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O Direito Civil
O Direito Civil contemporâneo, como todo o Direito português,
consegue traçar as suas raízes ao Direito Romano. Ao longo do tempo, este
foi se adaptando às circunstâncias sociais, sendo codificado, por exemplo,
pelas Ordenações de reis como D. Manuel I.
É no código civil de Seabra, de 1867, que surge a primeira
codificação do Direito Civil português.
Porém, com o decorrer do tempo, e com a influência da escola alemã
pandectística, que procura buscar o Direito diretamente nas fontes
históricas. É com base no BGB alemão que surge, em 1966, um novo
Código Civil português, o atual.
Para definir Direito Civil precisamos de distinguir Direito Privado de
Direito Público, com base em 3 critérios:
Critério do interesse: O Direito Público visa a satisfação do interesse
Público e vice-versa. O critério perde força pela dificuldade de
definir interesse público e privado;
Critério da qualidade dos sujeitos: Direito Público é onde há
intervenção do Estado. O critério perde força pelo Estado atuar,
muitas vezes, como particular;
Critério da posição dos sujeitos: Se, na relação jurídica, há uso do
ius imperii.
O Direito Civil preocupa-se, maioritariamente, com o Direito
Privado, sendo a base geral do mesmo. Quando uma medida especial não
resolve um conflito, olha-se para a norma geral. A norma especial
sobrepõe-se à norma geral.
Os Maiores Acompanhados
Existem pessoas que, por limitações físicas, psíquicas ou
comportamentais, não conseguem exercer os seus direitos de forma plena a
proteger os seus interesses. Desde há muito que tal facto é reconhecido, e
na lei portuguesa havia o regime de interdição e inabilitação.
Porém, tal regime mostrou-se ineficiente, apenas originando
estigmatização e quebras da privacidade e dignidade do “interdito”,
ignorando os progressos socio-económicos. Mostrando-se necessária uma
reforma que: respeitasse a Convenção de Nova Iorque de 2007 (Convenção
dos Direitos das Pessoas com Deficiência); defendesse a privacidade do