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AULA 01 - NOÇÕES DE BIOSSEGURANÇA EM

ANESTESIOLOGIA
Controle dos micro-organismos: Impedir a contaminação ou crescimento de
micro organismos nocivos e impedir a transmissão de doenças infecciosas.

INFECÇÃO CRUZADA
Passagem de um agente exologico de doença, de um individuo para ouro
suscetivel. Podendo ser causada por vírus, bactérias ou fundos.
⤷ Do paciente para o pessoal odontológico;
⤷ Do pessoal odontológico para pacientes,
⤷ De paciente para paciente por meio do pessoal odontológico;
⤷ De paciente para paciente por intermédio de agentes como instrumentos,
equipamentos e pisos.

RISCO FÍSICO
Ruídos; Radiação; Vibrações; Materiais perfuro-cortantes.

RISCO QUÍMICO
Ácidos, Resinas; Géis Clareadores, Mercúrio.

RISCO BIOLÓGICO
Doenças infectocontagiosas; Bactérias; Virus e fungos.
⤷ Evitar usando EPI’s, fazendo o bochecho com antisséptico na boca do
paciente e evitando o uso de sprays aerossóis e gotículas de água.

TRANSMISSÃO DIRETA OU INDIRETA


→ Indireta: Superfícies ou materiais utilizados no paciente.
→ Direta: Percutânea (cortes e perfurações), mucosa (olhos, nariz e boca) e
cutânea (feridas abertas, dermatites).
⤷ Uso de EPI completo, higienização das mãos e descontaminação prévia.

BIOSSEGURANÇA
Procedimentos com a finalidade de prevenir, controlar, reduzir ou eliminar
riscos inerentes de atividades que possam comprometer a saúde humana,
animal e vegetal, e o meio ambiente.

ESTERILIZAÇÃO
DESTRUIÇÃO de todas as formas de vida.
⤷ Físicos: autoclave
⤷ Químico: por ácidos e gases.
DESINFECÇÃO
DESTRUIÇÃO PARCIAL, somente dos micro organismos selecionados.
⤷ Desinfetante: Hipoclorito de sódio.

ANTI-SEPSIA
INIBE A POLIFERAÇÃO por agente químico em pele e mucosa. Desinfecção
local.
⤷ Anti-séptico.

ASSEPSIA
Higienização preventiva. IMPEDE A PENETRAÇÃO de micro organismos em
ambientes que não o contenha. (utilizado em técnicas cirúrgicas).
⤷ Anamnese do paciente, uso de EPI, barreira de proteção com filme pvc e
cuidados com peças de mão (alta rotação e contra-ângulo).

CLASSIFICAÇÃO DE SPAULDING

→ ARTIGOS CRÍTICOS: Instrumentais que penetram o tecido conjuntivo,


utilizados em procedimentos de alto risco para o desenvolvimento de
infecções. Exigem esterilização ou o descarte.
→ ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS: Entram em contato com as membranas,
mucosas integras e pele não integra ex: espelhos clínicos, moldeiras,
condensadores, entre outros. Exigem apenas a limpeza e desinfecção de
nível alto ou médio.
→ ARTIGOS NÃO-CRÍTICOS: Entram em contato apenas com a pele íntegra
do paciente, utilizados em procedimentos de baixíssimo risco para o
desenvolvimento de infecções. Exigem apenas a limpeza e desinfecção de
baixo nível.

MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA
→ História médica do paciente, exame clínico e físico, uso de campos de
proteção e antissepsia da cavidade bucal.
→ Degermação das mãos: Para procedimentos cirúrgicos. Limpar sob as
unhas com as cerdas da escova. Friccionar as mãos, observando os espaços
interdigitais e o antebraço por, no mínimo, 3 a 5 minutos, mantendo as mãos
acima dos cotovelos. (técnica cirúrgica).
→ Limpeza dos instrumentos: Submersão detergente desincrostante 15 min
+ Limpeza para remoção matéria orgânica (manual ou mecânica.
→ Esterilização dos instrumentais críticos ou semi críticos.

GERENCIAMENTO CORRETO DOS LIXOS


→ Grupo A - Potencialmente infectantes: Componentes com alto risco
biológico e risco de infecção. Saco vermelho ou branco leitoso (algodao, gase,
luva, sugadores, fios de sutura, tecidos e órgãos, etc).
→ Grupo D – Comuns: Não apresentam riscos. Papel, plástico,vidro, metal,
orgânico e não reciclável.
→ Grupo E - Perfuro cortante ou escarificanfes: Caixas amarelas.

AULA 02 – ANESTÉSICOS LOCAIS

Os anestésicos locais são agentes que bloqueiam de forma reversível a


condução nervosa (dor) ao SNC, quando aplicada em uma área circunscrita
do corpo.

CARACTERÍSTICAS DOS ANESTÉSICOS :


→ Possuem ação vasodilatadora
→ Possuem uma parte lipossolúvel, para a entrada do agente pela
membrana plasmática da célula. No entanto a lipossolubilidade não pode ser
excessiva, porque se não o medicamento ficara localizado no tecido adiposo.
→ Possui uma parte hidrossolúvel (polar)
→ Não são aplicados diretamente nos nervos, apenas nas proximidades,
onde o liquido vai se difundir.

→ Existem dois grupos de anestésicos:


⤷ Tipo Amida: metabolizado no figado pela enzima P450, oferece menos
riscos de toxicidade, possui processo de metabolização mais lento, maior
duração de efeito. Ex Lidocaina, meivacaina
⤷ Tipo Ester: foi um dos primeiros anestésicos (derivado da cocaína),
oferece maiores riscos de alergias e de toxicidade no corpo, pois possui
metabolização rápida no plasma, e menor duração de efeito, só utilizamos a
benzocaína (benzotop) na odontologia.
⤷ Todo anestésico é formado por um grupo lipofilico + cadeia intermediaria
(amida ou éster) + grupo hidrofilico ou ionizável
(geralmente uma amina terciaria)

TEORIA DO RECEPTOR ESPECÍFICO


Método chave e fechadura; o a medicamento só terá efeito se encaixar
corretamente no receptor designado. Os anestésicos locais bloqueiam a
sensação de dor por interierir na propagação dos impulsos nervosos
periféricos, que em uma situação normal seria propagada através da
despolarização das células nervosas devido a entrada de íons sódio (Na+).

FATORES QUE INFLUENCIAM A AÇÃO DOS ANESTÉSICOS


→ PH: alterações no ph em situações inflamatórias (causa acidez tecidual)
pode impedir o efeito da anestesia local. Deixa o inicio de efeito mais lento
ou inexiste.
→ Duração de Efeito: concentração e potência do fármaco, taxa de
biotransformação e associação com vasoconstritores.

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO:


→ Sistema nervoso parassimpático: descanso e desaceleração. Principal
neurotransmissor: acetilcolina
→ Sistema nervoso simpático: fuga e aceleração. Neurotransmissor:
noradrenalina

VASOCONSTRITORES
→ Aumentam a duração da anestesia
→ Reduz o risco de toxicidade
→ Reduz a quantidade tubetes anestésicos necessários
→ Promove hemostasia

→ Fenilefrina é o análogo sintético da vasopressina (agente não-


adrenérgico).

→ A Epinefrina (Adrenalina) é o vasoconstritor mais utilizado, na dose


1:100.000. Usar dosagem minimizada em pacientes cardiovasculares
(1:200.000), porém isso pode aumentar o efeito da COX2 e trazer mais riscos
para o paciente). Pode ser utilizada em pacientes saudáveis, gestantes e
idosos.Aumenta a frequência cardiaca, força a contração e consumo de
oxigênio.

→ Noradrenalina (Noraepinefrina): possui 25% de potência de ação em


relação a adrenalina. Reações adversas- dor de cabeça intensa, episódios
transitórios de hipertensão, necrose e descamação tecidual. Uso restrito ou
abolido na odontologia.
⤷ Se for para escolher entre noradrenalina ou adrenalina optar por
adrenalina. Pois a noradrenalina possui efeitos colaterais 9x maiores que a
epinefrina.

→ Corbadrina (Levonordefrina): possui 15% da potencia vasoconstritora


da adrenalina. Atua nos receptores alpha (75%) e beta (25%).
→ Fenilefrina: Atua nos receptores alpha (95%) e beta (5% no máximo,
com pouca ou nenhuma ação). Apresenta 5% de ação vasoconstritora da
adrenalina. Vaso constrição mais prolongada, com maior estabilidade e
duração de ação. Diluição 1:2.500. Efeitos adversos dores de cabeca e
aumento da pressão arterial.

→ Felipressina: é um agente não adrenérgico, análogo sintético da


vasopressina. Sempre associada com Prilocaina. Possui pouco controle para
hemostasia (causa maior sangramento). Dosagem segura 0,03 Ul/ml.
⤷ Cuidado com pacientes com hipertensão arterial severa.

CONTRA INDICAÇÕES PARA O USO DE VASO CONSTRITORES

→ ABSOLUTAS:
⤷ Pacientes com problemas cardiovasculares e hipertensão não controlada.
⤷ Diabete não controlada.
⤷ Feocromocitoma (tumores que sintetizam e liberam catecolaminas).
⤷ Alergia a sulfitos
→ RELATIVAS:
⤷ Uso de antidepressivos.
⤷ Uso de inibidores de monoamina oxidase (MAO).
⤷ Uso de beta bloqueadores adrenérgicos.
⤷ Uso de cocaína.

SAIS ANESTÉSICOS
→ Bases fracas, pouco solúveis e instáveis em meio aquoso.
→ Todo o sal anestésico possui ação vasodilatadora.
→ Aumenta a solubilidade e a estabilidade dos vasodilatadores
→ Classificação de acordo com o tempo de duração:
⤷ Curta: 30 minutos (Lidocaina 2% e mepivacaina 3% - sem
vasoconstritores)
⤷ Média: 60 minutos (articaina 4% + epinefrina; lidocaina 2% + epinefrina;
mepivacaina 2% + epinefrina; prilocaina 4% + felipressina)
⤷ Longa: 90 minutos (Bupivacaina 0,5% + epinefrina 1:200.000)

PRINCIPAIS SAIS ANESTÉSICOS

→ PRILOCAÍNA 3%
⤷ Início de ação de 2-4 minutos.
⤷ Não recomendada na forma pura, sempre utilizada com felipressina.
⤷ Potência similar a lidocaína .
⤷ Metabolizada no fígado.
⤷ Principal metabólico pode causar metemoglobinema (sobredosagem).

→ LIDOCAÍNA
⤷ Metabolizada no figado (hepática).
⤷ Mais utilizada na odontologia.
⤷ Possui duração anestésica muito curta quando usada na sua forma pura,
por isso é sempre associada a um vasoconstritor (normalmente epinefrina
1:100.000).
⤷ Com o vaso constritor seu efeito duro em média 1h no tecido pulpar e de 3
a 5 hrs nos tecidos moles.
⤷ Tempo de inicio de ação de 2-3 minutos.
⤷ Em crianças menores de 10 anos usar ½ tubete anestésico.

→ MEPVACAÍNA
⤷ Potência anestésica similar a lidocaína.
⤷ A sua forma pura (mepivacaína 3%), possui anestesia com 20 à 40
minutos de duração.
⤷ Também pode ser associada a um vasoconstritor quando estiver na forma
com 2%. (epinefrina, levonordefrina e cortadeira).
⤷ Início de ação de 90 a 120 segundos.
⤷ Utilizada em pacientes com hipertensão não controlada e diabéticos,
odontopediatria e em idosos.
⤷ Evitar o uso em gestantes e lactante e crianças abaixo de 5 anos.

→ ARTICAÍNA 4%
⤷ Início de ação de 1-2 minutos.
⤷ Metabolizada no fígado e no plasma.
⤷ Toxicidade similar à da lidocaína mas com o tempo de anestesia maior.
⤷ Utilidada com a epinefrina.
⤷ Contra-indicações: pacientes que fazem uso de medicamentos com
enxofre (sulfas), anêmicos, metemoglobinemia, insuficiência cardíaca e
respiratória.

→ BUPIVACAÍNA 0,5%
⤷ Mais utilizada em hospitais.
⤷ Utilizada com epinefrina 1:200.000
⤷ 4 vezes mais potente e tóxica que a lidocaína.
⤷ Metabolizada no fígado.
⤷ Utilizada no controle da dor trans e pós operatória.
⤷ Tempo de início de ação: 6-10 minutos.
⤷ Contra-indicações: Pacientes nefropatas (doença nos rins, similar a
insuficiencia), crianças abaixo de 12 anos, idosos acima de 65 anos,
gestantes e hematopatas.

→ BENZOCAÍNA
⤷ Benzotop (marca utilizada)
⤷ Único do tipo éster disponivel.
⤷ Apenas uso tópico
⤷ Após aplicação por 2 minutos.
⤷ Promove anestesia da mucosa superficial.

ARMAMENTARIO DE ANESTESIA

→ SERINGA CARPULHE:
⤷ Devem ter baixo custo, passível de esterilização mecânica, leve e de fácil
manuseio, apresentar alguma forma de refluxo e ser adapta a vários tipos de
tubetes e agulhas.
⤷ Existe seringa com refluxo automático e manual. Preferência do
profissional.
→ AGULHA:
⤷ Bisel: ajuda na perfuração. Sempre voltado para o osso.
⤷ Extra curtas, curtas, longas.
⤷ Aço inoxidável
→ TUBETE ANESTÉSICO:
⤷ Tubo de vidro ou plástico, sempre cilíndricos.
⤷ Proteção de alumínio: Extremidade oposta da tampa, fixa o diagrama, cor
prateada.
⤷ Diafragma: membrana semipermeável, geralmente de borracha, onde
penetra a agulha.
⤷ Tampa-êmbolo: Extremidade da
ampola, recebe arpão da seringa aspirante.
⤷ Capacidade: 1,8 mL
⤷ Contém: nitrogênio (evitar o aprisionamento de oxigênio no tubete, o que
causaria destruição do vasoconstritor), água destilada (volume), cloreto de
sódio (isotonicidade), conservante (bissulfito de sódio), vasoconstritor e
anestésico local.

CÁLCULO DA DOSE MÁXIMA


⤷ Primeiro deve-se determinar quantos mg de anestésico possui cada tubete
odontológico (%).
⤷ Logo, determinar a dosagem máxima por peso corpóreo do paciente.
⤷ Em seguida, determinar a dose máxima em tubetes.
AULA 03 – TÉCNICAS ANESTÉSICAS
01- Uso de agulha afiada e esterilizada: Diminui a sensação da dor.
02- Verificação do fluxo da solução anestésica local: Após montar a carpule,
devem-se expelir algumas gotas do anestésico do tubete.
03- Aquecimento do tubete anestésico ou da seringa: Segurar a seringa
metálica, já com o tubete, na palma da mão por 30 segundos antes da injeção
aquece o metal.
04- Posicionamento do paciente: Posição fisiologicamente correta antes e
durante a injeção. Posiciona-ló de forma que ele não veja a carpulhe.
Decúbito dorsal (cabeça e coração paralelos ao chão) com os pés levemente
elevados.
05- Secagem do Tecido.
06- Anestésico Tópico
07- Apoio firme para a mão: Não apoiar a mão sobre o braço do paciente.
Palma da mão para cima e com apoio dos dedos para maior controle sobre a
seringa. Uso do tórax do paciente para a estabilização da seringa, e do queixo
como apoio para o dedo, com o corpo da seringa estabilizado pelo lábio do
paciente.
08- Manutenção do tecido esticado.
09- Manutenção da seringa fora da linha de visão do paciente.
10- Inserção da agulha na mucosa: Com o bisel da agulha corretamente
orientado (voltado para o osso).
11- Injeção de algumas gotas da solução anestésica e avanço gradual da
agulha em direção ao alvo.
12- Aspiração.
13- Depósito lento da solução anestésica: A injeção lenta é o fator mais
importante na prevenção de reações adversas a fármacos, é até mais
importante que a aspiração.
14- Retirada lenta da seringa.
15- Observação do paciente: se será preciso mais anestésico, como ele
reagiu a anestesia.
16- Registro da injeção no prontuário odontológico do paciente: Anotar a
substância anestésica local usada, o vasoconstritor aplicado, a dose, a agulha
utilizada, a injeção dada e a reação do paciente.
⤷ Ex: Ex: D-BNAI, longa-25, lido a 2% + epi 1:100.000, 36 mg.
Procedimento bem tolerado.
TIPOS DE INJEÇÃO.

→ INFILTRAÇÃO LOCAL
⤷ Fármaco é administrado na região de pequenas terminações nervosas. O
procedimento deve ser realizado no local onde foi depositado o anestésico.
Técnica supraperiosteal.

→ BLOQUEIO DE CAMPO
⤷ Anestésico local é depositado perto dos ramos nervosos terminais
maiores, de modo que a área anestesiada ficará circunscrita, impedindo a
passagem de impulsos do dente para o sistema nervoso central. Ultilizada
com técnicas superostiais.

→ BLOQUEIO DO NERVO
⤷ Anestésico depositado próximo ao tronco nervoso principal. Também
distante da região operatória. Afetam uma área maior que o bloqueio de
campo.

TÉCNICAS DE INJEÇÃO

→ INJEÇÃO SUPRAPERIOSTEAL ou INFILTRAÇÃO LOCAL


⤷ Técnica mais utilizada para a obtenção da anestesia pulpar nos dentes
superiores.
⤷ Recomendada quando o tratamento estiver limitado a um ou dois dentes e
para anestesia do tecido mole. ÁREAS CIRCUNSCRITAS.
⤷ Agulha curta.
⤷ Área de inserção: altura do sulco mucovestibular, acima do ápice do dente
a ser anestesiado.
⤷ Área-alvo: região apical do dente a ser anestesiado.
⤷ Pontos de referência: Sulco mucovestibular; Coroa clínica do dente;
Contorno da raiz do dente.
⤷ Seringa paralela ao longo eixo do dente.
Não permitir que os tecidos edemaciem.

→ BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR POSTERIOR


⤷ Área anestesiada: Segundo e terceiro molares superiores e das raizes
disto-vestibular e palatina do primeiro molar superior.
⤷ Técnica: introduz a agulha na região vestibulo bucal do segundo molar.
Avançar a agulha lentamente para cima, para dentro e para trás em um
movimento sempre a 45º do plano oclusal. Boca entreaberta.
⤷ Agulha curta ou longa (introduzir metade) e 1,8ml do tubete.
⤷ Área alvo: Fossa pterigopalatina.
→ BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO
⤷ Está presente em apenas 22% da população.
⤷ Área anestesiada: Pré-molares superiores e da raiz mésio-vestibular do
primeiro molar superior.
⤷ Técnica: introduz a agulha na região vestibulo bucal do segundo pré
molar.
⤷ Agulha curta/longa e 0,9-1,2ml do tubete.
⤷ Área alvo: Ápice do segundo pré molar.
E

→ BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR ANTERIOR


⤷ Área anestesiada: Dentes incisivo central, incisivo lateral e canino
superiores.
⤷ Técnica: Introduzir a agulha na altura do 2º pré-molar direcionando-a no
sentido do forame orbitário.
⤷ Pouco usada pelo profissional e tem poucos pontos de referência.

→ BLOQUEIO DO NERVO INFRA-ORBITAL


⤷ Área anestesiada: Anestesia dos tecidos moles bucais, asa do nariz, lábios
superior e pálpebra inferior.
⤷ Técnica: introduz a agulha na região vestibulo bucal do segundo pré
molar.
⤷ Agulha longa (introduzir metade) e 0,9-1,2ml do tubete.
⤷ Área alvo: forame infra-orbital.

→ BLOQUEIO DO NERVO NASOPALATINO


⤷ Área anestesiada: Palato dos anteriores, de distal de caninos a distal de
caninos.
⤷ Técnica: Introduzir a agulha na região lateral ao forame incisivo, na região
da papila incisiva.
⤷ Agulha curta e 0,4 do tubete.
⤷ Área alvo: forame nasopalatino ou forame incisivo.

→ BLOQUEIO DO NERVO PALATINO MAIOR


⤷ Área anestesiada: distal de canino até a distal de terceiro pré molar. Uni-
lateral, inerva até a rafe do palato.
⤷ Técnica: Introduzir a agulha na região de junção do rebordo alveolar do
palato. Metade anterior ao terceiro molar.
⤷ Agulha curta/longa e 0,5 do tubete ou até observar uma isquemia (perda
de cor) da região.
⤷ Área alvo: forame palatino maior.
AULA 04 - TÉCNICAS ANESTESICAS PARA A
MANDÍBULA
BLOQUEIO REGIONAL NA MANDÍBULA
→ Maior sensibilidade técnica em relação à maxila.
→ Cortical óssea mais compacta.
→ Maior incidência de variações anatômicas.
→ Necessidade de penetração mais profunda nos tecidos.

ANATOMIA DOS NERVOS MANDIBULARES


O nervo mandibular se ramifica em:
→ Nervo bucal: responsável pela inervação dos tecidos moles, da pele da
bochecha, do vestíbulo da região posterior e do tecido mole na altura dos
molares mandibulares
→ Nervo lingual: responsável pela inervação dos 2/3 anteriores da língua,
pela inervação da gengiva e dos tecidos moles do assoalho bucal.
→ Nervo alveolar inferior posterior: penetra o forame mandibular, entrando
no canal mandibular atravessando toda a extensão da mandíbula. É
responsável pela inervação dos dentes da hemimandíbula (do incisivo ao
canino) e dos tecidos moles bucais e linguais.

O nervo alveolar inferior ainda se ramifica na altura dos pré-molares


inferiores em:
→ Nervo incisivo: Inerva incisivos e caninos.
→ Nervo mentual: Inerva mucosa vestibular de pré-molares, canino e
incisivos. Lábio inferior e mento.

ANESTESIA PTERIGOMANDIBULAR
Segundo o Malamed é um dos bloqueios com o maior índice de insucesso
devido aos seguintes fatores: Anatomia variável, profundidade de tecidos
moles, cortical óssea espessa o teoria da região central.
Quando realizamos o B.N.A.l promovemos a anestesia dos nervos: alveolar
inferior, incisivo, mentoniano e do nervo lingual.

→ Área anestesiada: de molar até o incisivo, 2/3 anteriores da língua,


assoalho bucal, parte do lábio inferior.

→ Indicações:
⤷ Procedimentos em vários dentes inferiores em um quadrante.
⤷ Quando é necessária a anestesia dos tecidos moles vestibulares
(anteriores ao forame mentual).
⤷ Quando é necessária a anestesia do tecido mole lingual.

→ Contra indicações:
⤷ Infecção ou inflamação aguda na área da injeção (rara).
⤷ Pacientes com maior probabilidade de morder o lábio ou a língua (p.ex.
criança ou pessoa com deficiência física ou mental).

→ Vantagem: Uma injeção fornece ampla área de anestesia para tratamento


odontológico de um quadrante.

→ Desvantagens:
⤷ Área ampla de anestesia (não indicada para procedimentos localizados).
⤷ Indice de anestesia inadequada (31 a 81%)
⤷ Pontos de referência intrabucais não consistentemente confiáveis.
⤷ Aspiração positiva (10 a 15%, a mais alta de todas as técnicas de injeção
intrabucal).
⤷ Anestesia da língua e do lábio inferior, incômoda para muitos pacientes e
possivelmente perigosa (por trauma autoinfligido aos tecidos moles) para
alguns
individuos.
⤷ Possibilidade de anestesia parcial quando da presença de nervo alveolar
inferior bífido ou de canais mandibulares bífidos; inervação cruzada na
região anterior inferior.

Técnica indireta
→ Uma única punção permite o bloqueio dos nervos alveolar inferior, lingual
e bucal.
→ Deposição do anestésico em 3 locais distintos, cada um para bloqueio de
um nervo.
→ Necessidade de mudança de posição do conjunto seringa-agulha.

⤷ Introduzir a agulha na mucosa no ramo anterior da mandíbula em direção


ao forame mandibular.
⤷ Colocar o dedo indicador na incisura da mandíbula.
⤷ Caminhar com o dedo sobre a oclusal dos dentes posteriores
mandibulares.
⤷ Tomar como referência a curva da rafe pterigopalatina (para a altura da
incisão).
⤷ Traçar uma linha imaginária que vai da ponta do dedo incisura da
mandíbula) até a curva da rafe pterigopalatina. Dividir essa distância em 4 e
aplicar o anestésico na distância de ¾.
⤷ Penetrar ¾ da agulha longa.
⤷ 1ª posição: anestesia do nervo bucal
⤷ 2ª posição: anestesia do nervo lingual
⤷ 3ª posição: anestesia do alveolar inferior

ANESTESIA DO NERVO BUCAL


⤷ Responsável pela inervação dos tecidos moles, da pele da bochecha, do
vestíbulo da região posterior e do tecido mole na altura dos molares
mandibulares
⤷ Penetrar a mucosa no local da injeção, distal e vestibular ao último molar.
Avançar a agulha lentamente, sempre com o bisel voltado para o osso até
que o mucoperiósteo seja tocado.

ANESTESIA DO NERVO MENTUAL


⤷ Anestesia mucosa vestibular anterior ao forame mentual (em torno do
segundo pré-molar) até a linha média e a pele do lábio inferior e queixo.
⤷ Indicações: quando é necessária a anestesia do tecido mole vestibular para
os procedimentos na mandibula, anteriores ao forame mentual, como:
biopsias de tecido mole e sutura de tecido mole.
⤷ Contraindicações: Infecção ou inflamação aguda na área da injeção.
⤷ Vantagens: Alto indice de sucesso, tecnicamente fácil e em geral,
totalmente atraumático.
⤷ Desvantagem: Hematoma.
⤷ Técnica anestésica: Agulha curta. a área alvo é o sulco mucovestibular no
forame mentual, ou anterior a este (geralmente localizado entre os ápices do
primeiro e do segundo pré molar).

AULA 05 - TÉCNICAS ANESTÉSICAS


COMPLEMENTARES
→ Injeções usadas em situações clínicas específicas.
→ Podem ser empregadas como a única técnica para o controle da dor em
determinados tipos de tratamento odontológico.

ANESTESIA INTRAÓSSEA
→ Depósito de solução anestésica local no osso esponjoso que suporta os
dentes.
→ Injeção no ligamento periodontal e injeção intrasseptal: Modificações da
anestesia intraóssea tradicional.

INJEÇÃO NO LIGAMENTO PERIODONTAL


→ Em virtude da espessura da tábua óssea cortical na maioria dos pacientes
e na maioria das áreas da mandíbula, não é possível obter a anestesia pulpar
profunda para um dente na mandibula adulta.
→ Risco de produzir infecção transmitida pelo sangue e septicemia era
grande.
→ Capacidade de evitar a injeção do
bloqueio mandibular (pterigomandibular).

→ Devido a disponibilidade de outras técnicas eficazes e atraumáticas como


a supraperiostial (infiltração local), a LPD vem sendo cada vez menos
utilizada (embora não exista absolutamente nenhuma outra razão para não
recomenda-la
nessa área).
→ Fornece anestesia pulpar e do tecido mole em área localizada (um dente)
da mandibula, sem também produzir anestesia extensa do tecido mole (p.
ex., língua e lábio inferior).
→ 74% dos pacientes preferiram a injeção LPD, principalmente por não
promover anestesia lingual e labial.

→ Indicações:
⤷ Anestesia pulpar de um ou dois dentes em um quadrante.
⤷ Tratamento de dentes isolados em dois quadrantes mandibulares (para
evitar o BNAI bilateral).
⤷ Pacientes para os quais a anestesia residual no tecido mole é indesejável.
⤷ Situações em que a anestesia com o bloqueio regional é contraindicada.
⤷ Como possível auxílio no diagnóstico de desconforto pulpar.
⤷ Como técnica adjunta após a anestesia com bloqueio nervoso, se houver a
presença de anestesia parcial.

→ Contraindicações:
⤷ Infecção ou inflamação no local da injeção.
⤷ Pacientes que necessitam da sensação de "dormência para conforto
psicológico.

→ Vantagens:
⤷ Não há anestesia do lábio, da língua e de outros tecidos moles facilitando o
tratamento de vários quadrantes durante uma única consulta.
⤷ Dose mínima de anestésico local necessária para obter a anestesia (~ 0,2
ml por raiz).
⤷ Uma alternativa à anestesia com bloqueio nervoso regional parcialmente
eficaz.
⤷ Início rápido da anestesia profunda pulpar e do tecido mole (30 segundos).
⤷ Menos traumática do que as injeções convencionais de bloqueio.
⤷ Adequada para os procedimentos em crianças, extrações e procedimentos
periodontais e endodônticos em um único dente e em vários quadrantes.
→ Desvantagens:
⤷ Dificuldade de conseguir a colocação adequada da agulha em algumas
áreas (p. ex: a distal do segundo ou do terceiro molar).
⤷ O vazamento de solução anestésica local na boca do paciente produz sabor
desagradável.
⤷ A pressão excessiva ou a injeção excessivamente rápida podem quebrar o
tubete de vidro.
⤷ Às vezes pode haver necessidade de uma seringa especial.
⤷ A pressão excessiva pode produzir danos ao tecido local.
⤷ O desconforto após a injeção pode persistir por vários dias.
⤷ Existe o potencial de extrusão do dente em caso de pressão ou volume
excessivos.

→ Técnica: fundo do sulco gengival. A agulha fica encaixada entre a raiz do


dente e o osso interproximal. Bisel voltado para a raiz possibilitando fácil
avanço da agulha na direção apical. Avançar a agulha apicalmente até
alcançar resistência. Depositar 0,2 ml de solução anestésica local em, no
mínimo, 20 segundos. O anestésico local não deve retornar para a boca do
paciente. Se isso acontecer, repete-se a injeção no mesmo local, mas em um
ângulo diferente.

INJEÇÃO INTRASSEPTAL
→ Anestesia aos tecidos mole e ósseo.
→ Hemostasia para a curetagem
periodontal.
→ Procedimentos de retalho cirúrgico.
→ Procedimentos restauradores menores nos dentes inferiores posteriores.
→ Eficaz quando a condição dos tecidos periodontais no sulco gengival
impedem o uso da injeção LPD (infecção, inflamação
aguda).
→ Áreas anestesiadas : Osso, tecido mole adjacente, estrutura radicular na
área da injeção e terminais nervosos no local da injeção.

→ Indicações: Quando se deseja controle da dor e hemostasia para o


tratamento periodontal de tecidos moles e ósseos ou para pequenos
procedimentos restauradores nos dentes inferiores posteriores.
→ Contraindicações: Infecção ou inflamação grave no local da injeção.

→ Vantagens:
⤷ Ausência de anestesia no lábio e na língua (apreciada pela maioria dos
pacientes).
⤷ Necessidade de volumes mínimos de anestésico local.
⤷ Diminuição da hemorragia durante procedimento cirúrgico.
⤷ Atraumática.
⤷ Início imediato da ação (« 30 segundos).
⤷ Poucas complicações no pós-operatório.
⤷ Útil nos dentes com envolvimento periodontal (evita bolsas
infeccionadas).

→ Desvantagens:
⤷ Pode haver necessidade de várias punções no tecido.
⤷ Gosto amargo do anestésico (se ocorrer vazamento).
⤷ Duração relativamente curta da anestesia pulpar, área limitada da
anestesia dos tecidos moles (pode necessitar outra injeção).
⤷ Necessidade de experiência clínica para o sucesso.

→ Agulha curta. Centro da papila interdental adjacente ao dente a ser


tratado. O ponto de referência é o triângulo papilar, cerca de 2 mm abaixo da
ponta, equidistante dos dentes adjacentes.

INJEÇÃO INTRAÓSSEA
→ Originalmente, a anestesia intraóssea necessitava do uso de uma broca
para proporcionar a entrada no osso intersseptal cirurgicamente exposto.
Uma vez feito o orifício, inseria-se uma agulha e fazia-se o depósito do
anestésico local.
→ Injeção LPD: o anestésico local entra no osso interproximal através dos
tecidos periodontais ao redor do dente.
→ Injeção intrasseptal: coloca-se a agulha no osso interproximal (crista
alveolar) sem o uso de uma broca.

TÉCNICA DE GOW-GATES
→ Devido às altas taxa de insucesso na anestesia pterigomandibular,devido a
maior variação anatômica na mandíbula, existe uma necessidade de
penetração mais profunda no tecido mole.
→ Bloqueio do nervo mandibular verdadeiro: anestesia sensitiva de
praticamente toda a distribuição do V3.
→ Nervos alveolar inferior, lingual, milo-hióideo, mentual, incisivo,
auriculotemporal e bucal.

→ Vantagens
⤷ Uma única injeção
⤷ Sucesso> 95%
⤷ Aspiração mínima 2%
⤷ Sucesso na presença de nervo alveolar bifido.

→ Desvantagens
⤷ Anestesia do N. lingual é desconfortável
inicio da anestesia é de 5 mim(BNAI 3 a 5 mim).
⤷ Curva de aprendizado. É necessário experiência clínica para dominar esta
técnica. Este período de aprendizado pode ser frustrante.
→ Áreas anestesiadas: Dentes inferiores até a linha média. Mucoperiósteo e
mucosa
vestibulares do lado da injeção. Dois terços anteriores da língua e assoalho
da cavidade bucal. Tecidos moles e periósteo linguais. Corpo da mandibula,
porção inferior do ramo. Pele sobre o zigoma, porção posterior da bochecha
e regiões temporais.

→ Indicações
⤷ Vários procedimentos nos dentes inferiores.
⤷ Quando há necessidade da anestesia vestibular dos tecidos moles, do
terceiro molar até a linha média.
⤷ Quando é necessária a anestesia do tecido mole lingual.
⤷ Quando o BNAI convencional não tem êxito.

→ Contraindicações
⤷ Infecção ou inflamação aguda na área da injeção (raro).
⤷ Pacientes que podem morder o lábio ou a língua, como crianças e pessoas
com deficiência física ou mental.
⤷ Pacientes que não conseguem abrir bem a boca (p. ex., trismo).

→ Área-alvo: lateral do colo do côndilo mandibular, logo abaixo da inserção


do músculo pterigóideo lateral. Cúspide mesiolingual do 2 molar superior e
distal do 2 molar superior.

TÉCNICA DE VAZIRANI AKINOSI

→ Nervos anestesiados: Nervo alveolar inferior. Nervo incisivo. Nervo


mentual. Nervo lingual. Nervo milo-hióideo.

→ Áreas anestesiadas: Dentes inferiores até a linha média; Corpo da


mandibula e porção inferior do ramo; Mucoperiósteo e mucosa vestibular
anteriores ao forame mentual; Os dois terços anteriores da língua e o
assoalho da cavidade bucal (nervo lingual); Tecidos moles e periósteo
linguais (nervo lingual).
→ Bloqueio mandibular extraoral com a abordagem lateral através da
chanfradura sigmoide.

→ Indicações:
⤷ Abertura limitada da boca;
⤷ Vários procedimentos nos dentes inferiores;
⤷ Incapacidade de visualizar os pontos de referência para o BNAI (p.ex: por
tamanho maior da língua).

→ Contraindicações:
⤷ Infecção ou inflamação aguda na área da injeção (raro);
⤷ Pacientes que possam morder o lábio ou a língua, como crianças e pessoas
com deficiência física ou mental;
⤷ Incapacidade de visualizar ou obter acesso ao lado lingual do ramo.

→ Vantagens
⤷ Relativamente traumático.
⤷ O paciente não precisa ser capaz de abrir a boca.
⤷ Menos complicações pós-operatórias (p. ex: trismo).
⤷ Menor taxa de aspiração (<10%) do que com o BNAI.
⤷ Fornece anestesia bem sucedida quando estão presentes NAI bífido e
canais mandibulares bifidos.

→ Desvantagens:
⤷ É difícil visualizar o trajeto da agulha e a profundidade da inserção.
⤷ Nenhum contato ósseo, profundidade de penetração um pouco arbitrária.
⤷ Potencialmente traumático se a agulha estiver muito perto do periósteo.

→ Técnica anestésica: Área de inserção da agulha (adjacente à tuberosidade


maxilar na altura da junção mucogengival adjacente ao terceiro molar
superior). Segurar a seringa e a agulha na altura da junção mucogengival
acima do terceiro molar superior.
AULA 06 - COMPLICAÇÕES ANESTÉSICAS
LOCAIS E SISTÊMICAS
COMPLICAÇÕES LOCAIS
→ Fratura da agulha: Fratura e retenção de agulhas dentro dos tecidos
tornou-se uma complicação de rara ocorrência devido à introdução das
agulhas descartáveis.
⤷ Usar agulhas com calibre maior para técnicas que requerem significante
profundidade; Não inserir a agulha nos tecidos até a calota; Selecione uma
agulha com comprimento adequado para a técnica realizada.
⤷ Caso a agulha quebre, manter a calma e orientar o paciente. Tentar
remover a agulha com uma pinça se ela estiver visível, caso ao contrario,
encaminhar o paciente até um hospital.

→ Anestesia persistente ou parestesia: Um paciente pode relatar sensação


de dormência muitas horas ou dias após a infiltração do anestésico. Quando
a anestesia persiste por dias, semanas ou meses existe um potencial maior
de desenvolvimento de problemas; Parestesia ou anestesia persistente são
ainda problemas sem prevenção; A parestesia é também uma das causas
mais frequentes de processos na justiça relacionados a má prática
odontológica.
⤷ Sensações de dormência, inchaço, formigamento e coceira. Parestesia,
definida como anestesia permanente (duração além do esperado), ou
sensação alterada com duração além da desejada.

→ Paralisia do nervo facial: A paralisia dos ramos terminais mais


importantes para a odontologia é bloqueio do nervo infra-orbitário,
causando ptose palpebral. A
queda muscular também é observada quando as fibras motoras são
anestesiadas por deposição inadequada de anestésico, principalmente
quando anestésico depositado no lobo profundo da glândula parótida, perto
das porções terminais do nervo facial.
⤷ A perda de função motora dos músculos da expressão facial após a
aplicação de anestésicos locais é geralmente transitória. O tempo desta
perda está relacionado ao tipo de solução anestésica e ao volume infiltrado e
a proximidade com o nervo facial.

→ Trismo: É definido como um prolongado espasmo tetânico dos músculos


da mastigação, levando a limitação da abertura da boca. Este termo vem
sendo usado, em casos de restrição de movimento mandibular,
independente de sua etiologia.
⤷ Causas: Trauma a músculos ou vasos sanguíneos na fossa temporal,
sendo este o fator etiológico do trismo associado aos anestésicos locais;
Quando álcool ou soluções de esterilização se misturam as soluções
anestésicas e produzem irritação dos tecidos; Anestesicos locais
demosntram ser tóxicos à musculatura esquelética. A infiltração da solução
intra muscular pode levar a necrose dos tecidos.

→ Lesões dos tecidos moles: Autolesões aos lábios e língua são


frequentemente causadas pelo paciente que inadvertidamente morde estes
tecidos enquanto os mesmos estão anestesiados.

→ Hematoma: Durante a infiltração dos anestésicos locais a lesão de vasos


sanguíneos pode levar ao extravasamento de sangue para espaços
extracelulares causando o hematoma. Seu desenvolvimento é extremamente
rápido.
⤷ Causas: Perfuração arterial ou venosa após bloqueio principalmente do
nervo alveolar posterior-superior.

→ Dor à injeção: A dor à injeção de um anestésico local pode ser evitada,


segundo cuidadosamente um protocolo básico de injeção atraumatica.
⤷ Causas: Técnica de injeção descuidada e atitude insensível; Agulhas
rombas após múltiplas injeções. Injeção rápida da solução de anestésico
causando lesão tecidual; Agulhas com farpas após tocarem tecidos duros
(osso).

→ Infecção: A infecção após a administração de solução anestésica local


tornou-se extremamente rara após a introdução de agulhas anestésicas
descartáveis estéreis e tubetes de vidro.
⤷ Causas: Causa principal é a contaminação da agulha antes da puntura;
Injeção da solução anestésica em áreas de infecção favorecendo a
disseminação das bactérias.

→ Edema: Edema tecidual é um sinal clínico da presença de algum distúrbio.


⤷ Causas: Traumatismo durante a injeção;
vInfecção; Alergia, o angioedema é mais comum à respostas relacionadas a
anestésicos tópicos. Hemorragias; Injeção de soluções irritantes;

→ Necrose dos tecidos: A irritação prolongada dos tecidos moles da gengiva


pode levar a várias complicações desagradáveis, incluindo descamação
epitelial e abscesso esteril.
⤷ Causas: Descamação tecidual; Aplicação de anestésico tópico aos tecidos
gengivais por período prolongado; Aumento da sensibilidade dos tecidos ao
anestésico local; Reação em uma área onde foi aplicado anestésico tópico.

→ Lesões intra-orais pós anestésicos: Ocasionalmente, os pacientes


relatarão que, cerca de dois dias após uma injeção intra-oral de anestésico
local, surgiram ulcerações em sua boca, basicamente ao redor do local da
injeção. O sintoma inicial é a dor, geralmente de natureza relativamente
intensa.
⤷ Causas: A estomatite aftosa recorrente ou herpes simples pode ocorrer no
meio intra-oral após injeção de anestésico local.

COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS
Sempre que qualquer droga for administrada, podem ser observados dois
tipos de ações. Ações desejadas, que são almejadas clinicamente e, em geral,
benéficas, e ações indesejadas, que são adicionais e não almejadas.

→ Princípios:
⤷ Nenhuma droga exerce apenas uma ação. Todas as drogas exercem ações
desejáveis e indesejáveis.
⤷ Nenhuma droga é desprovida de toxicidade. Objetivo do tratamento
racional é maximizar os efeitos terapêuticos.
⤷ A toxicidade potencial de uma droga está nas mãos do usuário: Devemos
respeitar as doses.

→ HAS (acima de 160/100 - paciente asa IV);


→ Cardiopatias;
→ AVE;
→ Hipertiroidismo;
→ Usuários de drogas.

→ Superdosagem
⤷ Pode ser definido como sinais e sintomas clínicos que resultam de um alto
nível sanguíneo da droga nos órgãos e tecidos-alvo.

→ Fatores relacionados ao paciente:


⤷ Idade: Geralmente pessoas nos extremos etários apresentam maior
incidência dessa reação.
⤷ Peso: Quanto maior o peso corporal, maior será a dose que pode ser
tolerada antes das reações de superdosagem.
⤷ Outros medicamentos: A administração concomitante pode influenciar os
níveis de anestésico local. Ex: Fenitoína compete com os mesmos receptores
de proteínas plasmáticas que os sais anestésicos.

→ O estresse e o medo são as principais causas de urgências e emergências


médicas em consultório odontológico.

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