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Sumario:
Desenvolvimento.
A reação inflamatória típica se desenvolve por meio de uma série de etapas em sequência:
• O agente agressor, que se situa nos tecidos extravasculares, é reconhecido pelas células e
moléculas hospedeiras.
• Os leucócitos e as proteínas do plasma são recrutados da circulação para o local onde o
agente agressor está localizado.
• Os leucócitos e as proteínas são ativados e trabalham juntos para destruir e eliminar a
substância agressora.
• A reação é controlada e concluída.
• O tecido lesado é reparado.
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células expressam receptores que percebem a presença de microrganismos e de dano. As
proteínas circulatórias reconhecem os microrganismos que, eventualmente, tenham
entrado no sangue.
O resultado da inflamação aguda é a eliminação do estímulo nocivo, seguido de
diminuição da reação e reparo do tecido lesado, ou a lesão persistente resultando na
inflamação crônica.
Causas da Inflamação:
As reações inflamatórias agudas podem ser deflagradas por uma variedade de estímulos:
• Corpos estranhos (lascas de madeira, sujeira, suturas) podem deflagrar inflamação porque
causam lesão tecidual traumática ou transportam microrganismos. Até mesmo algumas
substâncias endógenas podem ser consideradas potencialmente nocivas se grandes
quantidades forem depositadas nos tecidos; tais substâncias incluem cristais de urato (na
doença da gota), cristais de colesterol (na aterosclerose) e lipídios (na síndrome metabólica
associada à obesidade).
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consequências nocivas são autolimitadas e se resolvem à medida que a inflamação vai se
reduzindo, deixando pouco ou nenhum dano.
Clasificação:
Inflamação crônica.
O processo inflamatório crônica é de longa duração e está associado a maior destruição tecidual,
presença de linfócitos e macrófagos, proliferação de vasos sanguíneos e deposição de tecido.
Inflamação Aguda
(3) Emigração de leucócitos da microcirculação, seu acúmulo no foco da lesão e sua ativação
para eliminar o agente agressor.
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Inflamação Serosa
A inflamação serosa é marcada pela exsudação de fluidos com poucas células nos espaços
criados pela lesão celular ou em cavidades corporais revestidas pelo peritônio, pleura e
pericárdio. O fluido na inflamação serosa não é infectado pelos organismos destrutivos, e não
contém muitos leucócitos (que tendem a produzir inflamação purulenta). Em cavidades
corporais, o fluido pode ser derivado do plasma (como resultado do aumento da permeabilidade
vascular) ou das secreções de células mesoteliais (como resultado de irritação local); o acúmulo
de fluidos nessas cavidades é chamado de efusão. (As efusões também ocorrem em condições
não inflamatórias, como, por exemplo, na redução do efluxo sanguíneo na hipótese de
insuficiência cardíaca, ou em níveis reduzidos de proteínas plasmáticas de certas doenças
renais e hepáticas.
Inflamação Fibrinosa
Aumento na permeabilidade vascular, grandes moléculas, tais como fibrinogênio, passam para
fora do vaso, e a fibrina é formada e depositada no espaço extracelular. Um exsudato fibrinoso
se desenvolve quando ocorrem grandes extravasamentos ou na presença de um estímulo pró
coagulante local (p. ex., células neoplásicas). O exsudato fibrinoso é característico de inflamação
no revestimento das cavidades do corpo, tais como meninges, pericárdio e pleura.
Histologicamente, a fibrina se assemelha a uma rede de fios eosinofílica ou, algumas vezes, a
um coágulo amorfo. Os exsudato fibrinosos podem ser dissolvidos pela fibrinólise e removidos
pelos macrófagos.
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causados por supuração mantida em um tecido, um órgão ou um espaço confinado. São
produzidos pela inoculação de bactérias piogênicas dentro de um tecido.
Os Abscesso têm uma região central que se parece com uma massa de leucócitos necróticos e
células teciduais. Uma zona de neutrófilos preservados em torno desse foco necrótico e, fora
dessa região, podem ocorrer dilatação vascular e proliferação parenquimatosas e fibroblástica,
indicando inflamação crônica e reparo. Pode tornar-se confinado por cápsula e, finalmente, ser
substituído por tecido conjuntivo.
Úlceras
(2) Na pele e no tecido subcutâneo das extremidades inferiores em pessoas mais velhas com
distúrbios circulatórios que predispõem a uma extensa necrose isquêmica.
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Todas as reações inflamatórias agudas podem apresentar um destes três resultados:
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metabólitos tóxicos e proteases, causando dano tecidual. Durante o dano e, em parte, como
resultado da liberação de prostaglandinas, neuropeptídeos e citocinas, um dos sintomas locais é
a dor.
• Infecções persistentes por microrganismos que são difíceis de eliminar, tais como
micobactérias e certos vírus, fungos e parasitas. Esses organismos frequentemente estimulam
uma reação imunológica chamada de hipersensibilidade do tipo tardia. Algumas vezes, a
resposta inflamatória tem um padrão específico chamado de reação granulomatosa. Em outros
casos, uma inflamação aguda não resolvida pode progredir para uma inflamação crônica, como
ocorre na infecção bacteriana aguda pulmonar, que evolui para um Abscesso crônico.
Inflamação granulomatosa:
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doenças inflamatórias imunomediadas, com destaque para a doença de Crohn – um tipo de
doença intestinal inflamatória e uma causa importante de inflamação granulomatosa nos
Estados Unidos –, e na doença de etiologia desconhecida chamada sarcoidose. A
tuberculose é o protótipo da doença granulomatosa causada pela infecção, e sempre deve
ser excluída como a causa quando os granulomas são identificados. Nessa doença, o
granuloma é referido como tubérculo. Os padrões morfológicos em várias doenças
granulomatosas podem ser suficientemente diferentes para permitir um diagnóstico
razoavelmente preciso por um patologista.
Reparo tecidual:
2. Maturação das células-tronco teciduais, e deposição de tecido conjuntivo para formar uma
cicatriz.
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FIGURA
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As células são classificadas em três grupos de acordo com sua capacidade de proliferar ou
reproduzir: células lábeis, células quiescentes ou estáveis e células permanentes não divisíveis
ou permanentes.
Células lábeis: são células em divisão constante. Eles proliferam ao longo da vida em
condições normais para substituir ou substituir células que estão sendo destruídas
continuamente. Exemplo: Epitélios que cobrem a pele e mucosa estratificada, como
boca, vagina, colo do útero, endométrio e órgãos hemolinfopoiéticos, como: medula
óssea, baço, linfonodos. Na maioria desses tecidos, a regeneração ocorre a partir de
células-tronco ou precursoras.
Células quiescentes (ou estáveis): normalmente mostram pouca atividade mitótica; no
entanto, essas células podem se dividir rapidamente sob certos estímulos, são capazes
de reconstruir o tecido de onde provêm. A esse grupo pertenecem as células
parenquimatosas dos órgãos glandulares, tais como: fígado, glândulas salivares,
glândulas endócrinas, células derivadas do mesênquima, tais como: fibroblastos,
osteoblastos, condroblasto e músculo liso. Uma lesão é necessária para a regeneração
das células, por exemplo no fígado, quando uma hepatectomia é realizada, ela se
regenera em 3 meses, mas para isso é necessário manter a estrutura, ou seja, o tecido
de suporte.
Células permanentes (não divisíveis): Elas não experimentam divisão mitótica porque
os programas genéticos que participam nelas são reprimidos, não podem entrar na
mitose na vida pós-natal. Lesões extensas resultam em perda de função Exemplo:
bastonetes, cones e bastonetes da retina, fibra muscular esquelética e miocárdica.
Formas do processo de reparação:
Compreende dois processos diferentes:
1. A regeneração ou substituição das células lesadas por outras da mesma classe, às vezes,
sem vestígios residuais da lesão anterior. Isso depende do tipo de célula, lábil, estável e
permanente; além da regeneração celular, o tecido de suporte deve ser preservado.
2. A substituição por tecido conjuntivo, chamado fibroplasia ou fibrose, que deixa uma cicatriz
permanente.
Na maioria dos casos, esses dois processos contribuem para o reparo, e a regeneração e a
fibroplasia dependem basicamente dos mesmos mecanismos envolvidos na migração,
proliferação e diferenciação celular, bem como nas interações matriz-célula. Para que a
regeneração do tecido epitelial da pele e das vísceras seja ordenada, deve haver uma
membrana basal (BM); Graças à sua integridade, são obtidas especificidade e polaridade celular,
além de influenciar a migração e o crescimento celular. A matriz extracelular especializada
(ECM) funciona como um andaime ou estrutura extracelular que ajuda a obter uma reconstrução
exata das estruturas pré-existentes.
Reparo do tecido conjuntivo. Fibrose A destruição de um tecido acompanhado por lesões, tanto
das células parenquimatosas quanto da estrutura ou estroma, é observada nas inflamações
necrosantes e é característica da inflamação crônica. Portanto, o reparo não pode ser realizado
apenas pela regeneração de células parenquimatosas, ou mesmo em órgãos capazes de fazê-
lo, sendo essas células não regeneradas substituídas por elementos do tecido conjuntivo, que
produz fibrose e cicatrizes.
Esse processo faz parte da reação local inespecífica do tecido conjuntivo vascularizado; seu
resultado é restaurar a continuidade anatômica do tecido lesionado, preenchendo os defeitos
com a deposição de substâncias intercelulares, fibras colágenas, elásticas e
glicosaminoglucanos.
Esse processo compreende quatro fenômenos:
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1. Formação de novos vasos sanguíneos (angiogênese).
2. Migração e proliferação de fibroblastos.
3. Depósito ECM.
4. Desenvolvimento e organização de tecido fibroso; também chamado de remodelação.
O reparo começa logo após a inflamação, às vezes dentro de 24 horas; Se a resolução não tiver
ocorrido, fibroblastos e células endoteliais começam a proliferar, em 3-5 dias ocorre um tipo
especializado de tecido chamado tecido de granulação, formação de neovasos (angiogênese) e
proliferação de fibroblastos.
Dependendo das circunstâncias em que a cura ocorre, a cura pode ser por primeira intenção ou
união primária e por segunda intenção ou união secundária.
O reparo tecidual pode ser alterado por uma variedade de influências, frequentemente reduzindo
a qualidade ou a adequação do processo de reparo ativo. As variáveis que modificam o reparo
podem ser extrínsecas (p. ex.,infecção) ou intrínsecas ao tecido lesado, além de sistêmicas ou
locais:
• A infecção é uma das causas mais importantes de demora no processo de reparo, prolongando
a inflamação e, potencialmente, aumentando a lesão tecidual local.
• O diabetes é uma doença metabólica que compromete o reparo tecidual por muitas razões , e é
uma das causas sistêmicas mais importantes de reparo anormal das feridas.
• O estado nutricional tem efeitos profundos no reparo; a deficiência de proteínas, por exemplo,
e, particularmente, a carência de vitamina C inibem a síntese de colágeno e retardam o reparo.
• Fatores mecânicos, como aumento de pressão local ou torsão, que podem provocar separação
ou deiscência das feridas.
• Os corpos estranhos, como fragmentos de aço, vidro ou até mesmo osso, impedem o reparo.
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inevitavelmente, resultar em cicatrização com, no máximo, tentativas de compensação funcional
pelos elementos viáveis remanescentes. Assim é o caso do reparo no infarto do miocárdio.
• O local da lesão e a caraterística do tecido no qual a lesão ocorre também são importantes. Por
exemplo, a inflamação que surge em espaços teciduais (p. ex., pleural, peritoneal, nas cavidades
sinoviais) desenvolve exsudatos extensos. O reparo subsequente pode ocorrer por meio da
digestão do exsudato, iniciada pelas enzimas proteolíticas de leucócitos e pela reabsorção do
exsudato liquefeito. A isso, chama-se resolução e, na ausência de necrose celular, a arquitetura
normal dos tecidos é geralmente restaurada. Entretanto, nas situações de maior acúmulo, o
exsudato evolui para organização: o tecido de granulação cresce dentro do exsudato e, por fim,
forma-se uma cicatriz fibrosa.
Trata-se de um processo que envolve tanto a regeneração epitelial quanto a formação de cicatriz
de tecido conjuntivo e, portanto, ilustra os princípios gerais que se aplicam no reparo de todos os
tecidos.
Com base na natureza e no tamanho da ferida, diz-se que a cura dos ferimentos da pele ocorre
por primeira ou segunda intenção.
Quando a perda de células ou tecidos é mais extensa, como ocorre em grandes feridas,
abscessos, ulcerações e na necrose isquêmica (infarto) de órgãos parenquimatosos, o processo
de reparo envolve uma combinação de regeneração e cicatrização. Na cura de feridas cutâneas
por segunda intenção, também conhecida como cura pela união secundária .
Resumo:
1.As principais fases da cura de feridas cutâneas são inflamação, formação de tecido de
granulação e remodelamento da MEC.
2.As feridas cutâneas podem curar-se através da união primária (primeira intenção) ou da união
secundária (intenção secundária); a cura secundária envolve cicatrização e contração das
feridas mais extensas.
3.A cura de feridas pode ser alterada por muitas condições, particularmente infecção e diabetes;
tipo, volume e localização da lesão são fatores importantes que influenciam o processo de
reparo.
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A estimulação persistente da síntese de colágeno nas doenças inflamatórias crônicas leva à
fibrose do tecido, geralmente com grande perda tecidual e prejuízo funcional.
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