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- Pessoa para o Direito (atualmente): Ser humano, enquanto sujeito/destinatário de direitos e obrigações (Pessoa criadora,
destinatária e protagonista de direitos) *Condição de liberdade;
(Século XX): Pessoa – tema central do Direito; Noção problemática; (antes: fundamentação divina);
Filosofia da Existência: Foco na natureza do ser humano; mudança do direito patrimonialista para o personalista. (proteção
da dignidade);
- Caráter jusfilosófico da “investigação”: princípios que norteiam o Direito; 2. Quem são pessoas naturais?
1. Posição formalista: Pessoa como sujeito de direitos; (é o que o Direito diz); Só o ser humano é pessoa, sujeito de direitos;
4. Concepção Tridimensional: vida humana + valores + normas jurídicas = ser humano que, enquanto livre,
vivencia valores. (ADOTADA NO BRASIL: fato; valor e norma); - Nascituro: ser concebido
que ainda não nasceu.
° Início da Existência: * Personalidade: atributo; modo da pessoa se exteriorizar; modo de ser.
- Natimorto: Nascimento sem
- Personalidade jurídica (civil) : a partir do nascimento com vida; (mesmo o natimorto tem direitos); vida; nascer morto
Usufruir; todos tem a partir da concepção. Não é atribuída a todos; exercício direto (adq. parc. aos 16)
° Teorias:
Art. 5°: A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida ci vil.
- Ébrios habituais (alcoólatra) e viciados em tóxicos (art. 4°, II); Os que não podem exprimir vontade por causa transitória ou
permanente (art. 4°, III); Pródigos (art. 4°, IV)
- Art. 5 o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida
civil. (Regra geral)
Exceção: Emancipação
O Parágrafo único do artigo 4º do Código Civil brasileiro dispõe que a capacidade dos
- Voluntária: por vontade dos pais. indígenas será regulada por legislação especial.
I. Mediante instrumento público Os indígenas são considerados como grupo vulnerável, em razão da sua história de
discriminação e exclusão social. Por isso, a legislação brasileira reconhece a necessidade de
II. Mínimo 16 anos completos proteção especial para essas pessoas, garantindo-lhes o exercício pleno da capacidade civil
e o acesso aos seus direitos fundamentais.
- Judicial: quando o menor está sob tutela.
I. Conferido pelo juiz (pode solicitada pelo menor de idade, pelos pais ou responsáveis ou pelo Ministério Público)
II - pelo casamento;
Anteriormente, havia uma possibilidade de cessação da incapacidade civil para menores de 16 anos que
(autorização dos pais; menor
tivessem filhos, por meio de autorização judicial, conforme previsto no artigo 9º da Lei nº 8.069/1990
de 16 não casa)
(Estatuto da Criança e do Adolescente). No entanto, essa possibilidade foi revogada em 2015 pela Lei nº
III - pelo exercício de emprego 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), que estabeleceu a igualdade de direitos entre pessoas
público efetivo; (Passar em com e sem deficiência, extinguindo a possibilidade de autorização judicial para a cessação da incapacidade
concurso + ser efetivado + civil por qualquer motivo, inclusive por maternidade ou paternidade precoce. (CC 1520)
trabalhar 3 anos)
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com
dezesseis anos completos tenha economia própria.
- Ex do que ela traz: Estabelecimento das regras para registro de nascimentos, casamentos e óbitos, como prazos, documentos
necessários e formas de realização dos registros;
- É uma das leis mais importantes do direito civil brasileiro, pois regula diversos aspectos do estado civil das pessoas e dos registros
públicos, garantindo a segurança jurídica e a proteção dos direitos dos cidadãos;
- Estabelece que o registro de nascimento deve ser feito em até 15 dias após o nascimento da criança. No entanto, existe uma
exceção prevista no artigo 46 da lei, que permite o registro tardio de nascimento em até três meses, desde que haja justificativa
para o atraso. Ainda de acordo com a lei, se o registro de nascimento não for feito dentro desse prazo de três meses, é necessário
que o interessado obtenha uma decisão judicial para a realização do registro. O objetivo dessa regra é garantir que todas as
pessoas tenham um registro de nascimento, o que é fundamental para o exercício de diversos direitos e para a própria
identificação civil;
c) Extrapatrimoniais*: não possuem caráter patrimonial direto, apesar de que sua lesão pode gerar consequências econômicas;
d) Imprescritíveis: não existe prazo para seu exercício, não são extintos pelo não uso;
e) Inalienáveis/Intransmissíveis*: Não podem ser alienados por outra pessoa que não seu titular, nem mesmo por vontade própria
da pessoa;
- Art. 11. Com exceção dos casos previstos em
f) Vitalícios: inerentes à pessoa, sendo extintos com sua morte, salvo aqueles direitos que lei, os direitos da personalidade são
persistem mesmo após a morte; intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo
o seu exercício sofrer limitação voluntária
a) Integridade Física: protege contra lesões que causem alterações ao funcionamento normal do corpo humano;
1. Vida:
Casos concretos: O Código Civil brasileiro, em seu Artigo 2.054, estabelece que o natimorto é considerado como pessoa
para fins de proteção de seus direitos civis, como o direito ao nome, ao sepultamento, ao registro de
- Alimentos transgênicos; óbito, à assistência religiosa e a outros direitos decorrentes da morte.
- Aborto;
Brasil reconhece o direito do paciente em estado terminal ou em situação de dor e sofrimento
- Eutanásia;
insuportáveis de optar pela suspensão de tratamentos que prolonguem a vida, como a ortotanásia
- Células-tronco embrionárias para fins (cessação de tratamentos fúteis ou desproporcionais) e a distanásia (encarniçamento terapêutico).
de pesquisa e terapia (envolve a Nesses casos, é permitida a adoção de cuidados paliativos para garantir o conforto e a dignidade do
destruição de embriões humanos); paciente em seus últimos momentos de vida.
2. Corpo:
- Direito ao corpo vivo: inalienável, apesar de ser admitida a disposição de suas partes, seja em vida ou depois da morte, desde que
haja interesse público, não ocasione mutilação e não tenha objetivo lucrativo; (Art. 13 do CC/02 e art. 15 do CC/02: "ninguém
pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica". Esse artigo garante o
direito de todo indivíduo de decidir sobre o próprio corpo e a própria saúde, e impede que qualquer pessoa seja obrigada a se
submeter a tratamentos médicos ou cirúrgicos que possam colocar em risco sua vida ou integridade física.)
- A interpretação conjugada dos arts. 55 e 58 da Lei n.6.015/73 confere amparo legal para que transexual operado obtenha autorização judicial para a alteração de seu
prenome, substituindo-o por apelido público e notório pelo qual é conhecido no meio em que vive;
- Não entender juridicamente possível o pedido formulado na exordial significa postergar o exercício do direito à identidade pessoal e subtrair do indivíduo a prerrogativa
de adequar o registro do sexo à sua nova condição física, impedindo, assim, a sua integração na sociedade.
- No livro cartorário, deve ficar averbado, à margem do registro de prenome e de sexo, que as modificações procedidas decorreram de decisão judicial.
- A legislação brasileira assegura que todo indivíduo tem o direito de recusar tratamentos médicos e cirúrgicos, desde que esteja em pleno uso de suas faculdades mentais
e que a recusa não coloque em risco a sua vida ou a de terceiros. No entanto, em casos em que a recusa de transfusão de sangue possa representar risco d e morte
iminente, a equipe médica pode buscar amparo legal para realizar a transfusão, mesmo que contra a vontade do paciente . É importante lembrar que a decisão de
recusar ou aceitar uma transfusão de sangue é pessoal e deve ser respeitada, mas, em casos extremos, pode haver intervenção legal para garantir a vida do paciente;
- Portaria N° 1.820 (13 de agosto de 2009) – Ministério da Saúde: Art. 4º Toda pessoa tem direito ao atendimento humanizado e acolhedor, realizado por profissionais
qualificados, em ambiente limpo, confortável e acessível a todos.
Parágrafo único. É direito da pessoa, na rede de serviços de saúde, ter atendimento humanizado, acolhedor, livre de qualquer discriminação, restrição ou negação em
virtude de idade, raça, cor, etnia, religião, orientação sexual, identidade de gênero, condições econômicas ou sociais, estado de saúde, deanomalia, patologia ou
deficiência, garantindo-lhe:
IX - a informação a respeito de diferentes possibilidades terapêuticas de acordo com sua condição clínica, baseado nas evidências científicas e a relação custo-benefício
das alternativas de tratamento, com direito à recusa, atestado na presença de testemunha;
XI - o direito à escolha de alternativa de tratamento, quando houver, e à consideração da recusa de tratamento proposto;
Art. 6º Toda pessoa tem responsabilidade para que seu tratamento e recuperação sejam adequados e sem interrupção.
Parágrafo único. Para que seja cumprido o disposto no caput deste artigo, as pessoas deverão:
V - assumir a responsabilidade pela recusa a procedimentos, exames ou tratamentos recomendados e pelo descumprimento das orientaç ões do profissional ou da
equipe de saúde;
Casos concretos:
- Os direitos de personalidade podem ter limitação voluntária?
- Transplante de órgãos entre pessoas vivas;
Sim, mas essas limitações sempre devem ser parciais/ temporárias. Além
- Proibição da disposição onerosa de órgãos, partes ou tecido do corpo disso, precisa ser de forma livre e que não implique em prejuízo à
humano; integridade moral ou física da pessoa.
- Retirada de órgãos genitais em virtude da transexualidade. Ex: vendo minha imagem para uma operadora. (Não é a totalidade da
imagem e é de forma temporária)
OBS: Direito ao corpo morto: art. 14 do CC/02
- Proibição de violação do cadáver, com exceção de ser no caso de direito de prova e de necessidade;
b) Integridade Moral: valor fundamental para o direito, que busca garantir a proteção e o respeito à dignidade humana e aos
valores éticos e morais que regem as relações sociais e jurídicas.
2. Honra (Art. 5º, inciso X, CF/88: “...invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito
a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;"
- Objetiva: reputação da pessoa, seu bom nome, boa fama; Pessoas jurídicas têm apenas
honra objetiva
- Subjetiva: autoestima, consciência da própria dignidade; (relação à sí);
* O princípio da autodeterminação informativa é um dos fundamentos da proteção de dados pessoais, reconhecido tanto pelo
Código Civil Brasileiro (art. 21) quanto pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Segundo esse princípio, toda pessoa tem o
direito de controlar seus dados pessoais, podendo decidir de forma livre, informada e consciente sobre quais informações deseja
compartilhar, com quem, para quais finalidades, e como essas informações serão utilizadas.
- Direitos absolutos: reconhecidos sem qualquer limitação ou restrição em relação a terceiros ex: honra e imagem; Todos devem
respeitar;
- Direitos relativos: Se relacionam diretamente com outras pessoas ou entidades, ou seja, são direitos que uma pessoa pode ter
em relação a outra pessoa ou grupo. Eles podem ser transferidos ou negociados entre as partes e são, muitas vezes, sujeitos a
limitações e restrições impostas por lei. Ex: direito de propriedade,
- Tempo da morte
a) Comoriência:
b) Premoriência:
- Espécie de morte:
a) Morte real:
Art. 6: A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Art. 8: Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se
algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
A "comoriência" ocorre quando duas ou mais pessoas falecem simultaneamente ou em um curto espaço
de tempo, de modo que não é possível determinar quem faleceu primeiro. Nesses casos, a lei presume
que cada pessoa sobreviveu à outra para fins de sucessão. Isso significa que cada pessoa é considerada
ter sobrevivido o suficiente para herdar os bens da outra, e a sucessão é distribuída de acordo com as
regras estabelecidas pela lei aplicável.
Já a "premoriência" ocorre quando uma pessoa morre antes de outra, em um evento em que ambas
poderiam ter morrido juntas. Nesse caso, a pessoa que sobrevive herda os bens da pessoa falecida, a
menos que existam outras regras ou acordos em contrário.
* A "decretação de ausência" é um procedimento legal pelo qual uma pessoa é declarada ausente quando desaparece sem deixar
notícias ou informações sobre seu paradeiro por um período de tempo determinado, geralmente superior a um ano. Durante esse
período, seus bens são administrados por um curador nomeado pelo juiz, e seus herdeiros podem solicitar a abertura de inventário
para a gestão de seus ativos. Após o término desse período, se a pessoa não reaparecer, ela pode ser declarada oficialmente
ausente pelo juiz, o que permite a administração permanente de seus bens. (Pessoa some “do nada”)
Por outro lado, a morte presumida sem decretação de ausência ocorre quando uma pessoa desaparece e não é vista ou ouvida
por um período prolongado, mas não foi feito nenhum procedimento formal para declarar sua ausência. Nesse caso, a morte é
presumida a partir de provas e evidências que sugerem que a pessoa não está mais viva, como a descoberta de seus restos mortais
ou outras circunstâncias que indicam que a pessoa provavelmente morreu.
Domicílio
- Objetivo: localização física da residência de uma pessoa, ou seja, o lugar onde ela mora habitualmente.
- Subjetivo: ao lugar que uma pessoa considera como sua residência habitual, mesmo que ela não esteja fisicamente presente lá.
- 1. Necessário/legal: o lugar em que uma pessoa é considerada, por lei, como presente para fins legais. (presídio); Para militares:
onde estiverem em serviço. (O que a Lei preconizar).