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PERSONALIDADE JURIDICA
A segunda parte do art. 2°, ao se referir ao nascituro (aquele que ainda, embora
concebido, não nasceu), reconhece em seu favor direitos. Ora, se o nascituro é dotado
de direitos, não deveria ser também considerado uma pessoa? A doutrina diverge a
esse respeito, construindo duas teorias fundamentais.
Obs: Existe uma teoria intermediaria, referida por alguns autores como a professora
Maria Helena Diniz, denominada Teoria da personalidade formal ou condicional,
segundo a qual o nascituro teria formalmente personalidade para titularizar direitos
personalíssimos, mas, quanto aos direitos patrimoniais, estes só seriam consolidados
sob a condição de nascer com vida.
Qual foi a teoria adotada pelo CCB?
Jurisprudência própria do STJ (Resp. 931556/RS e Resp. 399028 /SP) tem admitido, sob
inegável influencia concepcionista, em nosso sentir, direito a indenização por dano
moral em favor do nascituro.
CAPACIDADE
Capacidade de Direito: é a que toda pessoa tem, é uma capacidade genérica para
titularizar direitos e obrigações em geral na orbita jurídica.
Capacidade de Fato/de exercício: nem toda a pessoa tem. Trata-se da aptidão para
pessoalmente praticar atos da vida civil. Ausente essa capacidade, haverá
INCAPACIDADE CIVIL ABSOLUTA OU RELATIVA.
*Quando uma pessoa tem as duas capacidades, a de direito e a de fato, a pessoa tem
capacidade civil plena.
Obs.: A Teoria da Actio Libera in Causa (teoria da ação livre na causa), segundo
pensamento de Alvino Lima, em sua clássica obra Culpa e Risco, também pode ser
invocada em direito civil para impedir a isenção de responsabilidade daquele que
VOLUNTARIAMENTE SE COLOCOU EM ESTADO DE INCAPACIDADE.
Obs.: O surdo-mudo sem habilidade especial para manifestar vontade pode ser
considerado absolutamente incapaz nos termos do próprio inciso III, do artigo 3°, uma
vez que se trata de uma causa permanente impeditiva de manifestação de vontade. Se
uma causa transitória pode gerar incapacidade absoluta, quanto mais a permanente...
Finalmente, o ausente é tratado como morto por presunção nos termos do artigo 6° do
CCB.