Caderno de Direito Civil I –
Professora. Cintia Konder
Apresentação da matéria
Direito Civil 🡪 Famílias, bens, contratos e etc.
Remissão🡪 é aquilo que remete a um artigo especifico.
Conceito de Direito Civil🡪 é o ramo do direito privado
que tem por objetivo regular as relações entre os
particulares denominados sujeitos de direitos, sejam
eles pessoas naturais ou pessoas jurídicas, no que diz
respeito ao patrimônio, a família, a propriedade, ou
seja, aos interesses patrimoniais e existenciais.
Sujeitos de Direito
*Sujeitos de direito possuem direitos e obrigações.
Quando esses sujeitos são menores de idade quem
responde por seus atos são os responsáveis.
🡪Pessoa Natural
🡪Pessoa Jurídica
Sujeito de Direito
Personalidade Civil ou Jurídica
🡪A personalidade é a aptidão para adquirir direitos e
obrigações.
De acordo com o 1° do CDC: “Art. 1 o Toda pessoa é
capaz de direitos e deveres na ordem civil”.
🡪STF constituição
🡪STJ maior importância
🡪Contamos somente do 1° ao 9° Art. em números
ordinais depois disso apenas nos referimos ao Art. por
meios dos números cardeais.
🡪Sumulas: são resumos do posicionamento dominante
no tribunal.
🡪Sumulas Vinculantes: são resumos do posicionamento
do tribunal, mas que nesse caso ela obriga que todo o
Poder Judiciário e a Administração Pública siga o que foi
dito por ela.
Direito Público Preocupa-se com os interesses
públicos.
Direito privado Preocupa-se com os interesses
dos particulares
Conceitos importantes
Concepturo: É o ser que ainda não foi concebido, ou
seja, que ainda não foi existido. Uma prole eventual.
Nascituro: É o ser já concebido, no entanto, aina está
no ventre da mãe aguardando a eventualidade do
nascimento com vida.
Natimorto: Já nasce morto.
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do
nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a
concepção, os direitos do nascituro.
Momento de aquisição da personalidade 🡪 3
Correntes
Corrente Natalista (majoritária): a personalidade
jurídica se dá a partir do nascimento com vida.
Corrente Concepcionista (minoritária): o nascituro já
possui personalidade jurídica.
Corrente da Personalidade Condicional (mista): o
nascituro já adquire personalidade condicionada ao
nascimento com vida.
🡪Os animais não são sujeitos de direitos, mas são
contemplados por leis de proteção aos irracionais
(disposições contra maus tratos, perseguição, extinção
ou brutalidade).
Capacidade Civil ou Jurídica
🡪Toda pessoa sendo “capaz de direito e deveres” faz
surgir a noção de capacidade que entrosa com a de
personalidade e pessoa.
Capacidade: é a aptidão de direitos e deveres, por si ou
por outrem, atos da vida civil
Capacidade exprime poderes ou faculdade;
Personalidade é a resultante e pessoa é o ente que a
ordem jurídica outorga esses poderes.
Capacidade de direito ou de gozo: aptidão adquirir os
direitos e contrair deveres 🡪 todas as pessoas possuem.
Capacidade de fato ou de exercício (Art °5 CC): quem
pode exercer seus direitos e obrigações: adquirem após
atingirem a maioridade, ou seja, 18 anos aqui no Brasil
e com a emancipação.
Capacidade de exercício é diferente de legitimação
(aptidão especifica exigida para a pratica de certos atos
civis).
Emancipação
É a antecipação da idade civil / maioridade (art. °5 do
CC)
Tipos de Emancipação
Emancipação Legal (Art. °5 CC)
🡪Por outorga ou concessão de ambos os pais
🡪Ter no mínimo 16 anos
🡪Feita no cartório de notas
🡪É irrevogável
🡪Extingue o poder familiar (art.1635, inciso II) fazendo
cessar a condição de pupilo (art.1763, inciso I)
🡪É direito dos pais e não do adolescente
🡪Ambos os pais devem concordar, ou “quando na falta
de um” por falecimento ou desaparecido.
🡪A outorga conjunta ou não constará de instrumento
público que dispensa a homologação judicial.
🡪Após a emancipação no âmbito civil, se a pessoa
cometer algum dano, quem responde por seus atos são
os pais já que a “emancipação voluntaria” por si só não
afasta a responsabilidade civil dos pais (STJ)
Emancipação Judicial (art. °5, parágrafo único, inciso I,
parte 2 “do meio da frase para frente”)
🡪Ter 16 anos completos, o tutor é ouvido, Ministério
Público (O promotor de justiça vai representar o que o
MP defende, como fiscal da ordem jurídica dará sua
oitiva) decisão judicial/ sentença
🡪Oitiva = “parecer”🡪 parece que o adolescente pode
ser emancipado
Emancipação Legal (art. °5, paragrafo único, inciso II a
V)
🡪Basta que a pessoa cumpra os requisitos legais
previstos em lei para que esteja automaticamente
emancipado.
Exemplos
🡪 Inciso II casamento civil (art.1517 CC, art.1520 CC)
*Casamento civil celebrado por um juiz de paz
*Até o ano de 2019 o art.1520 permitia que houvesse o
casamento com menores de 16 anos, se caso houvesse
gravidez.
*Art.1520 Sob nenhuma hipótese não é permitida o
casamento de menores de 16 anos.
*Art.1517 diz que o homem ou a mulher podem se
casar com a autorização de ambos os pais. Se caso haja
uma discordância de uma das partes aplica-se o
disposto do art.1631.
🡪Inciso III exercício de emprego público efetivo;
*A lei do concurso público exige que a pessoa tenha 18
anos para poder exercer o exercício do emprego. Essa
questão é difícil de acontecer.
🡪Inciso IV colação de grau em estabelecimento de
ensino superior;
*Circunstância que possuam status de ensino superior
🡪Inciso V relação de emprego ou estabelecimento
comercial -16 anos+ economia própria em virtude dessa
relação de emprego ou comércio.
*O sujeito deve ter entre 16 e 17 anos, possuir um
emprego e a partir desse emprego ele consiga sua
independência econômica, ou seja, financeira.
*Para que essa situação ocorra o individuo não deve
depender financeiramente dos seus pais.
*Economia própria= independência financeira.
Incapacidade
🡪Falta de capacidade de exercício ou de fato em razão
das hipóteses previstas em lei (art.3 e 4)
Tipos de Incapacidades
Incapacidade Absoluta (Ar.3 CC): Considera-se que a
pessoa não possua discernimento para a prática de atos
da vida civil e por isso ela deve ser representada por
seus pais, tutor ou curador.
*Menor de 16 anos
*Art 3°: São absolutamente incapazes de exercer
pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16
(dezesseis) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
2015) (Vigência)
Incapacidade Relativa (Art. 4CC): São incapazes de
exercer certos atos civis ou pelo menos a maioria deles.
Considera-se que já haja discernimento, mas não o
suficiente para que a pessoa pratique sozinha atos da
vida civil, por isso ela deve assistida.
*Art. 4°: São incapazes, relativamente a certos atos ou
à maneira de os exercer: (Redação dada pela Lei nº
13.146, de 2015) (Vigência)
Representação ou Assistência
Representação: Incapacidade Absoluta, representantes
legais: pais, tutor e curadores.
Assistência: Incapacidade Relativa, assistidos por
representantes legais.
Ao individuo Relativamente Incapaz por idade é
permitido a pratica de alguns atos, podendo ele opinar
e assim gerar algum conflito entre o assistido e o
assistente.
🡪Ter mais de 16 e menos de 18
🡪A incapacidade por idade permite que o indivíduo
faça dois atos:
● Fazer testamento
● Procurador de alguém (Art.666)
Relativamente Incapaz
🡪 Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela (Não se tornam
incapazes automaticamente)
● Hebrios e viciados em tóxicos (III)
🡪Viciados em álcool, não conseguem ficar sem beber,
por conta do álcool seu discernimento acaba sendo
afetado.
● Aqueles que, por causa permanente ou
transitória não podem manifestar sua
vontade. (I)
🡪Exemplo: Coma
● Pródigos (V)
🡪É a pessoa que dilapida o próprio patrimônio e muitas
vezes o da sua família em razão uma diminuição soa eu
discernimento na administração de seu patrimônio.
*Interdição: É um ato que retira de determinada
pessoa a possibilidade de administrar seus bens.
Exemplo: uma pessoa viciada em drogas, que vende
seus bens para manter o vício
Esse ato é feito por meio de uma ação judicial, na qual,
o interessado abre uma ação que será mediada por um
juiz, marca-se uma entrevista para saber a impressão
pessoal da pessoa.
Observação: A capacidade do índio sera decidida em lei
especial. (Lei n° 6001/73)
Observação: Capacidade de exercício é diferente de
legitimidade. 🡪 Legitimidade é a capacidade especifica
para a pratica de determinada função/ato.
Para deixar de ser Relativamente Incapaz
🡪É necessário que se tenha o discernimento
estabilizado
🡪O processo é arquivado
🡪O juiz verifica se a pessoa está capaz novamente.
Extinção da Personalidade
Somente com a morte termina a personalidade jurídica,
não significando abolição dela a cassação de direitos
políticos, prevista na Constituição, art. 15.
A extinção da pessoa natural termina com a MORTE.
(Art. 6°CC).
Morte
Morte Real
🡪Ocorre quando se tem o atestado de óbito,
reconhecimento do coroo.
Morte Presumida
A presunção da morte vigora tão somente para efeitos
patrimoniais. Não implica o fim da personalidade, pois
que o regresso do ausente ao seu domicilio é
reconhecido e produz efeitos previstos em lei.(artigo
39)
🡪A presunção da morte se dará por via judicial, da
iniciativa dos interessados (esposa, companheira,
parentes sucesso ariais ou quem possui legitimidade.
Realizadas as buscas e averiguado as provas. O juiz
declarará a presunção da morte (art 9)
🡪Para estabelecer o momento da morte cumpre-se a
emissão de certidão de óbito, na falta desta, utilizar
meios supletivos.
● Sem ausência
Art 7°, I e II -Pode ser declarada a morte presumida,
sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem
estava em perigo de vida;
🡪Voo de avião, escalar no Everest, Naufrágio.
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito
prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o
término da guerra.
● Com ausência
Art. 22 ao 39
Conceito de ausência (Art.22): É a hipótese de que ama
pessoa desaparece do seu domicilio, sem deixar
noticias e sem deixar um procurador que possa e queira
administrar seus bens.
Fases da ausência
🡪A curatela do ausente se da seguinte forma :
caracterização da ausência, a da sucessão provisória e
sucessão definitiva.
1) Custodia dos bens do ausente (art 22 a 25)
🡪O juiz nomeara um curador para que se faça tal
procedimento, na ausência do representante do
ausente.
2) Sucessão Provisória (art 26 a 36)
🡪Passado um ano da publicação do primeiro edital,
sem que se saiba do ausente, e não tendo comparecido
seu procurador ou representante poderão os
interessados requerer que se abra a sucessão
provisória. Os interessados estão presentes no artigo
27. A sucessão provisória visa a entrega dos bens aos
sucessores presuntivos, ou a proteção dos credores de
dividas já vencidas, ou a tutela de quem tiver sobre os
bens algum direito dependente da morte do
desaparecido. Sucessor é provisória e condicional.
Decorrido o prazo legal, em que amarela qualquer
interessado na sua sucessão. O MP promovera a citação
por edital dos possíveis herdeiros. E se ninguém a
parecer serão bens considerados vagos ou vacantes,
com a nomeação do curador, mas sem prejuízos dos
herdeiros. Decorridos 10 anos serão os bens
incorporados ao município.
3) Sucessão Definitiva (art 37 a 39)
🡪Decorrido 10 anos de julgado da sentença que
concedeu s a abertura da sucessão provisória, ou
quando o o ausente completar 80 anos de idade, se de
cinco anos datam suas ultimas noticias, poderão os
interessados requerer a sucessão definitiva e
levantamento das cauções , ou quando houver certeza
da mote do ausente. Os sucessores deixam de ser
provisórios. Adquirem o domínio e a livre disposição
dos bens. Mas as propriedades assim adquiridas são
resolúveis, pois se o ausente aparecer nos dez anos
seguintes a abertura da sucessão definitiva, os bens lhe
serão entregues no estado que se acharem ou o preço
de sua alienação. Se ele voltar depois de ter passado
esses 10 anos nada ele recebe.
*Procurador: Pessoa com poder de administrar
Processo de nomeação do Curador
🡪O juiz irá nomear o curador, pessoa que vai
administrar os bens do ausente. Antes de mais nada, se
faz a ARRENDAÇÃO dos bens do ausente, ou seja, a
listagem dos bens do ausente.
🡪O juiz mandará publicar no Diário Oficial, de dois em
dois meses, avisos para que o ausente volte e
geralmente esse processo dura em torno de 1 ano.
🡪O cônjuge do ausente, sempre que não esteja
separado judicialmente ou de fato por mais de dois
anos antes da declaração de ausência, será o seu
legítimo curador (art. 25). Na falta do cônjuge, a
curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos
descendentes, nesta ordem, se não houver
impedimento que os iniba de exercer o cargo ( art.25, §
único, I). Na falta das pessoas mencionadas, o juiz
escolhe o curador.
🡪Se o ausente retorna, cessa imediatamente a
curadoria, o mesmo acontecendo, no caso em que haja
notícia certa de sua morte. Decorrido o prazo sem que
reapareça o ausente, ou sem que se tenha notícia de
sua morte, pedem os interessados que se abra a
sucessão provisória.
De acordo com o art.26 CC- decorrido um ano da
arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou
representante ou procurador, em se passando três
anos, poderão os interessados requerer que se declare
a ausência e se abra provisoriamente a sucessão.
🡪A sentença que determinar a abertura da sucessão
provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias
depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe
em julgado, o inventário e eventual testamento são
abertos como se o ausente estivesse morto, embora
não exista ainda tal presunção.
🡪Os herdeiros recebem a posse dos bens, não se
tornam proprietários. - Interessados: cônjuge não
separado judicialmente; herdeiros presumidos,
legítimos ou testamentários; os que tiverem sobre os
bens do ausente direito dependente de sua morte; os
credores de obrigações vencidas e não pagas.
Observação: Separado não pode ser curador.
De acordo com o art.25 CC- Se quando casado ou em
união estável, o curador pode ser ou o cônjuge ou a/o
companheiro (a).
Ordem da Herança
1) Descendentes + conjug/companh
2) Ascendentes +conjug/companh
3) Conjug/Companh
4) Colaterais (irmãos, tios, sobrinhos)
*Os herdeiros necessários podem gastar os
rendimentos oriundos de tais bens, por exemplo,
alugueis caderneta de poupanças e etc.
*Os herdeiros não necessários, por exemplo, os
colaterais e testamentários, eles só podem gastar 50%
dos rendimentos dos bens sendo que a outra metade
deve ser capitalizada 🡪 se caso o ausente voltar antes
da presunção de morte, os bens investidos retornam
para ele.
🡪Os herdeiros somente se tornam proprietários após a
morte presumida.
Sucessão Definitiva (37 ao 39)
Quando é iniciada?
→ início: I: 10 anos do trânsito em julgado da sentença
que abriu a sucessão ou II: ausente desapareceu com 75
anos de idade há 5 anos não se tem notícias dele (no
momento, tem 80 anos)
O que acontece nessa fase:
● Efeitos pessoais
→Declaração de morte presumida
→Uma vez que se presume a morte quem era casado se
tornara viúvo.
● Efeitos patrimoniais
→ os herdeiros recebem a propriedade dos bens, no
momento que se tem a propriedade a pessoa pode
dispor dos bens.
→Essa fase dura 10 anos, mas se o ausente voltar ele
tem direito a receber os bens no estado em que se
encontrarem.
→ As pessoas recebem de fato esses bens se a pessoa
de fato morreu.
🡪Durante esse período, a propriedade é resolúvel=
extinguir (pode ser extinta)
*Resolver no direito civil quer dizer "Extinguir”, ou seja,
finalizar.
*Resolúvel → pode ser extinta em relação aos herdeiros
caso o ausente volte.
Comoriencia ART, 8 CC 🡪 premoriente= morreu
primeiro
O que é?
🡪Por ficção jurídica a herança é transmitida no exato
instante da morte. (Princípio ou Direito Saisine)
→ Comoriencia é a presunção de morte simultânea
entre os Corrientes
🡪 Solução jurídica utilizada pelo direito civil para a
hipótese em que duas ou mais pessoas com vínculo
sucessório falecem na mesma ocasião, não
necessariamente no mesmo local e não é possível
determinar qual delas morreu primeiro. Nesse caso,
presumem-se simultaneamente mortos
Exemplo: Casal sem filhos nem pais vivos, cada um
tendo um irmão, falece em acidente → marido falece→
herança para a esposa → mulher falece —> herança
100% irmão da mulher; porém, na hipótese da
comoriencia, 50% para cada irmão
DOUTRINA
A personalidade, como tributo da pessoa humana,
está indissoluvelmente ligada. Sua duração é a da vida.
Desde que vive e enquanto vive, o ser humano é
dotado de personalidade. No entanto, antes do
nascimento com vida não há personalidade. Mas a lei
cuida, em dadas circunstancias, de proteger e
resguardar os interesses do nascituro. Os dois
elementos que caracteriza a personalidade jurídica é o
nascimento e a vida. Ocorre o nascimento quando o
feto é separado do ventre da materno, seja
naturalmente, seja com auxílio de recursos
obstétricos. Não é necessário que se cogite o tempo de
gestação ou indagar-se o nascimento ocorreu a termo
ou antecipado. É necessário que se preencha a
condição de nascimento, que se desfaça a unidade
biológica, de forma a constituírem mãe e filho dois
corpos com economia orgânica própria. A vida do novo
ser configura-se no momento em que ele opera a
primeira troa de oxigênio e a partir desse momento se
afirmar a personalidade civil. O direito brasileiro
sempre afastou de si as condições que os demais
povos impunham sobre o ser para que ele fosse
considerado um indivíduo capaz de adquirir
personalidade. Assentado o começo da personalidade
no nascimento com vida, somente a partir de então
existe uma pessoa em que se integram direitos e
obrigações. Nascendo vivo, ainda que morra em
seguida, o novo ente chegou a ser pessoa, adquiriu
direitos, e com sua morte os transmite. O nascituro é o
embrião que, implantado no útero, é apto a
desenvolver-se ou maturar se até o nascimento,
diferentemente do embrião excedentário, que não
tem essa capacidade por si só. Somente com a morte
termina a personalidade jurídica, não significando
abolição dela a cassação de direitos políticos, prevista
na Constituição, art. 15.
Pessoa Jurídica
Conceito: Pessoas Jurídicas é um ente distinto das
pessoas e/ou dos membros que o compõe, que podem
ser constituídos por lei, como é o caso dos entes
federativos, ou seja, as pessoas Jurídicas de direito
Público interno ou a partir da vontade das pessoas e do
registro do ato constitutivo no órgão competente. A
partir daí recebem personalidade jurídica e uma série
de atributos tais como, por exemplo, nome, número de
identificação (CNPJ), domicílio, direitos e obrigações
próprios e o mais importante de tudo responsabilidade
própria, ou seja, é a pessoa jurídica e não aqueles que a
compõe que responderão perante terceiros com o
próprio patrimônio.
🡪As pessoas jurídicas podem ser uteis para a
sociedade, mas também podem ser perigosas devido ao
seu poder econômico que vão concentrando.
Pessoas Jurídicas no direito Público (ART 40 CC)
🡪As pessoas jurídicas de direito público são
organizadas por leis componentes do direito público,
ao qual cabe estabelecer todas as condições de
aquisição e exercício de direitos, a instituição de seus
deveres
e a definição das condições de sua capacidade.
● Externo (ART 42 CC)
→São os Estados externos ao Brasil, por exemplo.
● Interno (ART 41 CC)
→ União, Estados da federação, municípios, territórios,
autarquias públicas (UFRJ), fundações públicas.
Pessoas Jurídicas no direito Privado
● Associações (ART 44, I CC)
● Funções Particulares (ART 44, III CC)
● Sociedade + ART 44, II CC)
● Organizações Religiosas (ART 44, IV CC)
● Partidos Políticos (ART 44, V CC)
*Todas as pessoas Jurídicas possuem personalidade
jurídicas próprias separados das pessoas que as
compõem.
● Constituição
🡪Para a sua constituição são necessários três
requisitos: vontade humana criadora, a observância
das condições legais de sua formação e a liceidadede
seus propósitos
🡪Em termos de formalidade é necessário um
documento de constituição ou instituição, que pode ser,
por exemplo, um contrato social ou um estatuto social.
(A lei irá dizer qual será usado)🡪 ato constitutivo
🡪Se faz uma assembleia para saber se o ato
constitutivo será aceito.
● Momento de aquisição da personalidade
jurídica (art 45 CC)
🡪De acordo com a “Teoria da Realidade Técnica” que
diz que a pessoa jurídica adquire sua personalidade
jurídica/civil a partir da inscrição (registro) dos atos
constitutivos no órgão competente, ou seja, é preciso
que se pegue toda a documentação e que se protocole
no órgão competente. A pessoa jurídica somente
recebe a personalidade após a inscrição dos atos
constitutivos.
● Efeitos jurídicos decorrentes da aquisição da
personalidade jurídica
🡪 Os efeitos são a aquisição do nome, número de
identificação (CNPJ), domicílio, direitos e obrigações
próprios e o mais importante de tudo responsabilidade Fundação Particular (artigo 62 e 63)
própria, ou seja, é a pessoa jurídica e não aqueles que a
🡪 É uma reunião de bens livres, ou seja, que não
compõe
possuem nenhum ônus pesando sobre eles.

🡪Se caso alguém queira instituir uma organização não

que responderão perante terceiros com o próprio se pode reunir bens onerados, ou seja, bens que sirvam
patrimônio. de garantia para uma negociação.

🡪Única instituição criada para funcionar em vida do

● Administração de pessoa jurídica (presentar)
🡪A pessoa jurídica tem um órgão chamado
“Administração” , ou seja, o órgão da Administração
presenta a pessoa jurídica🡪 apresenta a vontade da
pessoa jurídica.
instituidor ou após a morte do instituidor. Dessa forma,
em vida se faz por escritura pública e se caso somente
se queira que seja efetivada após a morte ela pode ser
criada por testamento.
🡪Pode ser uma pessoa jurídica perigosa se caso o
Ministério Público não verifique e aprove sua fundação.

🡪A pessoa jurídica se manifesta a partir do órgão de

Administração Sociedade (artigo 981)
**Empresa é a atividade econômica reunida. 🡪Reunião de pessoas jurídicas

● Espécie de Pessoa Jurídica 🡪Se caso a pessoa jurídica queira distribuir os lucros a
pessoa jurídica correta a se usar é a sociedade.
Tipo de Pessoa Ato Constitutivo Órgão Competente
Jurídica para Registro
Sociedade LTDA
Associação Estatuto Registro Civil de
Pessoas Jurídicas 🡪É aquela em que se é possível ver quem são os sócios
como, por exemplo, o escritório odontológico.
Fundação Estatuto Registro Civil de
Particular Pessoas Jurídicas

Sociedade Depende
● Desconsideração da personalidade jurídica
Partido Político Estatuto Registro Civil de
Pessoas Primeiramente inicia-se um processo de liquidação, pois
Jurídicas,TER. antes da baixa nos atos constitutivos é necessário que
seja visto os pagamentos de quem ainda não foi pago e
Org. Religiosa Estatuto Registro Civil de quem deve a pessoa jurídica. No final é feito uma
Pessoas Jurídicas assembleia para a aprovação de contas. A
Personalidade Jurídica se perde somente quando é
Sociedade S/A Estatuto Junta Comercial
dado baixa nos atos constitutivos informando aos
Sociedade Contrato Social Registro Civil da órgãos competentes que ela não está mais ativa.
LTDA Pessoa Jurídica ou
Junta Comercial 🡪A desconsideração da pessoa jurídica deve ser formal.

● Discordância da Personalidade Jurídica

Associações (artigo 53 e 54)
🡪 São conjunto de pessoas jurídicas. Não possui
finalidade econômica, ou seja, ela não pode distribuir os
lucros para as pessoas que compõe a associação. Unem
seus esforços para e vontades dirigindo-os a um fim
comum. Há a personificação das vontades coletivas, das
vontades individuais dos participantes. Não há um
órgão erificado especifico quando recebe dinheiro
público TC fiscaliza quando não indireta.
É a hipótese na qual o juiz, à requerimento do
interessado ou do Ministério Público quando este tiver
a competência para atuar no processo, é deixado de
considerar momentaneamente apenas naquele caso
que a pessoa jurídica tem personalidade civil com o
objetivo de atingir os bens pessoais das pessoas que
integram a pessoa jurídica e que foram beneficiados de
forma direta ou indireta pelo abuso da personalidade
jurídica
Teoria do levantamento do véu corporativo, Teoria da
separação, Teoria da Penetração, “Piercing the
corporative veil”, “Lifting the corporative veil.
🡪Art 50 CC
Hipóteses
● Confusão Patrimonial
🡪Entende-se como confusão patrimonial a ausência de
separação de fato entre os patrimônios, caracterizado
por:
I- Cumprimento repetitivo pela sociedade de
obrigações do socio ou do administrador ou
vice-versa.
II- Transferência de ativos ou de passivos sem
efetivas contraprestações, exceto os de
valores proporcionalmente insignificante, e
III- Outros atos de descumprimento da
autonomia do patrimônio.
● Desvio de Finalidade
🡪Entende-se como desvio de finalidade, é a utilização
da pessoa jurídica com o proposito de lesar credores
para a pratica de atos ilícitos de qualquer natureza
● Teoria maior (adotada pelo CC)
🡪É a teoria que entende que deve ser comprovada a
fraude para ocorrer a desconsideração.
● Teoria Menor
🡪É a teoria que diz que basta que o credor comprove o
seu prejuízo para que haja a desconsideração.
🡪Muitos juízes da área trabalhista adotam essa teoria.
● Discordância Invertida da Pessoa Jurídica
Faz-se requerer a desconsideração da personalidade da
pessoa jurídica para retirar do seu patrimônio bens que
estejam indevidamente registrados em nome da pessoa
jurídica para que sejam devidamente registrados em
nome do titular.
Direitos da Personalidade
São direitos que resguardam a dignidade da pessoa
humana 🡪clausula geral de tutela da pessoa humana.
Conceito de Personalidade
● Gerais ou Inatos: são atribuídos a pessoa pelo
simples fato de serem pessoas.
● Absolutos: são oponíveis a todos, todos devem
respeito aos direitos da personalidade do outro.
● Intransmissíveis: são direitos que não podem
ser dispostos seja por venda ou doação.
● Imprescritível: → Quer dizer que o passar do
tempo sem que a pessoa utilize um direito da
personalidade dela não faz com que ela perca o
seu direito.
→ Uma vez violado se começa a contar um prazo
para que a pessoa venha a requerer na justiça civil.
O prazo è de 3 anos para entrar com uma ação.
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos
da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não
podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
● Extrapatrimoniais→ Porque não são suscetíveis
de valoração, ou seja, não é possível realmente
estabelecer um valor econômico aos direitos da
personalidade.
**Existem medidas judiciais que se podem tentar fazer
tanto pra prevenir (criminais e civis) quanto para punir
uma violação.
🡪Medidas repressivas ou medidas punitivas
Quando se viola o DIREITO DA PERSONALIDADE causa-
se um DANO MORAL
Dano moral
● Conceito subjetivo: A dor, o vexame, a
humilhação, a dor da alma, a dor psicológica
→ está ligado ao sujeito, ou seja, a interpretação é
muito pessoal. Conceito perigoso
● Conceito objetivo: Uma violação aos direitos
da personalidade
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a
proteção dos direitos da personalidade.
Crítica ao artigo 52 → Defendem que sendo o direito da
personalidade criado para tutelar a dignidade da pessoa
humana não seria o caso de se aplicar a pessoa jurídica.

Estudo do direito da Personalidade em espécie
Artigos 13, 14 e 15 CC
Art.13🡪atos de disposição do próprio corpo
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de
disposição do próprio corpo, quando importar diminuição
permanente da integridade física, ou contrariar os bons
costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será
admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em
lei especial.
Critérios
● Diminuição permanente
Exceção
→ Doação de órgãos duplos, que não causem um dano
ao doador.
🡪Cirurgia de redesignação sexual
● Bons costumes
● Finalidade terapêutica
→ Recomendação/ exigência médica
Art.14 É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a
disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em
parte, para depois da morte
Lei. 9434: Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e
partes do corpo humano para fins de transplante e
tratamento e dá outras providências.
Direito da Personalidade psicofísica- Conclusões
Casos mais tratados
● Direito da autodeterminação Informativa (artigo 15
CC)
🡪O artigo diz que ninguém é obrigado a se dubmeter a um
procedimento que tem o risco de vida sem o seu
consentimento.
🡪Nós temos direitos de autodeterminação, ou seja, n´ós que
decidimos, contanto que a pessoa tenha capacidade de
exercício, caso contrário os representantes decidem.
🡪É necessário que a pessoa seja informada sobre os
principais riscos que tal procedimento ou cirurgia possui.
(Princípio da Autodeterminação Informativa)
● Disposição do Corpo “ Inter vivo” e “ Causa mortis”
(artigo 16 CC/ Lei 9434)
🡪De acordo com o artigo 4° da lei de transplante quando a
pessoa é casada ou possui união estável quem decide se o
individuo pode doar é o companheiro ou o cônjuge e se caso
o individuo não seja casado quem decide é o parente.
● Cirurgia de Redesignação Sexual e testemunhas de
Jeová
🡪Ela é permitida, no entanto deve seguir uma serie de
condutas. Além disso, para que seja realizada a cirurgia tal
procedimento dura em média 2 anos.
● Transfusão Sanguínea e Testemunha de Jeová
🡪Nesse caso, o que entra em conflito são os direitos de
liberdade religiosa e o de direito a vida, pois ambos possuem
valores iguais.
Direito ao Nome (artigo 15 ao 19)
● Prenome
🡪é o sinal de identificação da pessoa. Deve ter
necessariamente duas partes
● Nome da família, Patrimonio e Sobrenome
● Agnome
🡪É o sinal que diferencia duas pessoas da mesma família com
o mesmo nome. Por exemplo: Júnior, Sobrinho, Primeiro e
etc.
Princípio da Imutabilidade (Regra)
Ocorrência da mudança de nomes: Adoção, quando se atinja
a maior idade, programa de proteção a testemunha.
Direito a Imagem (artigo 20= sumula 403 STJ)
🡪O direito da imagem não se restringe aos aspectos
fisionômicos o qual se condicionou determinar de direito de
imagem retrato, também não compreende apenas o conjunto
de atributos de uma pessoa que compreendem as suas
características decorrentes do seu comportamento social
chamado de imagem atributo que compreende também a
voz, , os escritos e a palavra.
🡪Sempre utilizar o artigo 20 + sumula 403
Imagem
● Imagem Retrato: É um aspecto fisionômico, pode
ser uma parte da pessoa ou ela inteira na qual seja
possível identifica-la.
 ● Imagem atributo: É um conjunto de características
fundamentais da e que por meio disso seja possível
identificar a imagem da pessoa projetada na
sociedade.
● Imagem e pessoas públicas: Seus direitos de
imagem são mitigados, mas somente em certas
ocasiões
Direito a Honra
Conceito: É o conjunto de qualidades relativas ao valor de
cada pessoa.
🡪Não há um artigo especifico para o direito a honra e
quando se fere a honra de alguém é sempre no sentido
depreciativo
● Honra Objetiva ou externa
🡪É aquela que tem relação sobre o que a sociedade pensa de
você. Sua reputação;
● Honra Subjetiva ou interna
🡪É aquela que tem relação com o que a pessoa faz de si, ou
seja, o que ela pensa dela própria. Mesmo que ninguém veja
a pratica do ato e que por conta disso acaba corroborando a
prejuízo psicológico.
Direito a Privacidade (artigo 21 CC)
Conceito: Atualmente é considerado um direito a ficar só, no
sentido de ser protegido nas esferas da intimidade, de
segredo dos dados pessoais (dados bancários, dados
médicos, sigilo comunicações, sigilo de correspondência), da
esfera privada de sua própria casa dentre tantas outras.
Direito a Domicilio (artigo 70 ao 78)
Conceito (artigo 70 do CC): O domicilio da pessoa natural é o
lugar onde ela estabelece sua residência com animo
definitivo de permanecer/ estabelecer definitivamente
(naquele momento de vida). É necessário que seja
demonstrado que o lugar seja o centro jurídico da pessoa.
Elementos (2 elementos que devem permanecer juntos)
● Elemento Objetivo: residência (o local)
● Elemento Subjetivo: animo definitivo
● Pluralidade de domicílios (artigo 71 CC):
Corresponde a dois lugares onde a pessoa
alternadamente vive.
● Domicilio Aparente (artigo 73 CC): Lugar onde a
pessoa pode ser encontrada
● Domicilio Profissional (artigo 72): Corresponde ao
lugar onde a pessoa realiza suas atividades
relacionadas ao trabalho.
● Domicilio Voluntário (artigo 70):
● Domicilio Legal ou Necessário (artigo 76)
🡪É aquele que a lei impõe
🡪De acordo com o art.76 tem domicilio necessário o incapaz,
o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.
O domicilio do incapaz é o do seu representante ou
assistente, o do servidor público, o lugar em que exerce suas
funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou
Aeronáutica , a sede do comando que se encontrar
imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio
estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que ele cumprir
sua sentença.
● Domicilio da pessoa jurídica (artigo75)
🡪 Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração
municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem
as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem
domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
§ 1º Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em
lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio
para os atos nele praticados.
§ 2º Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no
estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no
tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas
agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela
corresponder.
🡪Se caso a pessoa jurídica tiver mais um estabelecimento
será considerado também as outras extensões(filiais)
● Domicilio Contratual (artigo 78)
🡪 Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar
domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e
obrigações deles resultantes.
Clausula de Foro de Eleição🡪 É aquela clausula que diz que se
caso ocorra algum problema decorrido do contrato essa
clausula elege o lugar onde será resolvido o problema.
Objeto do direito- Bens (79 ao 103)
Conceito de Bens: paracompreender os bens é preciso
saber a noção de ‘coisa’, que é tudo aquilo que
existe com exceção do homem, por exemplo, o sol,
as estrelas, o céu. No entanto, para que uma coisas
seja considerada ‘bem’, é preciso que ela tenha duas
características.
Características
● Suscetível de avaliação econômica
● Suscetível de apropriação.
OB+ JECTUM” → tudo que é exterior ao sujeito
coisa → gênero
bem como espécie
**Coisa: tudo aquilo que existe com a exceção do homem.
Classificação
● Dos bens considerados em si mesmo
a) Dos bens quanto a mobilidade
● Dos imóveis
🡪São aqueles que não podem ser movidos de um lugar
para o outro em que ocorra destruição ou alteração de
sua forma. Ademais, o código exemplifica como bem
imóvel, por exemplo. O solo e tudo o que for
incorporado a ele de forma natural ou artificial (prédio,
casa e etc.)
🡪Todo procedimento de transmissão de propriedade
imóvel é muito mais formal do que um bem móvel.
🡪Quando há qualquer problema com o bem imóvel, os
cônjuges devem ser tomados como ciente os dois.
🡪Se caso o imóvel esteja no nome de apenas um dos
cônjuges e se ele foi adquirido durante o processo de
união o outro cônjuge também tem direitos sobre o
imóvel
🡪 OBS: art. 84 → materiais destinados a alguma
construção quando não utilizados são considerados
bens móveis. Quando são utilizados, são bens imóveis. -
Azulejos retirados para manutenção → bens imovéis →
art. 81, II
● Bens imóveis para efeitos legais
🡪Ao dizer que os direitos são bens imóveis, o código
civil quer dizer que, ele está querendo atrai duas
características: Direitos reais como, por exemplo, a
propriedade de um bem imóvel, as ações que as
asseguram (BO’s) e os direitos de sucessão aberta
(herança)
● Bens moveis
🡪São bens moveis aquilo que pode ser movido de um
lugar parar o outro, ou no caso dos semoventes,
aqueles que podem se deslocar por força orgânica
própria sem que ocorra destruição ou alteração da
forma. Muitas vezes, porém, quando o bem é deslocado
ou se desloca e ocorre a destruição ou alteração da sua
função social nesse caso não serão considerados bens
móveis.
🡪Quando se quer fazer a doação de algo é necessário
fazer a tradição.
● Dos bens moveis para efeitos legais
🡪 De acordo com o artigo 83 do CC: Consideram-se móveis
para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações
correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas
ações.
● Dos bens considerados recíprocos
Bens Principais
🡪São bens que possuem existência autônoma, ou seja,
não precisa de nenhum outro bem para existir
Bens Acessórios
🡪São bens que não possuem existência autônoma, por
isso precisam dos bens principais para existir.
Frutos: São bens que destacados dos bens
principais não causam a sua destruição, ou seja,
podem haver:
● Frutos naturais, que são os provenientes da
natureza.
● Frutos civis, que são rendimentos, por exemplo,
uma casa alugada recebe seus rendimentos.
(Perceber é um termo técnico para
investimentos civis) e
● Frutos industriais, aqueles que dependem do
trabalho do homem para serem produzidos.
Produtos: É o tipo de bem acessório que ao ser
destacado do bem principal causa a sua destruição.
Exemplo: Petróleo, pedra de uma pedreira
Benfeitorias: são obras ou melhoramentos feitos nos
bens principais pelo ser humano. Não é qualificado
como benfeitoria algo que tenha surgido sem a
intervenção humana. No artigo 97 diz que não é
considerada benfeitoria algo que o ser humano não
tenha feito.
 Benfeitorias necessárias: são aquelas indispensáveis a
manutenção ou conservação do bem principal
(Revitalizações, obras em casa e etc.),
Benfeitoras uteis: são aquelas que melhoram a
utilidade do bem principal, por exemplo, instalação de
um corrimão em uma rampa.
Benfeitorias voluptuárias: São aquelas que embelezam
o bem principal ou causam um deleite, por exemplo,
jardinagem, e etc.
Princípio da gravitação jurídica (97) :O bem acessório
segue o destino do bem principal
🡪Não se aplicam as pertenças
Pertença: É o bem que NÃO É parte integrante do bem
principal, mas é produzido com a finalidade de se
destinar de modo duradouro ao uso, ao serviço ou ao
embelezamento do bem principal.
🡪é um bem que não é um bem principal, mas também
não e um bem acessório. Ele é crido com a finalidade
ser instalado num bem principal para embelezamento
do bem principal
🡪Guardam uma relação de identidade para com o bem
principal.
● Dos bens quanto a titularidade
🡪A quem é o proprietário daquele bem
Bens públicos (art.98) → São bens cuja titularidade
é de uma pessoa jurídica pública.
Bens privados ou bens particulares (art. 98) →
aqueles que não são de titularidade de bens
privados.
Classificação dos bens públicos: “Teoria da
afetação” → afetado = destinado
● Bens públicos de uso comum ou coletivo (art.
99, I): bens destinados ao uso comum do povo
🡪São bens destinados/afetados ao uso das pessoas em
geral, ou seja, ao uso coletivo.
🡪A rua é um bem publico cujo os titulares não são as
pessoas que moram na vizinhança e sim o município.
Ela é destinada ao uso comum.
🡪O fato de ser público não significa que o bem deve ser
gratuito, mas sim que ele pode ser acessado por todos
● Bens públicos de uso especial (art. 99, II):
destinados/afetados pelo Estado para o
exercício de suas atividades (armas, viaturas,
prédios públicos)
🡪Está destinado/ afetado para que o Estado realize as
suas atividades especificas. Exemplo: O prédio da FND
esta destinada ao ensino de curso de graduação.
● Bens dominicais (art.99, III): não estão
afetados, ou seja, não estão destinados ao uso
comum do povo nem ao exercício de atividades
do Estado e por isso podem ser alienados.
🡪São bens desafetados, ou seja, não estão destinados a
nenhum tipo de finalidade, nem ao uso comum e nem
ao uso especial. Exemplo: Prédio Públicos desativados e
etc.
Alienar → dispor da propriedade. Ex: antigas
estradas de ferro, prédios públicos desativados
Teoria da afetação🡪As pessoas jurídicas de efeito
público não podem dispor da propriedade de bens
públicos de uso comum enquanto estão destinados a
essa atividade
🡪Somente os bens dominicais podem ser disposto, pois
não estão afetados.
Os Bens Classificados em si mesmo
● Bens quanto a fungibilidade (85 a 86)
Fungíveis → são bens móveis que podem ser
substituídos por outros da mesma qualidade,
quantidade e espécie. Exemplo: dinheiro em espécie,
livro, caneta etc.
Infungíveis → são bens móveis que não podem ser
substituídos por outros da mesma qualidade,
quantidade e espécie. Exemplo: livro autografado,
obras de arte.
Juridicamente infungíveis🡪 é um bem que por
natureza é fungível, mas que por contrato, ou pela lei,
se torna infungível. Exemplo: contrato de comodato
(aparelho de empresa de TV e devolução de livros da
biblioteca)
🡪Há bens que podem ser transformados em
infungíveis, é o caso do empréstimo dos livros da
biblioteca.

● Bens quanto a divisibilidade (87 a 88)
Bens divisíveis são bens que podem ser fracionados
desde que cada parte fracionada não perca o seu valor
proporcional ao todo nem a sua função social.
🡪Existem bens que são naturalmente divisíveis
Bens indivisíveis não podem ser fracionados por que as
partes fracionadas ao todo perderiam seu valor ao todo
ou sua função social. Exemplo: casa, carro.
Juridicamente indivisíveis (art. 88): bens naturalmente
divisíveis, mas que por contrato ou por lei podem se
tornar indivisíveis
**Venda casada é proibido, pois o indivíduo é meio que
obrigado a comprar algo. É necessário que se tenha a
venda dos objetos separados.
● Bens quanto a singularidade (89 a 91)
Bens singulares
🡪São bens considerados na sua individualidade, são
considerados únicos. Ainda que reunidos em conjuntos
de bens, eles serão considerados bens per si.
Bens coletivos
🡪São vários bens singulares reunidos em conjuntos
Universalidade
● Universalidade de Fato (artigo 90)
🡪É uma reunião de conjuntos de bens singulares com
uma destinação especifica. Exemplo: Objetos que eu
levaria para fazer uma prova.
● Universalidade de Direito (91)
🡪É uma reunião de relações jurídicas reunidas por
determinação da lei. Exemplo:
Relações jurídicas são relasses entre pessoas J ou N,
mas são relações que possuem efeitos jurídicos. São
relações que se predem pelas leis.
Exemplo:
Espolio em 60 dias a partir do falecimento da pessoa
deve ser levado ao juiz uma relação de quem são os
herdeiros além de informadas devem ser comprovadas.
- a pessoa que representa o de cujo ativamente ate o
processo do testamento.
Massa Falida: Ocorre quando uma empresa entra em
processo de falência.
**Patrimônio: “Patrimônio é o conjunto de relações
jurídicas positivas e negativas de uma pessoa”. -
Orlando Gomes.
Fato, Ato e Negócio Jurídico (artigo 104 a 188)
🡪Fato é um acontecimento
● Fatos Jurídicos
🡪É um acontecimento para o qual o ordenamento
jurídico prevê efeitos jurídicos
Fatos jurídicos “STRICTO SENSU”: são fatos oriundos
da natureza,
● Ordinários
🡪Sempre ocorrem como, por exemplo, o nascimento e
a morte
● Extraordinários
🡪Acontecem de vez em quando, uma vez ou outra,
como, por exemplo, a chuva da Serra que caiu aqui na
Serra do Rio de Janeiro. Caso fortuito ou força maior
são eventos extraordinários que ocorreram por conta
do fato extraordinário da natureza.
Atos da vontade humana (tanto faz a pessoa natural
quanto jurídica)
● Lícitos
🡪atos meramente lícitos, atos não negociais, atos
jurídicos stricto sensu, atos jurídicos em sentido estrito
(sinônimos)
● Ilícitos
🡪ato ilícito propriamente dito
🡪abuso do direito
Ato não negocial, ato jurídico “STRICTU SENSU”, ato
meramente licito ou ato jurídico em sentido estrito
🡪Um ato jurídico meramente ilícito é um ato de
vontade simples porque quando ele é praticado seus
efeitos jurídicos já estão previamente determinados em
lei, dessa forma, o agente apenas pode decidir se quer
ou não os praticar.
Exemplo: Perfilhação, Emancipação Voluntaria, Fixação
de domicilio, Caça e pesca quando permitidos.
Perfilhação é reconhecimento voluntario de filho
havido fora do casamento. A pessoa que vai perfilhar
somente deve pensar em um ato, perfilhar ou não
perfilhar.
Emancipação Voluntaria: Ato de vontade dos pais, os
pais devem pensar direito se vai ou não emancipar
Fixação de domicilio: É um fator de fixar competência
para propor uma ação.
Caça e pesca quando permitido: A partir do momento
que se pesca o peixe para o direito você se torna
proprietário daquele bem.
Ato jurídico ou ato negocial
🡪É um ato de vontade qualificada, pois o negociante
possui autonomia privada, isto é, um poder que lhe é
conferido pelo ordenamento jurídico para decidir os
efeitos jurídicos que quer ver realizados no negócio
jurídico. Por isso é dito que os efeitos jurídicos são
voluntados, ou seja, oriundos da vontade do
negociante. Exemplo: Testamento, Promessa de
Recompensa e Contratos.
🡪No negocio jurídico a pessoa pode negociar e decidir
os efeitos jurídicos do sistema jurídico.
🡪A autonomia privada é limitada.
Negocio jurídico é um topo de ato da vontade
considerado licito orientado pelo princípio da autônima
privada que confere ao negociante o poder de criar,
modificar e extinguir relações jurídicas além de criar os
efeitos jurídicos que pretende ver realizados. Deve se
ter atenção, pois autonomia privada não é absoluta, ela
é limitada pelos sistemas jurídicos.
Atos ilícitos
● Atos ilícito propriamente dito
● Abuso do direito
Classificação de Negócio Jurídico
● Classificação quanto ao numero de
manifestação de vontade necessárias para a
celebração do negocio
Unilateral: requer apenas uma declaração de vontade
opara que ele seja celebrado. Exemplo: Testamento e
Promessa de Recompensa.
Bilateral (Contrato): requer no mínimo duas
manifestações de vontade. Qualquer contrato
TODO CONTRATO É UM NEGOCIO JURIDICO, MAS NEM
TODO NEGOCIO JURIDICO É UM CONTRATO
Classificação de Negócio Jurídico
● Quanto o Sacrifico patrimonial
Negócios Gratuitos ou Benéficos 🡪 São negócios em
que somente uma das partes experimenta/tem
benefício de patrimônio e a outra benefício. Exemplo:
doador X 🡪doador X donatário.
Negócio Oneroso🡪 São classificados como onerosos
porque ambos os negociantes ambos experimentam
sacríficos e benefícios patrimoniais. Exemplo: Compra e
Venda, ou Locação (sacrifício patrimonial temporário)
Locação🡪sacrifício: sem uso do bem temporariamente
benefício: recebimento de alugueis
Locatário (inquilino)🡪 sacrifício: pagamento dos
aluguéis
Benefício: uso do bem temporariamente
Compra e venda
Comprador🡪sacrífico: pagamento do valor do bem e
benefício: adquire a propriedade do bem
Vendedor🡪sacrifício: deixar de ter a propriedade do
bem.
Benefício: receber o valor do bem
● Quanto ao modo de existência
Negócios Principais 🡪É um negócio jurídico autônomo,
tem sua existência independente de qualquer outro
negócio.
Negócios Acessórios🡪 É um negócio que não possui
existência autônoma, portanto, é necessário que haja
um negocio principal. Exemplo: Fiança
*O acessório segue o principal (principio da gravitação)
● Quanto ao momento de produção dos efeitos
Inter vivos🡪 são negócios que produzem os seus
efeitos durante a vida dos agentes negociante.
Exemplo: Empreitada, Compra e Venda.
Causa mortis 🡪 são negócios que so produzem efeitos
após a morte dos negociantes. Eexmplo: Testamento e
Seguro de vida.
● Quanto a forma ou a solenidade
Não formais ou Não solenes (107 do cc) 🡪 Principio da
forma livre ou Principio da livre forma, são negócios que
a lei não estipula forma especifica. Forma é a maneira
ela qual um negócio jurídico é celebrado. Exemplo:
Contratos de maneira verbal, de maneira escrita, por
exemplo temos a escritura pública.
Formais ou Solenes🡪 São negócios para os quais a lei
exige forma especifica. Exemplo: o testamento é super
solene, precisa de testemunha em número ímpar. O
testamento é o negócio mais personalíssimo. Outro
negócio solene é i pacto antinupcial e precisa ser por
escritura pública, caso contrário ele não será valido
(artigo 108)
Regra 🡪 artigo 107🡪 princípio da forma livre ou
principio da liberdade de forma.
Forma 🡪é a maneira pela qual se cobra um negócio
jurídico.
Exceção🡪a lei determina/especificar forma🡪 se não
seguir essa forma, o negocio é nulo (não produz efeitos
jurídicos)
(107🡪166 inciso IV cc). Exemplo de exceção: artigo 108
do cc🡪 não se pode celebrar por instrumento
particular, deve ser por escritura pública.
EXISTENCIA, VALIDADE E EFICACIA DO NEGOCIO
JURIDICO (escada ponteana)
“Planos do Negócio Jurídico”
1°Existencia: se preenchido os elementos de existência
posso passar para os requisitos de validade.
2°Validade (104 cc):se preenchidos os requisitos passa
para a eficácia.
3°Eficácia: exame da eficácia
No código jurídico não há previsão /analise da
existência, ele parte da validade🡪 artigo 104 cc
Elementos de existência
● Declaração/manifestação da vontade
● Objeto
● Forma
Requisitos de validade
● Requisitos objetivos (art.104, I,cc) -🡪 art 166,I,
cc (1)
● Requisitos objetivos ( art 104, II, cc) 🡪 art. 166,
II,cc (2)
● Requisitos formais ( art 104, III, cc) 🡪 art.166,
IV, cc (3)
🡪Se alguns desses requisitos, o negócio jurídico é nulo
(1)🡪capacidade de exercício (agente capza): 18 anos +
emancipação (requisito legal) + legitimado para o ato
(requisito doutrinário). Incapazes absolutamente sem
representação é negócio nulo.
(2)🡪Objeto licito, possível determinável. Licito 🡪objeto
não pode ser contrário a lei. Em conformidade com a
lei= licito. Possível🡪fisicamente e juridicamente.
Determinado/ determinável🡪objeto detalhadamente
descrito (café, tipo A, exportação, 100 sacas).
(3)🡪liberdade de forma🡪celebrar o contrato desde que
não defesa em lei (não proibida)
Prescrita🡪determinada
INVALIDADE DO NEGOCIO JURIDICO (artigo 166 e
seguintes)
🡪Um ato invalido ocorre quando não sabemos se um
negocio é valido ou invalido.
🡪Se o ato é anulável: qual o tipo de invalidade
Se invalido, qual espécie?
Invalidade (gênero):sanções que ordenamento jurídico
prevê
● Nulidade ou anualidade absoluta🡪 ato nulo,
não admite ratificação, gravíssimo. O juiz deve
reconhecer a nulidade ex officio. Ex officio ou
de oficio 🡪decisão sem requerimento.
Se celebrado um negocio nulo, é nulo desde o
começo.
🡪nulidade virtual🡪é aquela que não está expressa na 🡪A lei em regra fixará o prazo para anulação, no
lei entanto, em algumas hipóteses, o legislador dirá que o
caso é de anulação, mas não fixará prazo. Nesse caso, o
🡪As situações que são nulas são repudiadas. A nulidade
prazo deverás ser de 2 anos. Exemplo: art. 179 (para
é uma matéria de ordem pública, ou seja, o juiz pode de
quando a lei não fixa)
ofício sem requerimento de qualquer pessoa e declarar
a nulidade, pois é deve do juiz pronunciar a nulidade Observação: Quanto à nulidade: existem hipóteses nas
quando em seu conhecimento. quais o legislador dirá que o negocio é invalido sem
informar o tipo de invalidade. Nesse caso, há uma
Exemplo de clausula abusiva: algumas em planos de
solução no artigo 166, inciso VII, denominada nulidade
saúde.
virtual (não está expressa)
Efeitos jurídicos🡪 ex tunc (efeitos retroativos) X ex
nunc (não retroage)
NULIDADE ABSOLUTA ANULIDADE RELATIVA
Ex tunc: o juiz busca uma nulidade que sempre existiu
Sanção de ordem publica Sançao de ordem privada
🡪Nulificar/decretar nulidade
O juiz deve e pronunciar O juiz não pode conhecer
Conceito de nulidade: é uma sanção estabelecida por
ex officio e não pode pronunciar o
lei para os atos jurídicos e, geralmente que são
ex officio
praticados em violação ao que a lei estabelece como
fundamental para a sua pratica. Ato não convalesce pelo Ato anulado convalesce
decurso do tempo pelo decurso do tempo
🡪O ato jurídico não convalesce com o passar do tempo
(não deixa de ser nulo) Ato nulo não produz Ato anulável produz
efeito efeito ate que ( e se) o
🡪convalescer é recuperar
interessado fizer o
Nulidade relativa é o caso de uma clausula do contrato requerimento de
estar nula e deixar a parte correta do contrato e torna anulação no prazo da lei
sem efeito a clausula nula. (prazo decadencial)
Anulabilidade, nulidade relativa ea nulidade parcial🡪 Ato nulo não admite Ato anulável admite
tipo de sanção, porem é menos severa que a nulidade. ratificação (ou seja ratificação
Nesse caso, a lei também especifica o que deve ser validar)
seguido, mas deixa ao critério do interessado propor a
ação de anulação no prazo que a lei estabelecer. O Qualquer interessado, Somente as pessoas
Estado não pode decidir pela pessoa. incluindo Ministério interessadas podem
Público pode seguir requerer.
🡪menos grave, é uma sanção de ordem privada porque
o juiz não pode decretar de oficio. Exemplo: ato
anulável celebrado por relativamente incapaz, salvo
emancipado.
Defeitos ou vícios do negócio jurídico
🡪O ato anulável é considerado menos grave que o ato
nulo. Admite ratificação. O juiz pode conhecer de 🡪Artigo muito importante 178
officio/ ex officio de uma situação de anulabilidade.

🡪O ato anulável convalesce com o passar do tempo,
deixa de ser nulo se o interessado não propuser a ação
de anulação no prazo fixado em lei.
🡪Os efeitos da sentença não são retroativos à
celebração do ato (ex nunc)
ATENÇÃO
Conceito: Todo ato jurídico deve ser praticado de
maneira livre e consciente, os defeitos dos negócios
aplicáveis aos atos não negociais são institutos. Ou
seja, figuras jurídicas criadas para buscar remediar as
hipóteses nas quais tais atos tenham sido praticados
com a vontade desvirtuada por prejuízo a terceiros e
ate mesmo em situações excepcionais

🡪Sempre que no Código Civil a hipótese for de Classificação

anulação, a natureza jurídica do prazo será de
decadência.

● Defeito ou vicio da vontade ou do
consentimento (Erro) 🡪 artigo 138 a 144 cc
🡪É uma situação de engano espontâneo, o agente que
pratica o ato entende de modo errado as qualidades do
objeto, as qualidades da pessoa, as interpretações da
lei, o tipo de negócio que celebra, ou seja, tem uma
falsa percepção das circunstancias.
🡪A própria pessoa que entende errado algo
relacionado, por exemplo, a falsa percepção da
realidade, a compra de coisas que pensamos que tem
determinadas funções e não tem.
Requisitos para a configuração do ERRO
a) Substancialidade (artigo 139)
🡪Em relação ao DECLARANTE
Declarante: é a pessoa que manifesta a vontade em
relação a alguém ou alguma coisa. Exemplo: Quero
comprar essa casa.
Declaratório: é a pessoa em relação a qual a
manifestação de vontade é dirigida.
A substancialidade do erro significa que o erro diz
respeito a uma característica, a uma qualidade, a
interpretação da lei, ao tipo de negócio, de modo que
tenha sido o fator determinante para a pessoa ter
praticado o atoo, ou seja, se a pessoa conhecesse a
verdade ela não teria negociado.
Exemplo: Ato de perfilhação, uma pessoa que esta em
uma relação com alguém e decide registra a criança
pensando que essa criança fosse sua de fato. Se ela
soubesse não teria registrado.
🡪Não se pode alegar o desconhecimento da lei como
desculpa para descumprir ela.
🡪O Erro do direito é quando a pessoa interpreta a lei
de forma errada do que diz o ordenamento jurídico.
b) Escusabilidade (Requisito Controvertido)
🡪Em relação ao DECLARANTE
🡪Alguns teóricos acham que não é necessária observar
a escusabilidade
🡪Algo escusável é algo que pode ser desculpado ou que
pode ser justificado.
Exemplo: Banco do Bradesco aceita uma fazenda como
pagamento de uma dívida. No entanto, logo depois eles
decidem ir a juízo, pois dizem que a fazenda não se
localiza onde foi informado o possível local que foi
estabelecido. Desse modo, o juiz afirmou que não é
crível admitir a desculpa para o Bradesco, pois não se
caracteriza erro o que não se justificável para desculpar,
pois uma instituição como o Bradesco não poderia ter
deixado passar essa deixa.
c) Cognosabilidade ou Recognosabilidade
(Requisito Controvertido)
🡪Em relação ao DECLARATARIO
🡪Nem todo mundo adota, mas é necessária ser
estudada
Recognosibilidade ou Cognosibilidade: vem do poder
conhecer, ou seja, significa que é a possibilidade do
declaratario saber que o declarante poderia errar. Sabe
que uma pessoa está errando, mas mesmo assim não o
informa.
● Defeito ou vicio da vontade do consentimento
(Dolo)
Conceito: É defeito caracterizado pela.ma fé de um dos
negociantes e até de uma pessoa estranha ao negócio
jurídico denominada de "terceiro" que atua de maneira
maliciosa com a intenção de enganar o outro
negociante
→Quanto se há dolo pode se pleitear a indenização ou
perdas e danos, no erro isso não é possível, pois o erro
não é algo ilícito.
Espécies
● Dolo comissivo ou por ação: A pessoa prática
alguma ação para que possa induzir uma outra
pessoa ao erro.
● Dolo omissivo ou por omissão: A pessoa
silencia sobre uma circunstância relevante que
se a pessoa conhecesse a verdade ela não teria
negociado.
Dolo acidental (artigo 146)
→ É o dolo que ocorre quando se celebra um negócio
por engano provocado,mas se o negociante enganado
conhecesse a verdade ele celebraria o negócio mesmo
assim. No entanto, seria celebrado de outro modo, por
isso quando há dolo acidental não há direito a anulação
do negócio jurídico mas há direito a perdas e danos.
Exemplo: Se compra uma casa e nela o morador
colocaria por exemplo um ar condicionado,mas logo
depois percebr que há algo errado. Ele percebe que há
algo errado e vê que, por exemplo, a fiação não foi
trocada e que se a pessoa soubesse antes de fechar o
negócio ela teria fechado de um modo direirte, pois ela
teria que trocar a fiação.
Dolo de terceiro: Nesse dolo temos um negocuoante A →Ocorre depois do contrato celebrado.
e B e um agente terceiro induz um deles ao erro. A
Requisitos
solução , que está prevista no artigo 148 - se o
negociante que não foi enganado sabia ou tinha como Subjrtivo:
saber e não desfaz a mentira o negócio pode ser
anulado. Ou se o negociante que não foi enganado e ● Afastar dano
● Gerar
não sabia ou não tinha como saber que foi feito uma
mentira sobre o seu negócio →Sujrita deve estar premiada de afastar um dano grave
que a outra parte não criou a situação , mas ela percebe
Dolo Recíproco e se aproveita.
Ocorre quando ambas as partes agem com dolo.
→Para carterizar o estado de perigo deve ser
Efeitos do Dolo excessivamente onerosa, essa análise é feita em relação
ao mercado.
Anulação do negócio
Indenização por perdas e danos
Coração moral (artigo 151 ao 155): Subjetivo

● Dolo de aproveitamento
● Defeito do vício da.vontade e do
consentimento (Coação) →intecao de se aproveitar da situação e cobra um valor
absurdo, por exemplo, num hospital quando entramos
Coação Física: A pessoa se quer tem vontade porque numa emergência.
está sentindo do (Negócio inexistente) →corrente
marjoritaria. Nessa coação não há sanção específica no
código civil. Objetivo

● Proteção execivamenre honrosa

Coação Moral: Promessa de mal futuro injusto e
considerável ao próprio paciente, a sua família ou aos
seus bens. Simplificando é uma ameaça futura, injusto e
considerável. Artigo 171,II -> todo negócio jurídico gerando defeito de
anulidade.
Criterios Subjetivo para a sua anulação:

Temor Reverêncial : Profundo respeito por pessoas que Lesão ( ART 157)
tem autoridade na sua vida. Se aproveitar da condição → Tem uma questão com o princípio do equilíbrio
para coagir contratual e econômico contratual.

Exercício regular de direito: →Prrifo economico

→Ocorre no momento da celebração do contato.

Coação de 3°: Tem duas soluções que estão presentes
no artigo 154 e 155. Requisitos

Subjrtivo

● Defeitos ou vicio socias ● Situação de inferioridade, que pode ser :

necessidade ou inexperiência
🡪 fraude contra credores
→O agente deve estar numa situação de inferioridade
-🡪Simulação no código de 2002 consta como causa de contratual.
anulidade. Mas doutrina se dividiu e alguns entedem
—>Se analisa a outra prestação do negociante.
com se ela fosse defeito e outros não.
Objetivo
● Defeitos ou vícios excepcionais
● Proteção execisaavente desproporcional a
outra

Estado de período ( 156 vc)

Observações de lesões
● Há dois parágrafos no artigo 157 muito
importantes. A primeira , é que deve ser
levando em conta o valor de acordo com o
tempo que o contrato foi celebrado.A
segunda, o grande problema da lesão é o
desequilíbrio econico emtre as prestações. Se
durante o processo a pessoa que se beneficiou
se oferece para devolver o valor que devia ter
sido entregue o contrato volta a ser
equilibrado e passa a não anular o contrato.
Fraude Contra credores (159 ao 165 CC)
Noções preliminares
● Princípio da responsabilidade patrimonial :
significa que o patrimônio do devedor responde
por suas dividas. Então no direito civil temos
penas um caso de pena corporal que é, por
exemplo, o devedor de pensão alimentícia.
● Insolvência: Ela ocorre quando a pessoa tem
mais dívidas do que bens para quitadas
● Remisssão de dividas: Perdoar uma divida.
● Concurso de credores: Quando a pessoa é
insolvente ela não conseguirá pagar todos.
Haverá uma listinha, ou seja, uma categoria de
pessoas que vão receber primeiro.Por exemplo,
a primeira categoria foi paga, agora passa para
a próxima.
● Credor quirografario: Últimos da lista para
receber o crédito que possui
Fraude Contra Credores (159 ao 165 CC)
Conceito: Ato pelo qual o devedor busca impedir o que
o credor tem direito a receber. Acontece quando há um
ato do devedor que sabe que está devendo ,sabe que
vai ser cobrado, mas precisa estar insolvente ou então o
ato que ele prática torna aquela pessoa devedora
insolvente.
→O que garante o pagamento de dividas são os nossos
bens positivos.
→ Em regra é um ato lícito, mas se caso o indivíduo
estiver insovelnte passa a ser um ato ilícito.
Quando é caractereziada ?
Requisitos
● Negócio gratuito ou benéfico: Apenas um
negociante tem sacrifico patrimônial e o outro
tem aumento de patrimônio.
→ Evento dameres = Efetivo prejuízo do credor (fato do
credor não ter recebido)
→Em negócio gratuito é totalmente irrelevante se a
pessoa que recebeu o item saber se estava ou não em
fraude Contra Credores.
● Negócio Oneroso: Ambos possuem benefícios e
sacrifícios patrimoniais.
→ Evento dameres =Efetivo prejuízo do credor
→Em negócio Oneroso é totalmente relevante se a
pessoa que recebeu o item saber se estava ou não em
fraude Contra Credores
→Cirncia da fraude ou Concilius Fraude=
Exemplos: Venda de bens por um valor menor do que o
real, reiniciar a Herança.(se essa renuncia te trazer a
insolvência ou se estiver insolvente a lei não permite)
Credor Quirografario →Tem legitimidade de propor a
ação de anulação de acordo com o artigo 158 e o credor
que tem garantia de que foi diminuído.
Ação Pauliana ou Revogaroeia→ ação de anulação.
Efeitos da Ação Pauliana
● Anula se o ato fraudulento se estiver tudo
comprovado.
● O valor obtido com a anulação deve ser
remetido ao juiz que realiza o concurso de
credores para que pague o próximo credor da
lista.
Somulacao ( 167 cc)
Conceito: É uma hipotese na qual os negociantes
entram conluio para demonstrar e declarar vontade
diversa da vontade real com a intenção de enganar ou
prejudicar terceiros.
Requisitos
Duas pessoas declare uma vontade diferente da
verdadeira, ou seja vontade interna que ela não revela
para ninguém e mostram de maneira diferente.
Esses dois negociantes estão combinados
Intenção de enganar /prejudica
Espécies

● Absoluta: Nesse tipo de simulação os

negociantes verdadeiramente não querem
celebrar negócio algum. Apenas aparentam
negociar. Exemplo: Simular uma consulta
médica para ter um atestado para poder faltar a
aula/trabalho e etc.
● Relativa Nesse tipo de simulação o artigo 167.
Na simulação relativa temos um negócio
aparente e oculto .

Código de 16→Era um defeito do negócio jurídico e

gerava anulabilidade

Sanção de nulidade

Código de 02→Discute-se é defeito do negócio jurídico

e gera nulidade.