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Índice
Introdução..........................................................................................................................2
Relação jurídica.................................................................................................................3
Elementos da Relação jurídica..........................................................................................3
Sujeitos (activo e passivo).............................................................................................4
O lado Activo da relação jurídica: direitos subjectivos propriamente dito e direitos
protestativos.......................................................................................................................4
O Lado Passivo da relação jurídica: dever jurídico e sujeição..........................................5
Objecto (mediato e imediato)........................................................................................6
Facto jurídico.................................................................................................................6
Garantia..........................................................................................................................6
Pessoas Colectivas.............................................................................................................7
Personalidade jurídica das pessoas colectivas...................................................................7
Capacidade de gozo das pessoas colectivas......................................................................8
Capacidade de exercício das pessoas colectivas...............................................................8
Os órgãos (deliberativos e representativos).......................................................................9
Órgãos Deliberativos.....................................................................................................9
Órgãos Representativos.................................................................................................9
Elementos Constitutivos das Pessoas Colectivas: o substrato e o reconhecimento..........9
O Substrato – elemento de facto/material......................................................................9
O Reconhecimento – elemento de direito/formal........................................................10
Classificações legais das pessoas colectivas...................................................................10
1. Associações (artigo 167.º CC)..............................................................................10
2. Fundações (artigo 185.º CC)................................................................................11
3. Sociedades (artigo 980.º CC)................................................................................11
Conclusão........................................................................................................................12
Referências Bibliográficas...............................................................................................13
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Introdução
O presente trabalho, visa uma abordagem em prol da relação jurídica, seus elementos,
bem como em volta das pessoas colectivas. Partindo do pressuposto de que, para a
existência da relação jurídica é indispensável a presença dos sujeitos: activo e passivo,
esses que são os extremos e dão origem à relação jurídica. Não só, como também fazer
um levantamento da capacidade de gozo das pessoas colectivas, bem como a capacidade
de exercício das pessoas colectivas.
Relação jurídica
Relação jurídica é o vínculo entre duas ou mais pessoas, ao quais as normas jurídicas
atribuem efeitos obrigatórios. Conforme Telles (2000) “ a relação jurídica pode ser
entendida como uma espécie de relação social que emerge em uma sociedade
organizada posto que há o contacto e o conflito de interesses entre indivíduos – em
busca pela obtenção de finalidades diversas” (p. 76).
Segundo Mendes (1994) “ relação jurídica é uma relação da vida social regulada pelo
Direito, e que consiste na atribuição a um sujeito de um direito subjectivo e na adstrição
de outro sujeito a uma vinculação jurídica” (p. 121).
Tem-se em vista, uma relação entre, pelo menos, dois sujeitos com personalidade
jurídica, tendo um deles o poder jurídico de exigir da outra determinada conduta e este o
dever jurídico de sujeitar-se a essa conduta (Chorão, 1989).
Dada a noção de relação jurídica, logo nos aparece, como primeiro tipo de elementos, os
seus sujeitos: o sujeito Activo e Passivo, que são os extremos entre os quais se
estabelece o nexo em que relação a relação jurídica se cifra (Telles, 2000). Pode ser
aliás que haja mais do que dois sujeitos, ou seja, que haja mais que um sujeito activo, ou
mais do que um sujeito passivo. Mais é indispensável a existência de dois sujeitos, pelo
menos.
Tanto o sujeito activo quanto o sujeito passivo, no contexto da relação jurídica, são
denominados pessoa – que podem ser físicas (naturais) ou jurídicas (públicas ou
privadas). Salienta-se, que uma relação jurídica é sempre um vínculo entre duas ou
mais pessoas, e toda pessoa que se insere em uma relação jurídica tem sempre direitos e
deveres (Cunha, 1997).
protestativos
A posição activa – ocupada por quem detém, na relação jurídica algum tipo de:
Exemplos:
Mas a vinculação pode consistir, não propriamente num dever, mas numa sujeição.
Verifica-se esta hipótese quando a norma dá ao sujeito activo o poder de emitir uma
declaração de vontade que vai produzir automaticamente efeitos na esfera jurídica do
sujeito passivo.
Este já não tem de observar qualquer conduta; não tem dever algum, mais antes está
sujeito a que, pelo mero poder atribuído por lei ao sujeito activo, surjam, na sua esfera
jurídica, efeitos automáticos, independentemente tento de toda e qualquer prestação
conforme a norma, como de rebelião a ela contrária.
Quando se refere este lado passivo, cabe falar em vinculação, melhor que em dever,
porque essa posição jurídica que ficam adstritos os sujeitos passivos das relações
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jurídicas têm várias modalidades, além da que consiste propriamente num dever
jurídico, embora sendo esta a modalidade mais frequente (Duarte, 2003).
Segundo Mendes (1994) “ objecto da relação jurídica aquilo mesmo que liga os sujeitos
entre si, que dá origem a uma relação jurídica entre eles, ou seja, aquilo que está em
face dos sujeitos, é o que os liga, o que os une” (p. 145). Objecto da relação jurídica é
aquilo sobre qual incidem os poderes do sujeito activo da relação. Em suma, o bem que
a relação jurídica garante ao sujeito activo (art.º 202 do CC). O objecto pois é a
prestação, é aquilo que se deve em razão do vínculo estabelecido”.
Conforme Duarte (2003) “o objecto vem a ser, portanto o complexo formado, do lado
activo - pelo direito subjectivo, e do lado passivo - pela vinculação jurídica: dever ou
sujeição, um segundo elemento, acerca de cujo entendimento muito se tem discutido na
doutrina, é o objecto da relação jurídica” (p. 88).
Segundo Telles (2000) “objecto imediato – pois se refere a efectiva prestação devida
pelo sujeito passivo ao sujeito activo: dar, fazer, pagar, etc” (p. 243). Conforme Chorão
(1989) “objecto mediato – é referente ao bem sobre o qual recai do direito inerente ao
sujeito activo: bem móvel, imóvel, corpóreo, incorpóreo” (p. 154).
Facto jurídico
Para Cunha (1997, p. 87) “facto jurídico é todo o acontecimento de origem natural ou
humana que gere consequências jurídicas”. Para que apareça, na vida, uma relação
jurídica é necessária a verificação de um evento ou acontecimento de que ela resulte.
Garantia
Os sujeitos (os entes que entram na relação jurídica de compra e venda, a saber:
o comprador e o vendedora);
O objecto (a coisa sobre a qual vai recair o contrato: o carro);
O facto (aquilo que dá origem à relação jurídica, neste caso, o contrato);
A garantia (a faculdade que cada um dos sujeitos da relação jurídica tem de
recorrer aos meios coercivos para satisfação do seu direito em caso de violação
do mesmo: recurso ao Tribunal).
Pessoas Colectivas
As associações comerciais;
Os clubes desportivos;
As associações cientificas;
Organizações de bens - estruturas patrimoniais organizadas;
Entre as associações destacam-se aquelas cujo fim é a obtenção dum lucro e a sua
distribuição pelos associados (fim lucrativo, intuito lucrativo). São as sociedades
(Código Civil, artigos 980.º e seguintes).
Ao contrário das pessoas singulares, as pessoas coletivas têm uma capacidade de gozo
limitada: limitada aos direitos e vinculações adequados aos interesses que prosseguem, é
o que se chama princípio da especialidade.
«As pessoas colectivas gozam dos direitos e estão sujeitas aos deveres
compatíveis com a sua natureza. »
A lei (não a natureza) dota as pessoas colectivas órgãos, através dos quais a pessoa
colectiva actua no mundo do direito, como a pessoa singular o faz pelos seus órgãos
naturais. Esta segunda corrente parece mais adequada a uma visão jurídica do problema,
sendo certo que a lei em parte alguma equipara as pessoas colectvas a incapazes.
Para Duarte (2003) “os órgãos meramente deliberativos deliberam, isto é, resolvem ou
decidem os negócios da pessoa colectiva, mas não tratam com terceiros, nem recebem
deles quaisquer declarações de vontade. Formam a vontade da pessoa colectiva mas não
a manifestam, não a projectam para o exterior” (p. 254).
Órgãos Representativos
Conforme Cunha (1997) “os órgãos representativos representam a pessoa colectiva nas
suas relações com terceiros, embora devendo cumprir as deliberações dos órgãos
deliberativos, são eles quem exterioriza a vontade da pessoa colectiva” (p. 123).
A associação – não tem por finalidade obtenção de lucro a distribuir pelos sócios - cfr.
157.º do CC.
“As fundações visam a prossecução de fins de interesse social, podendo ser instituídas
por acto entre vivos ou testamento”. O acto de instituição, bem como os seus estatutos e
suas alterações devem ser publicados nos termos legalmente previstos para as
sociedades comercias, não produzindo efeitos em relação a terceiros enquanto não o
forem.
Conclusão
Mediante o trabalho apresentado, concluímos que em sentido amplo, define-se por toda
a relação da vida social relevante para o Direito o e disciplinada, portanto, pelo Direito
mediante a atribuição a uma pessoa de um direito subjectivo ou protestativo, e a
imposição a outra pessoa de um dever jurídico ou sujeição.
De salientar que, os sujeitos da relação jurídica são as pessoas entre as quais ela se
estabelece. São pelo menos dois: o sujeito activo (o titular do direito subjectivo, que
detem o poder) e o sujeito passivo (o que sofre a correspondente vinculação jurídica).
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Referências Bibliográficas