Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DISFAGIA ESOFAGIANA
Anamnese do Esôfago
Alimento não sofre condução para terço
inferior do esôfago, referindo alimento
entalado.
Há parada do bolo alimentar no
esôfago, tendo queixa retroesternal.
Tipos:
Soluço Radiografia
Contração rápida e involuntária do De tórax. Ou fazer esofagografia, que é
diafragma, com fechamento de glote, radiografia contrastada com bário.
inspiração interrompida e emissão de som Identifica-se trato digestório superior,
característico. anatomia e fisiologia.
Diagnó stico
Exame padrão ouro é esofagomanometria.
Também pode fazer radiografia de tórax e
esofagografia baritada.
Esofagografia Baritada: Mostra corpo do Nitrato (via sublingual): antes de
esôfago dilatado (megaesôfago). EEI refeições.
estreitado (bico de pássaro; típico). Atraso Antagonistas de Cálcio: Nifedipina
de esvaziamento esofágico. Permite 10mg de 6/6 horas.
classificar em Rezende-Mascarenhas. Toxina Botulínica (intramural e
circunferencial): Para pacientes de alto
risco cirúrgico.
CIRÚRGICO
Tratamento que auxilia na terapêutica, mas
não a cura. Pacientes refratários ao
tratamento clínico, ou em grau 3 ou 4.
Dilatação Pneumática Endoscópica:
Balão acoplado na ponta de endoscópio,
que dilata EEI por alguns meses.
- Complicações: perfuração do
OBS: Sempre fazer EDA para excluir esôfago, recidiva de sintomas eventual.
neoplasias do diagnóstico.
Cirurgia de Miotomia de Heller: Secção
Classificaçã o de Rezende- das fibras longitudinais e circulares da
musculatura lisa do EEI, gerando dilatação
Mascarenhas crônica. Fazer fundoplicatura do estômago
Classifica através do grau de dilatação. para evitar DRGE. Geralmente grau 3.
Distúrbios Neurogênicos
Espasmo Esofagiano Difuso (EED)
Distúrbio da motilidade do esôfago.
Peristaltismo normal substituído por
intensas contrações, podendo evoluir para
Diagnó sticos Diferenciais acalasia.
Outras doenças que destroem o plexo de Pode estar associado a distúrbios
Auerbach, como: Amiloidose, sarcoidose, psicossomáticos, como ansiedade e
gastroenterite eosinofílica, neoplasias. depressão.
Esofagopatia Chagásica: Fazer sorologia Peristaltismo Não Propulsivo: Como o
método ELISA ou reação machado- esôfago inteiro contrai ao mesmo tempo, o
guerreiro. alimento não se move. Destruição dos
axônios de neurônios inibitórios do plexo
Tratamento de Auerbach. Ramo dos nervos vagos
podem estar comprometidos.
CLÍNICO
Objetivo é o relaxamento do EEI utilizando Manifestaçõ es Clínicas
relaxantes musculares.
Dor retroesternal (cólica esofagiana), Distúrbios Obstrutivos Benignos
irradiando para dorso, MMSS, mandíbula.
Disfagia de sólidos e líquidos. Associado à Obstrução Extrínseca do Esôfago
deglutição, repouso e exercício físico.
Quando órgãos adjacentes comprimem o
esôfago.
Diagnó stico
Esofagograma Baritado: mostra “esôfago Causas Comuns:
em saca rolha” ou “contas de rosário”.
Aumento de Átrio Esquerdo (estenose
mitral por Síndrome de Ortnet).
Aneurisma de Aorta.
Tireoide Retroesternal
Tumores Extrínsecos (principalmente
pulmonares).
Anéis Esofágicos
Membranas esofágicas com dobras
Esofagomanometria: Padrão ouro. Melhor circunferenciais da mucosa. A obstrução
exame para identificação das contrações de mecânica gera disfagia apenas para
peristalse. Vai mostrar contrações alimentos sólidos.
simultâneas prolongadas (>2,5s), grande
amplitude (>120mmHg), se iniciando nos
2/3 inferiores do esôfago.
Essas contrações não são
propulsivas, por serem ao mesmo tempo.
Anel de Schatzki
Anel localizado em esôfago terminal, na
junção de epitélio escamoso do esôfago
com colunar do estômago.
Manifestaçõ es Clínicas
Afagia Intermitente: Ocasionalmente (~4
meses) vai ao pronto socorro apresentando
Diagnó stico Diferencial bolo alimentar impactado em 1/3 distal do
Angina pectoris (excluir primeiro), DRG. esôfago.
Tratamento Clínico
Ansiolíticos: único que mostram
benefícios. Deve estar associados
sempre.
Nitratos: Nitroglicerina 0,3-0,6mg,
sublingual, antes de refeições.
Antagonistas do Cálcio: Nifedipina 10-
20mg, VO, antes de refeições.
Síndrome de Plummer-Vinson (ou
Antidepressivos: Amitriptilina 25-
Paterson-Kelly): Pacientes com anemia
50mg, VO, antes de dormir.
ferropriva, glossite atrófica, coiloníquia e
anéis esofágicos.
Divertículo de Zenker
Divertículo por pulsão, ocorrendo no
Trígono de Killian, onde há fibras de
músculos faríngeos inferiores, e músculo
cricofaríngeo (EES). Posição frágil, de
pouca resistência.
Tratamento: Miotomia de EES. Pode
haver adicional a depender do tamanho do
Diagnó stico divertículo.
Esofagograma baritado, ou EDA. < 2cm: Somente esofagomiotomia
cervical de EES.
Tratamento >2cm: Associar a diverticulopexia, para
Não orientar vômito. Fazer Glucagon EV evitar complicações.
1g para relaxar esôfago. Pode-se fazer EDA >5cm: Fazer diverticulectomia.
de urgência com intubação.
Essa correção pode ser feita por via
Tratamento Definitivo: Dilatador endoscópica (procedimento de Dohlman)
endoscópico. em divertículos >3cm.
Diagnó stico
Esofagografia baritada + EDA, identificam
lúmen falso.
Tratamento: Leiomiomectomia para todos, OBS: EDA não faz diagnóstico. Avaliar as
exceto aqueles < 2cm e assintomáticos. alterações da DRGE e a esofagite de
refluxo.
Doença do Refluxo
Gastroesofágico (DRGE) Classificaçã o de Los Angeles
Retorno de conteúdo gástrico para esôfago Através da EDA.
e/ou órgãos adjacentes, gerando alterações Grau A: 1 ou mais erosões < 5mm.
clínicas e endoscópicas.
Grau B: 1 ou mais erosões >5, mas sem
confluência.
Fisiopatogenia Grau C: Erosões confluentes,
Relaxamento transitório de EEI, não envolvendo menos que 75% do órgão.
associado a deglutição. Grau D: Erosões em pelo menos 75%
da circunferência do esôfago.
Manifestaçõ es Clínicas
Manifestações Típicas: Pirose (queimação Outros Exames
retroesternal) 1 vez por semana, nas Complementares
últimas 4 a 8 semanas. Assim como pHmetria: Padrão ouro, exame
regurgitação ácida. confirmatório. Positivo se pH <4 em mais
Manifestações Atípicas: Esofágicas, com de 7% das medidas/24. Necessário fazer
dor torácica não cardíaca. antes de cirurgia para confirmar DRGE.
Complicaçõ es
Esofagite de refluxo. Úlcera esofágica.
Esôfago de Barret: Epitélio vermelho
salmão. Metaplasia intestinal (epitélio
escamoso estratificado é substituído por
epitélio colunar de células intestinais).
- Diagnóstico: EDA + biópsia para
confirmação.
- Risco de Evolução: Aumento de
0,5% ao ano de risco para adenocarcinoma.
- Seguimento Sem Displasia:
Repetir EDA em 1 ano. Se manter, repetir a
cada 2-3 anos.
- Seguimento com Displasia de
Baixo Grau: Duas EDAs no primeiro ano
pós diagnóstico. Se manter, fazer
anualmente.
- Seguimento com Displasia de
Alto Grau: Esofagectomia distal por via
aberta (convencional), ou
videolaparoscópica. Reconstrução com tubo
gástrico.
Hérnia de Hiato
Protusão do estômago para região acima do
diafragma.