Você está na página 1de 13

1

REVISÃO AP1 - DIREITO CIVIL I (2023.1)


Professora: Osvânia Pinto
Monitores: Luiz Renato Aguiar e Sabrina D’Ávila

PESSOA

Pessoa representa o titular de direitos e obrigações. Há dois tipos de pessoa:


➔ PESSOA NATURAL OU FÍSICA: Pessoa natural é o ser humano considerado como
sujeito de direitos e deveres. Para qualquer pessoa ser assim designada, basta nascer com
vida e, desse modo, adquirir personalidade.
➔ PESSOA JURÍDICA: São entidades a que a lei confere personalidade, capacitando-as a
serem sujeitos de direitos e obrigações.

PESSOAS NATURAIS
PERSONALIDADE JURÍDICA
Todo aquele que nasce com vida torna-se uma pessoa, ou seja, adquire personalidade. Esta é,
portanto, qualidade ou atributo do ser humano. Pode ser definida como aptidão genérica para
adquirir direitos e contrair obrigações ou deveres na ordem civil.

TEORIAS SOBRE O INÍCIO DA PERSONALIDADE NATURAL


➔ NATALISTA: afirma que a personalidade civil somente se inicia com o nascimento com
vida.
➔ CONDICIONAL: sustenta que o nascituro é pessoa condicional, pois a aquisição da
personalidade acha-se sob a dependência de condição suspensiva, o nascimento com vida,
não se tratando propriamente de uma terceira teoria, mas de um desdobramento da teoria
natalista, uma vez que também parte da premissa de que a personalidade tem início
com o nascimento com vida.

REVISÃO AP1 - DIREITO CIVIL I (2023.1)


2
➔ CONCEPCIONISTA: admite que se adquire a personalidade antes do nascimento, ou
seja, desde a concepção, ressalvados apenas os direitos patrimoniais, decorrentes de herança,
legado e doação, que ficam condicionados ao nascimento com vida.

COMEÇO DA PERSONALIDADE: A personalidade começa com o nascimento com vida, o


que se constata com a respiração. Em face do ordenamento jurídico brasileiro a personalidade se
adquire com o nascimento com vida, ressalvados os direitos do nascituro desde a concepção.
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE: A personalidade se extingue com a morte.

Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a
salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

CAPACIDADE JURÍDICA
É a medida da personalidade. Pode ser de DIREITO ou de FATO. É a menor ou maior extensão
da personalidade.

Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

➔ CAPACIDADE DE DIREITO: A que todos têm, e adquirem ao nascer com vida, é a


capacidade de direito ou de gozo, também denominada capacidade de aquisição de direitos.
➔ CAPACIDADE DE FATO: Nem todas as pessoas têm, contudo, a capacidade de fato,
também denominada capacidade de exercício ou de ação, que é a aptidão para exercer, por si
só, os atos da vida civil.

A pessoa tem a CAPACIDADE DE DIREITO, mas pode não ter a CAPACIDADE DE FATO.

TIPOS DE CAPACIDADE
➔ ABSOLUTAMENTE INCAPAZ: A incapacidade absoluta acarreta a proibição total do
exercício, por si só, do direito. O ato somente poderá ser praticado pelo
REPRESENTANTE LEGAL do absolutamente incapaz. Incapazes são aqueles que não
possuem capacidade jurídica plena, pois falta a eles capacidade jurídica de fato. Fica
ele inibido de praticar qualquer ato jurídico ou de participar de qualquer negócio jurídico.

Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de

REVISÃO AP1 - DIREITO CIVIL I (2023.1)


3

16 (dezesseis) anos.

➔ RELATIVAMENTE INCAPAZ: Aqueles que apesar de já terem valorada a sua vontade,


necessitam de proteção jurídica. Se leva em consideração a sua manifestação volitiva, porém
ela deve ser assistida pelo seu REPRESENTANTE LEGAL (pai e/ou mãe, ou tutor, ou
curador - assistência), sob pena de anulabilidade.

Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:


I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.

➔ PLENAMENTE CAPAZ: Capacidade Plena é quando a pessoa tem as duas espécies de


capacidade (de direito e de fato). A capacidade civil plena se dará quando a pessoa atingir
a maioridade civil, aos 18 anos.

CAPACIDADE PLENA = CAPACIDADE DE FATO + CAPACIDADE DE DIREITO

CAPACIDADE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


O Estatuto da Pessoa com Deficiência”, promoveu uma profunda mudança no sistema das
incapacidades, alterando substancialmente a redação dos arts. 3º e 4º do Código Civil, colocando
agora a pessoa com deficiência como plenamente capaz, salvo se não puder exprimir sua vontade -
caso em que será considerado relativamente incapaz, podendo, quando necessário, ter um curador
nomeado em processo judicial. Observe-se que a incapacidade relativa não decorre
propriamente da deficiência, mas da impossibilidade de exprimir a vontade.

EMANCIPAÇÃO

REVISÃO AP1 - DIREITO CIVIL I (2023.1)


4
É a antecipação da plenitude da capacidade antes dos 18 anos, habilitando-o para todos os atos
da vida civil. Emancipar é tornar o menor, um menor capaz, libertando-o do instituto da
incapacidade e possibilitando que este possa exercer, por si só, os atos da vida civil sem que, para
isso, seja assistido por um representante legal

Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à
prática de todos os atos da vida civil.

Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor
tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde
que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

ESPÉCIES DE EMANCIPAÇÃO

➔ A emancipação, por concessão dos pais ou por sentença judicial, só produzirá efeito após
sua inscrição no Registro Civil. É concedida pelos pais (os dois) mediante escritura pública,
independente de homologação judicial. O menor deve ter 16 anos completos. Se um dos pais
for falecido ou estiver interditado (falta de um dos pais), o outro pode conceder a
emancipação. Se um dos pais se achar em local incerto, deve haver autorização judicial.
➔ A emancipação legal (casamento, emprego público etc.) independe de registro e produzirá
efeitos desde logo, isto é, a partir do ato ou do fato que a provocou.

REVISÃO AP1 - DIREITO CIVIL I (2023.1)


5
➔ A emancipação judicial é concedida por sentença judicial. O menor deve ter 16 anos
completos. Ocorre sob duas espécies: quando o menor estiver sob tutela ou quando houver
divergência entre os pais.
➔ A emancipação legal se opera automaticamente, independente de ato dos pais, tutor ou
sentença judicial.

DIREITOS DA PERSONALIDADE
São os direitos atinentes à tutela da pessoa humana, considerados essenciais à sua dignidade e
integridade. Dessa forma, a pessoa jurídica pode titularizar os direitos de personalidade no que
tange à honra, à imagem e ao nome.

Exemplos de direitos da personalidade: honra, nome e intimidade.

CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE:


Os direitos da personalidade são inalienáveis, irrenunciáveis, imprescritíveis, absolutos (oponíveis
erga omnes), impenhoráveis e vitalícios.

➔ INALIENÁVEIS: são relativamente indisponíveis, porque não possuem valor econômico


imediato, exceto se houver violação desse direito, quando nascerá uma indenização como
forma de compensação do direito violado.
➔ IRRENUNCIÁVEIS: continuam com o indivíduo e não podem ser abdicados;
➔ IMPRESCRITÍVEIS: perduram enquanto durar a vida e, em alguns casos, são protegidos
após o falecimento;
➔ ABSOLUTOS (OPONÍVEIS ERGA OMNES): são tão relevantes e necessários que
impõem a todos um dever de abstenção, de respeito. Sob outro ângulo, têm caráter geral,
porque inerentes a toda pessoa humana.
➔ IMPENHORÁVEIS: são direitos inerentes à pessoa humana e dela inseparáveis, e por essa
razão, indisponíveis, ou seja, não podem ser penhorados;
➔ VITALÍCIOS: os direitos da personalidade são inatos (adquiridos no momento da
concepção) e acompanham a pessoa até a sua morte. Entretanto, alguns direitos ultrapassam
o momento da morte, tal como o respeito ao morto, à sua honra, à sua memória, ao seu
direito de autor etc.

Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da

REVISÃO AP1 - DIREITO CIVIL I (2023.1)


6

personalidade. - CC

DOMICÍLIO DA PESSOA NATURAL


Pode-se simplesmente dizer que domicílio é o local onde o indivíduo responde por suas obrigações
ou o local em que estabelece a sede principal de sua residência e de seus negócios. É o lugar onde a
pessoa estabelece a sua residência com ânimo definitivo. A residência é, portanto, um elemento do
conceito de domicílio, o seu elemento objetivo. O elemento subjetivo é o ânimo definitivo.

ELEMENTOS DO DOMICÍLIO

➔ Elemento objetivo = a fixação da pessoa em determinado lugar. É a residência. A


residência é, portanto, apenas um elemento componente do conceito de domicílio, que é
mais amplo e com ela não se confunde. Residência, como foi dito, é simples estado de fato,
sendo o domicílio uma situação jurídica. Residência, que indica a radicação do indivíduo em
determinado lugar . Uma pessoa pode ter um só domicílio e mais de uma residência. Pode
ter também mais de um domicílio, pois o Código Civil brasileiro, adotando o critério das
legislações alemã, austríaca, grega e chilena, dentre outras, e afastando -se da orientação do
direito francês, admite a pluralidade domiciliar.
➔ Elemento subjetivo = a intenção de aí fixar-se definitivamente. ânimo definitivo. Consiste
na intenção de se fixar em determinado local, de forma permanente. As pessoas podem
mudar de domicílio. Para que a mudança se caracterize, não basta trocarem de endereço. É
necessário que estejam imbuídas da “intenção manifesta de o mudar”, como exige o art. 74
do Código Civil.

ESPÉCIES DE DOMICÍLIO
➔ DOMICÍLIO VOLUNTÁRIO: é aquele que depende da vontade exclusiva do interessado.
Qualquer pessoa, não sujeita a domicílio necessário, tem a liberdade de estabelecer o local

REVISÃO AP1 - DIREITO CIVIL I (2023.1)


7
em que pretende instalar a sua residência com ânimo definitivo, bem como de mudá-lo,
quando lhe convier (CC, art. 74).
➔ LEGAL OU NECESSÁRIO: o domicílio necessário ou legal é o determinado pela lei.

➔ PROFISSIONAL: Domicílio profissional é o local onde a pessoa exerce o seu ofício, o seu
trabalho, a sua profissão. Para o Código Civil, o domicílio profissional somente poderá ser
assim considerado para as obrigações assumidas em decorrência do trabalho, do ofício que a
pessoa tem.
➔ CONTRATUAL OU CONVENCIONAL: Decorre do ajuste entre as partes de um
contrato (art. 78, CC). É o domicílio que decorre do ajuste de vontade entre as partes para o
cumprimento de certas obrigações. Exemplo é domicílio eleitoral.

REGRAS SOBRE O DOMICÍLIO:


➔ 1. Pessoas com várias residências onde alternativamente vivam ou com vários centros de
ocupação habitual - domicílio é qualquer um deles;
➔ 2. Pessoas sem residência habitual, nem ponto central de negócios (Ex.: circenses) -
domicílio é o lugar onde for encontrado;

EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

Art. 6 o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.

ESPÉCIES DE MORTE

REVISÃO AP1 - DIREITO CIVIL I (2023.1)


8
➔ MORTE REAL: A morte real é apontada no art. 6º do Código Civil como responsável pelo
término da existência da pessoa natural. A sua prova faz -se pelo atestado de óbito. A morte
real — que ocorre com o diagnóstico de paralisação da atividade encefálica, segundo o art.
3º da Lei n. 9.434/97, que dispõe sobre o transplante de órgãos — extingue a capacidade e
dissolve tudo (mors omnia solvit), não sendo mais o morto sujeito de direitos e obrigações.
➔ MORTE SIMULTÂNEA OU COMORIÊNCIA: A comoriência é prevista no art. 8º do
Código Civil. Dispõe este que, se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião (não
precisa ser no mesmo lugar), não se podendo averiguar qual deles mo. Quando duas pessoas
morrem em determinado acidente, somente interessa saber qual delas morreu primeiro se
uma for herdeira ou beneficiária da outra.
➔ MORTE PRESUMIDA: presume-se a morte quanto aos ausentes (quando não é
encontrado). Se divide em dois tipos: com declaração de ausência e sem declaração de
ausência.
a) COM DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA: Presume-se a morte, quanto aos ausentes, nos
casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva (CC, art. 6º, 2ª parte). O art. 37
permite que os interessados requeiram a sucessão definitiva e o levantamento das cauções
prestadas dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da
sucessão provisória. Pode-se, ainda, requerer a sucessão definitiva, provando-se que o
ausente conta 80 anos de idade e que de cinco datam as últimas notícias dele (art. 38) (V.
item 4.7 — Da ausência).
b) SEM DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA: O art. 7º do Código Civil permite a declaração de
morte presumida, para todos os efeitos, sem decretação de ausência: “I — se for
extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II — se alguém,
desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o
término da guerra. Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos,
somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a
sentença fixar a data provável do falecimento.”

PESSOA JURÍDICA
São entidades a quem o Estado (o único que pode conceder personalidade a alguém)
EMPRESTA personalidade, tornando-as sujeitos de direitos e obrigações.
Essa personalidade é diferente da das pessoas naturais que compõem tal entidade. Ou seja,
não há, via de regra, confusão de direitos e obrigações entre a empresa e o dono da empresa, por
exemplo.
No Brasil, adota-se a teoria da Realidade Técnica, a qual explica que as pessoas jurídicas são
reais mas existem em uma realidade diferente das pessoas naturais.
REVISÃO AP1 - DIREITO CIVIL I (2023.1)
9
INÍCIO DA PERSONALIDADE JURÍDICA - ART 45 CC
Diferentemente da personalidade natural, que, como o próprio nome já diz, vem
naturalmente com o desenvolvimento da vida, a personalidade jurídica necessita de manifestação de
vontade para dar início, posto que o fato que delimita o exato momento do início da personalidade é
a AVERBAÇÃO EM REGISTRO PÚBLICO - sendo algumas formas de pessoa jurídica necessária
aprovação do Poder Executivo para tanto, dentre outros trâmites.
CLASSIFICAÇÃO

Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:


I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de
22.12.2003)
V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de
22.12.2003)

1. FUNDAÇÃO
“São a universalidade de bens personalizados pela ordem jurídica em razão de um fim
estipulado pelo seu estatuto”
- o estatuto é o “esqueleto” da fundação, ele quem diz como vai funcionar e todos os aspectos
legais e administrativos que servirão de base para aquela PJ
- SEM FINALIDADE LUCRATIVA
- sem sócios ou repasse de valores
CRIAÇÃO
1. ENTRE VIVOS = via escritura pública
2. CAUSA MORTES = testamento
3. doação especial
FASES
1. doação dos bens c/ a finalidade específica ( de acordo com o que será elaborado no estatuto)
2. elaboração do estatuto
3. aprovação do estatuto (feita pelo promotor de justiça)

REVISÃO AP1 - DIREITO CIVIL I (2023.1)


10
4. registro público (só aqui passa a ter personalidade)
ART. 62 § ÚNICO CC - não pode ter finalidade lucrativa sob pena de extinção da
personalidade por desvio de finalidade. TODO O LUCRO DEVE SER REINVESTIDO,
SEM QUALQUER REPASSE
CURADORIA FEITA PELO MP ESTADUAL(ART. 66 CC)
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE - desvio de finalidade descrita no estatuto/ deve ser
feita judicialmente
todo o patrimônio deve ser usado para pagar as dívidas pendentes e o restante destinado à
outra fundação que tenha a mesma finalidade
ex. FGV - FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS caso fosse extinta, deveria todo o patrimônio
restante ao pagamento das dívidas pendentes ser destinado à outra fundação com finalidade
de ensino
2. CORPORAÇÕES
Junção de vontades para alcançar uma finalidade
Podem existir em duas modalidades:
2.1 ASSOCIAÇÕES
Conjunto de pessoas com fins não lucrativos determinados
Da mesma forma que na fundação, o lucro obtido das associações devem ser reaplicados
nela, sendo vedada a distribuição deles.
Podem existir com as mais diversas finalidades, sejam elas sindicais, educacionais,
religiosas, beneficentes, literárias, esportivas, etc)
SÃO REQUISITOS DAS ASSOCIAÇÕES:

Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:

I - a denominação, os fins e a sede da associação;

II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;

III - os direitos e deveres dos associados;

IV - as fontes de recursos para sua manutenção;

V - o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos e administrativos;

(Revogado)

V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; (Redação dada


pela Lei nº 11.127, de 2005)

VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.

REVISÃO AP1 - DIREITO CIVIL I (2023.1)


11
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. (Incluído pela
Lei nº 11.127, de 2005)

2.2 SOCIEDADES
Grupo de pessoas que se juntam para investir em determinada atividade visando lucro a ser
partilhado entre si.
- EMPRESARIAIS
precisam ser registradas no Registro Público de Empresas Mercantis
junta comercial
legislação falimentar
ATIVIDADE ECONÔMICA ORGANIZADA PARA A PRODUÇÃO E
CIRCULAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
- SIMPLES
visam lucro mediante atividade não empresarial
precisam ser registradas no Registro Civil das Pessoas Jurídicas
NÃO CONFUNDIR ATIVIDADE EMPRESARIAL COM ATIVIDADE
INTELECTUAL
a atividade econômica que exige do profissional capacitação para o seu exercício, seja ela
científica, intelectual ou artística não é considerada empresarial
dessa forma, os advogados, médicos, pesquisadores e outros profissionais prestadores de
serviços que exigem uma formação para o seu exercício regular não constituem empresários
já profissionais, também prestadores de serviços, mas que não se exige essa mesma
formação para o exercício legal da atividade, como manicures

A PRINCIPAL DIFERENÇA ENTRE FUNDAÇÕES E CORPORAÇÕES É QUE A


PRIMEIRA É FORMADA POR CONJUNTO DE BENS E A SEGUNDA POR
CONJUNTO DE PESSOAS, ainda que em casos como o das associações ambas
(associações e fundações) funcionem sem fins lucrativos.
RESPONSABILIDADE CIVIL
1. OBJETIVA
independe da culpa do agente
risco integral/ administrativo
EXCEÇÕES
-culpa exclusiva da vítima
-caso fortuito (natureza)

REVISÃO AP1 - DIREITO CIVIL I (2023.1)


12
-força maior(algo humano)
2.SUBJETIVA
necessária comprovação de culpa latu sensu pelo agente
Nos casos de pessoa física, na maioria dos casos será admitida a necessidade de comprovação de
culpa pelo agente danoso; já em pessoa jurídica há uma divisão acerca da responsabilidade
- PJ de Direito Público
responsabilidade OBJETIVA (arts 37 §6º da CF juntamente com art 43 do CC)
- PJ de Direito Privado
contratual:
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e
atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de
advogado.
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não
preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e
danos.
extracontratual:
- objetiva quando:
relações de consumo
meio ambiente
contrato de transporte em geral
prestadoras de serviços públicos (todos os tipos de atividades que sejam regulados pelas
Agências Nacionais)
- subjetiva
obedece os requisitos dos arts 186 e 927 do Código Civil
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
“A desconsideração é medida extrema, excepcional, somente admitida episodicamente, quando
presentes os requisitos legais. As regras sobre a desconsideração da personalidade jurídica reclama
interpretação RESTRITA, não sendo possível o seu estabelecimento para contemplar situações não
estabelecidas expressamente” (Chaves)
1. desvio de personalidade
PJ tem um objetivo no seu registro mas está atuando em outra função
2. confusão patrimonial
para cumprir com as obrigações financeiras, quando for percebida confusão entre
patrimônio de CNPJ e CPF (muito comum dono de empresa fazer dívidas com o caixa da
empresa em seu nome ou vice versa), será desconsiderado o CNPJ, alcançando a pessoa
física para que o patrimonio dessa seja usado para o cumprimento da obrigação
!!!!! a personalidade jurídica não se extingue com a desconsideração, é algo
momentâneo, apenas para satisfazer a situação que a motivou !!!!!
REVISÃO AP1 - DIREITO CIVIL I (2023.1)
13

DOMICÍLIO DA PJ
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e
administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos
constitutivos.
§ 1º Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um
deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
§ 2º Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por
domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas
agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.

REVISÃO AP1 - DIREITO CIVIL I (2023.1)

Você também pode gostar