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Introdução à Biologia Celular

e do Desenvolvimento
Profa. Carla da Silva Machado
E-mail: carla.smachado@kroton.com.br

Governador Valadares
2022
UNIDADE 3: INTRODUÇÃO À GENÉTICA

SEÇÃO 3.2: Leis de Mendel


História da Genética

Charles Darwin, além de


publicar um dos mais
importantes livros de todos
os tempos, “A origem das
espécies”, em 1859,
também foi um dos
precursores dos estudos
sobre hereditariedade.

Charles Darwin
Fonte: https://www.theguardian.com/books/2017
História da Genética
Em “A origem das espécies”,
Darwin já havia concluído que as
espécies evoluem por um
processo de seleção natural,
pela sobrevivência dos mais
adaptados em um ambiente.
Apesar de seus estudos sobre
hereditariedade, Darwin não
conseguiu explicar de que
maneira agia a seleção natural.
Mas, com o passar do tempo, o
crescente entendimento sobre a
Genética e o campo da Evolução
trouxeram respaldo científico
para as teorias de Darwin. Charles Darwin
Fonte: https://www.theguardian.com/books/2017
História da Genética

Em 1860 tornou-se conhecida


a transmissão hereditária
pelo espermatozoide e pelo
óvulo. Em 1868, Ernst
Haeckel postulou que o
espermatozoide é composto
por material nuclear e que
esse núcleo é responsável
pela hereditariedade. Então,
foram necessários 20 anos de
estudos para que a mitose, a
meiose e a fertilização fossem
melhor compreendidas. Ernst Haeckel
Fonte:
https:https://medium.com/@dispersciencia/haeckel
História da Genética

Em 1865, Gregor
Mendel descreveu
em detalhes os
padrões de
transmissão das
características e suas
conclusões sobre os
princípios da
hereditariedade.

Gregor Mendel
Fonte: https://www.sapaviva.com/gregor-mendel/
História da Genética

Na época, a opinião
científica ignorou as
ideias de Mendel, apesar
dos seus esforços. Em
1900, 16 anos após a
morte de Mendel, três
pesquisadores botânicos,
Hugo de Vries, Carl
Correns e Erich von
Tschermak-Seysenegg,
que trabalhavam de
forma independente,
confirmaram o trabalho
de Gregor Mendel. Gregor Mendel
Fonte: https://www.sapaviva.com/gregor-mendel/
PRIMEIRA LEI DE MENDEL
Princípio da segregação independente dos fatores
A Primeira Lei de Mendel diz que cada característica é
condicionada por dois fatores (genes alelos) que se separam na
formação dos gametas. Para a elaboração da primeira lei, Mendel
estudou apenas a transmissão de uma única característica, utilizando
como modelo de estudo as ervilheiras.
PRIMEIRA LEI DE MENDEL
Princípio da segregação independente dos fatores
Os experimentos de Gregor Mendel
eram baseados nos resultados de
cruzamentos experimentais,
conhecidos como cruzamentos
genéticos, principalmente as
linhagens de ervilhas, as quais
diferiam em características bem
definidas quanto ao formato da
semente, que podia ser lisa ou
rugosa, à coloração amarela ou
verde, à forma da vagem, que era
cheia ou enrugada, e ao
comprimento da haste, que era
longa ou curta.
PRIMEIRA LEI DE MENDEL
Princípio da segregação independente dos fatores
Após a definição das linhagens
parentais (linhagens “puras”,
homozigotas), Mendel realizou
diversos cruzamentos entre
progenitores, determinados pela
letra (P), que eram diferentes
entre si em apenas uma
característica, por exemplo, a
coloração ou o formato da
semente. Todos os
descendentes desses
progenitores eram conhecidos
como F1, ou seja, primeira
geração filial.
PRIMEIRA LEI DE MENDEL
Princípio da segregação independente dos fatores
Quando Mendel fez o cruzamento entre ervilhas com sementes
amarelas e ervilhas com sementes verdes, toda a prole
apresentou sementes amarelas, portanto a característica que
aparece na geração F1 é identificada como dominante,
enquanto o traço que não aparece em F1 (cor verde) é
identificado como recessivo.
PRIMEIRA LEI DE MENDEL
Princípio da segregação independente dos fatores
Os resultados ficaram mais claros quando Mendel realizou
cruzamentos genéticos entre os indivíduos da F1. Esses
cruzamentos mostraram que a característica recessiva
reaparecia aproximadamente em 25% da geração F2, enquanto
a característica dominante aparecia em 75% dos descendentes.

Vv Vv
PRIMEIRA LEI DE MENDEL
Princípio da segregação independente dos fatores

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PRIMEIRA LEI DE MENDEL
Princípio da segregação independente dos fatores
Na geração F2 o reaparecimento da característica recessiva indica
que os genes alelos não são modificados nem perdidos na geração
F1, mas que os genes dominante e recessivo são transmitidos de
forma independente e são capazes de segregar de maneira
independente durante a formação das células sexuais. Esses
experimentos ficaram conhecidos como a primeira Lei de Mendel,
ou seja, princípio da segregação independente dos fatores.
PRIMEIRA LEI DE MENDEL
Princípio da segregação independente dos fatores
Mendel interpretou seus resultados da seguinte forma: as
diversas características são controladas por pares de fatores,
chamados de genes alelos, um fator proveniente do progenitor
masculino e o outro proveniente do progenitor feminino.
PRIMEIRA LEI DE MENDEL
Princípio da segregação independente dos fatores
Quando ambos os genes alelos, paterno e materno, são
idênticos, por exemplo AA ou aa, são chamados de
homozigotos, já os genes nos quais os alelos paterno e
materno são diferentes, por exemplo Aa, são conhecidos como
heterozigotos.
PRIMEIRA LEI DE MENDEL
É importante lembrar que alguns genes alelos não são
dominantes nem recessivos em relação ao outro, às vezes o
fenótipo heterozigoto é intermediário entre os dois fenótipos
homozigotos. É o caso da herança sem dominância ou
dominância incompleta.

Nesse caso, os dois


genes alelos interagem,
de modo que o
heterozigoto apresenta
um caráter fenotípico
intermediário entre os
apresentados pelos
indivíduos parentais.
SEGUNDA LEI DE MENDEL
Segunda Lei de Mendel – princípio da distribuição aleatória
Para estabelecer a 1ª Lei, Mendel estudou separadamente cada
caráter, ou seja, cruzou plantas que diferiam em apenas uma
característica. Nos trabalhos seguintes, passou a utilizar algumas
características ao mesmo tempo, como por exemplo, realizou o
cruzamento entre plantas com sementes rugosas e verdes e plantas
com sementes lisas e amarelas. A Segunda Lei de Mendel baseia-se
na transmissão combinada de duas ou mais características.
SEGUNDA LEI DE MENDEL
Segunda Lei de Mendel – princípio da distribuição aleatória

As sementes lisas e amarelas


são dominantes sobre as rugosas
e verdes, então a totalidade da
geração F1 produziu sementes
lisas e amarelas. As sementes da
geração F1 foram posteriormente
cruzadas entre si, produzindo a
progênie numerosa F2, em que os
indivíduos foram examinados pela
aparência fenotípica da semente.
Além desses dois fenótipos
originais: liso e amarelo; rugoso e
verde, surgiram dois novos tipos,
chamados de recombinantes:
rugoso e amarelo, e liso e verde.
SEGUNDA LEI DE MENDEL
Segunda Lei de Mendel – princípio da distribuição aleatória
SEGUNDA LEI DE MENDEL
Segunda Lei de Mendel – princípio da distribuição aleatória
SEGUNDA LEI DE MENDEL
Segunda Lei de Mendel – princípio da distribuição aleatória

Com esses estudos, Mendel


acreditou novamente que poderia
interpretar os resultados obtidos
pelo postulado dos genes alelos,
caso ele assumisse que cada par
de genes alelos era transmitido de
forma independente para o gameta
durante a formação das células
germinativas. Esses experimentos
ficaram conhecidos como a
segunda Lei de Mendel, ou seja,
princípio da distribuição aleatória
ou di-hibridismo.

Vvrr
SEGUNDA LEI DE MENDEL
Segunda Lei de Mendel – princípio da distribuição aleatória
LEIS DE MENDEL
LEIS DE MENDEL
Apesar de todas essas descobertas de Gregor Mendel, o que
desvalorizou sua pesquisa foi a ausência de fatos consistentes
sobre o comportamento dos cromossomos durante a meiose e a
mitose. Em 1900, no entanto, esse conhecimento foi
reapresentado, quando as leis de Mendel foram então
confirmadas.
LEIS DE MENDEL
INTERPRETAÇÃO

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