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“Num sentido amplo pode designar-se por relação jurídica toda a situação ou
relação da vida real (social) que é juridicamente relevante, de modo que é
disciplinada pelo direito. A relação jurídica não abrange, por isso, todas as relações
da vida social mas aquelas que, sendo suscetíveis de regulamentação jurídica, são
ordenadas pelo direito. Trata-se de um vínculo jurídico, de um vínculo normativo.”
- Direito à reserva sobre a intimidade da vida privada – artigo 80.º do Código Civil;
Nota: o direito subjetivo pertence aos homens. Pelo que é a própria pessoa que está
na base da relação jurídica.
A RELAÇÃO JURÍDICA
Relação Jurídica Abstrata
Exemplos:
- Contrato de compra e venda;
- Contrato de promessa;
- Contrato de arrendamento;
A RELAÇÃO JURÍDICA
O seu regime encontra-se previsto nos artigos 66.º a 156.º do CC. A este elenco de preceitos
legais acrescem as disposições legais relativas aos direitos de personalidade, previstas nos
artigos 70.º a 81.º do CC.
A personalidade resulta do nascimento completo e com vida – art. 66.º, n.º 1 do CC.
Os sujeitos
Diferente é a capacidade de exercício de direitos, que se caracteriza pela capacidade de
dispor dos direitos de que se é titular (tomar decisões sobre eles) ou de intervir na
constituição de situações ou relações jurídicas.
Menores (art. 122.º do CC) e interditos (art. 138.º do CC + 950.º CPC) – necessita de um
representante legal, que em seu nome e no seu interesse, exerça os seus direitos.
São organizações criadas pelos homens e às quais a ordem jurídica atribuiu personalidade
jurídica. São:
- Que se encontram estruturados e organizados tendo em vista um fim comum (este fim
transcende potencialidades individuais);
OS SUJEITOS
Exemplos de objetos:
É aquilo sobre que podem incidir os poderes que caracterizam o direito subjetivo.
Ou seja, o objeto de direito é atribuído ao elemento ativo da relação jurídica.
- As pessoas singulares;
- A personalidade;
Objeto
O objeto mediato incide sobre as coisas. Sobre estas poderá recair um poder de domínio
quando se trata de coisas corpóreas ou um poder de utilização exclusiva quando estão em
causa coisas não corpóreas (ex. patentes, programas informáticos”). O artigo 202.º n.º 1 do
CC contém a noção de coisa (ver).
Manuel Andrade considera que o facto jurídico é “todo o ato humano ou todo o
acontecimento natural juridicamente relevante”, pois produz efeitos jurídicos.
FACTO JURÍDICO
b. Factos Jurídicos involuntários – factos legais, factos naturais. O próprio facto produz-
se independentemente da vontade humana. (Ex. decurso do tempo, o nascimento, a aquisição
da maioridade, o perecimento natural de uma coisa.)
FACTO JURÍDICO
• Factos voluntários:
Os factos voluntários lícitos compreendem os atos jurídicos em sentido mais amplo (inclui os
negócios jurídicos e os atos jurídicos em sentido estrito).
Os atos jurídicos (em sentido estrito) – estão regulados no artigo 295.º do CC. Este produz
os seus efeitos independentemente da vontade.
Quando o direito poderia ser exercido (artigo 306.º do Código Civil). Contudo, há dois incidentes na
contagem:
Acontece que, o António não pagou a renda de janeiro de 2021, pelo que, o Sr. Manuel
enviou uma carta, a 2 de março de 2021 interpelando-o para o cumprimento.
E se o Sr. Manuel tivesse intentado uma ação para cumprimento da prestação? Estaria em
causa uma causa de interrupção da prescrição?
Na resposta:
- Enquadramento jurídico;
O direito extingue-se a partir do momento em que expirou o prazo dentro do qual deveria ter
sido invocado (há uma preclusão do direito). Verificando-se a caducidade, o direito “morre”/
desaparece.
Esta exceção é reconhecida pelo tribunal, nos termos do artigo 333.º do CC e, caso exista,
conduz ao indeferimento liminar da petição, nos termos do artigo 474.º, n.º 1 do CC. A
caducidade é verificada em larga medida nos direitos potestativos.
FACTO JURÍDICO
CASO PRÁTICO 1:
O António pretende vender o carro, da marca Volvo, do ano 2016, pelo valor de
20.000 €. Para tanto, anunciou o negócio numa plataforma digital. O André gostou
do veículo e propôs a compra do mesmo, pelo valor de 15.000 €. O António não
pretende baixar o valor do negócio, contudo, apresentou a seguinte contraproposta:
“Aceita vender o veículo por 20.000 €, valor pago em duas prestações iguais, no
valor de 10.000 €.”
FACTO JURÍDICO
Para tanto, o André teria que aceitar o negócio nos 15 dias seguintes à receção da proposta
negocial. O André rececionou a proposta a 15 de outubro de 2021. Hoje, dia 9 de novembro,
contactou o António informando que aceita a proposta. O António informou que já havia
vendido o carro no dia 5 de novembro.