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“O Código Civil de 2002 cuida, no Livro I da Parte Geral concernente às pessoas, em três títulos, das
pessoas naturais, das pessoas jurídicas e do domicílio. O título das pessoas naturais, por sua vez,
divide-se em três capítulos, respectivamente sobre a personalidade e a capacidade, os direitos da
personalidade e a ausência. A inserção de um capítulo novo acerca dos direitos da personalidade
constitui relevante inovação, em face da importância e da atualidade do tema. A disciplina da ausência
foi deslocada do direito de família, em que se encontrava no Código de 1916, para a Parte Geral do atual
diploma, onde encontra sua sede natural.”
PESSOA NATURAL
1 – Conceito – Personalidade
Segundo Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona: “personalidade jurídica é a aptidão
genérica para titularizar direitos e contrair obrigações, ou, em outras palavras, é o
atributo para ser sujeito de direito”.
Adquirida a personalidade o ente passa a atuar, na qualidade de sujeito de direito (pessoa
natural ou jurídica), praticados atos e negócios jurídicos
CC/02: Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
Pessoa jurídica também tem personalidade.
PESSOA NATURAL
2 – Aquisição da Personalidade Jurídica
Nascimento com vida (art. 2º, CC/02);
A pessoa natural, para o direito, é o ser humano, enquanto sujeito/destinatário de direitos e obrigações;
Relação jurídica é toda relação da vida social regulada pelo direito (pessoas compõem a relação
jurídica);
Teoria Natalista (teoria adotada pelo Código Civil de 2002);
** CC/02: Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a
salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
PESSOA NATURAL
3 – Nascituro
Segundo Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona: “Cuida-se o nascituro do ente concebido,
embora ainda não nascido”.
O CC/02 adota a teoria natalista, mas há um intenso debate sobre outras teorias adotadas
para afirmar o conceito de pessoa natural, que perpassa sobre as decisões do tribunais
inclusive
**CC/02: Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a
lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
PESSOA NATURAL
** Teorias:
Natalista
Segundo Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona: “a tradicional teoria natalista, segundo a qual a
aquisição da personalidade opera-se a partir do nascimento com vida, conclui-se que não
sendo pessoa, o nascituro possuiria mera expectativa de direito”.
Concepcionista
Segundo Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona: “A teoria concepcionista, por sua vez,
influenciada pelo Direito francês, contou com diversos adeptos. Segundo essa vertente de
pensamento, o nascituro adquiriria personalidade jurídica desde a concepção, sendo, assim,
considerado pessoa”.
PESSOA NATURAL
Personalidade Condicional
Para Arnoldo Wald: “A proteção do nascituro explica-se, pois há nele uma personalidade condicional que surge, na
sua plenitude, com o nascimento com vida e se extingue no caso de não chegar o feto a viver”.
** Direitos do Nascituro
a) o nascituro é titular de direitos personalíssimos (como o direito à vida, o direito à proteção pré-natal etc.);
b) pode receber doação, sem prejuízo do recolhimento do imposto de transmissão inter vivos;
c) pode ser beneficiado por legado e herança;
d) o Código Penal tipifica o crime de aborto;
e) como decorrência da proteção conferida pelos direitos da personalidade, o nascituro tem direito à
realização do exame de DNA, para efeito de aferição de paternidade.
f) Estabilidade gestacional (Direito do Trabalho).
PESSOA NATURAL
** Natimorto
4 – Capacidade
Segundo Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona: “Adquirida a personalidade jurídica, toda
pessoa passa a ser capaz de direitos e obrigações. Possui, portanto, capacidade de direito
ou de gozo.
(...) Nem toda pessoa, porém, possui aptidão para exercer pessoalmente os seus direitos,
praticando atos jurídicos, em razão de limitações orgânicas ou psicológicas.
Se puderem atuar pessoalmente, possuem, também, capacidade de fato ou de exercício.
Reunidos os dois atributos, fala-se em capacidade civil plena”.
CF + CD = CAPACIDADE PLENA
PESSOA NATURAL
** Curatela e Tutela
PESSOA NATURAL
5 – Cessação da Menoridade
CC/02: “Art. 5 o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil”.
Emancipação
PESSOA NATURAL
6 – Emancipação
Carlos Roberto Gonçalves comenta: “Clóvis define emancipação como a aquisição da
capacidade civil antes da idade legal. Consiste, desse modo, na antecipação da aquisição da
capacidade de fato ou de exercício (aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil). Pode
decorrer de concessão dos pais ou de sentença do juiz, bem como de determinados fatos a que
a lei atribui esse efeito.”
PESSOA NATURAL