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PROPEDÊUTICA
CIRÚRGICA I
Prof. Marcus Perpetuo
UNIDADE DE ENSINO 1
FARMACOTERAPIA APLICADA À
ODONTOLOGIA
SEÇÃO 1.4
Os AL unem-se aos receptores específicos, situados nos canais de sódio, com ação sem
modificar as propriedades da membrana
Propriedades desejáveis em um anestésico local:
10. Deve ser esteril ou capaz de ser esterilizado pelo calor sem deterioracao.
• Por ser mais potente, sua cardiotoxicidade também e 4 vezes maior em relacao a lidocaína.
• Possui longa duração de ação. No bloqueio dos nervos alveolar inferior e lingual, produz anestesia pulpar por 4 h e em tecidos
moles, por ate 12 h.
• Nao e recomendada para pacientes < 12 anos, pelo maior risco de lesoes por mordedura do labio, em razao da longa duracao da
anestesia dos tecidos moles
Vasoconstritores: Propriedades gerais
Todos os sais anestésicos possuem acao vasodilatadora.
Ação vasoconstritora faz com que o sal anestésico fique por mais tempo em
contato com as fibras nervosas, prolongando a duração da anestesia e
reduzindo o risco de toxicidade sistêmica.
Epinefrina – E o vasoconstritor mais utilizado em todo o mundo, devendo ser o agente de escolha
para a quase totalidade dos procedimentos odontológicos em pacientes saudáveis, incluindo
crianças, gestantes e idosos.
A maioria de reações adversas devidas ao uso de vasoconstritores parece ter ocorrido com a
norepinefrina, como cefaleia intensa decorrente de episodios transitorios de hipertensao arterial,
assim como casos de necrose e descamacao tecidual.
Efeitos adversos dos anestésicos locais
Todos os anestésicos locais atravessam facilmente a barreira hematocefálica.
Em caso de toxicidade sistêmica ocorre depressão do SNC. Apesar de ser mais incomum, a
sobredosagem dos vasoconstritores tambem ja foi associada a casos fatais, tendo como causa o
aumento brusco da pressao arterial seguido de hemorragia intracraniana, em pacientes suscetiveis.
Reacoes alérgicas graves associadas a anestesia local em odontologia são raramente observadas.
Neurofisiologia, sinapse e transmissão do impulso nervoso, mecanismo de ação
dos anestésicos locais
O volume maximo de uma solução anestesica local deve ser calculado em funcao de
tres parametros: concentracao do anestésico na solução, doses máximas recomendadas
e peso corporal do paciente.
Avaliação pré-anestésica do paciente (história médica, exame físico,interações
entre drogas e cálculo da dose máxima)
A interação entre drogas pode potencializar o efeito de uma ou de ambas ou promover o contrário:
reduzir ou anular o efeito de uma ou ambas.
No caso dos anestésicos locais, deve-se ter muita cautela quanto a pacientes que utilizam
antidepressivos tricíclicos e inibidores da recaptação da monoamina-oxidade (MAO), cuja interação
poderá provocar efeitos cardiovasculares graves.
Atenção especial deve ser dada aos usuários de álcool e outras drogas, como cocaína, que
interagem com os anestésicos locais.
Influência do pH na absorção do anestésico e
processos infecciosos
A injeção é realizada com agulha curta, na prega bucal, entre os dois pré-
molares, em sentido paralelo ao osso alveolar
Bloqueio regional mandibular: nervo alveolar inferior, seus ramos terminais
(mentoniano e incisivo) e nervo lingual.
A anestesia atua no hemiarco anestesiado (corpo da mandíbula, dentes, mucosa
vestibular do primeiro molar até a linha mediana, 2/3 anteriores linguais e assoalho
bucal). Essa anestesia (ptérigo-mandibular) é feita em dois tempos operatórios. No
primeiro tempo se anestesia os nervos bucal (bucinador) e lingual. Para isso, coloca-
se o dedo indicador na incisura coronoide da mandíbula, posicionando-se a agulha
(longa), que penetra de 4 a 8 mm acima do plano determinado pela linha paralela
ao plano oclusal dos molares e aí depositasse 1/3 do conteúdo anestésico. Em
seguida (segundo tempo), sem retirar a agulha, leva-se a seringa em direção aos
pré-molares do lado oposto, introduz-se mais a agulha e, ao sentir o encontro com
o tecido ósseo, recuasse alguns milímetros e injeta-se o restante do tubete
anestésico, bloqueando o nervo alveolar inferior.
Técnicas acessórias: são todas realizadas com agulhas curtas.
Na anestesia interpapilar, penetra-se a papila gengival, depositando algumas gotas
do
anestésico.
Na anestesia subperióstea, infiltra-se o anestésico penetrando a mucosa em direção
ao ápice dental (60 a 900), procurando insensibilizar o periósteo.
Na técnica intrasseptal, penetra-se a região do ligamento periodontal, em
angulação de 450 em relação ao longo eixo do dente.
A técnica intrapulpar consiste em se preencher a câmara pulpar com gotas do
líquido anestésico ou anestésico tópico. A seguir, penetra-se com a agulha o tecido
pulpar e faz-se a injeção.
INDICAÇOES DE USO
1. Procedimentos de curta a média duração, que demandem tempo de
anestesia pulpar > 30 min
Optar por uma das seguintes solucoes:
• Lidocaina 2% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000.
• Mepivacaina 2% com epinefrina 1:100.000.
• Articaina 4% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000.
• Prilocaina 3% com felipressina 0,03 UI/mL.
No caso de procedimentos em que haja necessidade de controle do
sangramento, a escolha deve recair nas soluções que contenham epinefrina
1:100.000
2. Procedimentos muito invasivos ou de maior tempo de duração
(Tratamentos endodonticos complexos, exodontias de inclusos, cirurgias plasticas
periodontais, colocação de implantes multiplos, enxertias osseas.)
Intervenções na maxila
Bloqueio regional:
• Lidocaina 2% ou mepivacaina 2% com epinefrina 1:100.000.
Técnica infiltrativa:
• Articaina 4% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000.
Intervenções na mandíbula
Bloqueio regional:
• Lidocaina 2% ou mepivacaina 2% com epinefrina 1:100.000.
• Bupivacaina 0,5% com epinefrina 1:200.000.
Na contraindicação absoluta ao uso da epinefrina