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OBRIGACIONAL E CONTRATUAL
UNIDADE I
LIVRO II LIVRO II
DOS BENS DO DIREITO DAS COISAS
LIVRO IV
DO DIREITO DAS SUCESSÕES
DISPOSIÇÕES FINAIS
Posição do Direito das Obrigações e do Direito
Contratual no Código Civil de 2022
PARTE GERAL PARTE ESPECIAL
Livro I – Das pessoas Livro I – Do Direito das Obrigações
Livro II – Do Direito de Empresa
Livro II – Dos bens Livro III – Do Direito das Coisas
Livro IV – Do Direito de Família
Livro III – Dos fatos Livro V – Do Direito das Sucessões
jurídicos Livro Complementar – Das
disposições finais e transitórias
Posição do Direito das Obrigações e
do Direito Contratual no Código Civil
“O Direito das Obrigações deve ser estudado logo após a parte geral, precedendo, pois,
ao Direito das Coisas, ao Direito de Família e ao Direito das Sucessões. Conhecidos os
princípios fundamentais do Direito Privado, de aplicação comum às partes especiais, e
sabidos os conceitos gerais, impõe-se, de imediato, o estudo do Direito das Obrigações.
A principal razão dessa prioridade é de ordem lógica. O estudo de vários institutos dos
outros departamentos do Direito das Obrigações, tanto mais quanto ele encerra, em
sua parte geral, preceitos que transcendem sua órbita e se aplicam a outras seções do
Direito Privado. Natural, pois, que sejam apreendidos primeiro que quaisquer outros”
(GOMES, Orlando. Obrigações. 12 ed. atual. por Humberto Theodoro Júnior. Rio de
Janeiro: Forense, 1998. p. 4).
Posição do
TÍTULO I – DAS MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES
Direito das TÍTULO II – DA TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
Obrigações e TÍTULO III – DO ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS
OBRIGAÇÕES
do Direito
TÍTULO IV – DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
Contratual no TÍTULO V – DOS CONTRATOS EM GERAL
Código Civil TÍTULO VI – DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATO
TÍTULO VII – DOS ATOS UNILATERAIS
TÍTULO VIII – DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
PARTE ESPECIAL TÍTULO IX – DA RESPONSABILIDADE CIVIL
LIVRO I TÍTULO X – DAS PREFERÊNCIAS E PRIVILÉGIOS CREDITÓRIOS
DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
CONCEITO DE
OBRIGAÇÃO
Distinções
(o.bri.ga.ção)
sf.
1. Ação ou resultado de obrigar; imposição; ENCARGO; DEVER: Tinha a obrigação de cuidar da
criança
O significado 2. Favor, benefício (mais usado no pl.): "E confessava as grandes obrigações que lhe devia"
(Latino Coelho)
3. Serviço, tarefa: Terminou logo sua obrigação
de obrigação 4. Jur. Escritura que obriga alguém a pagar dívida ou cumprir contrato
5. Econ. Título de dívida pública
6. Jur. M.q. debênture
na Língua 7. Bras. A família
8. Rel. Nos cultos afro-brasileiros cada um dos preceitos religiosos a serem cumpridos
Inst. 3, 13 pr.
Nunc transeamus ad obligationes. “Obrigação é um vínculo jurídico “A obrigação é o vínculo jurídico
obligatio est iuris vinculum, quo por meio do qual nós ficamos em razão do qual, de acordo com
necessitate adstringimur alicuius necessariamente adstritos a os nossos direitos pátrios,
solvendae rei, secundum nostrae prestar alguma coisa, segundo o compulsoriamente <(por
civitatis iura. direito da nossa cidade.” (Trad. necessidade jurídica)> nos
Eduardo C. Silveira Marchi, Dárcio sujeitamos a pagar alguma coisa.”
R. M. Rodrigues, Bernardo B. (MORAES, Bernardo Bissoto
Queiroz de Moraes e Hélcio M. F. Queiroz de. Institutas de
Madeira. In: MARCKY, Thomas. Justiniano: primeiros
Curso elementar de direito fundamentos de direito romano
romano. 9. ed. São Paulo: YK, justinianeu. São Paulo: YK, 2021.
2019. p. 141). p. 229).
Código Civil
português
Direitos da
A própria pessoa
personalidade
Os direitos
exercem-se sobre
Direitos reais
Um bem jurídico
Direitos
fora da pessoa (de
patrimoniais
valor econômico)
Direitos
obrigacionais
AZEVEDO, Álvaro Villaça. Curso de direito civil: teoria geral das obrigações e responsabilidade civil. 13. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. v. 2, p. 22.
Direitos obrigacionais e direitos reais:
distinções
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONDOMÍNIO. AÇÃO DE PROCEDIMENTO COMUM AJUIZADA POR
LOCATÁRIO. PRETENSÃO VINCULADA À RELAÇÃO JURÍDICA ENTRE O PROPRIETÁRIO LOCADOR E O ESTABELECIMENTO
COMERCIAL. ILEGITIMIDADE ATIVA RECONHECIDA NA ORIGEM. [...] RECURSO DESPROVIDO. 1. Nos termos do art. 18 do
CPC/2015, correspondente ao art. 6º do CPC/1973, “ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo
quando autorizado pelo ordenamento jurídico”. Não existe norma que confira ao locatário legitimidade para atuar em
Juízo na defesa dos interesses do condômino locador. 2. O vínculo obrigacional estabelecido no contrato de locação dá-
se entre o inquilino e o locador. 3. A convenção realizada entre os particulares transfere a posse direta do imóvel e,
eventualmente, o dever de arcar com obrigações propter rem, de titularidade do proprietário, mas não sub-roga o
inquilino em todos os direitos do condômino perante o condomínio. 4. No caso específico dos autos, a pretensão
autoral está embasada em ocorrências inerentes à relação jurídica estabelecida entre o proprietário e o condomínio. 5.
O locatário não possui legitimidade para ajuizar ação contra o condomínio, no intuito de questionar o descumprimento
de regra estatutária, a ausência de prestação de contas e a administração de estabelecimento comercial, cujo
reconhecimento resultaria na necessidade de adequações de cota condominial e recomposição de prejuízos financeiros.
[...] (STJ, REsp 1.630.199/RS, rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, Quarta Turma, j. 5/8/2021, DJe 10/8/2021).
OBRIGAÇÃO CIVIL
VS.
OBRIGAÇÃO NATURAL
Obrigação civil e
obrigação natural
RECURSO ESPECIAL. CIVIL. DÍVIDA DE JOGO. CASA DE BINGOS. FUNCIONAMENTO COM AMPARO EM
LIMINARES. PAGAMENTO MEDIANTE CHEQUE. DISTINÇÃO ENTRE JOGO PROIBIDO, LEGALMENTE
PERMITIDO E TOLERADO. EXIGIBILIDADE APENAS NO CASO DE JOGO LEGALMENTE PERMITIDO,
CONFORME PREVISTO NO ART. 815, § 2º DO CÓDIGO CIVIL. 1. Controvérsia acerca da exigibilidade de
vultosa dívida de jogo contraída em Casa de Bingo mediante a emissão de cheques por pessoa
diagnosticada com estado patológico de jogadora compulsiva. 2. Incidência do óbice da Súmula
284/STF no que tange à alegação de abstração da causa do título de crédito, tendo em vista a ausência
de indicação do dispositivo de lei federal violado ou objeto de divergência jurisprudencial. 3. "As
dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento" (art. 814, caput), sendo que "o preceito
contido neste artigo tem aplicação, ainda que se trate de jogo não proibido, só se excetuando os jogos
e apostas legalmente permitidos." (art. 814, § 2º, do Código Civil). 4. Distinção entre jogo proibido,
tolerado e legalmente permitido, somente sendo exigíveis as dívidas de jogo nessa última hipótese.
Doutrina sobre o tema. 5. Caráter precário da liminar que autorizou o funcionamento da casa de
bingos, não se equiparando aos jogos legalmente autorizados. 6. Inexigibilidade da obrigação, na
espécie, tratando-se de mera obrigação natural. 7. RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO. (STJ, REsp
1.406.487/SP, rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, Terceira Turma, j. 4/8/2015, DJe 13/8/2015).
Jogo e aposta
RECURSO ESPECIAL - DÍVIDAS DE JOGO - CONTRATO DE EMPRÉSTIMO FIRMADO ENTRE APOSTADOR E BANCA (JOCKEY
CLUB DE SÃO PAULO) - FORMAÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL - NULIDADE DA EXECUÇÃO - NÃO-OCORRÊNCIA
- APOSTAS EM CORRIDAS DE CAVALO - MODALIDADE DE JOGO LÍCITO, REGULADO POR LEIS ESPECÍFICAS -
INAPLICABILIDADE, NA ESPÉCIE, DAS DISPOSIÇÕES DO CÓDIGO CIVIL - APOSTAS EM CAVALOS REALIZADAS POR MEIO DE
CONTATO TELEFÔNICO ENTRE APOSTADOR E BANCA DE APOSTAS - NÃO VEDAÇÃO DE TAL CONDUTA PELOS DIPLOMAS
LEGAIS QUE REGULAM ESSA MODALIDADE DE JOGO - VALIDADE DA EXECUÇÃO - PREVALÊNCIA DO PRINCÍPIO DA
AUTONOMIA DA VONTADE - AFERIÇÃO, PELAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS, DA REGULARIDADE NO PROCEDIMENTO DAS
APOSTAS - REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO - INVIABILIDADE DESTA INSTÂNCIA RECURSAL - ÓBICE DO
ENUNCIADO N. 7 DA SÚMULA/STJ - RECURSO ESPECIAL IMPROVIDO. I - A aposta em corrida de cavalos é atividade
expressamente regulamentada pela Lei n. 7.291/84 e pelo Decreto n. 96.993/88, não incidindo, pois, as vedações contidas
no Código Civil a esse tipo de jogo; II - Embora os referidos diplomas legais prevejam a realização de apostas em dinheiro
e nas dependências do hipódromo, em nenhum momento eles proíbem a realização delas por telefone e mediante o
empréstimo de dinheiro da banca exploradora ao apostador; III - Entender pela abusividade de tal prática levaria ao
enriquecimento ilícito do apostador e feriria ao princípio da autonomia da vontade, que permeia as relações de Direito
Privado, onde, ao contrário do Direito Público, é possível fazer tudo aquilo que a lei não proíbe; IV - In casu, as instâncias
ordinárias manifestaram-se no sentido da regularidade do procedimento das apostas promovidas pelo recorrente, sendo
que o revolvimento de tais premissas implicaria o reexame do conjunto fático-probatório, o que é inviável na presente via
recursal, em face do óbice do Enunciado n. 7 da Súmula/STJ; V - Recurso especial improvido. (STJ, REsp 1.070.316/SP, rel.
Min. Nancy Andrighi, rel. p/ acórdão Min. Massami Uyeda, Terceira Turma, j. 9/3/2010, DJe 3/8/2010).
Jogo e aposta
RECURSO ESPECIAL. CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO MONITÓRIA. COBRANÇA. DÍVIDA DE JOGO. CASSINO NORTE-AMERICANO.
POSSIBILIDADE. ART. 9º DA LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO. EQUIVALÊNCIA. DIREITO NACIONAL E
ESTRANGEIRO. OFENSA À ORDEM PÚBLICA. INEXISTÊNCIA. ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. VEDAÇÃO. TRIBUNAL ESTADUAL.
ÓRGÃO INTERNO. INCOMPETÊNCIA. NORMAS ESTADUAIS. NÃO CONHECIMENTO. PRESCRIÇÃO. SÚMULA Nº 83/STJ.
CERCEAMENTO DE DEFESA. OCORRÊNCIA. 1. Na presente demanda está sendo cobrada obrigação constituída integralmente nos
Estados Unidos da América, mais especificamente no Estado de Nevada, razão pela qual deve ser aplicada, no que concerne ao
direito material, a lei estrangeira (art. 9º, caput, LINDB). 2. Ordem pública é um conceito mutável, atrelado à moral e a ordem
jurídica vigente em dado momento histórico. Não se trata de uma noção estanque, mas de um critério que deve ser revisto
conforme a evolução da sociedade. 3. Na hipótese, não há vedação para a cobrança de dívida de jogo, pois existe equivalência
entre a lei estrangeira e o direito brasileiro, já que ambos permitem determinados jogos de azar, supervisionados pelo Estado,
sendo quanto a esses, admitida a cobrança. 4. O Código Civil atual veda expressamente o enriquecimento sem causa. Assim, a
matéria relativa à ofensa da ordem pública deve ser revisitada sob as luzes dos princípios que regem as obrigações na ordem
contemporânea, isto é, a boa-fé e a vedação do enriquecimento sem causa. 5. Aquele que visita país estrangeiro, usufrui de sua
hospitalidade e contrai livremente obrigações lícitas, não pode retornar a seu país de origem buscando a impunidade civil. A lesão
à boa-fé de terceiro é patente, bem como o enriquecimento sem causa, motivos esses capazes de contrariar a ordem pública e os
bons costumes. 6. A vedação contida no artigo 50 da Lei de Contravenções Penais diz respeito à exploração de jogos não
legalizados, o que não é o caso dos autos, em que o jogo é permitido pela legislação estrangeira. [...]. 11. Recurso conhecido em
parte e, nessa parte, parcialmente provido. (STJ, REsp 1.628.974/SP, rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma, j.
13/6/2017, DJe 25/8/2017).
FONTES DAS
OBRIGAÇÕES
Fontes do Direito
• Lei
• Analogia
• Costumes
• Princípios gerais do direito
• Jurisprudência
• Doutrina
Fontes das obrigações
Fontes do
Direito Fontes das
obrigações
Fontes no
Direito
Romano
As classificações de Gaio
1ª) contrato e delito
Gai. 3, 88
Nunc transeamus ad Passemos agora às
obligationes, quarum obrigações, cuja suma
summa diuisio in duas divisão se reparte em
species diducitur: omnis duas categorias: pois
enim obligatio uel ex toda obrigação nasce ou
contractu nascitur uel ex de contrato ou de delito
delicto. (Trad. Dárcio R. M. Rodrigues).
As classificações de Gaio
2ª) contrato, delito e outras causas
Inst. 3, 13, 2
Sequens divisio in quattuor A divisão seguinte distribui <as obrigações> em
species deducitur: aut enim ex quatro espécies. De fato, <elas> são <oriundas> ou
contractu sunt aut quasi ex de um contrato ou de um quase-contrato ou de um
contractu aut ex maleficio aut delito ou de um quase-delito. De início, é necessário
quasi ex maleficio. prius est, ut expormos aquelas que são <oriundas> de um
de his quae ex contractu sunt contrato. Delas, há igualmente quatro espécies: de
dispiciamus. harum aeque fato, ou <as obrigações contratuais> são contraídas
quattuor species sunt : aut enim <pela entrega> de uma coisa ou <pelo emprego> de
re contrahuntur aut verbis aut palavras <solenes> ou <pelo emprego de fórmulas>
litteris aut consensu. de quibus escritas ou pelo consenso. Tratemos de cada uma
singulis dispiciamus. delas. (Trad. Bernardo Moraes).
Code Napoléon
a) contrato;
b) atos unilaterais;
c) delitos (atos ilícitos);
d) atos meramente lícitos.
OBRIGADO!
Fim da Unidade I