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JURÍDICO
Profª. Ms. IVNA OLIMPIO LAURIA
AGOSTO 2020.2
Parte Geral II
Direito é o conjunto das normas gerais e positivas que regulam a vida social.
(Radbruch, 1840)
Justiça é dar a cada um o que é seu por direito, e equidade é dar a cada um o
que é seu por direito na medida de sua necessidade.
Direito comum a todos os homens, que regula as relações de família
e relações patrimoniais.
Direito Civil
Civil foram apresentados, mas somente após a proclamação da
Republica, Clóvis Beviláqua encaminhou projeto em 1900, que só
seria aprovado em 1916, com longo parecer de Rui Barbosa, e entrou
em vigor em 1917.
Pessoas
Naturais Capacidade é a medida da
personalidade.
Identificação
da Pessoa Pelo domicilio, que é o lugar de sua atividade social.
Natural
O Agnome tem a função de diferenciar pessoas da mesma
família que possuem o mesmo prenome e sobrenome. São nomes
do tipo Filho, Neto, Sobrinho, ou ainda Segundo, Terceiro.
Personalidade
Personalidade jurídica – aptidão
Art. 1º do Código Civil – “Toda
genérica para adquirir direitos e
pessoa é capaz de direitos e
contrair obrigações. Toda pessoa é
deveres na ordem civil.”
dotada de personalidade.
Bens
Bens Públicos são bens de titularidade
do Estado, necessários ao desempenho
de funções públicas, submetidos a um
regime jurídico de direito público.
As Pessoas (Naturais ou Jurídicas) ao desenvolverem suas
atividades na sociedade podem com suas atitudes gerar
consequências jurídicas. Essas atitudes juridicamente
relevantes são denominados Fatos Jurídicos.
Os Fatos Jurídicos em sentido amplo podem ser divididos
em Fatos Jurídicos Naturais (fatos jurídicos em sentido
estrito) e Fatos Jurídicos Humanos (atos jurídicos em sentido
amplo).
Atos, Fatos Os Fatos Jurídicos Naturais subdividem-se em Ordinários e
Extraordinários.
e
Os Fatos Jurídicos Humanos, ou atos jurídicos em sentido
Negócios amplo, subdividem-se em lícitos e ilícitos. Os atos jurídicos
Jurídicos em sentido amplo lícitos ainda são divididos em atos
jurídicos em sentido estrito ou meramente lícitos e negócios
jurídicos, sendo que alguns autores ainda disciplinam uma
terceira categoria o ato-fato jurídico.
Relação Jurídica
Relação jurídica é o meio pelo qual o direito subjetivo se realiza.
Relação processual: juiz partes # Relação pública: Estado é parte # Relação
privada: entre particulares
Relação jurídica: é o vínculo jurídico entre pessoas, em virtude do qual uma das
partes terá um direito subjetivo e a outra um dever jurídico em relação a
determinado objeto.
Elementos essenciais para a sua formação, são eles: os sujeitos, o objeto e o
vínculo jurídico
Sujeitos => ativo: direito subjetivo: correspondem a aqueles que possuem direitos
oriundos da relação
=> Passivo: dever jurídico: são aqueles sobre os quais recai um dever
decorrente da obrigação assumida pela relação.
Objeto =>mediato: finalidade =>Imediato: coisa
Vínculo Jurídico: liame jurídico.
Portanto, inseparáveis são os conceitos de direito subjetivo, relação jurídica,
sujeitos e objeto.
Conceitos
FATO JURÍDICO EM SENTIDO AMPLO é todo acontecimento natural ou
humano apto a criar, modificar ou extinguir relações jurídicas, ou seja,
que deflagra efeitos jurídicos, que tenha relevância para o Direito.
Ex.: uma chuva no mar é um fato comum, não jurídico; mas uma chuva na
cidade que destrói casas e provoca grandes danos é um fato jurídico.
Um fato jurídico cria, modifica ou extingue direitos.
Se subdivide em:
Art. 737. O transportador está sujeito aos horários e itinerários previstos, sob pena de
responder por perdas e danos, salvo motivo de força maior.
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não
provar culpa da vítima ou força maior.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não
terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
ATOS JURÍDICOS => FATOS HUMANOS
Fatos Humanos ou atos jurídicos em sentido amplo - são ações humanas que
que criam, modificam, transferem ou extinguem direitos.
Embora a ação humana possa gerar atos lícitos e ilícitos, atos Jurídicos só podem ser
lícitos, ato ilícito nunca será jurídico, embora gere efeitos jurídicos.
Lícitos – são fatos humanos na qual a Lei defere os efeitos almejados pelo
agente (GONÇALVES, 2019). São aqueles praticados em conformidade com o
ordenamento jurídico, que produzem efeitos jurídicos voluntários, que são
desejados pelo agente.
Ilícitos – São fatos em desacordo com a ordem jurídica, que irá gerar efeitos
jurídicos involuntários que são impostos pela ordem jurídica. Não criam direitos,
mas sim deveres e obrigações. (Art. 186 e 927 CC)
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187 ), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Ato jurídico em sentido estrito ou
meramente licito – constitui um simples
manifestação da vontade.
Reconhecimento de filho, colheita de um
fruto, o uso da coisa.
O ato jurídico em sentido estrito, também chamado de ato não negocial, previsto
no art. 185, CC, traduz um simples comportamento humano, voluntário e
consciente, cujos efeitos estão predeterminados na lei (não existe liberdade
negocial, autonomia volitiva); os efeitos jurídicos são produzidos e deflagrados
pela própria lei, não há escolha.
O negócio jurídico, por sua vez, pedra de toque das relações econômicas
mundiais, é, na sua essência, de estrutura mais complexa do que o ato em
sentido estrito. Isso porque, no negócio temos uma declaração de vontade
emitida segundo o princípio da autonomia privada, pela qual o agente disciplina
efeitos jurídicos possíveis escolhidos segundo a sua própria liberdade negocial.
Ato Jurídico em sentido estrito
O Ato jurídico em sentido estrito tem por elemento nuclear do suporte fático
a declaração unilateral de vontade, cujos efeitos jurídicos são invariáveis, pois
estão prefixados pelas normas jurídicas, portanto, não cabe às pessoas
qualquer poder de escolha da categoria jurídica ou de estruturação do
conteúdo das relações jurídicas.
Os efeitos são mais da lei do que da vontade, já que a vontade seria simples
manifestação.
Exemplos:
1 - Registro de um filho – vontade do pai em registrar + efeitos da lei;
2 - Autorização da cirurgia de um filho –ação necessária efeito da lei;
Negócio Jurídico
Exemplos:
1 – contrato;
2 -Autorização da própria cirurgia –ação livre;
3 -testamento
O que diferencia o negócio jurídico do ato jurídico, é
que no ato jurídico a ação humana não será ato de
autonomia privada, pois esta se trata de auto
regulação de interesses privados, dentro dos limites da
lei.
Afinal, “o que não está proibido está permitido”.
Os efeitos do ato jurídico vêm mais da lei do que da
vontade.
Para ele, a lei seria causa eficiente dos negócios
jurídicos, a necessidade o motivo determinante e a
vontade o instrumento de exteriorização e de
realização da necessidade.
Existência, Validade e Eficácia do Negócio Jurídico Elemento Acidental
Escada Ponteana
Elemento essencial
Elemento estrutural
Escada Ponteana
Em geral consideram-se:
A- numero de declarantes
B- vantagens das partes
C- momento da produção de efeitos
D- modo de existência
E- formalidades a observar
F- numero de atos necessários
G- modificações que podem produzir
H- modo de obtenção do resultado
Unilaterais, Bilaterais, Plurilaterais
Gratuitos
Os negócios gratuitos são aqueles que apenas uma das partes irá conseguir retirar vantagens
ou benefícios, enquanto a outra ficará com o ônus da perda, como exemplo as doações.
Onerosos
São aqueles negócios que as duas partes auferem vantagens, contudo, as dependem de um
sacrifício ou contraprestação, como exemplo os contratos de compra e venda. Dentro dos
onerosos ainda há uma bipartição, em comutativos e aleatórios.
o Comutativos: Nos negócios jurídicos onerosos comutativos as prestações são certas e
determinadas, com isso, as partes podem prever as vantagens e sacrifícios em celebrar
aquele negócio. Não envolve riscos.
o Aleatórios: Ao contrário do anterior, os negócios jurídicos em caráter aleatório vêm repleto
de incertezas para ambas as partes, geralmente pela dependência de um fato futuro que é
imprevisível. O risco é a essência do negócio.
Neutros
São aqueles que não se enquadram nem como onerosos, nem como
gratuitos, embora sejam de cunho patrimonial. Como a vinculação de um
bem, tornando-o indisponível, pela clausula de inalienabilidade, ou
impede sua comunicação com o outro cônjuge pela clausula de
incomunicabilidade..
Bifrontes
Esses são aqueles contratos que podem ser onerosos ou gratuitos,
dependendo apenas da vontade das partes, como o mandato.
Inter vivos e mortis causa