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O efeito estufa

O efeito estufa resulta da presenca de carbono na atmosfera, o qual garante que a terra nao se
transfomara num planeta gelado, improprio para a existencia da vida. Ele assegura uma das
condicoes basicas para a existencia de vida no planeta, a temperatura adequada para o efeito.
A terra e aquecida pelas radiacoes infravermelhas emitidas pelo sol, ate uma temperatura de -
27°C. Essas radiacoes chegam a superficie e sao reflectidas para o espaco.

O carbono forma uma redoma protectora que aprisiona parte destas radiacoes infravermelhas,
refletindo-as, novamente, para a superficie. Isso e produz um aumento de 43°C na
temperatura media do planeta, mantendo-a em torno dos 16°.C. Sem o carbono na atmosfera,
a superficie seria coberta d egelo, descendo abaixo dos 0°C. Portanto, o efeito de estufa deve-
se «a presenca na atmosfera de vapores de agua e de certos gases, como o dioxido de
crarbono e o metano, que constituem um filtro permeavel a certos raios luminosos, e,
simultaneamente, capaz de reter uma parte de radiacao solar refletida pela superficie da terra,
oferecendo um ambiente propicio a vida. No entanto, o aumento das emissoes de gas
carbonico, devido aos transportes, a producao de energia e e a industria, multiplicando, de
modo anormal, o efeito de estufa, cria riscos de transformacoes climaticas e d ecatastrofes
sanitarias.

O excesso de carbono tende a aumentar mais as radiacoes infravermelhas, produzindo o


chamado aumento d eefeito estufa, isto e, a elevacao da temperatura media, a ponto d
ereduzir ou ate acabar com as calotes de gelo, que cobrem os polos. Diga-se que, neste
seculo, se tem constatado um aumento constante de atemperaturas, com uma progressao em
flecha, durante as ultimas tres decadas, devido ao agravamento do efeito de estufa. Este
seculo registara uma transformacao essencial do ciclo natural do clima, pois nos ultimos 100
anos a temperatura media do planeta subiu tanto como nos ultimos 10.000 anos. Os anos mais
quentes, em media global, do seculo XX, foram, por ordem crescente, 1998, 1990, 1991,
1988, 1987, 1983, 1981, 1989 e 1980. Tudo nas duas ultimas decadas. As inveroes termicas
prolongadas podem provocar nevoeiros mortiferos em grande escala. O verao de 1998 teve
temperaturas nunca registadas atee hoje em observatorios. As actividades poluentes do ar sao
as responsaveis. E entre elas, desde logo, a circulacao com viaturas a combustivel fossil,, que
infestam os ares nao so de dioxido carbonico, mas tambem de outros gases, designadamente,
o benzeno ( que e, comprovadamente, cancerigeno), o metano, os clorofluocarbonetos (CFC),
o oxido de azoto, o ozono troposferico e outros poluidores, que estao a causar efeito de
estufa, ao impedir as radiacaoes infra-vermelhas emitidas pela superficie terrestre de se
dissiparem no espaco.

O indice destes poluentes na atmosfera tiplicou nos ultimos anose, em face do ritmo do
crescimento demografico, a concentrecao destes gases sera, como nos referimos
anteriormente, por volta de 2040, o dobro da existente na era pre-industrial, quadruplicando
ate ao fim do proximo seculo. O incremento destes gases, na atmosfera, aumentara a
temperatura da terra ate ao ano 2100, entre no minimo, 1°C(num cenario com valores baixos
de emissoes, combinado com um valor baixo de sensibilidade climatica), e 3,5 graus
centigrados (cenario de elevados valores de emissoes, com um valor alto de sensibilidade
climatica). O efeito de estufa influencia as probabilidades de vagas de calor, de seca e de
submersao de areas ribeirinhas. Se se mantiver o aumento de concentracao daqueles gases na
atmosfera, o balanco radioactivo da terra podera a vir ser alterado, facto que se comeca a
insinuar pelo continuo aumento de temperatura da superficie do globo terrestre, o qual, nos
ultimos 135 anos, ja subiu cerca de meio grau. Daqui por 100 anos, a temperatura da tera
pode ter subido entre 1,5°C e 3,5°C. Ora, basta uma umento de apenas mais 2 graus
centigrados na temperatura global para estarmos perante temperaturas que nao sao
experimentadas, pela maior parte das formas de vida de globo, ha mais de cem mil anos. E
mesmo num cenario de emissoes mais baixas, com o valor mais baixo de sensibilidade
climatica e da fusao de gelo dos polos, processar-se-a, ate no ano 2100, uma subida do nivel
dos mares de 15 cm, com uma extensa submersao das zonas costeiras.

Em 1997, foi assinado o protocolo de quioto. Este tratado, visa uma reducao das emissoes d
gas, por parte dos paises industrializados. Sessenta Estados comprometeram-se a ratifica-lo,
na cimeira da ONU sobre as Alteracoes Climaticas, realizada em Bona, em Novembro de
1999. Mas o senado dos EUA continua a opor-se a essa ratificacao, enquanto nao se
encontrarem satisfeitas duas comdicoes: a nao limitacao dos mecanismos de mercado, para
cumprir os compromissos reducionistas e o empenho dos grandes paises em
desenvolvimento, designadamente da China e da India nessa limitacao, sendo certo que, na
data da cimeira, apenas 14 paises tinham ratificado o protocolo acima referido.

A desertificacao

Desertificação é o processo de transformação e empobrecimento dos solos, fazendo com que


eles fiquem semelhantes ou iguais ao ambiente de um deserto. Esse processo é resultado da
ação humana sobre a natureza.
Esse fenômeno ocorre apenas em regiões que possuem climas muito secos: as regiões de
clima árido, semiárido e subúmido seco.

As principais causas da desertificação são o desmatamento, o uso intensivo (sem pausas) do


solo, queimadas e práticas inadequadas da agricultura (como o uso de agrotóxicos nas
plantações).

O desmatamento acontece para a prática da agricultura, para a pecuária ou para uso da


madeira como lenha na fabricação de produtos comerciais. Com isso, o solo fica sem
proteção e sofre com o aquecimento provocado pelo sol e com os processos que formam as
erosões. Esses fatores contribuem para a desertificação.

Os efeitos da desertificação são muito graves e variados, além de afetarem o meio ambiente,
a economia e a sociedade em geral.

Os prejuízos ambientais causados pela desertificação são as erosões, que se tornam cada vez
maiores e mais frequentes, a pobreza dos solos, que se tornam inférteis, a diminuição ou o
desaparecimento das vegetações e dos animais, entre outros.

Os prejuízos sociais da desertificação acontecem quando esse fenômeno atinge locais de


moradias de pessoas ou áreas que seriam utilizadas para plantar e produzir alimentos para a
população.

Os prejuízos econômicos se devem à desvalorização das terras desertificadas, à


improdutividade agrícola dos solos e à perda de espaço para as práticas econômicas, que
terão de ser desenvolvidas em outros locais, causando mais desmatamento e mais prejuízos
ambientais.

Desflorestação é o processo de desaparecimento de massas florestais, fundamentalmente


causada pela actividade humana sobre a natureza, principalmente devido à destruição de
florestas para a obtenção de solo para a agricultura e de madeira para a indústria madeireira.

   Uma conseqüência da desflorestação é o desaparecimento de absorventes de dióxido de


carbono, reduzindo-se a capacidade do meio ambiente em absorver as enormes quantidades
deste causador do efeito estufa, e agravando o problema do aquecimento global.

    Para tentar travar o avanço do aquecimento global diversos organismos internacionais


propõem o reflorestamento, porém esta medida é apenas parcialmente aceita pelos
ecologistas, pois estes acreditam que a recuperação da área desmatada não pode apenas levar
em conta a eliminação do gás carbônico, mas também a biodiversidade de toda a região.

     

Uma grande parte da vida selvagem encontra-se nas florestas tropicais, quentes e húmidas.
As enormes árvores, os arbustos e as ervas fornecem alimentos e habitat a elevado número de
animais.

Os seres vivos respiram dióxido de carbono e as árvores transformam-no em oxigénio,


contribuindo para que haja vida. Por isso lhes chamamos os pulmões do Mundo.

A cobertura florestal original do planeta foi destruída e apenas um quinto permanece intacta.

 O Homem começou a desbravar a floresta há 10 000 anos, quando surgiu a agricultura.

As florestas armazenam cerca de 40% do carbono na atmosfera terrestre global e a


desflorestação tem contribuindo para uma aumento de cerca de 30% de dióxido de carbono
na atmosfera nos últimos 150 anos.

A queima da floresta é uma das causas de emissão de CO2 para a atmosfera. A acção do
Homem sobre a floresta consiste essencialmente na desflorestação assumindo, nas últimas
décadas, proporções muito preocupantes. Se for mantido o actual ritmo de desflorestação,
uma grande parte das 50 a 90% das espécies vivas do planeta que existem nas florestas será
extinta a meio deste século.

Nos países em vias de desenvolvimento a principal causa da desflorestação é a sobre


exploração das matérias-primas provenientes da floresta particularmente, a própria madeira.
Estes países não têm muitas alternativas, recorrem aos recursos naturais para sobreviverem.

Nos países desenvolvidos as principais causas são:

· Desenvolvimento industrial e urbano,

· Crescimento turístico,

· Aumento da superfície cultivada,

· Construção de infra-estruturas.

A poluicao atmosferica e suas consequencias globais


A poluição atmosférica acontece quando a emissão de substâncias na atmosfera muda a
composição do ar, provocando desequilíbrios ambientais e causando prejuízos à saúde dos
seres vivos.

Também chamada de poluição do ar, esse tipo de poluição é um dos que mais causam
prejuízos ao seres humanos e aos ecossistemas.

Uma das principais causas da poluição atmosférica é a queima de combustíveis fósseis,


como o carvão e o petróleo. Esse tipo de poluição começou a se intensificar no século XIX,
após a Revolução Industrial.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, atualmente, cerca de 7 milhões de mortes


prematuras acontecem todos os anos em decorrência da poluição atmosférica.

A poluição do ar também contribui para o agravamento do efeito estufa e do aquecimento


global, que desestabilizam o clima e causam consequências que podem ser desastrosas para a
vida na Terra.

Causas da poluição do ar
A poluição atmosférica pode ser causada por fenômenos naturais e pela ação do homem.

Dentre as causas naturais da poluição do ar, podemos mencionar os gases emitidos nas
erupções vulcânicas, na decomposição de matéria orgânica (causada por fungos e bactérias),
na liberação do metano do sistema digestivo de animais e a poeira dos desertos.

Em quantidade, no entanto, essas emissões representam uma parte muito pequena se


comparado ao total da poluição atmosférica atual.

As atividades humanas representam a maior parte da poluição e estão crescendo a níveis


alarmantes, causando inúmeros prejuízos ao seres vivos e ao equilíbrio da natureza.

Dentre as principais ações que provocam a poluição atmosférica, estão: a queima de


combustíveis fósseis para a geração de energia para indústrias e como combustíveis em
automóveis.

A combustão de outros materiais, como madeira e biomassa também libera gases poluentes.
A queima de florestas para o pasto e a agricultura, por exemplo, é uma das maiores causas de
liberação de gases poluentes no Brasil.
Além disso, outras atividades industriais, como a siderurgia e a mineração também são
responsáveis pela emissão de poluentes e contaminação do ar atmosférico.

Principais poluentes atmosféricos

 Dióxido de carbono (CO2): um dos principais gases poluentes, é emitido na atmosfera a


partir da queima de combustíveis fósseis. Também chamado de gás carbônico, é o principal
gás responsável pela intensificação do efeito estufa e do aquecimento global.

 Monóxido de carbono (CO): também emitido a partir da queima de combustíveis fósseis,


esse gás é extremamente tóxico e dependendo da quantidade inalada pode levar à morte por
asfixia.

 Dióxido de enxofre (SO2): liberado pelas indústrias, pela queima de combustíveis fósseis e


pela erupção dos vulcões, esse gás é um dos responsáveis pelas chuvas ácidas. Nos seres
humanos, esse gás pode causar irritação, tosses e náusea.

 Dióxido de nitrogênio (NO2): liberado a partir da queima de combustíveis de automóveis, é


um gás bastante tóxico, pode provocar irritações, alergias e em casos mais graves
insuficiência respiratória e hemorragias. Junto com o dióxido de enxofre, é responsável pelas
chuvas ácidas.

 Material particulado: pequenas partículas sólidas e líquidas presentes no ar. Quando


inaladas essas partículas podem causar problemas respiratórios e cardíacos.

 Ozônio (03): o ozônio é um gás extremamente importante para a vida na Terra, é a camada de
ozônio que nos protege dos raios ultravioletas do sol. No entanto, quando mais próximo da
superfície terrestre, é prejudicial à natureza e seres humanos. O ozônio pode afetar o
metabolismo das plantas e provocar irritação nas mucosas.

Consequências da poluição atmosférica


As consequências da poluição do ar para a vida no planeta são extremamente perigosas. Além
das doenças provocadas nos seres vivos, a poluição altera todo o equilíbrio do ecossistema da
Terra.
Como resultado das elevadas taxas de poluição nas últimas décadas, o mundo está passando
por um processo de mudanças climáticas, que estão comprometendo a qualidade de vidas
das pessoas.

Efeito estufa e aquecimento global


Essa é uma das consequências mais preocupantes da poluição e tem sido um tema de grande
preocupação da comunidade científica e dos países.

O efeito estufa é um processo natural que mantém a temperatura no planeta Terra em níveis
adequados para a nossa sobrevivência.

No entanto, principalmente devido à queima de combustíveis fósseis, o ser humano está


emitindo na atmosfera uma quantidade muito grande de gases do efeito estufa.

A alteração na quantidade desses gases na atmosfera é a responsável pela intensificação do


aquecimento global, que pode levar ao derretimento das geleiras, desaparecimento de cidades
litorâneas e desequilíbrio nos ecossistemas.

Chuva ácida
A chuva ácida acontece quando elementos como o dióxido de enxofre (SO2) e o dióxido de
nitroso (NO2) interagem com o vapor d’água e formam ácidos.

Ao se precipitar, a água da chuva tem níveis elevados de ácido, o que traz inúmeros prejuízos
ambientais, como a contaminação dos solos, a destruição de plantações e a contaminação de
animais.

Além disso, a chuva ácida pode corroer construções e monumentos históricos.

Inversão térmica
A inversão térmica costuma acontecer em grandes centros urbanos, onde há grande
concentração de poluentes atmosféricos e costuma acontecer com mais frequência durante o
inverno.
Nesse fenômeno, uma camada de ar quente se sobrepõe a uma camada de ar fria devido ao
acúmulo de poluentes. A camada fria não consegue circular para cima e os gases poluentes
ficam presos próximos à superfície atmosférica.

Esses gases próximos à superfície podem causar intoxicações, doenças respiratórias e


irritação nas mucosas.

Prejuízos à saúde
A respiração é a ação mais fundamental para a manutenção da vida, por isso, a poluição
atmosférica pode ser tão perigosa e prejudicial aos seres vivos.

Dentre os problemas de saúde causados pela poluição atmosférica destacam-se as doenças


respiratórias, como asma e bronquite, pneumonias, tosses, irritações e alergias.

Em casos mais graves, a poluição do ar pode causar danos aos sistemas imunológico, nervoso
e reprodutivo, hipertensão, câncer e até mesmo, a morte.

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