve revelá-la
verificar se houve incidência)l' O juiz pode decidir
integralmente. Além do pedido e dos sujeitos, deve a petição
l.c

com base em, norma distinta, preservados o direito


inicial conter a exposição dos fatos e dos fundamentos afirmado e o pedido formulado- Para tanto, porém,
jurídicos do pedido, que formam a denominada causa de pedir deverá observar o disposto no art. 10, que
o

(art. 319°; Ill, CPC). lhe impõe o dever de consultar as partes


m

- DENTRO DA CAUSA DE PEDIR REMOTA HÁ QUEM


CAUSA PETENDI O FATO x FUNDAMENTO JURÍDICO
ENGLOBE DUAS DIMENSÕES: A ATIVA E A PASSIVA.
(causa remota) (causa próxima)
sendo aquela o fato constitutivo do direito e essa o
fato que impulsiona o interesse de agir.
- "Compõem a causa petendi o fato (causa remota) e o
fundamento jurídico (causa próxima)".6 A causa de pedir é o - Fundamentação da postulação inicial.
fato ou conjunto de fatos jurídicos (fato(s) da vida - A fundamentação aqui deve ser mais ampla alegação
juridicizado(s) pela incidência da hipótese normativa) e a da causa de pedir(próxima e remota), mas também
relação jurídica, efeito daquele fato jurídico, trazidos pelo da argumentação jurídica, ou seja os instrumentos
demandante como fundamento do seu pedido. retóricos para convencimento do julgador.

Página 28 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
Continuação

sa
ra
ra
y an
ne
58
@
gm
ai
l.c
o
m

Página 29 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
Continuação - Entretanto coma chegada do novo Código de
processo civil, deu margem para novas
- A petição inicial que se limite a causa de pedir, sem interpretações sobre certos atos processuais
argumentação jurídica se torna inepta. praticados e a vontade das partes.
- Os atos processuais são praticados pelos
Considerações sobre Fatos e atos processuais de acordo com diversos sujeitos do .processo e têm diferentes
Ada Pellegrini Grinover: significados e efeitos no desenvolvimento da
- O processo é a resultante de dois componentes que se relação jurídica processual.
combinam e completam, e que são a relação processual e o
procedimento; a relação processual é complexa, compondo-se - Esses ideais sobre os fatos e atos processuais
de inúmeras posições jurídicas ativas e passivas que se carregam algumas críticas quanto a sua
sucedem do início ao fim do processo. interpretação e explanação em relação ao novo
- Ora, a passagem de uma para outra dessas posições jurídicas CPC, como pela própria professora de processo
sa

(caráter progressivo da relação processual) é ocasionada civil Geraldina.


sempre por eventos que têm perante o direito a eficácia de
Considerações sobre fatos e atos jurídico de
ra

constituir, modificar ou extinguir situações jurídicas


processuais. Esses eventos recebem o nome genérico de acordo com Miguel Reale Jr.
fatos processuais.
ra

- As regras jurídicas como explana Miguel Reale,


não são apenas criadas e elaboradas pela
sociedade e os órgãos judiciários, mas estão na
y

própria essência/convivência e experiência


an

jurídica da humanidade, que se desenvolve ao


"Fato, em sentido amplíssimo, é sempre longo dos anos.
um ponto na história através do qual se - E por existir essa grande relação entre os fatos
ne

passa de uma a outra situação; fato e o direito, muitos pensadores e idealizadores


jurídico é o acontecimento ao qual se juristas da escola neo-empiristas acreditam em
segue uma consequência jurídica, ou seja,
58

uma falsa sinonímia entre os fatos e os fatos


através do qual se opera modificação em jurídicos, e que o direito nasce de uma velha
alguma situação de direito (nascimento, expressão romana ex facto oritur jus, de que o
@

contrato, crime). fato deu origem ao direito.


E fato jurídico processual, como se - Para Reale é um grande engano dizer que o
depreende do texto, é uma espécie do
gm

direito nasceu apenas dos fatos, e que as leis e


gênero fato jurídico." normas físicas que temos em nosso ordenamento
surgiu de experiências em laboratório
- as leis jurídicas, que marcam sempre uma
ai

- Como ocorre com os fatos em geral, também OS FATOS posição espiritual, uma atitude crítica e valorativa
do homem perante os fatos
l.c

PROCESSUAIS PODE SER OU NÃO SER EFEITO DA


VONTADE DE UMA PESSOA: NA PRIMEIRA HIPÓTESE - as regras jurídicas se contrapõem aos fatos,
TEMOS ATO, E NA SEGUNDA, FATO STRICTO SENSO. Ato quando assim o exige o bem comum. Uma das
o

processual é, portanto, toda conduta dos sujeitos do características, aliás, do Direito atual é o seu
sentido dinâmico e operacional de buscar uma
m

processo que tenha por efeito a criação, modificação ou


extinção de situações jurídicas processuais. antecipação , interferindo positivamente no
- Sustentou-se até recentemente que não há negócios processo social.
jurídicos processuais, porque os efeitos dos atos do
processo não são determinados pela vontade dos sujeitos
que os realizam. Os atos processuais são voluntários mas
apenas no sentido de que sua realização depende da
vontade - e não do conteúdo acrescido por um ato de
vontade; o sujeito limita-se a escolher entre praticar ou não
o ato, não lhe deixando a lei margem de liberdade para a
escolha dos efeitos deste.

Página 30 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
- Poder-se-á dizer que o Direito nasce do fato e ao
Continuação fato se destina, obedecendo sempre a certas
medidas de valor consubstanciadas na norma.
- Reale cita Jhering e a compreensão do culturalismo
do direito segundo fins que poderiam ser: instâncias
"Devemos entender, pois, que o Direito se irredutíveis aos fatos, as instâncias dos valores e das
origina do fato, porque, sem que haja um normas.
- Podemos dizer que fato jurídico é todo e qualquer
acontecimento ou evento, não há base para que
se estabeleça um vínculo de significação fato que, na vida social, venha a corresponder ao
jurídica. Isto, porém, não implica a redução do modelo de comportamento ou de organização
Direito ao fato, tampouco em pensar que o fato configurado por uma ou mais normas de direito.
seja mero fato bruto, pois os fatos, dos quais - O fato natural produz, às vezes, consequências de
se origina o Direito, são fatos humanos ou fatos direito na sua expressão espontânea, sem qualquer
interferência humana.
sa

naturais objeto de valorações humanas."


- Não se pode portanto falar em fato jurídico se o
mesmo não foi inserido em uma ordem/estrutura
ra

normativa. Esses fatos ainda precisam ser fatos


FATO x FATO JURÍDICO jurídicos possíveis, do ponto de vista "jurídico". Por isso
não de fala no Direito em fato bruto, pois o mesmo
ra

- DEVEMOS NOS ATENTAR QUANDO UTILIZAMOS AS DUAS precisa ter algumas das notas valorativas que
EXPREÇÕES ACIMA EXPOSTAS, POIS QUANDO NOS permitam a sua correspondência ao fato-tipo
y

REFERIMOS A FATO JURÍCO NÃO ESTAMOS FALANDO DE previsto na regra de direito.


an

ALGO ANTERIOR AO DIREITO, MAS E DE QUE O DIREITO SE


ORIGINA, MAS DE UMA FATO JURIDICAMNETE
QUALIFICADO( UM EVENTO PORTANTO QUE AS NORMAS
ne

JÁ ESTABELECERAM CONSEQUENCIA NO MUNDO DAS


NORMAS E LEIS JURÍICAS, OU SEJA, TIPIFICANDO-O. "Em última análise, o fato-tipo é
- Entendemos por fato jurídico todo e qualquer fato, de um módulo de valoração do fato possível na vida
58

ordem física ou social, inserido em uma estrutura concreta, o que exclui que entre fato e fato
normativa. jurídico possa existir um nexo de causalidade. O
@

- Em verdade, o elemento fático existe tanto quando se que se poderá dizer é que entre eles existe
formula a hipótese normativa (“Se F é”, isto é, se um fato um liame de “causalidade motivacional”, para
ocorrer que corresponda à hipótese “F”) como quando, na empregarmos feliz expressão de Husserl,
gm

mesma norma, se prevê a consequência que deverá ou pondo em realce a natureza axiológica ou
poderá sobrevir por ter ou não ocorrido F: “deverá ser C valorativa de todo fato social ou histórico."
ou D”.
ai

- o fato está no início e no fim do processo normativo, como


fato-tipo, previsto na regra, e como fato concreto, no
l.c

momento de sua aplicação.


- O fato, numa estrutura normativa, dá origem ao fato
jurídico, mas também pode pôr termo a ele, como
o

acontece por exemplo, com a morte, que extingue a


m

relação jurídica penal.

FATO X ATO
(Stricto senso)
- Outra distinção fundamental é a que se faz entre o fato
em sentido estrito, como acontecimento natural não
volitivo, e ato, como fato resultante da volição humana
(comportamento).

Página 31 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
- Essa audiência preliminar ocorrerá antes de o réu
Continuação apresentar a sua resposta. Se autor e réu
manifestarem expressamente a vontade de não
 O pedido com suas especificações: resolver o litígio por autocomposição, a audiência não
Toda petição inicial deve conter ao menos um pedido, com ocorrerá (art. 334°,§ 4°, I, CPC).A manifestação do
suas especificações (art. 319°, IV, CPC). Trata-se de autor nesse sentido tem de ser feita na petição inicial
requisito elementar do instrumento da demanda, pois não (art. 334°, § 5º, CPC).
se pode falar, no plano lógico, de petição sem pedido. - O desinteresse pode ser feita em convenção
Petição sem pedido é petição inepta, a ensejar o seu processual, celebrada antes do início do processo, em
indeferimento. O exame do pedido será feito, com o cuidado que as partes previamente dispensam a realização do
que este requisito requer. ato (negócio processual atípico celebrado com base no
art. 190° do CPC). Nesse caso, caberá ao autor trazer
 Atribuição de valor a causa: o instrumento da convenção juntamente com inicial.
- Em toda petição inicial deve constar o valor da causa, cuja Se o autor não observar esse requisito, a petição não
sa

fixação seguirá o que dispõem os arts. 291°-293° do CPC deve ser indeferida por isso, nem há necessidade de o
(art. 319°, V, CPC). juiz mandar emendá-la, Deve o juiz considerar o
ra

- Não há causa sem valor, assim como não há causa de valor silêncio do autor como indicativo da vontade de que
inestimável ou mínimo, expressões, tão frequentes quanto haja a audiência de conciliação ou mediação. Assim
ra

equivocadas, encontradas na praxe forense. O valor da como o réu (art. 334°, § 5º), também o autor tem de
causa deve ser certo e fixado em moeda corrente nacional. dizer expressamente quando não quer a audiência;
- O valor da causa é dado que serve a variados propósitos: o silêncio pode ser interpretado como não oposição à
y

a) base de cálculo das custas judiciais; realização do ato até porque, nos termos do inciso I
an

b) b) definição da competência do órgão jurisdicional; do§ 4º do art. 334°, CPC,a manifestação de


c) cabimento de recursos (art. 34 da Lei 6.830/1980); desinteresse tem de ser expressa.
ne

d) base de cálculo de multas processuais.


Assim, não é correto dizer, como se costuma fazer na Requisitos da petição inicial: Nelson Nery Jr.
praxe forense, que o valor da causa tem fim "meramente - Art.319°;CPC
58

fiscal". - Requisitos= O texto sob comentário contém os


- O valor da causa deverá observar o disposto no art. 292°, requisitos da petição inicial, que devem estar
@

CPC, que estabelece as diretrizes para a sua fixação. Caso presentes sempre, qualquer que seja a natureza da
a causa não se subsuma a nenhuma das hipóteses do art. ação. A imperatividade do tempo verbal (“indicará”) nos
292, cabe ao autor atribuir valor à causa, segundo seu faz concluir que os requisitos são imprescindíveis. A
gm

critério falta de um dos requisitos da


petição inicial pode ensejar a sua inépcia, o que impede
 As provas com que o autor pretende demonstrar a o prosseguimento do processo, com o indeferimento
ai

verdade dos fatos alegados: da inicial, caso não emendada ou completada (CPC 321°
- O autor indicará quais os meios de prova de que se irá par.ún.).
l.c

valer para comprovar as suas alegações (art. 319°, VI, CPC). - Princípio da congruência entre pedido e sentença=O
Tem pouca eficácia prática o dispositivo: a) o órgão julgador juiz deve decidir de acordo com o que foi pedido (CPC
pode determinar ex officio a produção de provas (art. 492).
o

370° do CPC); b) no momento próprio- fase de saneamento - Matérias de ordem pública=Estão fora da incidência
m

do processo - as partes são intimadas para indicar de quais do princípio da congruência. Para que o juiz as
meios de prova examine, ex officio, o único requisito é que exista ação
se servirão. e processo, pois o autor não precisa pedir que o juiz
analise e decida matéria de ordem pública.
 A opção do autor pela realização ou não de audiência de
conciliação ou de mediação:
- O autor tem de manifestar a sua opção pela realização ou
não de audiência preliminar de conciliação ou mediação (art.
319°, VII, CPC).

Página 32 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
- O direito, o título, não podem ser a causa de pedir
Continuação próxima porque, enquanto não ameaçados ou violados,
não ensejam ao seu titular a necessidade do ingresso
I- Juízo competente= A petição inicial deverá indicar o juízo ou em juízo, ou seja, não caracterizam per se o interesse
tribunal a que é dirigida, devendo valer-se o autor, para processual primário e imediato, aquele que motiva o
identificá-la, das regras de competência. Para achar-se o pedido.
juízo competente v. coment. 21 CPC 44. A indicação - Fundamento jurídico é a autorização e a base que o
incorreta do juízo não enseja o indeferimento da petição ordenamento dá ao autor para que possa deduzir
inicial. Tratando-se de incompetência absoluta (material ou pretensão junto ao Poder Judiciário. É o título do pedido
funcional), o juízo destinatário deverá, ex officio, anular os (a que “título” você pede?), que tanto pode ser a lei
atos decisórios eventualmente praticados e remeter os como o direito, o contrato etc. Não há necessidade de
autos ao juízo competente (CPC 64°; § 3.º); tratando-se de o autor indicar a lei ou o artigo de lei em que se
incompetência relativa, não poderá o juiz pronunciar-se de encontra baseado o pedido, pois o juiz conhece o
ofício (STJ 33), devendo aguardar futura e eventual direito (iura novit curia). Basta que o autor dê
sa

manifestação do réu, por meio de preliminar arguindo a concretamente os fundamentos de fato, para que o
incompetência (CPC 64°; caput), ou, omisso o réu, a juiz possa dar-lhe o direito (da mihi factum, dabo tibi
ra

prorrogação da competência (CPC 65°). ius).


ra

II- Nome e qualificação das partes= A individualização das IV- O pedido com as suas especificações:
partes é necessária na petição inicial, entre outras coisas, - No sistema do CPC, pedido tem como sinônimas as
para que a sentença possa obrigar pessoas certas. Quando expressões lide, pretensão, mérito, objeto. É o bem da
y

não for possível a menção da qualificação completa das vida pretendido pelo autor, para integrar ou
an

partes, é suficiente que se as individue reintegrar-se a seu patrimônio:


Sendo possível a individuação, ainda que incompleta a - O pedido deve ser sempre explícito, pois é
qualificação, o requisito estará preenchido. interpretado restritivamente (CPC 322°).
ne

- As questões de ordem pública devem ser conhecidas e


III- o fato e os fundamentos jurídicos do pedido: decididas de ofício pelo juiz, independentemente de
58

- A petição inicial deverá indicar os fundamentos de fato pedido da parte ou do interessado. Isto se aplica tanto
(causa de pedir próxima) e os fundamentos de direito (causa às questões de ordem pública de direito material.
de pedir remota) do pedido. O autor deverá indicar o porquê V- Valor da causa=
@

de seu pedido. - A fixação do valor da causa desempenha papel


Obs.: Fredie Didier expõe diferente de Nelson Nery fundamental para o cálculo, posterior, das custas do
gm

- Teoria da Substanciação.Nosso sistema processual adotou a processo e para a fixação dos honorários advocatícios.
teoria da substanciação do pedido (v. coment. CPC 55). A ela É necessário dar-se valor à causa, ainda que não tenha
se opunha a teoria da individuação, que exigia apenas a conteúdo econômico imediatamente aferível (CPC 291).
Para achar-se o valor da causa, deve-se observar o
ai

indicação dos fundamentos jurídicos para caracterizar a


causa de pedir e tornar admissível a ação. Ambas as teorias CPC 292.
VI- Provas=
l.c

nasceram e foram desenvolvidas na Alemanha. Hoje, a teoria


da individuação se encontra superada e não guarda mais - O autor deverá, desde logo, requerer as provas com
nenhuma importância jurídica. que pretende demonstrar os fatos constitutivos de
o

- Fundamentos de fato=Compõem a causa de pedir próxima. seu direito (CPC 373 I). Não é suficiente o mero
protesto por provas.
m

É o inadimplemento, a ameaça ou a violação do direito (fatos)


que caracteriza o interesse processual imediato, quer dizer, VII- Audiência de conciliação ou mediação=
aquele que autoriza o autor a deduzir pedido em juízo. Daí - O autor deverá, desde já, indicar se tem interesse ou
por que a causa de pedir próxima, imediata, é não na audiência de conciliação ou mediação. Com isso,
a violação do direito que se pretende proteger em juízo, isto na fase inicial do processo, o juiz ganha tempo, não
é, os fundamentos de fato do pedido. Vale dizer, o que sendo necessário indagar expressamente das partes
imediatamente motivou o autor, pela lesão a direito seu, a acerca do interesse – e, caso o autor manifeste a
deduzir sua pretensão em juízo. intenção de tratar com o réu, o juízo pode, logo em
- Fundamentos jurídicos=Compõem a causa de pedir remota. seguida à manifestação do réu, marcar a audiência.
É o que, mediatamente, autoriza o pedido.

Página 33 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
Art./Súmulas
Observações
Continuação
Títulos
Aula 04- Sobre o pedido. Atenção
Subtítulos

Aula 04
Requisito da petição inicial: Conceito de pedido: Fredie Didier.
sa

- O pedido portanto é o núcleo da petição inicial; é a


providencia pedida do autor ao Poder judiciário; a
pretensão pretendida em juízo; é a consequência
ra

jurídica, que pretende ser visualizada e carregada de


eficácia realizada pela atividade e tutela jurisdicional.
ra

Art. 319°;CPC= A petição inicial - É O EFEITO JURÍDICO PROVIDO PELA CAUSA DE PEDIR.
indicará: - "O petitum é o que se pede, não o fundamento ou a
IV - o pedido com as suas
y

razão de pedir, a causa petendi.


especificações;
an

- O pedido é elemento objetivo da demanda e da ação


juntamente a causa de pedir, que possui extrema
importância para atividade processual.
ne

- O pedido servira de orientador e bussola para a


prestação jurisdicional eficaz, respeitado o exposto
nos Arts. 141° e 492°; do CPC.
58

- O pedido trata-se de um requisito elementar e lógico da


demanda, pois não se pode falar de maneira lógica em uma
@

petição que não contenha um PEDIDO.


- Portanto é um silogismo de raciocínio lógico de dedução.
gm

Art. 141°;CPC= O juiz decidirá o mérito


CAUSA DE PEDIR X PEDIDO nos limites propostos pelas partes,
sendo-lhe vedado conhecer de
- Como já salientado, não se pode confundir causa de pedir e
ai

questões não suscitadas a cujo


pedido, pois a causa de pedir É O PORQUE DO PEDIDO, e o respeito a lei exige iniciativa da parte.
pedido propriamente dito é o que?, portanto é o próprio Art. 492°;CPC=. É vedado ao juiz
l.c

BEM DA VIDA PRETENDIDO PELO AUTOR. proferir decisão de natureza diversa


- Petição sem pedido é inepta da pedida, bem como condenar a parte
o

em quantidade superior ou em objeto


m

diverso do que lhe foi demandado.


Parágrafo único. A decisão deve ser
certa, ainda que resolva relação
jurídica condicional.
Art. 330°;CPC= A petição inicial será
indeferida quando: essa solicitação foi
indeferida, ou seja, não foi aceita.
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial
quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;

Página 34 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
Continuação
- Serve o pedido também como elemento de identificação da
demanda, para fim de verificação da ocorrência de conexão,
litispendência ou coisa julgada. O pedido é, finalmente, o Art. 321°;CPC=O juiz, ao verificar que a
principal parâmetro para a fixação do valor da causa (art. 292 petição inicial não preenche os requisitos
do CPC). dos arts. 319 e 320 ou que apresenta
- O PEDIDO PODE SER IMEDIATO, A PARTIR DA TUTELA E defeitos e irregularidades capazes de
RESPOSTA JURISDICIONAL, COMO POR EXEMPLO: A dificultar o julgamento de mérito,
CONDENAÇÇÃO, CONSTITUIÇÃO DE NOVA SITUAÇÃO JURÍDICA determinará que o autor, no prazo de
A DECLARAÇÃO Etc. SENDO AINDA UM PEDIDO 15 (quinze) dias, a emende ou a
DETERMINADO. complete, indicando com precisão o que
sa

- PEDITO MEDIATO QUE É O BEM DA VIDA, E PARA QUE TENHA deve ser corrigido ou completado.
RESULTADOS, O DEMANDANTE DEVE ESPERAR CERTAS Parágrafo único. Se o autor não cumprir
a diligência, o juiz indeferirá a petição
ra

AÇÕES E PROVIDÊNCIAS,PODENDO AINDA SER UM PEDIDO


RELATIVAMENTE INDETERMINADO, COMO NOS PEDIDOS inicial.
GENÉRICOS.
ra

Requisitos:Fredie Didier. Pedido Certo: Marcus Vinícius Rios Gonçalves:


y

- O pedido há de ser certo (art. 322°, CPC);


Art.322°;CPC.
an

- Determinado (art. 324°, CPC);


- Claro (art. 330°, § 1º, !1, CPC); - O art. 322° e o art. 324° do CPC determinam que
- E coerente (art. 330°, § 1º, IV, CPC). o pedido seja certo e determinado.
ne

- Certo é aquele que permite a identificação do bem


- PEDIDO CERTO É PEDIDO EXPRESSO/ESPECIFICADO E da vida pretendido (an).
 §2°= Pedido implícito=
58

EXPLÍCITO,PARA QUE ASSM ELE SEJA INDIVIDUALIZADO E


QUANTIFICADO. - Os pedidos são, em regra, interpretados
- NÃO SE ADMITE PEDDO IMPLÍCITO. restritivamente; não se considera incluí do aquilo
@

- "Não se admite, a teor da melhor técnica, pedido obscuro, que não tenha sido expressamente postulado.
dúbio e vago, substituído, parcial ou integralmente, através de - Mas há alguns pedidos que se reputam implícitos. O
expressões elíptica. art. 322, § 1º, menciona os juros legais, a
gm

- O PEDIDO DETERMINADO É AQUELE QUE É QUALIFICADO E correção monetária e as verbas de sucumbência,


QUANTIFICADO.ENTRETANDO COMO VEREMOS ASSEGUIR O inclusive os honorários advocatícios. Os juros de
MESMO SE ONTRAPÔE AO PEDIDO GENÉRICO QUE É LÍCITO mora incluem-se na liquidação, ainda que tenha sido
ai

EM DETERMINADAS POSSIBILIDADES. omisso o pedido e a condenação (Súmula 254, do


- O pedido tem também de ser claro, inteligível(FÁCIL DE STF).
l.c

ENTENDER). Pedido que tenha sido formulado de maneira pouco


clara implica inépcia da petição inicial, consoante já examinado. Pedido certo: Nelson Nery Jr:
- O pedido há, enfim, de ser coerente, ou seja, deve ser - Em regra em nosso CPC de 2015,o pedido deve ser
o

consequência jurídica prevista para a causa de pedir aduzida. certo e determinado, vedando assim os pedidos
m

56 Pedido que não decorre da causa de pedir implica inépcia genéricos, exceto aqueles estabelecidos do
da petição inicial, também como já examinado. Art.324°;§1°.
- Na falta de um desses requisitos, deve o magistrado, antes de - Pedido certo seria o que deixa claro e fora de
indeferir a petição inicial, determinar a sua correção (art. dúvida o que se pretende, quer no tocante à
321°,CPC). qualidade, quer no referente à extensão e
qualidade;
- Pedido determinado seria aquele que externa uma
pretensão que visa a um bem jurídico
perfeitamente caracterizado.

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- A doutrina jurídica entende que o pedido genérico
Continuação tem que ser certo quanto ao seu objeto (an
debeatur), mas pode ser indeterminado em relação à
- O atual CPC adotou essa visão dicotômica, que diferencia as sua quantidade (quantum debeatur).
duas qualidades; tanto é assim que cada uma delas faz - Trata-se de pedido relativamente indeterminado.
parte de um artigo distinto. - Três são as possibilidades permitidas no Art.324°;§1°:
a sentença deve ser congruente e de acordo com pedido a) Ações Universais :Art.324°;§1°,I;CPC.são aquelas em
proposto pela partes, sendo portanto uma forma delimitar que se não for possível em determinar na petição os
a decisão do juiz. Entretanto se tratando de matéria de bens demandados., pois a pretensão recai sobre uma
ordem pública o mesmo pode agir ex officio, independente universalidade seja ela de fato ou de direito.
do pedido ou interessados. - Um exemplo, e quando falamos de responsabilidade
- Portanto o juiz deve observar a postulação e boa- fé. civil patrimonial, em que o devedor responde com
todos os seus bens presentes e futuros para o
 §1°= Pedido implícito: cumprimento de uma obrigação, salvo as restrições
sa

- Pedido implícito. Há alguns pedidos que se encontram em lei, sendo essa regra não absoluta ,pois não afeta
compreendidos na petição inicial, como se fossem pedidos todo e qualquer patrimônio mas tão somente os
ra

implícitos. Isto porque seu exame decorre da lei, penhoráveis, como estabelece o Art.821°;CC, em que
prescindindo de alegação expressa do autor. São eles os a penhora recairá sobre tantos quantos bastem
ra

de: a) juros legais (CPC 322 § 1.º); b) juros de mora (CPC para o pagamento..
240); c) correção monetária (LCM), porque mera - Outro exemplo é nas ações e petições de herança,
atualização da moeda, não se constituindo em nenhuma constitui uma universalidade e pluralidade de bens,
y

vantagem para o autor que não a pediu; d) despesas que pertinentes à mesma pessoa tenha destinação
an

processuais e honorários. unitária, em uma universalidade de direitos e um


 §2°= A interpretação do pedido: complexo de relações jurídicas( Arts.90° e 91°;CC)
- Não passa de adequação da lei ao que atualmente dispõe a
ne

jurisprudência do STJ, que, por sua vez, tem aceito b) Consequências de fato ou de direito: Art.324°;§
determinados pleitos não expressos na inicial 1°;II;CPC.
58

mas que, em tese, seriam passíveis de dedução, de acordo - Pode o autor da demanda formular pedido genérico
com o conjunto do que foi pedido, mas tudo em respeito, em ação indenizatória.
evidentemente, ao princípio da boa-fé. - A ação indenizadora cabe em casos de atos lícitos
@

- O comando do texto ameniza a expressão do caput, bem como ilícitos, e o juiz pode analisar fatos novos
quanto à certeza do pedido, mas desperta a perplexidade após a propositura da ação, para que possa proferir
gm

do intérprete diante da proibição de decisão surpresa, a sentença, que deve refletir o montante dos danos
como dito no Art.10°CPC. existentes á época da prolação.
PORTANTO O JUIZ DEVE INTRERPRETAR E ANALISAR O - É um erro muito frequente haver a associação de
ai

PEDIDO NA SUA EXTENSÃO. indenização apenas em casos de cometimento de


atos ilícitos, o que costuma ser um grande erro, pois
l.c

Pedido genérico: Fredie Didier. como estabelece o exposto dispositivo é possível em


- Como já mencionado a regra geral do pedido é que ele seja atos lícitos.
certo e determinado de acordo com os Arts. 322° e 324°. - Um exemplo são as obrigações quanto a finalidade,
o

Entretanto em algumas hipóteses previstas em lei autoriza sendo elas de meio e de resultado. A obrigação de
m

o pedido genérico. meio é aquela em que o devedor se obriga a


- No pedido Genérico não falta O QUE? , MAS A empreender sua atividade em envidar esforços em
AQUANTIDADE NÃO SE SABE. empregar seus conhecimento e técnicas para atingir
determinados resultados, porém sem garantir o
NA DEBEATUR / QUANTUM DEBEATUR resultado esperado como (O êxito no processo ou a
( o QUÉ?/ OBJETO) (SEM QUANTIDADE) cura de uma doença). Já na de resultado o devedor
- Determinado quanto ao gênero, o pedido pode ser genérico se obriga não apenas a empregar sua atividade ,mas
em relação à quantidade. de produzir o resultado, como nos caso de cirurgia
plástica.

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b) Consequências de ato ou de direito :Art.324°;§
Continuação 1°;II;CPC.
- Em casos por exemplo de indenização por
- Outro exemplo é a legítima defesa e o exercício regular do consequência de ato ou de direito, no momento da
direito são atos lícitos (art.188 ° do Código Civil), mas podem propositura da indenização seja de difícil aferição
gerar o dever de indenizar (art.929° do Código Civil). das consequências que a vítima terá sofrido.
- MUITO EMBORA, NÃO PRECISE QUANTIFICA-LO,O AUTOR - Por exemplo: às vezes, não se sabe se ela poderá
DEVEROA ESPECIFICAR O PREJUÍO SOFRIDO/CAUSADO. se recuperar de uma lesão corporal ou se desta
- Afirma Humberto Theodoro ): "Expressões vagas como resultará incapacidade, nem se esta será
'perdas e danos' e 'lucros cessantes' não servem para a permanente ou temporária. Admite-se, nessa
necessária individuação do objeto da causa. Necessariamente circunstância, que o autor formule pedido
deverá ser descrita a lesão suportada pela vítima do ato ilícito, genérico.
v. g.: prejuízos (danos emergentes) correspondentes à perda - O referido doutrinado, difere o pensamento da
da colheita de certa lavoura, ou, ainda, os lucros cessantes e possibilidade e admissibilidade de indenização por
sa

representados pela perda do rendimento líquido do veículo perdas e danos (dano moral),pois para ele o pedido
durante sua inatividade. quanto a esse assunto deve ser certo e
ra

- o autor deve ou não quantificar o valor da indenização na determinado, quanto ao valor que pretende a
petição inicial? A resposta é positiva: o pedido nestas título de indenização.
demandas deve ser certo e determinado, delimitando o autor
ra

quanto pretende receber como ressarcimento pelos prejuízos c) Ato praticado pelo réu: Art.324°;§1°;III;CPC.
morais que sofreu (Art.402°;CC). - É o que ocorre, por exemplo, nas ações de exigir
y

- A necessidade do pedido de perdas e danos em casos de contas, em que, só depois que ele as prestar, se
an

"pedido genérico", deve ser quantificada o valor da poderá verificar se há saldo em favor do autor.
indenização, pois quem mais que o autor, para saber a "dor
sofrida por ele". Assim, o magistrado deve analisar se o que Cumulação de pedidos: Fredie Didier.
ne

foi pedido é devido ou não. Ademais, se o autor deixar a


 Cumulação própria:Simples e sucessiva.
critério de análise do pedido devido ao magistrado, esse não
poderá recorrer. - Art.327°;§1°;§2° e §3°.
58

- Há cumulação própria de pedidos quando se


- Somente é possível a iliquidez do pedido, nestas hipóteses, se
o ato causador do dano puder repercutir, ainda, no futuro, formulam vários pedidos, pretendendo-se o
acolhimento simultâneo de todos eles. Em um ·
@

gerando outros danos (p. ex.: uma situação em que a lesão à


moral é continuada, como a inscrição indevida em arquivos de mesmo processo, vários pedidos são veiculados,
consumo ou a contínua ofensa à imagem}. tornando composto o objeto desse processo - o
gm

que, por tabela, implicará que a decisão judicial


c) Ato praticado pelo réu: Art. 324°;§1°;III;CPC). venha a ser proferida em capítulos.
- Permite-se, ainda, pedido genérico quando a condenação
a) Simples: são vários pedidos e fundamentos
ai

depender de ato a ser praticado pelo réu (art. 324°, § 1 º, III,


do CPC), como na hipótese da ação de prestação de contas diferentes.
- São simples quando não há ordem de precedência
l.c

cumulada com o pagamento do saldo devedor.


lógica( pedido prejudicial ou preliminar),podendo ser
analisada ima independência/independentemente
Pedido genérico: Marcus Vinícius Rios Gonçalves.
o

entre elas.
- Como excepcionalidade a regra geral de pedido certo e - Podem ser acolhidos por procedência total ou
m

determinado , sob penalidade de indeferimento, o CPC permiti parcial, ou rejeitados, sem que se perquira o
alguns casos de pedido genérico. resultado do julgamento do outro.
- PEDIDO GENÉRICO É AQUELE QUE É CERTO MAS, - Oportuna a transcrição dos enunciados 37 e 387
INDETERMINADO,POIS O AUTOR DETERMINA O BEM DA VIDA da súmula da jurisprudência do STJ:
PRETENDIDO,PORÉM SEM QUANTIFICA-LO.

a) Ações universais: Art.324°;§1°;I.


- Que versam sobre uma universalidade de fato ou de direito.
- Justifica-se a permissão de pedidos genéricos nesse caso,
porque o autor pode não ter condições de individuar os bens
que integram a universalidade.

Página 37 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
 Cumulação imprópria: Alternativa e Subsidiária.
Continuação - Alguns doutrinadores chamar essas cumulações em
imprópria.
- Cuida-se de formulação de vários pedidos ao mesmo
tempo, de modo que apenas um deles seja atendido:
chama-se, por isso, de cumulação imprópria
Súmula- 37/STJ= o fenômeno, exatamente porque tem o autor ciência
SÃO CUMULÁVEIS AS INDENIZAÇÕES de que apenas um dos pedidos formulados poderá ser
POR DANO MATERIAL E DANO satisfeito: o acolhimento de um implica a impossibilidade
MORAL ORIUNDOS DO MESMO do acolhimento do outro.
FATO. - São portanto vários pedidos, onde o autor se satisfará
com qualquer deles.
- Art. 325° e 326°; do CPC.
sa

- O adjetivo "imprópria" justifica-se porque, de fato, não


se trata rigorosamente de uma cumulação de pedidos.
- Alguns doutrinadores como Chiovenda, separa esses
ra

Súmula-387/STJ= dois pedidos em eventual(subsidiária) e alternativa.


É lícita a cumulação das a) Subsidiária: também chamada de pedidos subsidiários,
ra

indenizações de dano estético pedidos sucessivos ou cumulação subsidiária. essa última


e dano moral. denominação mais correta (por isso, será a adotada a
partir de agora).
y

- Se trata de regra da eventualidade, segundo a qual a


an

formulação das pretensões deves ser realizada no


momento específico da postulação.
ne

- O DEMANDANTE PORTANTO ESTABELCE UMA ORDEM


DE PREFERÊNCIA/HIERARQUIA ENTRE OS PEDIDOS
B) Sucessiva: Dá-se a cumulação sucessiva quando os exames SUSCITADOS
58

dos pedidos guardam entre si um vínculo de precedência - o segundo só será analisado se o primeiro for rejeitado
lógica. ou não puder ser examinado (falta de um pressuposto
- o acolhimento de um pedido pressupõe o acolhimento do
@

de exame do mérito )65; o terceiro só será atendido


anterior. se o segundo e o primeiro não puderem sê-lo etc
- a) o primeiro pedido é prejudicial ao segundo: o não - O MAGISTRADO ESTARÁ CONDICIONADO A OBSERVAR
gm

acolhimento do primeiro pedido implicará a rejeição (e, E ANALISAR NA ORDEM DOS PEDIDOS..
portanto, julgamento) do segundo; - A cumulação de pedidos incompatíveis entre si é caso
b) o primeiro pedido é preliminar ao segundo: o não de inépcia da petição inicial (art.330°, § 1º, IV, CPC).
acolhimento do primeiro implicará a impossibilidade de
ai

- OUTRO PONTO IMPORTANTE É QUE NESSE CASO DE


exame do segundo (que não será julgado, pois). PEDIDO SUBSIDIÁRIO, NÃO SE APLICA O REQUESITO DA
- O acolhimento do primeiro pedido, em qualquer caso, não
l.c

COMPATIBILIDADE DOS PEDIDOS,POIS NÃO PODERÃO


implica necessariamente o acolhimento do segundo pedido. SER ACOLHIDOS SIMULTANEAMENTE.
- O pedido 1 vai ser sempre fundamento para todos os (art. 327°, § 3º, CPC).
o

seguintes. - Importante observação de José Rogério Cruz e Tucci:


- Pode se falar em conexão.
m

"Seja como for, a incompatibilidade não significa que


- São exemplos de cumulação sucessiva por prejudicialidade: possam ser cumulados, na espécie aqui examinada,
a) investigação de paternidade e alimentos; b) declaratória pedidos absolutamente autônomos quanto à sua gênese
de inexistência de relação jurídica e repetição de indébito fático-jurídica. Na verdade, deverá haver um elo de
etc. É exemplo de cumulação sucessiva por pedido prejudicialidade
preliminar a formulada na ação rescisória: juízo de rescisão entre os pedidos.
(iudicium rescindens) e o juízo de rejulgamento (iudicium
rescissorium).

Página 38 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
- O valor da causa será o do pedido que tiver o maior
Continuação valor (art. 292°;VIl, CPC).
- Acolhido um dos pedidos, não terá o autor interesse
- Observar ainda que relação ao valor da causa de pedidos
subsidiários será o valor do pedido principal. para interpor recurso com o objetivo de acolhimento
- Acolhido o pedido principal, está o magistrado dispensado de do outro.
- Diferentemente do que ocorre na cumulação
examinar o pedido subsidiário, que não ficará acobertado
pela coisa julgada, exatamente por não ter sido examinado. subsidiária, pois não houve determinação da
- Caso o magistrado examine o pedido sucessivo per saltum, preferência entre os pedidos, considera-se que abriu
sem ter examinado o pedido principal, haverá errar in mão o demandante de questionar a escolha do
procedendo, impugnável pelo autor, em razão da magistrado por esse ou aquele pleito. O acolhimento de
preferência expressada na formulação dos pedidos. um e a rejeição do outro também não implicam
- O deferimento de um dos pedido(observado a ordem sucumbência parcial do autor.
subsidiária), excluirá os demais. - Normalmente a demanda recursal acontece nos
pedidos subsidiários, por causa das técnicas iniciais de
sa

- O juiz deve e é obrigado a acolher um deles/adstrito a


ordem de preferência inicial do autor. postulação que permite a escolha do autor.
Portanto temos várias opções de ações de procedência. - Portanto não importa a ordem;
ra

-
- Portanto e o primeiro não corresponder as regras, passará - Exclui os outros pedidos se um deles for atendido;
para o próximo.
ra

- Se o autor tiver preferencia pelo acolhimento do principal, o


mesmo deve estabelecer de maneira clara.
y

Art. 326°;CPC= Parágrafo


an

único. É lícito formular mais de


um pedido, alternativamente,
para que o juiz acolha um
ne

Art. 326°;CPC=
É lícito formular mais de um deles.
pedido em ordem subsidiária, a
58

fim de que o juiz conheça do


posterior, quando não acolher
@

o anterior.

Cumulação de pedidos: Marcus Vinícius Rios


gm

Gonçalves.
- O art. 327, do CPC, autoriza a cumulação de pedidos,
b) Alternativa: Consiste na formulação, pelo autor, de mais de
ai

em um único processo. É a chamada


uma pretensão, para que uma ou outra seja acolhida, sem cumulação objetiva, que se distingue da subjetiva, em
expressar, com isso, qualquer preferência.
l.c

que há mais de um autor ou de um réu


- É cumulação imprópria, pois somente um dos pedidos (litisconsórcio).
formulados poderá ser atendido. Está prevista no parágrafo - Há controvérsias entre doutrinadores quanto a
o

único do art. 326°;do CPC. cumulação objetiva, pois para alguns se trata de uma
- Diferencia-se da cumulação eventual, porque nesta o autor
m

cumulação de ações em um mesmo processo, e há


demonstra preferência por um dos pedidos, o que não outros que dizem que se trata de vários pedidos e
acontece na cumulação alternativa. pretensões em uma mesma ação e processo.
- Não se pode confundir o pedido alternativo do Art.325°, que - Para Nelson e Rosa Nery, tanto a cumulação objetiva
é pedido único, fundado em obrigação alternativa, em que o quanto a subjetiva implicam cumulação de ações em
devedor pode cumprir a prestação de mais de um modo. um único processo.
- Na cumulação alternativa, há no mínimo dois pedidos
autônomos, formulados para que se acolha apenas um deles.

Página 39 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
c) Cumulação alternativa:É aquela em que o autor
Continuação formula mais de um pedido, mas pede ao juiz o
- Para Cássio Scarpinella, há um entendimento diferente, pois acolhimento de apenas um, sem manifestar
para ele havendo cumulação de pedidos, haverá um só preferência por este ou aquele.
- O acolhimento de um dos pedidos exclui o dos
processo e apenas uma ação: “Também não há mais de uma
demais: é uma coisa ou outra, e não uma coisa e
‘ação’ neste caso. O que há é uma só ação — um só
outra, como na cumulação própria.
rompimento da inércia da jurisdição pelo autor —, embora - Cumprirá ao juiz verificar, em caso de procedência,
ele o faça cumulando, como a lei lhe permite, mais de um qual dos pedidos deve ser acolhido.
pedido de tutela jurisdicional” - Mas haverá ainda cumulação alternativa quando
- Essas divergência tem caráter mais terminológico, pois na determinado litígio puder ser solucionado por mais
esfera prática, há cumulação de pedidos, e não há de um modo.
divergência de que se trata um único processo.
- Dentro da cumulação de pedidos encontramos espécies, que d) Cumulação eventual ou subsidiária:Assemelha-se à
sa

é diferenciada pela doutrina e pela lei.: alternativa porque o autor formula mais de um
A doutrina costuma fazer a distinção entre a cumulação em pedido, com a pretensão de que só um deles seja
ra

que o autor pretende do juiz que acolha todos os acolhido, mas distingue-se dela porque o autor
pedidos(CUMULAÇÃO SIMPLES E SUCESSIVA); e em que, manifesta a sua preferência por um, podendo-se
conquanto o autor formule várias pretensões, pretende
ra

dizer que há o pedido principal e o subsidiário, que


que acolha apenas Uma( CUMULAÇÃO SUBSIDIÁRIA E só deverá ser examinado se o primeiro não puder
ALTERNATIA). ser acolhido. Se o juiz acolher o principal, o autor
y

não poderá recorrer; mas se acolher o subsidiário,


an

a) Cumulação simples:É aquela em que o autor formula vários sim, pois terá sucumbindo, uma vez que a
pedidos, postulando que todos sejam acolhidos pelo juiz. pretensão preferencial não foi acolhida.
É dessa espécie que trata o art. 327°, caput, do CPC,
ne

quando prevê a possibilidade de cumulação de vários pedidos


no mesmo processo.
- O que distingue do pedido sucessivo, é que os pedidos
58

formulados não depende uns aos outros, isto é não causa


Art. 326°;CPC= É lícito formular mais
prejudicialidades aos demais pedidos.
de um pedido em ordem subsidiária, a
@

- O caput do art. 327 dispõe que não há necessidade de que


fim de que o juiz conheça do posterior,
os pedidos sejam conexos. quando não acolher o anterior.
Conquanto desnecessária a conexão, é preciso que os
gm

Parágrafo único. É lícito formular mais


pedidos sejam compatíveis entre si, que o juízo seja de um pedido, alternativamente, para
competente para conhecê-los todos e que o procedimento
que o juiz acolha um deles.
para todos seja o mesmo, ou, quando não, que todos
ai

possam processar-se pelo


comum (CPC, art. 327, §§ 1º e 2º).
l.c

Cumulação de pedidos( subsidiário e


b) Cumulação sucessiva:É aquela em que o autor formula dois alternativo): Nelson Nery Jr.
ou mais pedidos em relação ao mesmo réu, buscando êxito
o

- Pedido sucessivo/cúmulo subsidiário de pedidos:O


em todos.
m

- No entanto, o acolhimento de uns depende do acolhimento


autor pode deduzir dois ou mais pedidos em
de outros, já que as pretensões guardam entre si relação ordem sucessiva. Pedido sucessivo é a pretensão
de prejudicialidade. É o que ocorre, por exemplo, nas ações subsidiária deduzida pelo autor, no sentido de que,
de investigação de paternidade cumulada com alimentos, em não podendo o juiz acolher o pedido principal,
que a segunda depende da primeira. Na cumulação passa a examinar o sucessivo. Por exemplo,
sucessiva, há conexão entre os pedidos, o que é dispensado pedido de nulidade ou anulação de casamento
na simples. (principal) e subsidiário de separação judicial
(sucessivo).

Página 40 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
- Vão nessa linha os§§ 1 º e 2º do art. 45° do CPC, que
Continuação regulam a cumulação de pedidos perante o juízo
- O pedido sucessivo só é examinado pelo juiz se não puder federal. que é incompetente para um deles: "§ 1 º Os
ser deferido, no mérito, o pedido principal. A doutrina autos não serão remetidos se houver :Pedido cuja
também denomina esta espécie de pedido cúmulo subsidiário apreciação seja de competência do juízo perante o
qual foi proposta a ação.§ 2º Na hipótese do § 1', o
de pedidos (p. ex., José Rogério Cruz e Tucci – RT 786/57). juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão
- Cumulação de pedidos alternativos: Esta situação não se da incompetência para apreciar qualquer deles, não
confunde com a do pedido alternativo, puro e simples, no examinará o mérito daquele em que exista interesse
qual o pedido é formulado de maneira que possa ser da União, de suas entidades autárquicas ou de suas
cumprido por mais de um modo, como bem o define o CPC empresas públicas".
325°. Na cumulação de pedidos alternativos, o juiz é quem - Se tratando de competência relativa, o
escolhe qual dos pedidos deve acolher, dadas duas opções desmembramento da petição inicial dependerá da
pelo autor, que não precisam guardar congruência entre si alegação do réu, em momento oportuno.
sa

(CPC 327° § 3.º). - No entanto, se entre os pedidos houver conexão, é


possível a cumulação, mesmo que o juízo
ra

Requisitos para a cumulação: Fredie Didier. seja relativamente incompetente para processar e
- A cumulação de pedidos deve preencher alguns requisitos, julgar um deles, em razão do efeito modificativo da
sob pena de não ser admitida. competência que decorre da conexão (arts.
ra

- Como já salientado o pedido e a cumulação de pedidos não 55,§ 1º, CPC).


poderá ser indeferida a petição inicial de imediato sem que
y

ao autor corrija o vício. c) Compatibilidade de procedimento: Art.327°;§1°; III;CPC;


an

- Exige-se ainda, para a admissibilidade da cumulação,


a) Compatibilidade dos pedidos: Art.327°;§1°;I e §3°;CPC. uma compatibilidade procedimental entre os pedidos
- É requisito da cumulação de pedidos a conexão ou formulados. Todos devem poder tramitar pelo mesmo
ne

compatibilidade . Sendo a incompatibilidade entre os pedidos procedimento (art. 327°, § 1º, l l, CPC).
causa de indeferimento da petição inicial por inépcia - Se os pedidos corresponderem a procedimentos
diversos, ainda assim a cumulação será possível, se
58

- Se for possível a incompatibilidade dos pedidos apenas na


permissão em que o Art.327°;§3°, dos quais se referem a puderem ser processados pelo procedimento
cumulação subsidiária e alternativa, pois se espera o comum. Neste caso, o legislador, corretamente,
@

acolhimento de apenas um deles. determina que se adapte o procedimento comum, de


modo a inserir técnica processual diferenciada
b) Competência: Art.327°;§1°;II; CPC. prevista em procedimento especial (codificado ou
gm

- Somente é possível a cumulação se o juízo tiver competência não )que com o procedimento comum não seja
absoluta para conhecer de todos os pedidos formulados (art. incompatível (art. 327°, § 2º, CPC).
327°, §1°, 11, CPC). "Caso tenha competência para um e não
ai

tenha para o outro, não poderá haver cumulação". Cumulação de pedidos: Nelson Nery Jr.
- Não deve o magistrado indeferir totalmente a petição inicial, - Art.327°;CPC=
l.c

se ocorrer cumulação de pedido que fuja da sua 1- Cumulação de pedidos: a norma permite a cumulação
competência; deve admitir o processamento do pedido que de pedidos em um mesmo processo. A qual se
lhe é pertinente, rejeitando o prosseguimento daquele subdivide em cumulação objetiva(pedidos) e cumulação
o

estranho à sua parcela de jurisdição. subjetiva( partes). O artigo em analise trata- se


m

cumulação objetiva.
2- Cumulação inicial e superveniente:
Cumulação inicial e superveniente. Caso o autor
Súmula 170/STJ = Compete ao juízo onde cumule pedidos na peça vestibular, há cumulação
inicial. Se, no curso do procedimento, uma das partes
primeiro for intentada a ação envolvendo
acumulação de pedidos, trabalhista e estatutário, ajuíza outra ação no mesmo processo, há cumulação
superveniente.
decidi-la nos limites da sua jurisdição, sem
prejuízo do ajuizamento de nova causa, com o
pedido remanescente, no juízo próprio.

Página 41 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
Continuação
 Requisitos da cumulação:
- A lei autoriza a cumulação de pedidos, desde que sejam
cumpridos os requisitos que enumera. Não é preciso que
entre eles haja conexão (CPC 55), para que seja possível
a cumulação.

a) Compatibilidade: Para a admissibilidade da cumulação de pedidos


é necessário que eles sejam compatíveis entre si, quando a
cumulação é pretendida pela parte que já fez pedido naquele
processo ou que deseja fazê-los na mesma oportunidade. Por
exemplo: a) os pedidos que o autor pretende cumular na
mesma petição inicial devem ser compatíveis entre si; b) a
sa

reconvenção não necessita ser compatível com o pedido do


autor, já que o réu está ajuizando demanda contrária;
ra

Art.327°; §1°; I; CPC.

b) Competência: O juízo da causa tem de ser competente


ra

materialmente para processar e julgar todos os pedidos que


se pretende cumular. Caso tenha competência para um e não
y

tenha para outro, não poderá haver a cumulação. No foro da


an

Capital de São Paulo, por exemplo, não se pode cumular ação


de usucapião com de indenização, porque o juízo competente
para a de usucapião é o de registros públicos, ao passo que o
ne

competente para a ação de indenização é o cível.

c) Procedimentos: Os procedimentos previstos para todas as


58

ações que se pretende cumular devem ser compatíveis entre


si. É possível ao autor, entretanto, utilizar-se da faculdade
@

prevista no CPC 327°; § 2.º V. coment. CPC 327° § 2.º, abaixo.

- § 2.º:. Opção de rito: Quando houver previsão de ritos


gm

diferentes para as ações que se pretende cumular, será


admissível a cumulação desde que o autor opte por imprimir o
rito comum a todos eles, renunciando à especialidade de um
ai

dos pedidos. Todavia, fica expressamente autorizado pelo CPC


o uso de técnicas processuais diferenciadas que façam parte
l.c

do próprio procedimento especial, desde que não sejam


incompatíveis com o procedimento comum.
o

PROCEIDMENTO COMUM X PROCEDIMENTO ESPECIAL


m

- § 3.º: Compatibilidade na cumulação: Por razões lógicas, não


se pode exigir a compatibilidade de pedidos no caso de
cumulação de pedidos subsidiários e alternativos do CPC 326°,
pois a escolha ficará a critério do juiz e, justamente em razão
do fato de serem distintos e serem escolhidos conforme o
que o juiz entender mais adequado, não necessariamente
precisam guardar compatibilidade entre si.

Página 42 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
Art./Súmulas
Observações
Continuação
Títulos
Aula 05- Valor da causa e Provas. Atenção
Subtítulos

Aula 14
Valor da causa: Marcus Vinícius Rios Gonçalves. Qual deve ser o valor da causa?
- O valor da causa faz parte de um dos requisitos da petição - Deve corresponder ao conteúdo econômico do que
inicial, como é exposto no Art.319°; VI: CPC.
sa

está sendo postulado, e não daquilo que é


- O valor da causa possui suas especificações nos Arts. efetivamente devido.
291°;292° e 293°;CPC. - Com frequência, o réu o impugna sob o argumento
ra

de que o valor pretendido é


excessivo e que o autor não faz jus a tal
ra

montante.
Art. 291°;CPC= - Mas o que cabe ao juiz avaliar, se houver
impugnação na contestação, é o conteúdo
y

A toda causa será atribuído valor certo,


ainda que não tenha conteúdo econômico da pretensão formulada, sem qualquer
an

econômico imediatamente aferível. juízo de valor a respeito de ela ser ou não devida.
- Entretanto o que se não pode perder é o principio
ne

da boa-fé e da razoabilidade, pois a casos em que


o autor pede valor de montante excessivo.
58

Art. 292°;CPC= PROVEITO ECONÔMICO X VALOR DA CAUSA


O valor da causa constará da petição
inicial ou da reconvenção e será:
@

Valor da causa: Nelson Nery Jr.


- Valor da causa. A atribuição do valor da causa é
gm

obrigatória, configurando-se como requisito


essencial da petição inicial (CPC 291° e CPC 319° V).
Qual a relevância do valor da causa para o processo: Sua falta enseja determinação de emenda da inicial
ai

(CPC 321°), sob pena de indeferimento. Ainda que a


- O valor da causa é um parâmetro que você espera obter e causa não tenha valor patrimonial aferível, deverá
l.c

alcançar. ser indicado valor ainda que para outros efeitos.


- De acordo com o Art.945°, o juiz analisará de maneira
proporcional, para evitar o enriquecimento ilícito.
o m

 Motivos de dar valor a causa:


a) a competência, pois o valor da causa é critério para fixação
do juízo;
b) o procedimento: pois influi, por exemplo, sobre o âmbito de
atuação do juizado especial cível;
c) no cálculo das custas e do preparo, que podem ter por base
o valor da causa; È tributário; taxas judiciais; custas judiciais.
d) nos recursos em execução fiscal, conforme a Lei n.
6.830/80;
e) na possibilidade de o inventário ser substituído por
arrolamento sumário (CPC, art. 664, caput).

Página 43 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
Continuação

§ 2º A concessão de gratuidade não


afasta a responsabilidade do
Art. 321.°;CPC = O juiz, ao verificar que a beneficiário pelas despesas
petição inicial não preenche os requisitos processuais e pelos honorários
dos arts. 319° e 320° ou que apresenta advocatícios decorrentes de sua
defeitos e irregularidades capazes de sucumbência.
dificultar o julgamento de mérito,
determinará que o autor, no prazo de 15
(quinze) dias, a emende ou a complete,
sa

indicando com precisão o que deve ser - Apesar de os termos, justiça gratuita e assistência
corrigido ou completado. jurídica serem utilizados como se ambos fossem
Parágrafo único. Se o autor não cumprir iguais, contudo não ó são. a Justiça gratuita está
ra

a diligência, o juiz indeferirá a petição prevista nos arts.98° e 99° do CPC, refere-se à
inicial. isenção do recolhimento de custas e despesas
ra

processuais, com isso permite-se saber o objetivo


do instituto, no caso: a Justiça gratuita.
y

- Por outo lado, existe s Assistência jurídica, muito


an

embora não mencionada no Novo Código, não nos


GRATUIDADE DA JUSTIÇA x ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA permite dizer que a mesma não tem igual
importância, apenas institutos distintos. A
ne

Gratuidade da justiça e assistência judiciária: Assistência jurídica, numa definição bem simples é: o
- Encontra- se estipulado nos Arts. 98° e seguintes do novo instituto que permite a facilidade de as pessoas
CPC. pobres financeiramente conquistar o seu direito,
58

livre e sem burocracia, de ter seu direito de


peticionar perante juízo de maneira judicial e
@

correta, com o fornecimento de advogado pelo


Estado.
Art. 98°;CPC=
gm

A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou


estrangeira, com insuficiência de recursos
para pagar as custas, as despesas
ai

processuais e os honorários advocatícios


tem direito à gratuidade da justiça, na Art.5°; LXXIV;CF=
forma da lei. o Estado prestará assistência jurídica
l.c

integral e gratuita aos que


comprovarem insuficiência de recursos;
o m

- Assim, conforme redação dada pelo art. 98, § 1º, inciso VI,
do CPC, é correto afirmar que o beneficiário da gratuidade - A assistência jurídica é um instituto de
da justiça está dispensado do pagamento de honorários? organização do Estado, que tem por objetivo
Isto é, se sucumbir na demanda não precisará pagar ao principal a indicação de advogado ao indivíduo que
advogado da outra parte? ERRADO, COMO ESTABELECE O pretende buscar a tutela jurisdicional perante o
§2°;DO Art.98°;CPC. Poder Judiciário e não tem condições financeiras
de contratar um advogado particular. Contudo,
trata-se de instituto de direito administrativo.
(BASTOS, 1988)

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Art./Súmulas
Observações
Continuação Títulos
Aula 05- Teoria geral da prova. Atenção
Subtítulos

Aula 05
Conceito de prova: Daniel Amorim - Quanto ao sujeito: Pessoal e real.
- O conceito e estudo das provas, dentro do mundo da a) Prova pessoal: é uma consciente declaração feita por
uma pessoa, por exemplo em um depoimento pessoal e
sa

doutrina não se trata de definição de tema pacífico, tanto


dentro do mundo jurídico bem, como fora dele. o depoimento de um perito, médico legista etc.
- o termo prova é considerado como "plurissignificante". b) Prova real: é aquela que tem relação e por meio de
ra

objetos e coisas , que representam fatos, sem haver o


depoimento e declaração de uma pessoa. Por exemplo
ra

uma prova pericial que é objetiva e tem requisitos para


que sejam cumpridas e colocadas como provas.
y

PROVA – veio do Latim probare, “testar, - Quanto ao objeto: testemunhal; material e documental.
an

demonstrar que algo tem valor”, de probus, a) Prova Testemunhal: A prova testemunhal é toda prova
“correto, de valor, virtuoso”, que por sua vez produzida sob a forma oral, devendo ser entendida de
deriva do Indo-Europeu pro-bhwo-, “estar à forma lato sensu, ou seja, além da prova testemunhal
ne

frente de”, de pro-, “estar à frente de, em propriamente dita, também incluem-se nesse critério o
direção a”, mais bhu-, “ser, estar”. depoimento pessoal, o interrogatório e o depoimento do
58

perito em audiência de instrução.


- Toda prova testemunhal será pessoal-sujeito
a) Pode significar atos produzidos tendentes a conduzir o - Prova pessoal-oral.
@

convencimento consciente do juiz , para uma decisão e b) Prova material: tudo o que não for prova testemunhal
resolução de mérito. ou documental será documentada, baseada na fé
gm

b) Pode significar o meio, pelo qual se prova: prova pública, como a pericia e a inspeção judicial.
testemunhal; material e documental. c) Prova documental: é toda afirmação de um fato escrita
c) Pode significar o próprio convencimento do juíz, quando ele ou gravada.
declara o fato provado nos autos. - Quanto a preparação: da causa/ causal e pré-
ai

constituída:
MEIOS E ELEMENTOS PARA O CONVENCIMENTO DOJUIZ= a) Da causa/ causal: Por prova causal entende-se aquela
l.c

FORMAÇÃO DA CONVICÇÃO DO JUÍZ SOBRE OS FATOS= produzida dentro do próprio processo, como
PROPRIA CONVIÇÃO DOS FATOS ALEGADOS EM JUÍZO= ocorre com o depoimento pessoal e a perícia.
o

COMUNHÃO DE PROVAS PARA VERIFICAÇÃO= b) Pré-constituída: é aquela formada fora do processo,


MEIOS E ELEMENTOS QUE BUSCAM CHEGAR À VERDADE geralmente antes mesmo da instauração da demanda,
m

RELATIVA. como ocorre com a prova documental.


 Espécies de provas:
- Fatos (diretas e indiretas).
a) Diretas: é a prova que tenta e se obstina a comprovar Art. 319°;CPC=
justamente a alegação de fato como "verdadeiro". A petição inicial indicará:
b) Indiretas: são considerados fatos secundários, que fazem a VI - as provas com que o autor
presunção do fato principal como verdadeiro. pretende demonstrar a verdade
dos fatos alegados;

Página 45 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
Continuação
Às vezes, as conjeturas
 A verdade possível e a verossimilhança: ocupam os vazios do
- A verdade nos dias atuais é entendido como algo utópico e conhecimento de maneira
ideal, quase que algo inalcançável em sua integralidade, e definitiva, como, por exemplo,
trazer esse ideal para o estudo do processo é uma tarefa no que se refere à “coisa em
difícil. si”, ou à “realidade em si” (e é
- Para Miguel Reale se trata de algo inatingível e imprestável, o campo da metafísica);
chegando a formular em seu livro VERDADE E CONJETURA, Miguel Reale -Verdade e
onde esclarece a existência apenas da "QUASE VERDADE" Conjetura

VERDADE x VERDADE MATERIAL


FORMAL
sa

devido à confusão perversa entre


- Portanto podemos compreender a impossibilidade de entrar a suposição gratuita e sem base e
ra

a verdade absoluta dentro do processo, principalmente se a suposição fundada em um


considerarmos os sujeitos envolvidos no processo, que conjunto de elementos que a
legitimam como sendo, em dadas
ra

contribuem para o melhor esclarecimentos dos fatos,


entretanto a reconstituição dos fatos, para estarem no circunstâncias, a forma de verdade
processo e dificultoso, já que normalmente não ocorre de possível.
y

forma exata, e chega ao juiz menos do que realmente Miguel Reale -Verdade e Conjetura
an

ocorreu, assim o juiz só poderá confiar aquilo que chegou


até ele.
- Portanto a constatação da verdade e a busca por ela, é o - Conjetura. Opinião fundamentada em aparências,
ne

primeiro obstáculo material, e utópico, para que se chegue à em possibilidades.


verdade absoluta no processo civil. - Há doutrinadores que discutem ainda a diferença
58

- Entretanto essa verdade não deve ser causa de desestimulo entre verdade e verossimilhança, onde bastava
e abandono da resolução e satisfação do mérito pelo juiz. apenas o segundo que como sendo a verdade
possível e mais perto de chegar da verdade,
@

sendo portanto a aparência da verdade(visão


genérica e abstrata).
Se a verdade, numa síntese talvez
gm

insuficiente, não é senão a


expressão rigorosa do real, ou, por
outras palavras, algo de logicamente PORTANTO PODEMOS CONCLUIR QUE O QUE
ai

redutível a uma correlação SE PROCURA DENTRO DE UM PROCESSO É


precisa entre “pensamento e A "VERDADE POSSÍVEL-ALCANÇÁVEL",
l.c

realidade”.. ONDE DEVE SER ANALISADO OS LIMITES


Miguel Reale -Verdade e Conjetura MATERIAIS EXISTENTES QUE IMPOSSIBILITA
A BUSCA DA VERDADE ABSOLUTA E
o

CONCRETA E COM A CONSCIÊNCIA DE QUE


m

teoria das ficções conscientes e A BUSCA DA VERDADE NÃO É UM FIM EM


úteis, em função dos esquemas ideais SÍ MEMSMA, MAS FUNCIONANDO APENAS
com que o homem encapsula o real e COMO UM DOS FATORES NA BUSCA DE
o ordena segundo seus próprios fins UMA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL JUSTA E
vitais, constituindo, ao mesmo tempo, EFETIVA, COMO BASE DO QUE SE TEM.
uma lógica normativa e operacional.
Miguel Reale -Verdade e Conjetura

Página 46 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
 Objeto das provas:
Continuação - Dentro da doutrina há divergência quanto ao que
se entende e compreende como objeto das
 "Verdade formal" e "verdade real": provas, parte entende como fatos e outra
- Entendemos até aqui a impossibilidade de encontrar uma corrente entende como alegação dos fatos.
verdade absoluta tanto no processo civil, como em outras - Para a Professora Geraldina o objeto das provas
ciências. não passam de "FATOS CONTROVERTIDOS DO
- A verdade absoluta/real é impossível ;inalcançável;inatingível PROCESSO".
tanto dentro do direito civil bem como no direito penal - Portanto o que são? Aquilo que houver
(criminal).Entretanto esse entendimento não pode ser absoluto controvérsia.
ao ponto de não se buscar a verdade, para o esclarecimento
dos fatos e pra a construção de uma prestação jurisdicional
justa e efetiva.
sa

- Grande parte da doutrina divide a verdade em formal e real, Art. 370°;CPC=


entretanto essa separação de conceitos não é recebida pela Caberá ao juiz, de ofício ou a
doutrina de maneira unânime, como é o caso do doutrinador
ra

requerimento da parte, determinar as


Daniel Amorim. Ondem afirmar que não deva existir uma provas necessárias ao julgamento do
verdade formal e verdade material(as quais estariam
ra

mérito.
caducas), mas a consideração de uma única verdade Parágrafo único. O juiz indeferirá, em
alcançável e possível. decisão fundamentada, as diligências
y

- Portanto a verdade foral, seria aquela produzida e formada inúteis ou meramente protelatórias.
an

no processo.
- Já a verdade material seria aquela verdade "real".
ne

 Direito à prova no processo civil:


- Há defensores que defendam que o direito a prova é direito Art. 374°;CPC=
58

constitucional mesmo que não expresso exatamente com essa Não dependem de prova os fatos:
palavras, dentro dos dispositivos que garantem o direito ao III - admitidos no processo como
processo legal e ao contraditório, já que as provas são incontroversos;
@

instrumentos para a garantia desses direitos.


- Assim como em outros direitos constitucionais e
infraconstitucionais em caso de limitações e exclusão das
gm

provas podem causar resultados maléficos para o


prosseguimento do processo. Lembrando que os direitos não - Fatos são fatos, o que difere de alegação dos
são absolutos, assim como o direito de provas. fatos.
ai

 Exclusão do objeto de prova (art. 374° do Novo


CPC):
l.c

- Nem toda questão de fato, são considerados como


provas, como é o caso do exposto noArt.374°;I; II;
III; IV:
o

Por mais importante é necessário que seja


m

a obtenção da verdade, ela não pode ser


absoluta nem o único objetivo do processo. Art. 374°;CPC=
Por mais que a busca da verdade seja o que Não dependem de prova os fatos:
legitima à atividade jurisdicional, ela não deve I - notórios;
ser considerada um fim em si mesma. II - afirmados por uma parte e
confessados pela parte contrária;
III - admitidos no processo como
- Assim, a verdade deve ser entendida como um dos escopos, incontroversos;
e uma das engrenagem do processo que deve conviver com IV - em cujo favor milita presunção
outros procedimentos. legal de existência ou de veracidade.

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FATO INDICIÁRIO x FATO PRESUMIDO
Continuação (PROVADO) (NÃO PROVADO)
- Assim como código de processo civil de 1873, nosso código
atual de 2015, as hipóteses de excludente do objeto de provas
de fatos impertinentes e irrelevantes, entretanto pode-se
extrair essas duas possibilidades do Art.370°, como A melhor doutrina afirma
considerando como fatos inúteis e meramente protelatórios. corretamente que a presunção não
se confunde com a
a) Notórios: são aqueles que não necessitam de conhecimento prova, sendo a primeira um ponto de
absoluto e geral, mais de determinadas pessoas, uma certa chegada (correspondente ao
coletividade, ou seja, uma notoriedade relativa. conhecimento
adquirido pelo juiz) e a segunda, um
- Fato cediço.
ponto de partida (algo que permite
- Todos sabem(todos não em absoluto)/alguns tenham ao juiz
sa

conhecimento. adquirir o conhecimento de algum


- Difere de máxima da experiência, que se trata dos fato).
conhecimentos privados do julgador.
ra

( Daniel Amorim Assunção)


b) Afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária:
Sendo a confissão considerada pelo próprio diploma processual
ra

um meio de prova, a par a polêmica a respeito de sua real - A presunção pode ser relativa (iuris tantum) ou
natureza jurídica - não é adequado - Absoluta (iuris et de iure),
afirmar que o fato confessado é excluído do objeto da prova
y

- Legal (praesumtiones legis)


porque na realidade ele já foi objeto da prova. ou judicial (praesumtiones hominis).
an

-
- Já provado por confissão não precisa ser provado por mais a) Presunção relativa:
nenhum meio de prova. - Admite prova em contrário.
- Mesmo o fato sido confessado, o julgador não poderá
ne

- Dessa realidade é correta a conclusão de que na


considerá-lo absoluto e pleno. hipótese de presunção relativa não há exclusão
c) Admitidos no processo como incontroversos: do objeto da prova, mas meramente uma
58

- Não havendo controvérsia, o juiz já considerará inversão do ônus probatório, cabendo à parte
verdadeira tal alegação, gerando a desnecessidade de produção que não alegou o fato convencer o juiz de sua
de prova. não existência ou ocorrência.(Daniel Amorim
@

- Consideradas como verdadeiras pelo juiz. Assunção).


- Os fatos não impugnados serão considerados controversos por - Art. 2°-A da Lei 8.560/1992, que adota o
gm

força da lei entendimento expresso na Súmula 301 do


- Assim entramos no que a doutrina chama de fatos Superior Tribunal de justiça, que determina a
controversos, pois as provas serão consideradas controversas presunção de paternidade na hipótese de o réu
mesmo que não tenha ocorrido uma real controvérsia
ai

se negar injustificadamente a realizar o exame


- Um exemplo é sobre a alegação do autor -revel(Art.345° e pericial de DNA.
341°). b) Presunção absoluta: costuma-se dizer que na
l.c

d) Em cujo favor milita presunção legal de existência ou de presunção absoluta não se admite prova em
veracidade. contrário, entretanto alguns doutrinadores
o

entendem ser uma presunção somente


parcialmente exata.
m

- Dessa forma, a afirmação de que não cabe a


produção de prova significa dizer que a
produção de prova nesse caso é inútil, e por isso
não é admitida.
Em direito, presunção são - Grande probabilidade do fato ter ocorrido.
consequências deduzidas de um fato c) Presunção legal: é aquela determinada pelo
conhecido, não destinado a funcionar legislador por meio da letra da lei, podendo ser
como prova, para chegar a um fato relativa bem como absoluta.
desconhecido.

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- O ônus da prova é portanto uma regra de
Continuação julgamento aplicando-se para as situações em que,
ao final da demanda, persistem fatos
controvertidos não devidamente comprovados
- Presunção judicial:é aquela mais perigosa pois essa é realizada durante a instrução probatória.
pelo juiz no caso concreto, com a utilização das máximas de - De maneira lógica e interpretativa entendemos que
experiência, permitindo- se a conclusão de ocorrência ou quando uma parte produz provas, a outra será
existência de um fato não provado em razão da prova do fato prejudicada.
indiciário, fundado naquilo que costuma logicamente ocorrer. - É regra que se aplica apenas no caso secundário de
inexistência ou insuficiência da prova, uma vez que,
 Ônus da prova: tendo sido a prova produzida, não interessando por
quem, o princípio não se aplicará.
ÔNUS SUBJETIVO X ÔNUS OBJETIVO - Momento secundário, utilizado como técnica de
julgamento, como uma verdadeira balança na
sa

- O ônus subjetivo é aquele, sob a perspectiva de quem é o comunhão das provas.


responsável pela produção de determinada prova. - Ocorre em um momento determinada( na decisão
ra

- O ônus objetivo cabe ao julgados analisar nos casos de de mérito).


inexistência e insuficiência, com base nos elementos
apresentados em decorrência do objetivo.
ra

- Quem não incumbe com o seu ônus, produz e tem


consequências negativas.
y

- Objeto das provas: desobscurecer os fatos controversos, que Art. 371°;CPC=


O juiz apreciará a prova constante
an

tem como destinatário o julgador.


- Devemos entender que não existe juiz encastelado em seu dos autos, independentemente do
gabinete de forma de inércia total, ele pode por exemplo pedir sujeito que a tiver promovido, e
ne

que se produza , quando verificar a insuficiência, cabe a ele a indicará na decisão as razões da
produção e construção de provas. Ou seja, ele usa a ausência formação de seu convencimento.
58

de provas para se produza os meios de produção de provas


se elas se esgotarem para as partes, ele pode requerer , de
acordo com a necessidade, em caso de insuficiência e estadas  Regras de distribuição do ônus da prova:
@

nas fases do processo. Entretanto não pode a qualquer - As regras de distribuição encontra-se no Art.
momento, para não tomar o lugar das partes. 373°; CPC que determina que o autor o ônus de
- Entretanto a indagação surge se essa ação trata-se de
gm

provar ,ou seja deve provar a matéria fática que


faculdade ou dever? Não se trataria de quebra do princípio da traz em sua petição inicial.
imparcialidade? - Já o réu cabe o ônus de provar os
atos/probatório à existência de fato impeditivo,
ai

modificativo ou extintivo do direito do autor.


No aspecto objetivo o ônus - Assim o réu poderá provar e contestar as provas
l.c

da prova afasta a possibilidade de o juiz e inverdades que alega o autor, caso não o faça
declarar o non liquet diante de dúvidas a entrará em uma situação de desvantagem,
respeito das alegações de fato em razão
o

- Nesse caso, entretanto, a situação prejudicial


da insuficiência ou inexistência de provas. não se dará em consequência da ausência de
m

Sendo obrigado a julgar e não estando produção de prova pelo réu, mas sim pela
convencido das alegações de fato, aplica produção de prova pelo autor.(Daniel Assunção
a Amorim).
regra do ônus da prova. - Fato impeditivo: é aquele de conteúdo negativo, em
( Daniel Amorim Assunção) que se demonstra a ausência de alguns elementos
necessários e válidos de um ato jurídico.
- Fato modificativo:é aquele que altera parte do ato
jurídico/relação jurídica.
- Fato instintivo: é aquele que faz cessar por
completo a relação jurídica por completo.

Página 49 de Gmail-sararayanne58@gmail.com
- Trata-se de um acordo entre as partes.
Continuação
b) Limitação legal: ocorre diante de legação
Art. 373°;CPC= O ônus da prova incumbe:
negativa indeterminável cuja prova é chamada
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
pela doutrina como prova diabólica.
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do autor. - Art.6°;VIII; Art.12°; §3°; Art.38°;CDC.= nesses
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa casos o doutrinador entende que não se trata de
relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o inversão ,mas de limitação legal, já que o julgador
encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da aplicará o disposto na regra/lei.
prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de
modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em c) Judicial: foi uma das mais afetadas pela reforma
que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus do NCPC.
que lhe foi atribuído. - Art.6°;CDC.
sa

§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar situação - Distribuição dinâmica do ônus da prova.
em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou
excessivamente difícil.
ra

§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer Art.373°;§ 1º =


por convenção das partes, salvo quando: Nos casos previstos em lei ou diante
ra

I - recair sobre direito indisponível da parte; de peculiaridades da causa


II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. relacionadas à impossibilidade ou à
y

§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou excessiva dificuldade de cumprir o
durante o processo.
an

encargo nos termos do


caput
- "Distribuição dinâmica do ônus da prova". ou à maior facilidade de obtenção da
ne

- O sistema brasileiro adotou a teoria mista, que é de forma prova do fato contrário, poderá o juiz
flexível da distribuição dinâmica do ônus da prova atribuir o ônus da prova de modo
- Iniciativa do juiz diverso, desde que o faça por decisão
58

- Desincunbência= Desobrigar alguém de (alguma coisa). fundamentada, caso em que deverá


- A nova sistemática de distribuição do ônus da prova serve dar à parte a oportunidade de se
@

para facilitar a produção da prova, e não para fixar a priori desincumbir do ônus que lhe foi
vencedores e vencidos. atribuído.
gm

Art. 357°;CPC= Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste


Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização - Provas ilícitas:
do processo: Para tradicional corrente doutrinária, prova ilegal
ai

III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373°; é toda prova produzida com
ofensa à norma legal, podendo ser dividida em:
l.c

 Inversão do ônus da prova: a) prova ilegítima, quando violar norma de direito


Existem três espécies de inversão do ônus da prova: processual, verificável no momento da
a) convencional; produção da prova no processo;
o

b) prova ilícita, quando violar norma de direito


m

substancial, verificável no momento da


§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova colheita da prova.
também pode ocorrer por convenção das partes,
salvo quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o
exercício do direito.
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser
celebrada antes ou durante o processo.

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Continuação
Art. 106°;CPC=
Quando postular em causa própria,
Em determinados incumbe ao advogado:
casos, entretanto, em respeito § 1º Se o advogado descumprir o disposto
ao princípio da economia no inciso I, o juiz ordenará que se supra a
processual, é possível aplicar omissão, no prazo de 5 (cinco) dias, antes
no processo prova já produzida de determinar a citação do réu, sob pena
em outro processo, em de indeferimento da petição.
fenômeno conhecido por
"prova emprestada''.
sa

(Daniel Amorim Assunção)


ra

Art. 485°;CPC=
- Economia processual. O juiz não resolverá o mérito
quando:
ra

- Produção de prova para o livre convencimento do juiz.


- Prova já existente. I - indeferir a petição inicial;
Busca da verdade possível.
y

-
- Aproveitarem as provas produzidas em outro processo.
an

- Doutrinadores entendem que essa provas precisam ser II- Inepta: (indeferimento da petição).
apresentadas pela mesma parte, sob pena de infração de - Art.330°;CPC.
violação do não contraditório.
ne

- Caso em concreto.
58

Art. 372°;CPC=
@

O juiz poderá admitir a utilização de Art. 330°=


prova produzida em outro A petição inicial será indeferida
processo, atribuindo-lhe o valor que quando:
gm

considerar adequado, observado o I - for inepta;


contraditório
ai

 Juízo de admissibilidade:
Inicial
l.c

-
- Incompatibilidades de pedidos . Art. 330°;IV;CPC.=
I- Emenda na inicial: Art.321°;CPC permita-se em caso de cumulação de pedidos-
alternativos. Exemplo da atividade de JJ-ilegitimidade
o

não pode demandar em nome próprio direito alheio.


m

Art. 321°;CPC=
O juiz, ao verificar que a petição inicial não III- Improcedência liminar do pedido:
preenche os requisitos dos arts. 319° e 320° ou - Mérito Art.487°;CPC
que apresenta defeitos e irregularidades capazes - Ab initio
de dificultar o julgamento de mérito, determinará - Art.332°;CPC.
que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a
emende ou a complete, indicando com precisão o
que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a
diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.

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