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O que é vitamina D

A vitamina D não é uma vitamina. Por mais estranha que essa afirmação pareça, ela é
verdadeira e tem origem na história. Quando se descobriu essa substância, achava-se
que só os alimentos poderiam fornecê-la. Ela foi então batizada como vitamina D. No
entanto, pesquisas realizadas na década de 1970 descobriram que se trata de um pré-
hormônio, que poderia ser produzido pelo próprio corpo. Mas, como essa substância já
era conhecida como vitamina, permaneceu assim.

Para que serve a vitamina D


A vitamina D é essencial para o ser humano, funcionando como uma chave bioquímica
que abre as portas de milhares de diferentes processos fundamentais para a vida.
Estudos indicam que ela é responsável pela absorção do cálcio e por “ligar” ou
“desligar” mais de 2.000 genes. Conheça abaixo detalhes sobre as funções da Vitamina
D.
Metabolismo ósseo
Faz com que o cálcio seja absorvido no intestino, passando para a corrente sanguínea, e
depois depositado nos ossos ou usado em outras funções no organismo.
Saúde muscular
A vitamina D também permite a entrada de cálcio nas células musculares, aumentando a
capacidade de contração dos músculos que, como consequência, estimula o crescimento
de massa muscular, o tônus e a força.
Fortalecimento do sistema imunológico
Durante infecções respiratórias transmissíveis, como gripes e resfriados, a vitamina D
diminui a liberação de citocinas envolvidas na inflamação pulmonar e aumenta a
quantidade de macrófagos, fortalecendo a imunidade inata. Imunidade inata é aquela
que atua na primeira linha de defesa, agindo rapidamente para neutralizar ameaças.
Esses macrófagos irão, literalmente, “comer” os vírus ou bactérias e assim apresentá-los
aos nossos linfócitos T para que eles desenvolvam um reconhecimento desses invasores,
o que é conhecido como imunidade adquirida.
Já quando os níveis da vitamina estão baixos pode acontecer o desenvolvimento de
células T autorreativas, que atacam células saudáveis e aumentam as chances de
doenças autoimunes, como artrite reumatoide e esclerose múltipla.
Perda de peso
A falta de vitamina D pode interferir na eficácia da leptina, um dos hormônios que
causam a sensação de saciedade. Também está associada à redução da inflamação,
estímulo do metabolismo celular e influência no colesterol HDL (bom colesterol).
Prevenção de diabetes
Pesquisas mostram que as pessoas com níveis mais altos de vitamina D no sangue têm o
risco de desenvolver diabetes reduzido para níveis entre 1/3 e 1/5, quando comparadas
com pessoas com níveis baixos da vitamina. A vitamina D pode reduzir o risco do
diabetes tipo 1 em até 80%.
Manutenção do humor
Níveis baixos de vitamina D estão associados a uma maior incidência de depressão.
Estudo já encontrou efeitos positivos da suplementação de vitamina D comparáveis aos
efeitos dos antidepressivos.
Gestação saudável
Níveis adequados de vitamina D durante a gestação podem reduzir os riscos de diabetes
gestacional, nascimento prematuro e pré-eclâmpsia. Estudos revelaram redução de 60%
na pré-eclâmpsia, 50% no diabetes gestacional e 40% no parto prematuro.
Descobertas sobre a vitamina D
Além de todas essas funções já reconhecidas, estudos encontraram indícios da sua
participação em uma série de outros processos vitais. Entre esses, estão:
 Proteção contra a demência;
 Auxílio no combate à hipertensão;
 Redução da mortalidade por certos tipos de câncer;
 Melhora da dermatite em crianças.
Saiba mais sobre essas e outras novas descobertas da ciência sobre a vitamina D em
reportagem da revista Essentia Pharma.

Tipos de vitamina D
A vitamina D pode ser assimilada sob duas formas:
 Vitamina D2 (ergocalciferol) – por meio de alguns alimentos de origem vegetal;
 Vitamina D3 (colecalciferol) – por meio da exposição ao sol, suplementos e alguns
tipos de peixes.
Ambos os tipos de vitamina precisam ser convertidos pelo organismo para a sua forma
ativa (calcitriol) para que possam executar as suas funções.
Diferença entre Vitamina D3 e D2
A vitamina D2 (ergocalciferol) é uma das formas de vitamina D encontrada em
alimentos de origem vegetal, incluindo fungos como cogumelos e leveduras. Já a
vitamina D3 (colecalciferol) está disponível apenas em alimentos de origem animal e é
o tipo de vitamina D que o nosso corpo produz sozinho quando exposto à luz
ultravioleta. Além disso, a vitamina D3 possui uma maior absorção pelo nosso
organismo, sendo por isso a mais indicada para suplementação.
Como produzimos vitamina D
Praticamente 80% da vitamina D3 que precisamos vêm da nossa própria produção. É
como se fizéssemos fotossíntese. O processo é ativado pela radiação UV-B na pele
(desde que não estejamos utilizando protetor solar) em comprimentos de onda
específicos, que vão de 290 a 315 nanômetros.
Quando estamos no inverno, há uma redução na potência dos raios solares, assim como
há uma diminuição nas regiões mais distantes da linha do Equador, o que dificulta a
nossa produção natural da vitamina.
A quantidade de vitamina D que será produzida depende de alguns fatores como a
latitude, estação do ano, fototipo da pele (peles mais claras produzem mais vitamina D,
quanto mais escura, a melanina absorve o raio UVB).
Para produzir vitamina D, é necessário permanecer de 10 a 15 minutos no sol, das 10h
às 16h, pelo menos duas a três vezes na semana. Pessoas com peles mais escuras
precisam de 30 minutos ou mais. É recomendada a exposição direta de áreas cobertas,
como pernas, costas, barriga, ou ainda palmas e plantas.

Por que tomar vitamina D


Mesmo podendo ser produzida pelo organismo, ou encontrada em alimentos, a vitamina
D é um nutriente em falta para a maioria das pessoas. O índice ideal da vitamina no
sangue é de 30 a 80ng/ml. No entanto, estudos indicam que 45% dos brasileiros
apresentam insuficiência, com índices entre 20ng/ml e 32ng/ml. Já 28% da população
apresenta deficiência, com níveis abaixo de 20ng/ml.
Entre os idosos, a carência é ainda maior. Segundo levantamento da Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, valores inadequados da vitamina foram
encontrados em 85% dos idosos moradores da cidade de São Paulo.

Falta de Vitamina D
A falta de vitamina D no organismo pode ser reconhecida através de alguns sintomas
como redução dos níveis de cálcio e fósforo no sangue, cansaço, enfraquecimento dos
ossos e fraqueza muscular. Em idosos, a deficiência dessa vitamina pode levar à
osteoporose. Já em crianças, a falta de vitamina D pode provocar o raquitismo.
A produção e a absorção de vitamina D pelo nosso organismo podem ser prejudicadas
por conta de algumas doenças como insuficiência renal, síndromes disabsortivas,
doença de Crohn, doença celíaca e após cirurgia bariátrica. Obesos e idosos também
podem ter a mesma dificuldade, assim como pessoas com pele mais escura, já que a
melanina reduz a absorção de vitamina D.
Para identificar a falta de vitamina D é necessário fazer um exame de sangue. O
diagnóstico é feito através de um exame de sangue conhecido como hidroxivitamina D
ou 25(OH)D. Esse exame tem o objetivo de verificar a concentração de vitamina D no
sangue. É considerada falta de vitamina D quando esses níveis estão menores do que 20
ng/mL.

Alimentos com vitamina D


Alguns alimentos podem fornecer vitamina D2, e outros vitamina D3, com diferentes
concentrações. Confira:
 Cogumelo Shitake: 800UI de vitamina D2 a cada 50g;
 Óleo de fígado bacalhau: 1.360UI de vitamina D3 a cada colher de sopa;
 Atum: 154UI de vitamina D3 a cada posta de 100g;
 Salmão: 794UI de vitamina D3 a cada filé de 100g.

Suplemento de vitamina D
Uma opção segura para recuperar e manter os índices da vitamina em níveis adequados
é a ingestão direta através de suplemento de vitamina D. A suplementação eficiente
precisa estar na forma de vitamina D3, também conhecida como colecalciferol, uma vez
que a vitamina D2 apresenta apenas de 30% a 50% da potência biológica da vitamina
D3 para ser convertida na forma metabolicamente ativa dessa vitamina dentro do corpo,
que é o calcitriol.
Absorção da vitamina D
A vitamina D é uma substância lipossolúvel. Ou seja, a sua absorção depende da
presença de gordura durante a digestão. Por isso, no caso dos suplementos é necessário
conter alguma fonte de gordura em sua formulação.
Muitos apostam no óleo de soja ou de milho, porém, é comum que essas fontes causem
processos alérgicos. Estudos apontam que a combinação de gorduras monoinsaturadas
(ômega-9), como as presentes no azeite de oliva extravirgem, e gorduras saturadas de
cadeia média, como as presentes no óleo de coco (triglicerídeos de cadeia média
(TCM)), são capazes de impulsionar a absorção da vitamina a níveis mais elevados,
enquanto também entregam outros benefícios para o organismo.

Dosagem recomendada de vitamina D


De acordo com os resultados do exame de sangue de cada pessoa, o médico ou
nutricionista irá determinar a dosagem adequada para manter.
Normalmente, a suplementação diária média para manutenção dos níveis ideais é de
2.000UIi/dia para adultos. Porém, em casos de deficiência comprovada, doses de
4.000UI a 8.000UI por dia, durante três meses, geralmente são adequadas para atingir o
patamar ideal.
Melhor horário para tomar vitamina D
A vitamina D é absorvida quando em contato com meios gordurosos, por isso, o melhor
horário para tomar vitamina D é junto às refeições, para aumentar ainda mais a absorção
pelo organismo.

Risco de vitamina D em excesso


Alguns profissionais de saúde temem que a vitamina D em excesso provoque pedras nos
rins. Esse receio, à primeira vista, pode fazer sentido, pois a vitamina D está envolvida
na absorção do cálcio e poderia aumentar o risco de pedras nos rins. A teoria tem o que
se chama de “validade aparente”, o que significa que soa bem. No entanto, dois estudos
recentes descobriram exatamente o oposto: quanto menor o nível de vitamina D, maior
o risco de pedras nos rins.
Como ocorre com qualquer substância, os excessos podem se tornar tóxicos, mas se
descobriu que as doses de vitamina D para se tornarem tóxicas são muito maiores do
que anteriormente se acreditava. Embora a grande maioria das pessoas que toma
suplementos de vitamina D3 não apresente nenhum problema, a possibilidade do seu
excesso pode acontecer se, de maneira errônea, alguém ingerir mais de 40.000UI por
dia, por mais de dois meses, ou se tomar uma superdose única.

Gestantes e vitamina D
De acordo com o National Institutes of Health (NIH), a interrupção no uso de pílulas
anticoncepcionais pode levar a uma queda nos níveis de vitamina D. Para crianças, o
baixo nível da vitamina na mãe tem sido associado a um aumento do risco de parto
prematuro e baixo peso ao nascer (<2.500 gramas). A deficiência da vitamina D em
mulheres grávidas tem sido associada com um aumento do risco de pré-eclâmpsia e
diabetes gestacional.
Para suprir a falta de vitamina D e de outros nutrientes em gestantes, o projeto social Be
Generous doa suplementos de polivitamínicos e ômega-3 para gestantes atendidas pelo
projeto.
As futuras mães recebem o Polivitamínico do Futuro, um suplemento pré-natal que
contém as vitaminas A, complexo B, C, D, E, H e K, além de minerais como cálcio,
cromo, magnésio, selênio, molibdênio, zinco, colina, ferro, iodo e ácido fólico. Também
é distribuído um suplemento de ômega-3 com alto grau de pureza.
Esses suplementos têm atuação na construção física e cognitiva das futuras crianças e
auxiliam no fortalecimento do sistema imunológico, reduzindo o risco de infecções e de
doenças ao longo das suas vidas.

Crianças e vitamina D
A vitamina D está relacionada não somente ao desenvolvimento e à manutenção da
saúde óssea, mas também à redução do risco de obesidade e diabetes, além de aumentar
a imunidade. Níveis saudáveis da vitamina promovem a absorção do cálcio e, por essa
razão, durante a infância, a falta de vitamina D pode causar retardo do crescimento,
anormalidades ósseas e aumento do risco de fraturas na vida adulta.
Como vimos, alimentos fornecem baixas quantidades de vitamina D, e a nossa produção
é altamente dependente da exposição ao sol. No caso das crianças, esse cenário é
agravado pela rejeição a diversos alimentos e pela dificuldade em serem levadas para
banhos de sol rotineiros. Se antes era preciso limitar o tempo das crianças na rua, hoje
os pais precisam insistir para que elas busquem o sol. Com isso, observa-se, ano após
ano, o aumento da incidência de carência nutricional dessa vitamina na infância.
Se houver a necessidade de suplementação, há no mercado vitaminas em forma de
gomas, mais atraentes para as crianças. Os pais, no entanto, devem ficar atentos à
dosagem da vitamina D, para que seja efetiva, e aos demais componentes da fórmula. O
ideal é evitar produtos que levem em sua composição açúcar, corantes artificiais e
aromatizantes artificiais. Uma excelente opção é o Vitamini D3.

O diagnóstico é feito através de uma exame de sangue


chamado 25-hidroxivitamina D, e os valores de referência
são: Deficiência grave: menor que 20 ng/ml; Deficiência leve:
entre 21 e 29 ng/ml; Valor adequado: a partir de 30 ng/ml.

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