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1. DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE
1.1 Personalidade jurídica: personalidade é qualidade do ser humano, sendo assim
todos que nascem com vida tornam-se pessoas, adquirindo personalidade. Logo, a
personalidade jurídica pode ser definida como aptidão genérica para adquirir direitos e
contrair obrigações ou deveres na ordem civil.
1.2 Capacidade jurídica: conforme o artigo 1º do novo código “toda pessoa é
capaz de direitos na ordem civil”, assim a capacidade pode sofrer limitação, notando
que a personalidade é um valor e a capacidade é a projeção desse valor, podendo ser
mais ou menos capaz, mas não mais ou menos pessoa. A capacidade jurídica é dividida
em capacidade de direito e capacidade de fato.
1.3 Capacidade de direito: Todas as pessoas que nascem com vida adquirem a
capacidade de direito, ou seja, a capacidade de direito é reconhecida a todo ser humano
sem distinção.
1.4 Capacidade de fato: é a aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil.
Nesse sentido, nem todos possuem essa espécie de capacidade, visto que falta a algumas
pessoas, por exemplo, a maioridade, saúde, desenvolvimento mental sendo necessário
que um assistente ou representante participe. Logo, as pessoas que possuem as duas
espécies de capacidade têm capacidade plena, mas aqueles que possuem somente a de
direito, tem capacidade limitada, sendo chamados de incapazes.
1.5 Distinção entre capacidade e legitimação: a legitimação difere da capacidade,
assim a legitimação é a capacidade para exercer determinados atos jurídicos, sendo uma
espécie de capacidade especial requerida em alguns casos.
2. DAS PESSOAS COMO SUJEITOS DA RELAÇÃO JURÍDICA
2.1 Os sujeitos da relação jurídica: relações jurídicas é toda relação da vida social
regulada pelo direito, dessa forma, o sujeito dessas relações é sempre o ser humano.
Além disso, observa-se que a ordem jurídica reconhece a pessoa natural e a pessoa
jurídica como espécies de pessoas.
OBS: os animais não são considerados sujeitos de direitos, ainda que mereçam proteção.
2.2 Conceito de pessoa natural: pessoa natural é o ser humano considerado como
sujeito de direitos e deveres.
2.3 Começo da personalidade natural
2.4 O nascimento com vida: o nascimento com vida marca o inicio da
personalidade. Nesse sentido, ocorre o nascimento quando o bebê é separado do ventre
da mãe e para verificar que nasceu com vida é preciso que haja respirado mesmo que
venha a falecer em seguida. Esse ponto é importante quando se refere a herança, como
se pode ver, um casal unido por separação total de bens e que proviam um filho, mas
que o pai do nascituro veio a falecer, o patrimônio desse será transmitido a genitora caso
a criança respire ao nascer ou caso não respire (natimorto) a herança ficará com os avós
paternos.
2.5 A situação jurídica do nascituro: os direitos do nascituro são respeitados
desde a concepção, ainda que a personalidade civil comece do nascimento com vida.
Dessa maneira, verifica-se três teorias que procuram definir a situação jurídica do
nascituro, as quais observaremos a seguir.
A teoria natalista: essa teoria requer o nascimento com vida para se ter personalidade
civil, negando a personalidade do nascituro com afirmação de que esse possui apenas
expectativa de direito. Assim, essa teoria se fundamenta na interpretação literal e
simplista do artigo 2º do Código Civil.
2.6 A teoria da personalidade condicional: afirma que o nascituro é uma pessoa
condicional, pois a aquisição de sua personalidade depende do seu nascimento com
vida.
2.7 A teoria conceptista: é a teoria mais moderna, a qual diz que o nascituro
adquire personalidade jurídica desde a concepção, em relação aos direitos
personalíssimos.
DAS INCAPACIDADES
1. Conceito e espécies
A incapacidade é a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil, imposta pela lei
somente aos que, excepcionalmente, precisam de proteção, uma vez que a capacidade é
a regra. Refere-se aos não possuidores da capacidade de fato e pode ser absoluta ou
relativa.
d) Os pródigos
Conceito
Trata-se do indivíduo que, por ser portador de um desvio de personalidade, gasta
desmedidamente, dissipando o seu patrimônio, com o risco de reduzir-se à miséria. É
comumente relacionado à prática do jogo e alcoolismo (dipsomania), e não,
necessariamente, de um estado de alienação mental.
Curatela do pródigo
Tal curatela pode ser promovida pelo cônjuge ou companheiro, por qualquer parente ou
tutores, pelo representante da entidade em que se encontra abrigado o pródigo
(interditando) e pelo Ministério Público, sempre no intuito de proteção.