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Teoria Geral do Direito Civil I

Influência do Code Napoléon


O CC português é essencialmente influenciado pelo direito alemão (BGB - CC da Alemanha
ou Livro das Leis), que foi publicado em 1900. Na verdade, no século XIX surgiram vários
códigos civis, nomeadamente em 1804, surge o primeiro CC, o Código Napoleão,
promulgado em França. Mais tarde, em 1867, surge o 1º código civil, o código de Seabra,
que foi fortemente influenciado pelo Code Napoléon Francês. O CC português que está em
vigor atualmente surgiu em 1967, aquando do Estado Novo, de forma a transformar a
sociedade, tendo em conta que existe um homem novo, mais fiel à pátria. O CC acaba por
ser um instrumento de transformação civil, pois sempre que nasce um estado novo nasce
um novo CC. Apesar de se dizer que o CC português foi influenciado pelo direito alemão, na
verdade é apenas na sua estrutura externa, ou seja, no facto de haver parte geral, partes
especiais (direito das obrigações, das coisas, das famílias, das sucessões). No seu conteúdo
interno , há várias influências do direito francês. A título de exemplo, a transferência da
propriedade, o nosso modelo de transferência de propriedade é profundamente francês
(princípio da consensualidade - art. 408º).

Personalidade jurídica
O art. 66º refere-se ao começo da personalidade jurídica, sendo que é reconhecida a
pessoas coletivas e singulares. As pessoas em caso vegetativo persistente continuam com
personalidade jurídica, pois se o tronco cerebral não for lesado a pessoa continua com
personalidade jurídica. O fim desta é regulado segundo o art. 68º, em conjunto com a lei da
morte cerebral 141/99, de 28 de agosto.

Direitos de personalidade
A personalidade jurídica (Art. 66º) é a suscetibilidade de ser sujeito de direitos e de
obrigações. Corresponde a uma condição indispensável da realização por cada ser humano
dos seus fins ou interesses na vida com os outros. Os direitos de personalidade (Art. 70º e
81º CC) são direitos necessários, sendo um conteúdo mínimo e imprescindível da esfera
jurídica de cada pessoa. São direitos absolutos, que se impõem ao respeito de todos os
outros, incidindo sobre os vários modos de ser físicos ou morais da sua personalidade. Não
há um elenco taxativo, pois existem tantos quantos forem as manifestações da
personalidade humana. A violação de um direito de personalidade (art. 70º/2) constitui um
facto ilícito, que incorre em responsabilidade civil, sendo necessário que o infrator repare os
danos (indemnizações).

Cláusulas contratuais gerais; contratos de adesão e direito do consumidor


A nossa ordem jurídica desde 25 de outubro de 1985 dispõe de um diploma, o Decreto-Lei
nº 446/85, de 25 de outubro, que define as “cláusulas contratuais gerais” como as que são
“elaboradas sem prévia negociação individual, que proponentes ou destinatários
indeterminados se limitem, respetivamente, a subscrever ou a aceitar”. A lei portuguesa
protege os consumidores, mas também protege os profissionais e as empresas, aplicando-se
a todo o direito privado, bastando que haja contratos de adesão. No fundo, estes contratos
de adesão são hipóteses em que uma das partes, normalmente uma empresa de apreciável
dimensão, formula prévia e unilateralmente as cláusulas negociais e a outra parte aceita
essas condições, mediante a adesão ao modelo que lhe é apresentado, ou rejeita-as, não
sendo possível modificar o ordenamento negocial apresentado. Isto é o que se sucede nos
contratos de seguro, de transporte marítimo, aéreo ou terrestre, por exemplo. Os riscos
inerentes a este tipo de contrato são o desconhecimento das cláusulas (são redigidas pelo
predisponente, pelo que muitas vezes o aderente pode não entender termos técnicos ou o
seu alcance jurídico); cláusulas injustas (as empresas podem aproveitar-se no
estabelecimento das cláusulas, pois os aderentes não têm a liberdade de conformação) e a
inércia do consumidor (o aderente vê-se prejudicado a aderir a cláusulas injustas, mas do
lado estão grandes empresas e com grande acesso a uma defesa e à justiça). Para fazer face
a estes riscos, o legislador estabeleceu 3 níveis de controlo: o controlo sobre a formação do
contrato; o controlo ao nível do conteúdo do contrato e o controlo processual. O controlo
sobre a formação do contrato traduz um dever de comunicação de todas as cláusulas e um
dever de informação no qual é necessário esclarecer o conteúdo e o alcance das cláusulas. O
controlo ao nível do conteúdo do contrato assume a existência da escrita de longas listas de
cláusulas proibidas e cláusulas que violam o princípio da boa-fé são proibidas. O controlo
processual consagra uma ação inibitória, onde se atua antes de surgir o conflito. (tópico
adicional) Na verdade, no direito europeu, a Diretiva que vincula os Estados-Membros a
legislar, apenas visa proteger os consumidores, adotando vários países essa solução, mas o
legislador português foi mais longe e protege não apenas os consumidores, mas todos os
intervenientes em contratos de adesão.

Responsabilidade subjetiva e objetiva


A distinção está no requisito da culpa. A responsabilidade objetiva ou responsabilidade
sem culpa (art. 483º) regula as situações em que o levante levou a cabo uma atividade
arriscada, propensa a gerar danos, mas ainda assim uma atividade que gera benefícios
sociais. Como acarreta riscos especiais, deve fazer-se recair sobre aquele que dali tira um
benefício, levando à obrigação de indemnizar que tenha sido lesado. Estas hipóteses só
existem nos casos previstos na lei (483º/2 e 503º e ss. CC). A responsabilidade subjetiva ou
responsabilidade moral pertence ao domínio da consciência e dos deveres do homem para
consigo próprio, prescindindo da consideração externa da conduta e estando sujeita apenas
às sanções do ordenamento ético.

Direitos reais
Os direitos reais disciplinam as relações de um sujeito jurídico com todas as outras pessoas,
por força das quais aquele sujeito adquire um poder de direito e imediato sobre uma coisa.
É o caso do direito de propriedade, do usufruto, da hipoteca, etc. A propriedade é o direito
real máximo, o de conteúdo pleno e polimórfico. Em confronto com ele podem ser
considerados os chamados direitos reais limitados, que são direitos sobre coisas que em
propriedade pertencem a outrem. Poderão ser direitos reais de garantia, de gozo e de
aquisição. Os direitos reais de garantia são direitos que conferem o poder de, pelo valor de
uma coisa ou pelo valor dos seus rendimentos, um credor obter, com preferência em obter,
com preferência sobre todos os outros credores, o pagamento da dívida de que é titular
ativo. Existem garantias sobre os bens imóveis como as hipotecas (686º CC) e sobre os bens
móveis, como o penhor (666º CC). Outros exemplos são o direito de retenção que recai
sobre bens móveis e imóveis (754º e 755º) e os privilégios creditórios que podem ser
mobiliários ou imobiliários (733º).

Tipos de sucessões
Sucessão legítima - 2131º a 2155º
Sucessão legitimária - 2156º a 2178º
Sucessão testamentária - 2179º a 2334º

Direito subjetivo propriamente dito - consiste no poder de exigir ou pretender de outrem


um determinado comportamento positivo (ação) ou negativo (abstenção ou omissão), como
por exemplo, o direito à imagem, à intimidade da criança e o de propriedade e de crédito.

Poder de exigir - poder de exigir judicialmente o cumprimento da obrigação pela


contraparte.
Poder de pretender - o titular do direito não pode reagir contra o adversário se este não
adotar o comportamento que é prescrito. O titular não pode reagir contra o adversário se
este não adotar o comportamento que é prescrito. Ainda estamos perante deveres jurídicos,
porque se o adversário cumprir voluntariamente, a lei trata da situação como se o
comportamento em questão lhe tivesse sido exigido. Nestes casos falamos em obrigações
naturais (402º) das quais encontramos casos especificamente previstos na lei nos arts.
304º/2 (dívidas prescritas) e 1245º (jogo e aposta). A obrigação natural é uma obrigação
cujo cumprimento não é judicialmente exigível. Todavia, de alguma maneira, estas
obrigações têm de ter uma garantia que se traduz na não repetição do indivíduo estipulado
no art. 403º. Se o devedor pagar esta não pode vir a exigir ao credor que lhe devolva o
dinheiro, dizendo que não sabia que o credor não lhe poderia exigir judicialmente. Há uma
sanção ainda que fraca de não restituição do pagamento.

Direitos potestativos - são poderes jurídicos de , por um ato livre de vontade, sozinho ou
integrado por uma decisão judicial, produzir efeitos que se impõem à contraparte.
- constitutivos (constituição de uma relação jurídica por ato unilateral do seu titular)
- modificativos (modificação da RJ já existente, que continua a existir)
- extintivos (o efeito é a extinção da RJ já existente)
Capacidade jurídica/capacidade negocial de gozo
É a aptidão de ser titular de um círculo, maior ou menor, de relações jurídicas. A
incapacidade negocial de gozo provoca a nulidade dos negócios e é insuprível, isto é, os
negócios a que se refere não podem ser concluídos por outra pessoa, em nome do incapaz.
As incapacidades negociais de gozo são as incapacidade nupciais (1601º e 1602º),
incapacidade de testar dos menores não emancipados e dos interditos por anomalia
psíquica (2189º) e a incapacidade de perfilhar dos menores de 16 anos, dos interditos por
anomalia psíquica e dos dementes no momento de perfilhação (1850º).

Capacidade de exercício de direitos/ negocial de exercício/ de agir


Trata unicamente da suscetibilidade de exercitar direitos, deixando de fora o cumprimento
de obrigações e a aquisição de direitos ou a assunção de obrigações. Devem estar
desprovidas de capacidade de exercício às pessoas que por falta de experiência, por
anomalia mental ou defeito de caráter, não possam determinar com normal esclarecimento
os seus interesses. A incapacidade dos menores está expressa no art. 123º, que têm as suas
exceções expressas no art. 127º. A incapacidade negocial de exercício provoca a
anulabilidade dos negócios jurídicos e é suprível, não podendo os negócios a que se refere
serem realizados pelo incapaz ou pelo seu procurador, mas podendo ser através de meios
destinados ao suprimento da incapacidade.

Consentimento do lesado
Não podemos renunciar definitivamente aos direitos de personalidade. Podemos limitá-los
através do consentimento do lesado. Esta limitação para ser válida deve ser conforme os
princípios da ordem pública (81º e 280º) e os bons costumes (340º/2). Assim, o
consentimento do lesado traduz-se na limitação dos direitos de personalidade. O
consentimento pode ser tácito, quando deduzido pelo comportamento da pessoa; express,
há uma causa de justificação para interferir naquele direito e presumido, no caso de
emergências/urgência, segundo o art. 340º/3. No caso de se identificar uma intervenção
feita no interesse da pessoa e de acordo com a sua vontade hipotética, se está inconsciente
e há um risco de vida, então presume-se que quer ser salva. Na Convenção sobre os Direitos
humanos e a Biomedicina, no artigo 8º estão mencionadas as situações de urgência e no art.
39º do código penal. Assim, o ato dos médicos que agirem por urgência é lícito , sem existir
a possibilidade de responsabilidade civil.

Wrongful birth e wrongful life


Quando se nasce com graves malformações, de tal modo que a pessoa com essas
deficiências possa agir judicialmente contra os médicos que, por negligência, não
detectaram, antecipadamente tais anomalias, ou não informaram devidamente os pais,
impedindo-os de interromper licitamente a gravidez. No wrongful birth os pais pedem uma
indemnização por danos próprios, sendo que os pais invocam os danos sofridos pelo filho
(danos patrimoniais e não patrimoniais). No wrongful life os pais intervêm como
representantes do filho menor pedindo uma indemnização, pelo dano sofrido pela própria
criança baseando-se na omissão pelos médicos do dever de informação ou no negligente
cumprimento desse dever. Podemos admitir que a tutela jurídica do nascituro concebido, no
que toca às lesões nele provocada. Pode o filho pedir uma indemnização por deformações
que sofreu ainda no ventre da sua mãe, causadas por um medicamento, por exemplo. Este
direito não impõe a atribuição de personalidade jurídica aos nascituros que estejam ou não
concebidos, pois o direito surge no momento do nascimento.

Menoridade
A capacidade de exercício dos menores está prevista no art. 123º, sendo que os menores
carecem de capacidade de exercício de direitos, salvo as exceções prevista no art. 127º. O
legislador teve em conta que o menor percorre um caminho de autonomização progressiva,
em que o legislador vai abrindo a possibilidade do menor praticar atos considerados
excecionalmente válidos. As formas de suprimento da incapacidade são o poder paternal
(1878º/1), a tutela (1921º) e a administração de bens (1967º a 1972º).

- problema do dolo do menor (teorias)


O art. 126º retrata as situações em que o menor perde o direito a invocar a anulabilidade
por um comportamento malicioso, quando usa dolo ou má-fé para se fazer passar por maior
ou por emancipado. Há uma divergência doutrinal relativamente à interpretação deste
artigo, que se reflete em quem pode arguir a anulabilidade do negócio.

Tese defendida pelo prof. doutor Orlando de Carvalho (também defendida pelo dr. André
Dias Pereira): diz que os menores e os herdeiros não podem arguir a anulabilidade, mas os
pais gozam desse direito (potestativo). Defende-se uma interpretação literal deste artigo e,
no plano dos interesses protegidos pela norma, a interpretação que mais valoriza a
necessidade de proteção do menor.

Tese defendida pelos profs. drs. Mota Pinto e Pinto Monteiro: ninguém pode anular o
negócio, nem os pais. Defende-se uma interpretação extensiva do artigo, em nome do
princípio da segurança e confiança jurídica, com a finalidade da proteção do comércio
jurídico e dos terceiros (princípio da boa-fé em sentido objetivo).

A ação de anulação deve ser proposta dentro do prazo, já não podendo o negócio ser
anulado quando o menor atingir a maioridade (289º).

Maior acompanhado
Regime regulado nos arts. 138º e ss. A incapacidade resultante da interdição é aplicável
apenas em maiores, em situações de anomalia psíquica, surdez-mudez ou cegueira, quando
pela sua gravidade tornem o interdito incapaz de reger a sua pessoa e bens. Sujeitas à
inabilitação estão as pessoas mencionadas no art. 152º CC. A incapacidade é suprida
mediante o instituto de representação legal, tutela regulada pelas mesmas normas que
regulam a dos menores (143º). No entanto, quanto ao casamento (1601º/b), não há
possibilidade de suprimento da incapacidade dos interditos por anomalia psíquica, estamos
perante uma incapacidade negocial de gozo. Só os interditos por surdez-mudez ou cegueira
têm plena capacidade matrimonial. Quanto ao testamento (2189º/b e 2190º), só os
interditos por anomalia psíquica estão feridos de uma incapacidade de gozo, tendo os
surdos-mudos e os cegos capacidade testamentária de gozo e de exercício. Quanto ao valor
dos atos do maior acompanhado serão distintos consoante o período em questão.

- Anteriormente à publicidade de ação: aplica-se o regime da incapacidade acidental


(257º), a declaração negocial foi feita por quem se encontrava acidentalmente
incapacitado de entender o sentido da mesma ou não tinha o livre exercício da sua
vontade.

- Na pendência do processo de interdição (131º): para ser anulável tem de cumprir 3


requisitos: (1) ter sido anunciada a ação; (2) ter vindo a ser decretada a interdição e o
negócio ter causado prejuízo (no momento da conclusão).

- Depois do registo da sentença da interdição definitiva (148º): os negócios


praticados neste período estão feridos de anulabilidade ou de nulidade relativa
(prazo e quem - 125º)

Ausência
Consiste no desaparecimento sem notícias, ou seja, o desaparecimento de alguém “sem que
dele se saiba parte” (art. 89º/1). As medidas legais tomadas podem ser de 3 tipos. A
curadoria provisória (89º) é a nomeação de um curador provisório aquando do
desaparecimento de alguém sem notícias, existindo a necessidade de prover informação
acerca dos seus bens e a falta de representação legal ou de procurador. A presunção de lei é
um possível regresso do ausente. A curadoria definitiva está regulada no art. 99º quando é
uma ausência de 2 anos, logo a possibilidade da pessoa ausente voltar é menor. Por fim, a
morte presumida está prescrita nos arts. 114º e 115º.

Pessoas coletivas
São organizações constituídas por uma coletividade de pessoas ou por uma massa de bens,
dirigidas à realização de interesses comuns ou coletivos, às quais a OJ atribui personalidade
jurídica, que constituem centros autónomos de relações jurídicas. Um dos tipos de pessoas
coletivas são as sociedades que se encontram reguladas nos art. 980º e ss. Normalmente,
sociedade por quotas, sendo que é uma forma jurídica de empresa, com responsabilidade
limitada, constituída por 2 ou mais sócios, cujo capital social da empresa está dividido por
quotas. As pessoas coletivas têm capacidade para o exercício de direito, que é a aptidão de
pôr em movimento a capacidade jurídica por atividade própria, sem necessidade de ser
representado ou assistido por outrem. As pessoas coletivas carecem de um organismo
físico-psíquico, só podendo agir por intermédio de certas pessoas físicas. nos termos do art.
165º as pessoas coletivas respondem civilmente pelos atos ou omissões dos seus
representantes, caso causem dano a terceiros, logo incorre em responsabilidade civil. Existe
uma relação contratual (800º), em que a sociedade responde pelos danos causados pelos
seus auxiliares, havendo uma presunção de culpa. Podemos invocar o art. 500º,
relativamente à responsabilidade extracontratual, se existir comissão, existir
responsabilidade do comissário e se o ato ilícito tiver sido praticado pelo comissário “no
exercício de função que lhe foi confiada”.

- corporações e fundações
As pessoas coletivas possuem 2 elementos constitutivos principais: o elemento material ou
substrato e o elemento formal ou reconhecimento. O substrato é a realidade que dá peso à
pessoa coletiva, que lhe dá existência no mundo exterior e é condição necessária. É
constituído por subelementos. O elemento pessoal e patrimonial; o pessoal (nas
corporações) é o conjunto de associados, sendo que pode existir corporação, sem que lhe
pertença um património; o patrimonial (nas fundações) é o complexo de bens que o
fundador afetou à consecução do fim fundacional. O elemento teleológico diz-nos que a
pessoa coletiva deve prosseguir uma certa finalidade, determinante da formação da
coletividade social. O elemento intencional consiste em constituir uma nova pessoa jurídica,
distinta dos associados, do fundador ou dos beneficiários. O elemento organizatório traduz a
ideia de que a pessoa coletiva é integrada por uma organização destinada a introduzir na
pluralidade de pessoas e bens existentes uma ordenação unificadora, que se traduz num
conjunto de preceitos disciplinadores das características e do funcionamento da pessoa
coletiva. As corporações são coletividades de pessoas, que subscrevem originariamente os
estatutos e outorgam no ato constitutivo ou aderem posteriormente à organização. Têm um
substrato constituído por pessoas. Exemplos de corporações: associações recreativas,
culturais, etc. As fundações são massas de bens, instituídas por um ato unilateral do
fundador de afetação de uma massa de bens a um dado escopo de interesse social. Visam
um interesse estranho às pessoas que entram na organização fundacional, sendo o substrato
o património.

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