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PARTE GERAL
2
1 B
E
GABARITO
3 C
4 D
O que significa Constitucionalização do Direito Civil?
5 E
A Constitucionalização do Direito Civil é uma doutrina
6 D desenvolvida na Itália e encampada no Brasil pelos
7 D professores Gustavo Tepedino e Maria Celina Bodin de
8 C Moraes. O movimento compreende o Direito Civil como
9 A efetivamente subordinado à Constituição Federal em
contraposição ao juízo clássico de separação absoluta
10 B entre regras civilistas e normas constitucionais. A
11 C Constitucionalização do Direito Civil tem como principais
12 B implicações (1) a positivação, isto é, tornar escritas regras
do Direito Civil no texto da Constituição Federal; (2) a
13 B
eficácia horizontal dos direitos fundamentais, com a sua
14 A aplicação imediata nas relações jurídico-privadas; e (3) a
despatrimonialização e repersonalização do Direito Civil,
que contempla o conceito de dignidade da pessoa humana.
Sujeitos da
relação jurídica
Relação Jurídica
Relação jurídica é a relação regulada pelo Direito. Ela é formada por
pessoas, que são o objeto do nosso estudo.
Vínculo jurídico = Requisito material (relação social) + requisito formal (juridicamente relevante)
Quando começa
a personalidade
civil?
Desde a concepção, mas condicionada ao nascimento com vida
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua
vontade;
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.
Incapacidade
A teoria das incapacidades
foi modificada pelo
Estatuto da Pessoa com
Deficiência, a Lei nº
13.146/2015.
A pessoa com deficiência
não é mais considerada
incapaz em nosso
ordenamento jurídico.
Suprimentos da incapacidade
Representação (absolutamente incapazes)
• Emancipação
• Antecipação da capacidade de fato antes dos 18 anos
• Não antecipa a maioridade.
• Pode ser voluntária, judicial ou legal
• Caráter irrevogável
Fim da incapacidade
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada
à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o
tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego,
desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia
própria.
Extinção da Personalidade Jurídica
Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta,
quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão
definitiva.
Morte real: morte encefálica → há um corpo sem viabilidade, cujas funções vitais
cessaram (prova da materialidade)
Morte presumida (não há prova da materialidade):
• Com decretação da ausência (arts. 22 e 23 do Código Civil).
• Sem decretação de ausência: hipóteses em que se presume a morte, devido à
situação que a pessoa se encontrava (art. 7º do Código Civil).
Morte presumida com decretação da
ausência (arts. 22 e 23 do Código Civil)
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela
haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a
quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de
qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência,
e nomear-lhe-á curador.
• Nome
• Estado
• Domicílio
Modos de individualização da pessoa
NOME
O nome é o sinal que representa a pessoa perante o meio social e é
composto por:
• prenome (simples ou composto)
• sobrenome ou patronímico ou nome de família (indica a origem familiar)
• partícula (do, da, de, dos, e)
• agnome (Júnior, Filho, Neto, Sobrinho, Filha, Neta, Sobrinha)
Modos de individualização da pessoa
Conceito: O nome designa a pessoa, individualizando-a na sociedade e indicando a sua procedência familiar.
CC, art. 16: “Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.”
A Lei de Registros Públicos (Lei nº 6.015/73) sofreu várias alterações recentemente (2022).
◦ Nomes suscetíveis de expor ao ridículo (art. 55, §1º da LRP)
◦ Necessidade de acrescer sobrenomes (art. 55, §2º da LRP)
◦ Princípio da Imutabilidade do nome: em regra, o nome é imutável. Entretanto, com a Lei 14.382/2022, a alteração do nome foi bastante facilitada.
◦ Após atingida a maioridade civil, via requerimento extrajudicial imotivado. Não há mais o prazo decadencial de 1 (um) ano. Somente poderá ocorrer uma vez (novas alterações somente via judicial).
Apelido: Termo por meio do qual é notoriamente conhecido (exemplos: Pelé; Lula)
Modos de individualização da pessoa
ESTADO
O estado individualiza a pessoa a partir de alguns aspectos:
• individual ou físico (modo de ser quanto à idade, sexo, cor, altura, saúde...)
• familiar (situação relacionada ao matrimônio e ao parentesco)
• político (posição na sociedade política)
Caracteres do estado:
- indivisibilidade (uno, indivisível e regulado por normas de ordem pública);
- indisponibilidade (fora do comércio, inalienável e irrenunciável);
- imprescritibilidade (não se perde ou se adquire pelo decurso do tempo).
Modos de individualização da pessoa
DOMICÍLIO
O domicílio é a sede jurídica da pessoa, ou seja, o local onde responde por suas
obrigações.
O domicílio pode ser definido como o local onde a pessoa natural estabelece a sua
residência com ânimo definitivo.
A morada, por sua vez, que é o lugar onde ela se estabelece temporariamente.
Domicílio
Se a pessoa tem várias residências, vivendo
alternadamente entre elas, com ânimo definitivo, será
considerado seu domicílio qualquer uma delas.
No entanto, se a pessoa não tem residência habitual, será
considerado seu domicílio qualquer local em que for
encontrada (andarilhos, artistas circenses, ciganos etc).
Domicílio
TIPOS DE DOMICÍLIO
Domicílio profissional: Local onde a pessoa exerce sua profissão. O domicílio profissional só é domicílio para as questões ligadas ao trabalho
que a pessoa exerce.
Domicílio voluntário: É o domicílio geral, fixado por simples manifestação de vontade da parte. Logo, é escolhido livremente.
Domicílio legal: É aquele que decorre diretamente da lei, estando disposto nos arts. 76 e 77 do Código Civil:
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer
permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.
Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu
domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.
Domicílio por eleição: É aquele estipulado pelas próprias partes, preferencialmente por meio de um contrato, conforme art. 78 do Código Civil
Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações
deles resultantes.
Domicílio
DOMICÍLIO DA PESSOA JURÍDICA
Obs. 1: Se a pessoa jurídica tem estabelecimento em vários locais diferentes, cada local será considerado
domicílio para os atos neles praticados.
Obs. 2: Se a administração ou diretoria da pessoa jurídica for no estrangeiro, o domicílio será em cada
agência (lugar do estabelecimento situado no Brasil) para seus respectivos atos.