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➔ Tipos de sedação:
➔ Serviços de Endoscopia:
- Tipo I: sem sedação ou anestesia tópica. Área de procedimento no
mínimo 7,5 m2
- Tipo II: sedação consciente ou uso de medicações passíveis de serem
revertidas com uso de antagonistas. Área de procedimento no mínimo
9m2
- Tipo III: qualquer tipo de sedação / anestesia. Área de procedimento no
12 m2
2
- Sistema de ventilação:
1- garantir a vazão mínima de ar total de 18m3/h/m2 (6 trocas de ar por
hora);
2- manter um diferencial de pressão negativo entre os ambientes
adjacentes, com pressão diferencial mínima de 2,5 Pa;
3- prover exaustão forcada de todo o ar da sala com descarga para o
exterior da edificação;
4- o ar de reposição pode ser proveniente de ambientes vizinhos.
3
SEDAÇÃO EM ENDOSCOPIA
➔ Medicamentos:
SEDAÇÃO E GRAVIDEZ
D- Benzodiazepínicos: categoria D
- diazepam no primeiro trimestre → fenda palatina;
- quando utilizado mais tardiamente → distúrbios
comportamentais.
- diazepam não deve ser utilizado;
- Midazolam: não está associado a anormalidades congênitas
→> utilizar nos casos de contra-indicação da meperidina; evitar
no primeiro trimestre se possível.
➔ CRIANÇAS:
- Termo de consentimento deve ser explicado aos pais ou responsáveis e
assinado pelos mesmos
- Os pais ou acompanhante do paciente devem estar presentes até o
momento da indução anestésica
- Indicações → dor abdominal recorrente, hemorragia digestiva, anemia,
disfagia e odinofagia, vômitos, suspeita de esofagite eosinofílica,
corpos estranhos (CE), cáusticos, má absorção (bx duodenal),
controle de tto de úlcera, gastrite, esofagite, pós-operatório de cx
para DRGE, síndromes linfoproliferativas pós-transplantes,
anormalidades GI em estudo contrastado
- JEJUM:
- lactentes →leite materno até 2hs da sedação
- < 6 meses → fórmula até 4 a 6hs e líquidos simples até 2 hs antes
da sedação
- > 6 meses → suspender sólidos e líquidos 6 a 8 hs antes da sedação
- EQUIPAMENTOS:
- < 2,5 Kg → aparelhos de 5
e 6mm de diâmetro
- Entre 2,5 e 5 Kg → aparelhos de 5,3, 7,5 e 7,8 mm
- Entre 5 e 15 Kg → aparelhos de 7,8 e 9 mm
- > 15 Kg → gastroscópio-padrão de adulto (9,8 mm)
- COMPLICAÇÕES:
- Dilatação esofágica → perfuração, sangramento, bacteremia/sepse
- Ligadura elástica → em ordem: ulceração, sangramento,
perfuração, estenose
- Escleroterapia → em ordem: ulceração, sangramento, perfuração,
estenose
- Remoção de CE → lesão da mucosa, sangramentos, aspiração
- GTT percutânea → obstrução de sonda, dor local, granuloma
periostomia, infecção, sangramento, perfuração de alça, lesão de
órgãos internos
CROMOSCOPIA
*** NBI/ FICE → A luz verde se dispersa ampla e profundamente por ter
comprimento de onda longo; a luz azul se dispersa em menor quantidade
por apresentar comprimento de onda curto.
- Assim: os capilares da camada epitelial da mucosa ficam com
coloração acastanhada e os vasos sanguíneos mais calibrosos (camadas
mais profundas) apresentam-se azulados.
- NBI + Magnificação permite observar o padrão das alças dos
capilares intrapapilares (IPCLs). Os vasos sanguíneos apresentam-se
verdes e os IPCLs apresentam-se acastanhados (vasos delicados,
verticalmente, com 10µm de tamanho. Tipos I a V (página 138)
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-HPBM:
- alto risco: suspender no mínimo 8h antes. O reinicio deve ser
individualizado;
- baixo: não é necessária a suspensão.
- Varfarina:
- Alto risco de sangramento / alto risco de eventos: hospitalização 3
dias antes. Suspender varfaria. E iniciar HBPM> Realizar o procedimento
quando INR <1.3. a HPBM deve ser suspendida 4 horas antes do
procedimento e seu reinício vai depender da natureza do procedimento –
na maioria das vezes é recomendado 2-4 h após e continuada até o INR
atingir níveis terapêuticos. Varfarina poderá ser reiniciada após o
procedimento.
- Alto risco de sangramento / baixo risco de eventos => suspender
varfarina 3-4 dias antes e obsrvar INR no dia do exame;
- Baixo risco de sangramento / alto risco de eventos: manter doses
habituais de varfarina. Observar INR antes do procedimento => EDA pode
ser realizada quando INR < 2.5. (índice terapêutico = 2-2.5)
- Antiplaquetários:
- alto risco: suspender 7-10 dias antes; Clopidogrel pode ser
reiniciado 24 horas apos
- baixo risco: não é necessário suspensão.
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# Escore de Rockall
0: idade < 60 anos, Mallory-Weiss ou sem sangramento, pigmento
plano de hematina
1: idade 60-79, ICC, cardiopatia, doença ulcerada péptica, esofagite
erosiva, FC > 100
2: idade > 80 anos, PA sistólica < 100, neoplasia maligna do TGI,
sangue na luz, vaso visível, coágulo, sangramento ativo
3: insuficiência hepática, renal
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DIVERTÍCULOS ESOFÁGICOS
ESOFAGITES ESPECÍFICAS
➔ EI em imunocompetentes:
➔ EI em imunodeprimidos:
- Na EDA:
- redução do padrão vascular →resulta do espessamento do epitélio
- sulcos longitudinais → espessamento da mucosa e submucosa
- grumos brancos/exsudatos →microabscessos eosinofílicos (4 ou +
eosinófilos liberados pelo epitélio)
- anéis, estenoses e redução da complacência → “felinização” ou
“traqueização” do esôfago, devido a contração intermitente da camada
muscular.
- erosões e ulcerações → refletem lesões pépticas e DRGE
- impactação de alimento ou corpo estranho → + sólidos
- laceração com a passagem do endoscópio→ fragilidade da mucosa
(fibrose subepitelial)
ESÔFAGO DE BARRETT
- Fatores de risco: DRGE, idade > 50 anos, homem, branco, hérnia de hiato,
obesidade, tabagismo.
# Protocolo de SEATTLE:
- biópsias nos 4 quadrantes a cada 2 cm + biópsias adicionais de
irregularidades de mucosa;
- se história de displasia: bx nos 4 quadrantes a cada 1cm
- Cromoscopia no Barrett:
1. Azul de metileno: absorvido pelo epitélio metaplásico → assume
coloração azulada. Não cora o epitélio escamoso.
- cora heteregeneamente áreas com displasia;
- não é superior às biópsias aleatórias na detecção de displasia.
- risco de transformação neoplásica por dano oxidativo no DNA.
2. Lugol: usado no diagnóstico de CEC precoce;
- No Barrett: pode ser utilizado após terapias ablativas para diferenciar
Barrett residual de epitélio escamoso em regeneração;
- Tratamento:
- da DRGE → a supressão acida previne a progressão displasia de
alto grau para adenocarcinoma;
- a terapia anti-refluxo pode levar à regressão da displasia;
tanto faz, seja ela clínica ou cirúrgica (nenhuma é superior a outra).
- esofagectomia;
- ressecção endoscópica → método preferencial para displasia de
alto grau / ca intramucoso, principalmente em lesões nodulares.
- considerada curativa em lesões sem invasão vascular ou
angiolinfática, restritas à camada mucosa => T1a.=> qtos micras ???
- lesões com acometimento da submucosa (T1b) ou acometimento
linfonodal devem ser encaminhados a cirurgia;
- terapias ablativas: fotodinâmica, ablação por radiofrequência,
crioterapia => destroem a mucosa, não fornecendo material para a análise
histológica. Mais utilizado em protocolos de pesquisas
- Buried metaplasia: crescimento de epitélio escamoso sobre o epitélio
destruído => não conseguimos fazer a detecção endoscópica
- Contraindicações:
- Absolutas →recusa do paciente; obstruções completas do trato
aerodigestivo superior; incapacidade de transiluminação da parede
abdominal; coagulopatias não corrigíveis; expectativa curta de
sobrevida
- Relativas → hepatopatias descompensadas; distúrbios de
coagulação tratáveis; peritonite; diálise peritoneal e ascite volumosa;
lesões na parede abdominal ou gástrica
- Dificultam a realização →hepatomegalia; VE; cateter de DVP
(derivação ventrículo-peritoneal); obesidade mórbida; hérnia hiatal
volumosa; cirurgias prévias em abdome superior; gastrectomias
subtotais; condições que dificultem a realização da EDA
- Complicações:
- Major → síndrome do sepultamento do retentor interno
(Buried Bumper Syndrome), fístula gastrocólicas, perfuração
transgástricas, vazamento intraperitoneal do conteúdo gástrico,
hemorragia gástrica, BCP aspirativa, fascite necrosante, peritonite,
implante metastático no estoma, hematomas da parede abdominal ou
gástrica.
- Minor → infecção da parede abdominal, dor no local da
punção, tecido de granulação, hematomas pequenos, íleo temporário,
retenção urinária, febre (infecção), vazamento, deslocamento, saída da
sonda
- Relacionadas a EDA →infecciosas, mecânicas (perfuração,
sangramento), relacionadas a sedação (flebite, hipoxemia, reações
medicamentosas), cardiopulmonares (arritmias, broncoaspiração)
- Técnicas:
- Tração ou Gauderer-Ponsky → mais utilizada
- Pulsão ou Sachs-Vine
- Punção ou Russel
- de sutura ou Hashiba
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- Compressões extrínsecas
- Lesões subepiteliais
A. Compressão extrínseca
- Estômago → vesícula biliar, lobo hepático esquerdo, baço e
vasos esplênicos
- Duodeno → pseudocisto pancreático, linfonodos, aneurismas,
lesões metastáticas
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B. Lesão mesenquimal:
a. GIST (muscular própria) → sinais de malignidade: >4cm,
aspecto irregular, contorno externo irregular, focos
internos ecogênicos, cistos internos > 4 mm,
linfonodomegalias. Histológico: pleomorfismo nuclear,
hipercromasia, alta taxa mitótica >5/50CGA, relação
núcleo-citoplasma alta
b. Leiomioma e Leiomiossarcoma (4ª –muscular própria
ou 2ª – muscular da mucosa/mucosa profunda) →
arredondadas, sem ulcerações, consistência firme. EUS →
sólida, fusiforme e hipoecoica. Heterogeneidade sugere
transformação maligna. CD 117 (kit) -, Desmina +, ptns
actina +. Os Leiomiossarcomas duodenais são tumores
malignos raros. Os Leiomioblastomas podem variar entre
o benigno e o maligno.
c. Lipoma (3ª camada - submucosa)→ geralmente no
estômago, < 4 cm, solitária, amarelada, macia, sinal da
tenda (sugere ser da submucosa). No intestino raramente
sangra ou causa obstrução. EUS →3ª camada, margens
regulares, conteúdo hiperecoico e homogêneo. Ressecção
se sintomáticos.
d. Varizes (lâmina própria ou submucosa)→ estruturas
anecoicas, sinal Doppler +. No duodeno é rara – 0,4% (1º
bulbo, depois na 2º porção duodenal).
e. Linfangioma (3ª camada – submucosa) → na EUS
observa-se lesão cística na 3ª camada. São mal formações
linfáticas, < 5 mm, translúcido e amarelado, sésseis ou
pediculadas (+ raro).
f. Hemangioma →rara no estômago ou duodeno. Lesão
nodular, macia, vermelho-azulada que à compressão
torna-se esbranquiçada. Tipos: Cavernoso (+ comum),
Capilar e Difuso. TTO: cirurgia, embolização, argônio,
enucleação
g. Tumor de células granulares (2ª ou 3ª camadas –
mucosa profunda e/ou submucosa) → é benigno, mais
comum no esôfago. Maioria assintomática (alguns,
disfagia). EDA→ lesão única, pequena (< 4,0 cm), séssil,
branco-amarelada, firme. EUS→ iso ou hipoecoica,
homogênea, limites bem definidos, pode apresentar
padrão infiltrativo (sem interface nítida com a muscular
própria). Risco de transformação maligna: recidiva local,
crescimento rápido, > 4 cm, necrose tumoral, atipia
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ECOENDOSCOPIA
→ Ecoendoscopia:
1- Cistoadenoma seroso:
2 – Cistoadenoma Mucinoso:
- áreas císticas maiores que 5 cm, e geralmente contém menos que 6
cistos, e que não se comunicam com o sistema ductal;
- São septados, podendo conter uma massa sólida na periferia, tendendo a
se calcificar (calcificação periférica);
- Epitélio colunar que pode conter displasia;
- Fluido mais espesso, viscoso;
- Pode haver positividade para CEA e serotonina (origem a partir das
células ductais);
- Contém denso estroma ovariano em torno das células epiteliais;
- Características que sugerem transformação maligna: invaginações
papilares, atipia, displasia, invasão tecidual
- Localização: corpo e cauda
- Diagnóstico: macrocística / podem provocar obstrução ductal
* paredes grosseiras, irregulares;
* calcificações periféricas → se presente aumenta a possibilidade de
se tratar de um carcinoma/massa sólida, obstrução biliar, lesões hepáticas
metastáticas → atentar para degeneração para cistoadenocarcinoma
mucinoso.
* citologia: presença de mucina / aumento da viscosidade;
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* pode ter aumento de CEA e CA-19-9 → CEA > 192. CEA < 5 exclui
essa patologia.
→ CARCINÓIDES GÁSTRICOS:
3 TIPOS:
- Tipo I: 70 – 80 %: associado a anemia perniciosa, vários, menores
que 1 cm, fundo e corpo, gastrina sérica elevada, bom prognóstico
- Tipo II: 5 – 10%: NEM-1, Síndrome de Zollinger-Ellison, vários,
menores que 1 cm, fundo e corpo e as vezes antro, gastrina sérica elevada,
prognóstico razoável →tratamento cirúrgico
- Tipo III: 10 – 15%: único, maior que 1cm, sem doença associada,
antro e fundo, gastrina normal e prognóstico ruim.
- Síndrome carcinóide: rubor, taquicardia e diarreia.
- Fator que influencia na sobrevida: presença de metástases. (diâmetro,
profundidade).
- Diagnóstico: ...
GASTRITES
** Gastopatia hiperplásica:
- Dç de Ménétrier → tríade: pregas gigantes em funo e corpo +
hipoalbuminemia (gastropatia perdedorea de PTN) + hiperplasia
foveolar acompanhadas ou não de atrofia das glândulas oxínticas,
dilatação cística e espessamento da mucosa.
- Síndrome de Zollinger-Ellison → hiperplasia nas células
parietais
Helicobacter pylori
LINFOMA MALT
- 3 tipos de apresentação:
- Exofítico: nodulação, ou massa polipóide, recoberto por mucosa
normal ou ulceração;
# Estadiamento An Arbor #
- Tratamento:
- Baixo grau ➔ tratar H pylori, se for positivo. Se infecção
persistente, tratar novamente e controle endoscópico a cada 3-6
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→ Condições pós-operatórias:
HEMORRAGIA DIGESTIVA
- Quanto à localização:
- ALTA: proximal a papila de Vater OU proximal ao ângulo de Treitz
- MÉDIA : entre a papila de Vater e a válvula íleo-cecal OU entre o
ângulo de Treitz e a válvula íleo-cecal
- BAIXA: distal a válvula íleo-cecal OU distal ao ângulo de Treitz (??)
HIPERTENSÃO PORTAL
* Opções Terapêuticas:
1. Profilaxia pré-primária (prevenção de formação de varizes): 5/D;
pacientes com gradiente pressórico da veia porta maior ou igual a 10
mmHg (risco de formação de varizes).
- Cirróticos: devem ser submetidos a EDA;
- Tratamento da doença hepática de base;
- NAO HÁ INDICAÇÃO DE USO DE B-BLOQUEADORES NESSE
MOMENTO;
- Medida do gradiente de pressão da v. porta é recomendável (nos
centros que dispõe rotineiramente)
5 – Prevenção do ressangramento:
- Tempo para o início da profilaxia secundária: iniciar após o dia 5 o B-B e
ligadura elástica.
- Os não respondedores ao B-B podem se beneficiar da associação com
isossorbida 5-D.
- Pacientes que não podem receber ligadura elástica: B-B com isossorbida
1-A.
- Pacientes com conta-indicação ao uso de B-B: ligadura elástica.
- Pacientes com falhas nos 2 métodos acima: TIPS com prótese metálica
coberta. Se não disponível, tratamento cirúrgico de derivação para os
pacientes CHILD A e B.
- Transplante hepático. TIPS / ponte para o transplante.
- IGV 1 ou GOV-2: cianocrilato ou TIPS.
- GOV 1: ligaduras, B-B ou cianoacrilato.
- Gastropatia hipertensiva com sangramento: B-B para a prevenção do
ressangramento..
após introdução de novos métodos não invasivos de avaliação de fibrose hepática, como
aelastografia transitória (TE), seja possível a identificação da doença hepática
avançada em fases mais precoces e assintomáticas (1b; A). A proposta do termo doença
hepática crônica avançada compensada foi proposto por acreditar que refletiria de forma
mais abrangente o espectro dinâmico do processo de evolução entre a fibrose avançada
e cirrose (5;D).
Segundo diretrizes do Baveno VI, a elastografia hepática transitória seria suficiente para
suspeitar de cACLD, desde que em pacientes assintomáticos e com etiologia da doença
hepática conhecida. Definiu-se como pontos de corte para validação da TE:
Referência:
http://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(15)00349-9/fulltext
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CÁPSULA ENDOSCÓPICA
- Contra-indicações:
- CI absoluta → obstrução intestinal aguda
- CI relativas → gravidez, uso de MP ou desfibriladores,
obstrução crônica, gastroparesia, Zenker, numerosos divertículos de
delgado, distúrbios de deglutição, crianças < 5 anos
- Incidência de retenção = 1.4 % dos casos
- questionar uso de AINEs → enteropatia induzida por AINEs é a
primeira causa de retenção, a segunda causa são os tumores;
- Preparo pré-cápsula:
- esofágica: jejum de 2 a 8 hs
- entérica: jejum de 8hs.
- cólon: dieta líquida sem resíduos na véspera do exame + 4
litros de Polietilenoglicol + booster de fosfato de sódio. Pró-cinéticos
se a cápsula permanecer no estômago por mais de 1h.
** Pode-se ingerir líquidos claros após 2hs e, após 4hs, fazer uma dieta
leve e clara. Após 8 a 11 hs, retirar o recorder.
** CE X Entero-TC na DC → CE é melhor para avaliar o delgado
proximal e médio, mas tem resultados similares na porção distal
** É considerada impactada quando a cápsula permanece por mais de
2 semanas e ocorre em cerca de 1,4% dos casos
1. Lesões vasculares:
● Classificação de Yano
Tipo 1: venosa → argônio
Tipo 2: arteriais → clipes
Tipo 3: Mal formações arteriovenosas → cirurgia
3. Divertículo de Meckel:
- anomalia congênita mais comum do TGI: 3 % da população;
- Localiza-se a 100 cm da válvula ileocecal;
- sexo masculino e maioria tem diagnóstico antes dos 10 anos;
- mucosa gástrica heterotópica: 30 % → mais sintomatologia, ate
sangramento, obstrução, intussuscepção;
5- Atrofia:
- comum nos pacientes com doença celíaca. Alteração da relação
vilocripta e linfocitose;
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11- TUMORES:
- mais comum benigno: leiomioma → 25 % dos casos. Depois:
lipomas, adenomas, hamartomas e angiomas (angioma → 7 %
orinários dos vasos sanguíneos ou linfáticos)
- tumores malignos: neuroendócrinos (mais comum),
adenocarcinoma, linfoma e GIST.
⇨ DOENÇA CELÍACA
- Manifestação clínica:
● Forma clássica → diarreia crônica e desnutrição
● Forma latente → bx intestinal normal com dieta com
glúten pode evoluir com atrofia parcial ou total de
vilosidades e, após suspensão do glúten, normaliza
● Forma assintomática → mais em familiares de pcts
celíacos, com anticorpos +, alterações histológicas, ↑
dos LIEs (linfócitos intraepiteliais), revertendo com
dieta isenta de glúten
● Forma atípica → é a + frequente, com sintomas
digestivos altos discretos (constipação, baixa estatura,
anemia, tetania)
- Doenças associadas →dça autoimunes (DM tipo I, tireoidite de
Hashimoto ou Graves-Basedow, dç de Addison, sínd de Sjögren,
CBP, HAI), dçs neurológicas (ataxia, enxaqueca), deficiências
imunológicas (deficiência seletiva de IgA – 10X + comum nos
celíacos) e cardiomiopatia
- Diagnósticos:
● Testes sorológicos → anti-gliadina (crianças até 2
anos; Tb é bom pra controle da dç); anti-endomísio
IgA e anti-transglutaminase tecidual (pode ser falso –
se def de IgA ou algum grau de enteropatia)
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➔ COLITES ESPECÍFICAS:
(INFECCIOSAS, POR DROGAS, POR AGENTES QUÍMICOS, IDIOPÁTICAS,
ISQUEMICAS)
- Cultura de fezes negativa / duração >1 sem = colono +
BX (histologia e culturas)
- Encaminhar resíduos fecais para pesquisa de toxina de
Clostridium e ovos de parasitas;
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A4 – VIRAIS:
- CMV: imunossupressão: Lesões ulceradas entremeadas por
mucosa normal, de tamanhos variados, profundas,
enantema mariginal característico nas bordas → íleo
terminal e cólon direito. Biopsiar CENTRO da lesão
- Histologia das lesões: fundo das úlceras: células endoteliais
com inclusões virais.
- HERPES: lesões ulcerativas ou vesiculares, localizadas no
reto distal. ÚLCERAS PLANAS / biópsias nas BORDAS das
úlceras: células gigantes ou inclusões virais intracelulares
(A de Cowdry)
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A5 – PARASITÁRIAS:
- AMEBÍASE: cólon direito / diarréia com sangue. Lesões
ulceradas pequenas, ovaladas, tipo em botão de camisa.
Amebomas: lesões grandes no sigmóide / reto, que podem
simular neoplasia.
- ESQUISTOSSOMOSE: ovos na submucosa do reto /
congestão, enantema,úlceras puntiformes, granulomas de
mucosa.
A6 – FÚNGICAS:
- HISTOPLASMOSE: úlceras de bordas elevadas e
avermelhadas, entremeadas por mucosa normal, lembra
DII.
- CANDIDÍASE: semelhante à colite pseudomembranosa
COLITES INESPECÍFICAS
COLITES MICROSCÓPICAS
*** As lesões plano-elevadas (IIa) são < 1cm de extensão e altura < 2,5 cm.
*** As lesões deprimidas (IIc) estão situadas abaixo do nível da superfície
mucosa formando uma depressão
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→ Como diferenciar lesões tipo IIc ou IIa + IIc de IIa com depressão?
SÍNDROMES POLIPÓIDES
→ Síndromes Polipóides:
➔ DISPLASIA:
- componente viloso;
- displasia de alto grau.
→ repetir exame em 1 ano
PÓLIPO MALIGNO
1- de bom prognóstico:
- células bem ou moderadamente diferenciadas → podem
ser considerados curados!!!
- invasão até a muscular da mucosa ou inferior a 1mm na
submucosa (até 1000 micras)
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⇨ ACOMPANHAMENTO PÓS-POLIPECTOMIA:
● Pólipos hiperplásicos retais → se ausência de CCR na família,
seguir acompanhamento habitual (colono em 10 anos) //
exceção: sínd polipóide hiperplásica ou grandes pólipos
hiperplásicos, fazer acompanhamento mais próximo
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# Classificação de Haggitt:
- Critérios de qualidade dos exames colonoscópicos: a qualidade
depende de tem indica o exame
- 60 – 80 % dos exames são bem indicados;
- em relação ao uso de antibióticos /antibioticoprofilaxia →
deve ter indicação precisa em mais de 98 % dos casos
- em pelo menos 98% das colonoscopias no laudo deve ter a
qualidade do preparo – adequado / inadequado já e suficiente;
- em 100 % dos casos o colonoscopista deve ter certeza de que
está no ceco, e:
- 90 % de todos os casos deve ter isso documentado;
- em 95 % dos casos de rastreamento deve ter isso
documentado;
- Frequência de adenomas na população: depende da população
estudada – em grandes casuísticas = 25 % de todos os exames (30%
homens / 20 % mulheres)
- tempo de retirada do colonoscópio = 6 minutos
*** Lesão neoplásica avançada: adenoma maior que 1cm, histologia vilosa
ou com displasia de alto grau → aumenta o risco de CCR → seguimento
diferenciado. Além disso, achado mais que 3 adenomas na colonoscopia,
adenomas de cólon proximal e aumento da idade do paciente → também
merecem seguimento diferenciado → pois são considerados de maior
risco para o CCR.
* se o paciente na colonoscopia possuir um adenoma e a ressecção foi em
piecemeal → colonoscopia obrigatória após 3-6 meses em busca de lesão
residual.
- Os pólipos hiperplásicos não são considerados fatores de risco, exceto na
polipose hiperplásica → caracterizada pela presença de múltiplos pólipos
ou grandes pólipos hiperplásicos: pelo menos 5 pólipos proximais ao
cólon sigmoide, sendo 2 maiores que 1cm; ou qualquer número de pólipos
proximais ao cólon sigmóide em um individuo que tenha parente de
primeiro grau diagnosticado com a síndrome; ou mais de 30 pólipos de
qualquer tamanho distribuídos no cólon →podem evoluir para CCR com
instabilidade microssatélite → seguimento por colonoscopia a cada 1-3
anos dependendo do numero e tamanho dos pólipos.
- Após a cirurgia → colonoscopia 1 ano após. Caso essa for normal, repetir
em intervalo 3-5 anos.
* História pessoal de ca de mama, endométrio e ovário: não existem
evidências para o rastreio diferenciado desses pacientes → seguimento
igual aos pacientes de risco médio. CCR e ca de endométrio ou ovário →
investigar S. de Lynch.
PANCREATITES AUTO-IMUNES
→ PANCREATITES AUTO-IMUNES:
- Acometimento de canais inter-lobulares de tamanho mediano,
infiltração peri-ductal abundante por linfócitos T, eosinófilos,
plasmócitos, macrófagos;
- sem cálculos, sem pseudocistos;
- fibrose peri-ductal com descolamento do epitélio ductal
-2 formas: destruição dos canais: 30-70% / pseudotumores
(30-70%): ressecção inapropriada, quimioterapia.
- Aspecto de saussage like;
- Árvore seca => canais não dilatados, irregulares
- ausência de retro-dilatação logo acima de uma formação
pseudotumoral;
- Sem calcificações;
- TC: sensibilidade 86 % / especificidade: 95 %;
- Idade média de 30 anos;
- 2 homens : 1 mulher
- Pancreatite aguda algumas vezes severa;
- Acometimento biliar frequente: 7 – 60 %;
- Doenças auto-imunes associadas: 18 – 56 % → Sjögren, DII,
tireoidite, pênfigo, diabetes
- Perfil sorológico não definido: ac antinuclear (FAN), anti-anidrase
carbônica, hipergamaglobulinemia, elevação de IgG4.
- úteis quando estão presentes.
- Formas pseudo-tumorais → aspecto tumoral atípico → estado
geral preservado, contexto pouco habitual, CA-19-9 normal.
- EE com PAAF → valor preditivo negativo de 95 %.
- EUS: PAAF em geral é improdutiva, com a agulha de Trucut tem
algum valor. Observa-se aumento difuso do pâncreas, sem dilatação do
DPP, podendo ser responsável por massas pancreáticas isoladas
- Tratamento: prednisona 40 mg/dia + ac urso desoxicólico
- Hipereosinofilia, hipergamaglobulinemia – IgG 4
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PANCREATITE CRÔNICA
➔ PELA EUS:
- Achados ecográficos sugestivos de PC → calcificações pancreáticas
ou cálculos intraductais, ductos pancreáticos secundários > 1 mm,
dilatação do DPP (ducto pancreático principal; sendo normal: 3 mm na
cabeça, 2 mm em corpo e 1 mm na cauda; acrescentar 1, se > 60 anos)
- Critérios do PARÊNQUIMA → focos hiperecóicos, linhas
hiperecóicas, lóbulos hipoecóicos e cistos
- Critérios DUCTAIS → dilatação do DPP, dilatação de ductos
secundários, irregularidade do DPP, margens hiperecóicas do DPP e
cálculos intraductais
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➔ PELA CPRE:
- Drenagem do ducto pancreático principal → dor crônica ou
recorrência da agudização, associado à dilatação ductal. A dilatação do
DPP (ducto pancreático principal) pode ser cálculos ou estenoses.
- Esfincterotomia biliar (EB) está recomendada em casos de colangite
e/ou icterícia obstrutiva associadas ou quando ela é necessária para
facilitar o acesso a via pancreática.
- Cálculos pancreáticos → maior sucesso se: menos de 3
cálculos; pequenos (entre 5 – 10 mm); na cabeça ou corpo; ausência
de estenose ductal subjacente. Nos casos diferentes dessas condições:
LEC (litotripsia extracorpórea) é a primeira opção terapêutica
- Estenose do DPP → LEC (se cálculos) → esfincterotomia
pancreática (EP) → fio-guia hidrofílico até a cauda → dilatação da
estenose até 4- 6 mm → próteses plásticas
- Fístulas pancreáticas → na PC pode ser secundária a ruptura
parcial do DPP ou de ductos secundários, causando ascite pancreática
ou derrames pleurais volumosos. → Colocação de próteses plásticas
de 7 Fr, removidas a cada 3 – 6 semanas após a resolução do quadro.
- Estenose do colédoco distal → em pacientes com PC pode ser
causada por alterações fibróticas na cabeça do pâncreas ou por
compressão por um pseudocisto pancreático. Tto está indicado se →
Colangite; Icterícia obstrutiva ou elevação de FA > 4x ou mais
associado à estenose do colédoco distal com dilatação a montante.
- Drenagem de pseudocistos →Sempre excluir neoplasia cística
(analisar aspirado) e realizar ATBprofilaxia (se por via transmural ou
transpapilar). As complicações da drenagem por CPRE são pancreatite
e infecção, e hemorragia em ambas as vias. Está indicada a drenagem
nos:
95
COLANGITE AGUDA
COLEDOCOLITÍASE
97
→ RECOMENDAÇÕES ASGE:
TUMOR DE KLATSKIN
#Classificação de Bismuth-Corlette:
100
SÍNDROME DE MIRIZZI
# Classificação de Csendez:
CISTOS DE COLÉDOCO
# Classificação de Todani:
102
# Imagens
103
104
Câncer gástrico:
- Lesão tipo IIa + II c → predomina área elevada sobre a área
deprimida;
- Borrmann II é uma úlcera neoplásica / Borrmann III já é uma lesão
úlcero-infiltrativa, com acometimento das bordas da lesão
106
- Adenocarcinoma tipo difuso não está associado com a infecção por H.
pylori, mas sim com perda da adesão das moléculas intracelulares;
- a intensidade da metaplasia e da atrofia gástrica se correlaciona com
o grau da displasia;
- tabagismo e fator de risco para o CA gástrico → só diminui após 10
anos da interrupção do mesmo.
- Pit Patten IV: aspecto cerebróide, em giros, criptas maiores que o IIIL
RESUMÃO
SOBED 2015
108
Cíntia Morais
Murilo Folharim
SUMÁRIO
- Legislação e normas vigentes ................................................... 1
- Processamento de equipamentos e instrumental ................................ 3
- Sedação ............................................................................. 4
- Situações especiais na endoscopia ................................................... 7
- Cromoscopia ..................................................................... 10
- Anticoagulantes e antiplaquetários ................................................... 12
- Divertículos esofágicos ........................................................... 15
- Esofagites por agentes corrosivos ..................................................... 16
- Esofagites específicas ..................................................................... 17
- Esôfago de Barrett .......... ................................................. 21
- Neoplasia precoce do esôfago ................................................... 23
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