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DOENÇAS DO ESÔFAGO

OBJETIVOS

1 REVISAR OS CONCEITOS PRINCIPAIS DA ANATOMIA E


FISIOLOGIA DO ESOFAGO

2 SABER E RECONHECER OS PRINCIPAIS SINTOMAS E OS


EXAMES COMPLEMENTARES DAS DOENÇAS DO
ESOFAGO

3 CONHECER OS PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO DAS


DOENÇAS DO ESOFAGO
Anatomia e Fisiologia do esôfago
Ação: condução do alimento da cavidade oral  estômago

Tamanho: adulto  25 cm
Distância dos incisivos:  40 cm
Luz: Entre deglutições  virtual
:Durante deglutições
  2 cm diâmetro ântero-posterior Triangulo de
  3 cm diâmetro lateral Laimer

Início:

Cartilagem cricóide (anterior)

Musculo cricofaringeo (posterior)
Término:
Transição esôfago-gástrica (cardia)
Anatomia e Fisiologia do esôfago
Divisão Anatômica
Clássica
Esôfago cervical  3 a 5 cm
Esôfago mediastinal  16 a 18 cm
Esôfago abdominal   3 cm
Utilizada em Neoplasia de Esôfago
Esôfago cervical (Ce )
 mm. Cricofaring  borda superior do esterno

Esôfago intratoráxico
Superior (IU): fúrcula  carina
Médio (Im): 1/2 proximal entre carina  cardia
Inferior (Ei): 1/2 distal entre carina  cardia
Anatomia e Fisiologia do esôfago
Esfíncter Superior do Esôfago
 Formação
musculo constrictor inferior da faringe + cricofaringeo
 Zona de alta pressão
 Função:
Evitar refluxo alimento esôfago  cavidade oral
Evitar entrada de ar no esôfago durante inspiração

Musculatura do corpo
 Primeiros  4 centímetos  musculo estriado
 4   13 cm  musculo liso e estriado
  12 terminal (toráxico)  musculatura lisa
Anatomia e Fisiologia do esôfago
Estruturas adjacentes
 Grandes vasos do pescoço
 Arco aórtico
 Aorta descendente
 Traquéia
 Carina
 Artéria pulmonar esquerda
 Brônquio esquerdo
 Pericárdio
 Veias pulmonares inferiores
 Ducto torácico
 Veia Ázigos
Anatomia e Fisiologia do esôfago
Camadas da parede
 Mucosa
 Submucosa
 Muscular (longitudinal e cirucular)
 Adventícia

não possui serosa
Anatomia e Fisiologia do esôfago
Esfincter Esofageano inferior
Manometria
Localização  2 cm acima da linha z
Extensão  2 a 4 cm
Pressão basal  14 a 24 mmHg acima da gástrica
Diferença muscular do corpo
Discreta assimetria do espaçamento da musculatura
 espaços intermusculares
 vasos sangüíneos
 tecido conectivo
Função
Evitar refluxo gastroesofágico
Relaxamento para passagem do alimento
Mecanismos de controle
Nervosos
Hormonais
Químicos
Sintomas de doença esofágica
Sintomas de doença esofágica

A exteriorização sintomática da doenças do esôfago tem


elevado grau de especificidade, permitindo ao
MÉDICO deduzir com segurança, na grande maioria
dos casos, a natureza do disturbio subjacente. Pirose,
regurgitação, odinofagia e disfagia são manifestações
típicas
Sintomas

Pirose: é uma sensação de queimação de caráter


ascendente, retroesternal, culminando, à vezes, com a
chegada à boca de material com sabor ácido ou
amargo (regurgitação). É mais comum nos periodos
pós prandiais e desencadeadas por refeições copiosas,
ricas em gorduras, chocolate, café e álcool.
- Estima-se que ocorra diariamente em cerca de 10% da
população ocidental, e uma vez por mês em 45%.
- A maioria não procura atendimento e se auto medica.
Sintomas

Regurgitação: chegada de material à boca com sabor ácido ou


amargo, associa quase sempre a pirose, mais intensa á noite,
ocasião em que o paciente despertam com crises de tosse ou
sensação de sufocação.
- Parcela significativa de pacientes com DRGE não se queixa de
pirose ou regurgitação, mas exibe sinais e sintomas sugestivos
de comprometimento extra-esofageano, atribuido a dois
mecanismo básicos:
a) refluxo gastrofaríngeo
b) estimulação de reflexo broncoesofagiano
Sintomas

Odinofagia: dor a deglutição. Indica anormalidade da


faringe ou do esôfago.
- A sensação de dor imediatamente após a deglutição de
alimentos quentes, picantes, ácido, sugere esofagite. É
sintoma comum na esofagite infecciosa, corrosiva e
nas lesões induzidas por medicamentos.
Sintomas

Sialorréia: aparecimento na boca, de modo súbito, de


grande quantidade de saliva, encontrada em pacientes
com DRGE, em resposta á estimulação reflexa
secundária à irritação do esôfago (reflexo
esofagossalivar).
Sintomas

Soluço: ou singulto, é causado pela contração abrupta


do diafragma e pelo fechamento da glote, o que
produz um ruído característico.
- Causas: Distúrbios sistêmicos (uremia,acidose),
refeições copiosa (DRGE), acalásia, estenose
esofagiana benigna ou malignas
Sintomas

Disfagia: É a sensação de dificuldade ou impossibilidade de


passagem do bolo alimentar, desde a faringe até o estômago
- Pode ser de origem orgânica e motora (funcional).
- Pode ser orofaríngea ou esofagiana
# Globus, sensação de bolo ou nó ou de algo preso na garganta,
sintoma persistente que não interfere na deglutição e que,
pelo contrário, é aliviado por esta. O globus é usualmente
considerado manifestação de comportamento histérico
(‘’globus histéricus’’), interpretação erronea, pois na avaliação
psiquiatrica dos pacientes, revela, na verdade, o diagnóstico de
depressão e comportamento obsessivo-compulsivo
Sintomas de doença esofágica

Dor abdominal: dor no andar superior do abdômen


(epigástrico) é o sintoma predominante, com as seguintes
características:
a) dor localizada no epigástrico
b) freqüentemente aliviada pela alimentação, antiácidos ou
antagonista dos receptores H2.
c) em geral, ocorre antes das refeições ou após um prolongado
tempo sem ingestão de alimentos.
d) eventualmente desperta o paciente à noite
e) pode ser periódica, com períodos dolorosos de semanas a meses,
intercalados com remissões e, no mínimo, 2 semana.
Sintomas de doença esofágica

Dor torácica não coronariana:DRGE,Espasmo esofageano


- Cerca de 600 mil estudos cinecoronariográficos são realizados
anualmente nos EUA para o diagnóstico de dor torácica, e
cerca de 30% desses exames é normal.
- Os portadores de DTNC constituem um grupo de indivíduos
com característica peculiares, observa-se com freqüências, que
existe grande ansiedade em relação aos sintomas.
- Existem alguns dados que sugerem ser de origem esofagiana,
presença de outros sintomas esofágicos, melhora clínica com
uso de alcalinos e anti-secretores e ocorrências de dor durante
o sono.
Sintomas de doença esofágica

Devem diferenciar vômito de Regurgitação, ruminação, eructação e da


vômica.
- Regurgitação, é a volta de alimentos do esôfago, estômago, duodeno à
cavidade oral. Difere do vômito porque não é precedido de náuseas e
não tem participação tão ativa das musculaturas abdominal e
diafragmática.
- Ruminação ou mericismo, é a volta á boca de alimentos deglutidos e,
em sua forma completa, não só inclui a regurgitação, como também a
remastigação e nova deglutição dos alimentos. É um fenômeno
passivo, não seguido de náusea.
- Eructação é a devolução retrógrada do conteúdo gasoso do estômago
de maneira ruidosa.
- Vômica, é eliminação pela boca de material purulento proveniente do
pulmão
Sintomas de doença esofágica

Abordagem de pacientes com queixas digestivas altas:


-
Identificar sintomas sugestivos de distúrbio funcional,
agrupando-os em SÍNDROMES.
a) Estabelecer o diagnóstico de doenças orgânicas
passíveis, em sua grande maioria, de tratamento
específico.
b) Acompanhar a evolução clínica, tendo em vista as
frequentes recidivas sintomáticas e a necessidade de
reconfirmação diagnóstica
CASO CLINICO

Um paciente do sexo masculino, 32 anos, branco, comparece à


consulta devido a pirose e regurgitação. Relata que os
sintomas iniciaram há quatro meses e que ocorrem de três a
quatro vezes durante a semana. O paciente afirma não
apresentar disfagia ou emagrecimento.
AP: nega tabagismo /etilismo
Ao realizar exame, tem bom estado geral, com índice de
massa corporal (IMC) de 29,7 kg/m² (peso de 78 kg, altura
de 1,62 m), abdome indolor, sem massas ou organomegalias.
CASO CLINICO

QUESTÕES

1 .Qual diagnóstico sindrômico ?

2.Quais hipóteses diagnosticas devem ser


suspeitadas ?

3.São necessário exames para o diagnóstico do caso?

4.Quais opções de tratamento?

 
Doença do Refluxo
Gastroesofágico
DRGE
Definição

Afecção crônica decorrente do fluxo retrógrado


de parte do conteúdo gastroduodenal para o
esôfago e/ou órgãos adjacentes a ele,
acarretando um espectro variável de sintomas
e/ou sinais esofagianos e/ou extra esofagianos,
associados ou não a lesões teciduais
DRGE
Fisiopatologia
DRGE
Fisiopatologia

Falha básica: Falência do EEI em prevenir o


refluxo.
Barreira anti-refluxo:

Elementos anatômicos:

Entrada oblíqua do esôfago

Roseta de mucosa ao nível da cárdia

Elementos de fixação do estômago: art. Gástrica
esquerda, ligamento freno-esofágico

Pilar direito do diafragma
DRGE
Fisiopatologia

Barreira anti-refluxo

Elementos fisiológicos:

Pressão do EEI
 Relaxamento transitório do esôfago

Clareamento esofágico
 Peristaltismo do esôfago
 Saliva

Resistência da mucosa esofágica a agressão

Volume e tempo do esvaziamento gástrico

Natureza do conteúdo refluído
DRGE
Fisiopatologia

Condições predisponentes ao refluxo



Hérnia de Hiato
Mais freqüentes em pacientes com DRGE

Comprometimento dos mecanismos de


contensão

Aumento da pressão abdominal
Ascite, gravidez, obesidade ou exercício

extenuante
DRGE
Quadro Clínico

Manifestações clínicas

Típicas

Pirose
 Sensação de queimação retroesternal

Regurgitação
 Retorno de pequenas quantidades de conteúdo
gástrico para a faringe, implicando em
relaxamento do músculo cricofaríngeo.
Tempo mínimo de 1-2X/semana por 4 semanas
ANAMNESE/Exame físico
DRGE
Quadro Clínico

Manifestações atípicas

Esofágicas:

Dor torácica não cardíaca.ESPASMO ESOFAGICO

Pulmonares/Complicações

Asma

Tosse crônica

Pneumonias de repetição

Bronquiectasias ?
DRGE
Quadro Clínico

Tosse crônica

Tosse por mais de 8 semanas em paciente não
tabagista com RX de tórax normal e que não esteja em
uso de enzima conversora da angiotensina

Causas

DRGE, gotejamento nasal posterior, sinusite e asma

Normalmente não produtiva, diurna e na posição ereta

Alguns pacientes possuem sintomas noturnos
Asma

Prevalência de DRGE 80% ?

Reflexo vagal esôfago distal e micro aspirações
DRGE
Quadro Clínico
Manifestações atípicas

Otorrinolaringológicas:

Faringite

Rouquidão

Pigarro

Otite média

Laringoespasmo

Estenose glótica

Estenose de traquéia

Granulomas e pólipos de laringe

Laringite crônica

Úlcera de laringe

Sensação de globus
DRGE
Quadro Clínico

Manifestações atípicas

Orais

Aftas

Erosões dentárias

Halitose

Alterações gengivais
DRGE
Quadro Clínico

Manifestações atípicas

Fisiopatologia

Lesão ácido péptica direta na laringe e tecidos
adjacentes devido ao refluxo

Estimulação de reflexo vagal provocado pelo
refluxo distal, resultando em pigarro, tosse crônica
e exacerbação da asma
DRGE
Quadro Clínico

Intensidade e freqüência dos sintomas não tem


correlação com a gravidade da doença
Existe forte correlação entre o tempo de doença e
esôfago de Barret
Manifestações de alarme:

Disfagia, odinofagia, anemia, hemorragia
digestiva e emagrecimento
DRGE
Exames Complementares

Endoscopia

Método de escolha

Ausência de alterações endoscópicas não afastam o
diagnóstico de DRGE

50% a 75% dos pacientes não apresentam alterações
endoscópicas
DRGE
Exames Complementares
Estudo radiológico contrastado

Valor apenas para excluir complicações

Úlceras

Estenoses

Avaliar anatomia do órgão (hérnia de hiato)
DRGE
Exames Complementares
Cintilografia

Uso restrito

Suspeita de aspiração pulmonar

Pacientes que não toleram a realização da PH metria
(pediátricos)
Manometria

Avalia a peristalse e competência do EEI

DRGE

Alterações motoras com pressão diminuída do EEI

Abertura intermitente do EEI e redução do peristaltismo

Importante na avaliação pré operatória
DRGE
Exames Complementares

Phmetria de 24 horas

Quantifica a intensidade da exposição da mucosa
esofágica ao ácido

Estabelece correlação entre o refluxo e os sintomas

Refluxo patológico: PH < 4 por mais de 4-6% do
tempo de duração do exame

Indicações:

Pacientes com sintomas típicos sem melhora com IBP e nos
quais a endoscopia não revelou esofagite

Pacientes com manifestações extra esofágicas sem
esofagite
DRGE
Tratamento

Objetivos do tratamento clínico


1. Remissão dos sintomas
2. Cicatrização das lesões
3. Prevenção das recidivas
4. Evitar complicações
DRGE
Tratamento
Medidas comportamentais
1. Elevação da cabeceira da cama 15-20 cm
2. Não deitar nas 2 horas posteriores a refeição
3. Evitar alimentos que favoreçam o refluxo
4. Evitar alimentos que irritem a mucosa do esôfago
5. Evitar o cigarro
6. Não usar medicamentos que agridam a mucosa
7. Redução do peso em obesos
DRGE
Tratamento

Alimentos que devem ser evitados:



Frituras

Gordurosos

Tomates, molho de tomates

Alho, cebola

Doces, chocolate

Mentolados

Refrigerantes

Bebidas alcoólicas

Café, chá preto e mate.
DRGE
Tratamento

Medicamentos que podem diminuir a pressão no EEI



Teofilina

Anticolinérgicos

B-bloqueadores

Nitratos

Bloqueadores do canal de cálcio
Medicamentos agressivos à mucosa esofágica

Quinidina, Doxiciclina e AINEs
DRGE
Tratamento
Medicamentoso

1a linha:
IBP

4 a 12 semanas,30 min antes das refeições


Graus I e II de Savary-Miller ou A e B de Los angeles, dose


plena
Graus III a IV de Savary-Miller e C e D de Los angeles, dose

dobrada

Ranitidina somente utilizada esofagite leve

-PROCINÉTICOS

Obs:Em relação à influência do Helicobacter pylori (HP) na DRGE, há
evidências de que a erradicação do HP não piora a pirose e também não
aumenta a prevalência de esofagite erosiva.
DRGE
Tratamento

Inibidores de Bomba Protônica



Omeprazol 20 mg

Lansoprazol 30 mg

Pantoprazol 40 mg

Rabeprazol 20 mg

Esomeprazol 40 mg
DRGE
Complicações

Úlcera

5% pacientes com esofagite por DRGE

Pode sangrar e perfurar
Hemorragia

Perda crônica sangue

Hemorragia maciça é rara
Estenose péptica

7 %´pacientes com DRGE
DRGE
Complicações

Esôfago de Barret

Substituição do epitélio escamoso estratificado
do esôfago por epitélio colunar contendo células
intestinalizadas (metaplasia intestinal) em
qualquer extensão do órgão


Organização mundial de saúde e American College of Gastroenterology
DRGE
Esôfago de Barret

Fisiopatologia

Exposição ao ácido

Célula tronco se diferencia em linhagem
alternativa

Refluxo ácido intenso

EEI incompetente

Peristaltismo esôfago distal ineficaz
DRGE
Tratamento


Cirúrgico. 

em pacientes com diagnóstico de DRGE
confirmado por EDA e/ou pHmetria apresentando
difícil controle de sintomas com IBP,

necessidade de tratamento contínuo para
controle dos sintomas, principalmente em jovens
(< 40 anos)

Complicações da DRGE e hérnia de hiato de
grandes dimensões

Dificuldades financeiras para a aquisição de IBPs
continuamente ??.
Patologias Benignas do Esôfago

Divertículos Esofágicos e Faringoesofágicos

Tumores Benignos do Esôfago

Anéis e Membranas do Esôfago


Divertículos Esofágicos e
Faringoesofágicos
Definição: formações saculares ou
receptáculos que se protruem da parede
do esôfago.
Construção, etiopatogenia e localização
-
falsos e verdadeiros
-
faringoesofágicos
-
torácicos: esôfago superior;
-
esôfago médio e inferior
Divertículos Faringoesofágico
(DFE)
(ZENKER)

• Importância clínica

• Masculino 2,4:1

• Predomínio branco

• 6ª década
Divertículo Faringoesofágico
( ZENKER )
• Anatomicamente não pertence ao esôfago
• Transação entre faringe e esôfago cervical
Divertículo Faringoesofágico

Sintomatologia exuberante comprometimento

do estado geral (desnutrição)

Sensação de corpo estranho, ruído a

deglutição, regurgitação, tosse, disfagia

alta, aspirações
Aspecto Endoscópico

Avaliação da mucosa

Diagnóstico de outras patologias


Tratamento Cirúrgico do Divertículo
Faringoesofágico (ZENKER)

Diverticulectomia e miotomia

90% bons resultados


Tratamento Endoscópico do
Divertículo Faringoesofágico
(ZENKER)
 Secção da parede entre o

esôfago e o divertículo

 Pacientes idosos e em

condições clínicas ruins


Tumores Benígnos do Esôfago

Geralmente assintomáticos

Diagnóstico casual

Desconforto torácico ou disfagia


Classificação da Organização
Mundial da Saúde

Epiteliais

Submucosos (mesenquimais)

Pseudotumorais
Tumores Submucosos
Leiomioma
• TU benigno mais comum no esôfago
• Origem na camada muscular própria
• Lesão séssil, terço médio e distal
• Epitélio escamoso normal
• Ulceração sugere transformação maligna
ou ser causa de HDA
Diagnóstico dos tumores
submucosos

EDA convencional

Biópsia por punção

Ecoendoscopia
Anéis e Membranas do Esôfago
Membranas:
-
delgadas camadas de mucosa que sobressaem
na luz do esôfago, recobertas por epitélio
escamoso.
Anéis da mucosa:
-
localizados na junção escamocilíndrica
-
epitélio escamoso em sua face superior
-
epitélio cilíndrico face superior
Anéis e Membranas

Sme. de Plummer - Vinson (Paterson - Kelly)

Anel de Schatzki
Sme. de Plummer - Vinson


Disfagia sideropênica


Membrana esofágica alta


Deficiência de ferro


Neoplasia
Sme. de Plummer - Vinson

Lesões nas mucosas da boca e faringe

Esplenomegalia
Anél de Schatzki

Terço inferior

Possibilidade de disfagia

Associação a hérnia de hiato


MEGAESÔFAGO
CHAGÁSICO/ACALÁSIA
Megaesôfago Chagásico
epidemiologia

1- Definição
“ Aumento do esôfago causado pela denervação
do órgão pelo Trypanosoma cruzi”
2 - Transmissão
a) Triatomínios (barbeiro)

Habitat
 Domiciliares - residência
 Peri-domiciliares - paiol, galinheiro, etc...
 Silvestres - mata, coqueiros, etc..
Megaesôfago Chagásico
epidemiologia

2 - Transmissão
b) Transfusões sangüínea
 Doadores de zona endêmicas
 Exclusão clínica
 Testes sorológicos
c) Congênita trans-placentária
 Controvérsias
 sorologia
Megaesôfago Chagásico
3 - Fisiopatologia
 Destruição dos neurônios dos plexos intramurais na fase
aguda
Koeberle
Neurotoxina liberada nas formas de Leishmania do T. cruzi
Tafuri
Via inflamatória direta
  Infecção aguda   Alterações da motilidade esofagiana
 Disfagia  80% denervação
  Idade   sintomas
 Reinfestação
Megaesôfago Chagásico
3- Incidência
 Alteração motora em soropositivo crônico  8% - 10%
 Período de latência  15 a 20 anos
 Idade média do início dos sintômas  42 anos
 Predominio no sexo masculino (2 x 1)
 Não há predominio de raça
 Paciente de zona rural
Grau I  10,1%
Grau II  32,2%
Grau III  35,3%
Grau IV  22,5% (Tese de mestrado-1988)
Megaesôfago Chagásico
4 - Tempo de Evolução
“ Tempo decorrido entre o aparecimento dos primeiro sintômas e o
momento da primeira consulta ou da classificação do megaesôfago”
 variação  1 mês há 35 aos
  Idade de início dos sintômas   Tempo de evolução
 Idoso  perda fisiológica de 60% de fibras nervosas

Tempo médio
Global  8,5 anos
Grau I  4 anos
Grau II  6,5 anos
Grau III  8,5 anos
Grau IV  15 anos (Tese de mestrado-1988)
Megaesôfago Chagásico
5 - Sintomas
 Disfagia
 Esofagiana motora (lentamente progressiva)
 Incidência  95%
 Início melhora com ingesta de líquidos
 Períodos de acalmia
 Emagrecimentos  caquexia
 Regurgitação
 Pela manhã (pituíta)
 Incidência  42%
 Graus avançados  (Graus III e IV)
 Aperistalse
 Pneumonia de aspiração
Megaesôfago Chagásico
5 - Sintomas

Pirose
 Incidência  38,5%
 Predomínio  Graus I e II
 Contração espasmódicas
 Esofagite de estase
 Refluxo gastroesofágico
 Dificuldade de esvaziamento gástrico
 Megacólon
 Odinofagia
 Incidência  22%
 Não há predominio entre os graus
 Neoplasia
 Corpo estranho
Megaesôfago Chagásico
5 - Sintomas

Soluços
 Esofagite

Hipertrofia de parótidas  Sialorréia

Tosse
 Pneumonia de aspiração
 ICC
 Constipação intestinal
 Megacólon associado
 Emagrecimento  Caquexia
 Disfagia
 Sinais de ICC
 Cardiopatia associada
Megaesôfago Chagásico
5 - Diagnóstico

Zona endêmica
 Nascimento
 Procedência

Teste de Machado Guerreiro
 Fixação de complemento (antígeno de Davis)
 Positividade  90% - 96%

Imunofluorescência
 Fluorescente específico cadeia gama (anti-IgG)
 Positividade
 Até segundo mês  97%
 Forma crônica  100 %
Megaesôfago Chagásico
Megaesôfago Chagásico
Examesepidemiologia
diagnósticos

Endoscopia


Não determina o grau

Estase esofágica

Esofagite

Tumores
Megaesôfago Chagásico
Exames diagnósticos

Manometria Esofagiana

Corpo do esôfago
 Ondas interativas, espontâneas e contrações ineficazes

Esfíncter Esofageano Inferior


Diminuição do tempo
 Retardo no tempo de abertura
de relaxamento
 Aceleração no tempo de fechamento
 Abertura incompleta ou ausente
 Pressão basal normal ou inferior
Megaesôfago Chagásico
Exames diagnósticos

Radiografia Contrastada

Parâmetros de avaliação
 Retenção de contraste
 Calibre do esôfago
 Atividade contrátil da musculatura
 Tonicidade do segmento inferior
 Alongamento do órgão
Megaesôfago Chagásico
Classificação Radiológica

Grau I
até 4 cm,
pequena retenção de contraste,
afilamento esôfago distal Normal
(rabo de rato)

Grau II
Até 7 cm,
apreciável retenção de contraste,
afilamento do esôfago distal,
Ondas terceárias

Borim AA, Muniz M, 1988


Megaesôfago Chagásico
Classificação Radiológica

Grau III
acima de 7 cm,
grande retençãode contraste, Normal

sem dobra sobre a cúpula

Grau IV
Dolicomegaesôfago,
alongado,
dobra sobre a cúpula
Borim AA, Muniz M, 1988
TRATAMENTO/Megaesôfago
Chagásico

CLÍNICO
ENDOSCÓPICO
CIRURGICO
CONCLUSÕES
1 OS SINTOMAS DA DOENÇA ESOFÁGICA SÃO ESPECIFICOS E PERMITEM
RECONHECER UM PROBLEMA COM BASE NOS ACHADOS CLINICOS NA
MAIORIA DAS VEZES

2 OS EXAMES ENDOCOPICOS SÃO FUNDAMENTAIS PARA CONFIRMAÇÃO


DIAGNÓSTICA E POSSIVEIS BIÓPSIAS

3 OS EXAMES RADIOLÓGICOS SÃO FUNDAMENTAIS PARA DIAGNÓSTICO E


ESTADIAMENTO DAS DOENÇÃS MOTORAS DO ESOFAGO

4 OS PRINCIPIOS DO TRATAMENTO DAS DOENÇAS ESOFÁGICA SÃO


BASEADAS NO ENTEDIMENTO DA FISIOPATLOGIA DAS DOENCAS DO
ESOFAGO E NO MECANISMO DE AÇÃO DAS DROGAS E
EVENTULALMENTE DE PROCEDIMENTOS ENDOSCOPICOES E
CIRURGICOS.

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