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Anestesia local
O que torna a anestesia algo possível para o atendimento pediátrico:
A anestesia local e indicada para todo e qualquer procedimento clinico que venha provocar
dor, pois a presença de dor pode causar ansiedade e temor ao tratamento.
Uma anestesia bem-sucedida permite um tratamento mais rápido e com melhor qualidade e
cooperação da criança.
Conceitos
Os anestésicos locais são fármacos utilizados para bloquear temporariamente a condução dos
impulsos nervosos, levando à perda ou diminuição da sensibilidade dolorosa.
Requisitos:
Especificidade de ação
Reversibilidade: sua ação deve permitir a volta às condições normais
Solubilidade em água e lipídios para poder se difundir e penetrar no axônio
Potência e baixa toxicidade
Efeito rápido e duração suficiente
Não deve produzir reações alérgicas ou idiossincrásicas
Estabilidade
Estéril ou de fácil esterilização
Custo relativamente baixo.
Estrutura Química
Porção hidrofílica – amina secundária ou terciária
As duas porções são unidas por uma cadeia intermediária, podendo ser ligação tipo éster e
tipo amina. O metabolismo dos anestésicos locais inicia-se com a ruptura dessa cadeia.
A potência e a toxicidade do anestésico local estão relacionadas com sua estrutura química.
Assim, o anestésico ideal deve possibilitar a associação de grande potência com baixa
toxicidade.
Classificação
Dois grupos: Ester e amina
Tipo éster:
o Forma soluções menos estáveis
o Derivados do Ac. Paraminobenzoico (PABA) – procaína (pouca capacidade de
penetração tecidual) e tetracaína (+ usada em anestesias raquidianas).
Tipo amina:
o Mais estável a esterilização
o Menor reação a hipersensibilidade
Lidocaína 2% PADRÃO OURO
2% sem vaso: efeito na polpa muito curo – entre 5 a 10
minutos
Associada a VASO: efeito em polpa de aproximadamente 1h.
Prilocaína:
Reabsorvida mais lentamente que a Lido = menos dependente
de vasoconstritor.
Efeito igual ou superior que a Lido
Degradada no fígado: em caso de intoxicação = curta duração
Mepivacaína: semelhante a prilo
Reabsorção mais lenta
o Quando usada sem vaso seu efeito sobre a polpa é de
20min (infiltrativa) ou 40 min (bloqueio regional)
o Não sobre metabolização rápida = reações tóxicas tem
maior duração.
Mecanismo de ação
Agem por bloqueio temporário de condução do impulso nervoso.
Tipo de nervo:
o nervos amielínicos são bloqueados com menores concentrações de solução
anestésica e, em menos tempo, quando comparados com nervos mielínicos.
o A maioria dos estímulos dolorosos é conduzida pelas fibras amielínicas.
Diâmetro e tamanho do nervo:
o Quanto maior o diâmetro da fibra nervosa, maior concentração de solução e
mais tempo de exposição serão necessários para a obtenção da anestesia.
Assim, as pequenas fibras sensitivas serão bloqueadas mais rápido e com
menores concentrações do que as fibras motoras grandes.
o Assim, como a acidez do meio extracelular dificulta a dissociação do sal
anestésico, o aumento de alcalinidade ocasiona precipitação excessiva da base
livre, que é então absorvida rapidamente no local da injeção, antes mesmo que
possa alcançar o nervo. O anestésico deve ser injetado o mais próximo
possível do nervo desejado.
Administração e dosagem
o A solução anestésica deve ser injetada lentamente, pois a velocidade da
injeção é um fator na rapidez da absorção do medicamento e nas reações
tóxicas subsequentes. Quanto mais vascularizada a área em que o anestésico
será injetado, mais rápida será a absorção, aumentando a possibilidade de
efeito tóxico.
Toxicidade
O efeito tóxico dos anestésicos locais deve-se tanto ao anestésico quanto ao vasoconstritor,
estando este último intimamente relacionado com a maior ocorrência de injeções
intravasculares acidentais.
Prevenção:
Quando o grau de estímulo for elevado, deve ser administrada lentamente uma injeção
intravenosa de barbitúrico. O pentobarbital (Nembutal®) ou o secobarbital (Seconal®) são os
mais indicados. Apenas nos casos de convulsão, essas deverão ser tratadas por injeção
intravenosa de cloreto de succilcolina ( O CD precisa de um ambu para imblar os pulmões do
paciente)
Epinefrina: vasoconstritor potente cuja concentração ideal está em torno de 1.200.000 mℓ. Sua
toxicidade sistêmica mostra-se baixa, sendo pouco comuns as reações a essa droga, desde que
sejam respeitadas a dose e a forma de administração. Está contraindicada a pacientes
hipertireoidicos e cardiopatas
Fazer acordo com a criança antes do procedimento (ex: levantar a mao se doer para
parar o procedimento) e seguir o combinado
Ficar atento a sinais de medo e tensão, sendo verbalizado ou não
Explicar tudo, porem nenhuma explicação será igual para cada paciente.
o A explicação não deve conter palavras ou expressões que venham a assustar a
criança, enganá-la ou até despertar alguma preocupação prévia. Por exemplo:
“Não vai doer nada”: essa explicação, por si só, levanta a hipótese de
dor, podendo assustar o paciente, além de não ser absolutamente
verdadeira, pois cada um tem uma percepção diferente da anestesia
“É só uma picadinha” e “Se doer, aperte a mão da mamãe”: são
recursos indutores de tensões, além de despertar o fator dor, mais do
que preveni-los.
Para crianças maiores o indicado é ser o mais realista o possível.
O cirurgião deve se manter falante durante a punção para causar relaxamento e
distração.
Os sintomas da anestesia devem ser explicados
Técnicas anestésicas
Posição
Paciente: