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A vitamina D não é uma vitamina. Por mais estranha que essa afirmação pareça, ela é
verdadeira e tem origem na história. Quando se descobriu essa substância, achava-se
que só os alimentos poderiam fornecê-la. Ela foi então batizada como vitamina D. No
entanto, pesquisas realizadas na década de 1970 descobriram que se trata de um pré-
hormônio, que poderia ser produzido pelo próprio corpo. Mas, como essa substância já
era conhecida como vitamina, permaneceu assim.
Tipos de vitamina D
A vitamina D pode ser assimilada sob duas formas:
Vitamina D2 (ergocalciferol) – por meio de alguns alimentos de origem vegetal;
Vitamina D3 (colecalciferol) – por meio da exposição ao sol, suplementos e alguns
tipos de peixes.
Ambos os tipos de vitamina precisam ser convertidos pelo organismo para a sua forma
ativa (calcitriol) para que possam executar as suas funções.
Diferença entre Vitamina D3 e D2
A vitamina D2 (ergocalciferol) é uma das formas de vitamina D encontrada em
alimentos de origem vegetal, incluindo fungos como cogumelos e leveduras. Já a
vitamina D3 (colecalciferol) está disponível apenas em alimentos de origem animal e é
o tipo de vitamina D que o nosso corpo produz sozinho quando exposto à luz
ultravioleta. Além disso, a vitamina D3 possui uma maior absorção pelo nosso
organismo, sendo por isso a mais indicada para suplementação.
Como produzimos vitamina D
Praticamente 80% da vitamina D3 que precisamos vêm da nossa própria produção. É
como se fizéssemos fotossíntese. O processo é ativado pela radiação UV-B na pele
(desde que não estejamos utilizando protetor solar) em comprimentos de onda
específicos, que vão de 290 a 315 nanômetros.
Quando estamos no inverno, há uma redução na potência dos raios solares, assim como
há uma diminuição nas regiões mais distantes da linha do Equador, o que dificulta a
nossa produção natural da vitamina.
A quantidade de vitamina D que será produzida depende de alguns fatores como a
latitude, estação do ano, fototipo da pele (peles mais claras produzem mais vitamina D,
quanto mais escura, a melanina absorve o raio UVB).
Para produzir vitamina D, é necessário permanecer de 10 a 15 minutos no sol, das 10h
às 16h, pelo menos duas a três vezes na semana. Pessoas com peles mais escuras
precisam de 30 minutos ou mais. É recomendada a exposição direta de áreas cobertas,
como pernas, costas, barriga, ou ainda palmas e plantas.
Falta de Vitamina D
A falta de vitamina D no organismo pode ser reconhecida através de alguns sintomas
como redução dos níveis de cálcio e fósforo no sangue, cansaço, enfraquecimento dos
ossos e fraqueza muscular. Em idosos, a deficiência dessa vitamina pode levar à
osteoporose. Já em crianças, a falta de vitamina D pode provocar o raquitismo.
A produção e a absorção de vitamina D pelo nosso organismo podem ser prejudicadas
por conta de algumas doenças como insuficiência renal, síndromes disabsortivas,
doença de Crohn, doença celíaca e após cirurgia bariátrica. Obesos e idosos também
podem ter a mesma dificuldade, assim como pessoas com pele mais escura, já que a
melanina reduz a absorção de vitamina D.
Para identificar a falta de vitamina D é necessário fazer um exame de sangue. O
diagnóstico é feito através de um exame de sangue conhecido como hidroxivitamina D
ou 25(OH)D. Esse exame tem o objetivo de verificar a concentração de vitamina D no
sangue. É considerada falta de vitamina D quando esses níveis estão menores do que 20
ng/mL.
Suplemento de vitamina D
Uma opção segura para recuperar e manter os índices da vitamina em níveis adequados
é a ingestão direta através de suplemento de vitamina D. A suplementação eficiente
precisa estar na forma de vitamina D3, também conhecida como colecalciferol, uma vez
que a vitamina D2 apresenta apenas de 30% a 50% da potência biológica da vitamina
D3 para ser convertida na forma metabolicamente ativa dessa vitamina dentro do corpo,
que é o calcitriol.
Absorção da vitamina D
A vitamina D é uma substância lipossolúvel. Ou seja, a sua absorção depende da
presença de gordura durante a digestão. Por isso, no caso dos suplementos é necessário
conter alguma fonte de gordura em sua formulação.
Muitos apostam no óleo de soja ou de milho, porém, é comum que essas fontes causem
processos alérgicos. Estudos apontam que a combinação de gorduras monoinsaturadas
(ômega-9), como as presentes no azeite de oliva extravirgem, e gorduras saturadas de
cadeia média, como as presentes no óleo de coco (triglicerídeos de cadeia média
(TCM)), são capazes de impulsionar a absorção da vitamina a níveis mais elevados,
enquanto também entregam outros benefícios para o organismo.
Gestantes e vitamina D
De acordo com o National Institutes of Health (NIH), a interrupção no uso de pílulas
anticoncepcionais pode levar a uma queda nos níveis de vitamina D. Para crianças, o
baixo nível da vitamina na mãe tem sido associado a um aumento do risco de parto
prematuro e baixo peso ao nascer (<2.500 gramas). A deficiência da vitamina D em
mulheres grávidas tem sido associada com um aumento do risco de pré-eclâmpsia e
diabetes gestacional.
Para suprir a falta de vitamina D e de outros nutrientes em gestantes, o projeto social Be
Generous doa suplementos de polivitamínicos e ômega-3 para gestantes atendidas pelo
projeto.
As futuras mães recebem o Polivitamínico do Futuro, um suplemento pré-natal que
contém as vitaminas A, complexo B, C, D, E, H e K, além de minerais como cálcio,
cromo, magnésio, selênio, molibdênio, zinco, colina, ferro, iodo e ácido fólico. Também
é distribuído um suplemento de ômega-3 com alto grau de pureza.
Esses suplementos têm atuação na construção física e cognitiva das futuras crianças e
auxiliam no fortalecimento do sistema imunológico, reduzindo o risco de infecções e de
doenças ao longo das suas vidas.
Crianças e vitamina D
A vitamina D está relacionada não somente ao desenvolvimento e à manutenção da
saúde óssea, mas também à redução do risco de obesidade e diabetes, além de aumentar
a imunidade. Níveis saudáveis da vitamina promovem a absorção do cálcio e, por essa
razão, durante a infância, a falta de vitamina D pode causar retardo do crescimento,
anormalidades ósseas e aumento do risco de fraturas na vida adulta.
Como vimos, alimentos fornecem baixas quantidades de vitamina D, e a nossa produção
é altamente dependente da exposição ao sol. No caso das crianças, esse cenário é
agravado pela rejeição a diversos alimentos e pela dificuldade em serem levadas para
banhos de sol rotineiros. Se antes era preciso limitar o tempo das crianças na rua, hoje
os pais precisam insistir para que elas busquem o sol. Com isso, observa-se, ano após
ano, o aumento da incidência de carência nutricional dessa vitamina na infância.
Se houver a necessidade de suplementação, há no mercado vitaminas em forma de
gomas, mais atraentes para as crianças. Os pais, no entanto, devem ficar atentos à
dosagem da vitamina D, para que seja efetiva, e aos demais componentes da fórmula. O
ideal é evitar produtos que levem em sua composição açúcar, corantes artificiais e
aromatizantes artificiais. Uma excelente opção é o Vitamini D3.