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Tecido epitelial e

conjuntivo
Peles e anexos

Matheus Lima de Oliveira MSc


Professor adjunto Pitágoras
http://lattes.cnpq.br/2819396811208570
Classificação epitélios

Epitélios

Revestimento

Glandulares
TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO

Epitélio de revestimento
• Interno e externo

Classificação

1) Número de camadas 2) Forma das células


• Simples • Pavimentoso
• Estratificado • Cúbico
• Pseudoestratificado • Prismático
• Transição
Epitélio simples pavimentoso formado por uma camada de células achatadas

Epitélio simples cúbico


Epitélio simples colunar
TECIDO EPITELIAL GLANDULAR

Epitélio glandular
• Secreção

Classificação
1) Número de células 2) Forma de secreção 3) Maneira de secretar
• Unicelular • Exócrina (com ducto) • Holócrina
• Multicelular • Endócrina (sem ducto) • Merócrina
• Mista (com e sem ducto) • Apócrina
Pele e anexos

• As estruturas anexas da pele se constituem de pelos, unhas, glândulas,


músculos e nervos. Todo esse conjunto assume a função de proteger a
integridade física e bioquímica do corpo.

• A camada mais externa da pele é a epiderme. Ela é composta de tecido


epitelial e se constitui de quatro a cinco camadas.

Epiderme
• Queratinócitos
• Melanócitos
• Células de Langerhans
• Células de Merkel
Queratinazação

Quatro semanas
Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado da pele
Derme

Abaixo da epiderme encontra-se a derme. Trata-se de um tecido conjuntivo


onde a epiderme está apoiada e unindo a pele ao tecido celular subcutâneo
ou hipoderme.

A derme é constituída por distintas camadas, de limites pouco distintos: a


papilar, que é mais superficial, e a reticular, que é mais profunda.

Camada papilar: tecido conjuntivo frouxo


Camada reticular: tecido conjuntivo denso
Classificação dos tecidos conjuntivos
Tecidos conjuntivos

Os tecidos conjuntivos são responsáveis pelo estabelecimento e pela


manutenção da forma do corpo. Este papel mecânico é determinado por um
conjunto de moléculas – matriz extracelular (MEC) – que conecta as células e
os órgãos, dando, dessa maneira, suporte aos tecidos, órgãos e ao corpo
como um todo.

MEC: consiste em diferentes combinações de proteínas fibrosas e em um


conjunto de macromoléculas hidrofílicas e adesivas, as quais constituem a
substância fundamental.
Fibroblastos

Os fibroblastos sintetizam a proteína colágeno e a elastina, além de


glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas multiadesivas que farão
parte da MEC.

Fibrócitos: metabolicamente
quiescentes
Macrófagos

Os macrófagos atuam como elementos de defesa. Eles fagocitam restos


celulares, fragmentos de fibras da matriz extracelular, células neoplásicas
(cancerosas), bactérias e elementos inertes que penetram o organismo

Em algumas regiões, eles recebem nomes


especiais, como células de Kupffer, no fígado;
micróglia, no sistema nervoso central; células
de Langerhans, na pele; e osteoclastos, no
tecido ósseo.
Mastócitos

A principal função dos mastócitos é estocar, em seus grânulos secretores,


mediadores químicos da resposta inflamatória, como a histamina, que
promove aumento da permeabilidade vascular, e os glicosaminoglicanos
sulfatados, como a heparina.

Os mastócitos são amplamente distribuídos pelo


corpo, mas são particularmente abundantes na
derme e nos sistemas digestório e respiratório.
Plasmócitos

• Os plasmócitos são células derivadas dos linfócitos B e responsáveis pela


síntese de anticorpos. Anticorpos são glicoproteínas da família das
imunoglobulinas produzidas em resposta à penetração de moléculas
estranhas ao organismo, que recebem o nome de antígenos.

São abundantes nas inflamações crônicas,


em que predominam plasmócitos, linfócitos
e macrófagos.
Leucócitos

Mesmo em situação normal, os tecidos conjuntivos contêm leucócitos


(glóbulos brancos), que migram do sangue através da parede de capilares
e vênulas pós-capilares, por um processo chamado diapedese.

Defesa contra microrganismos


agressores
Tecido conjuntivo propriamente dito

• Há duas classes de tecidos conjuntivos propriamente ditos: o frouxo e


o denso.

O tecido conjuntivo frouxo tem uma consistência delicada, é flexível,


bem vascularizado e não muito resistente a trações.

É um tipo muito comum que preenche espaços entre grupos de células


musculares, suporta células epiteliais e forma camadas em torno dos
vasos sanguíneos.
Tecido conjuntivo denso

• O tecido conjuntivo denso é adaptado para oferecer resistência e proteção


aos tecidos

O tecido conjuntivo denso é menos flexível e mais resistente à tensão que


o tecido conjuntivo frouxo. Quando as fibras colágenas são organizadas
em feixes sem uma orientação definida, o tecido chama-se denso não
modelado.

Esse tipo de tecido é encontrado, por exemplo, na derme profunda da


pele.
Tecido denso modelado

• Trata-se de um conjuntivo que formou suas fibras colágenas em resposta


às forças de tração exercidas em um determinado sentido.

Nesse caso, os fibroblastos, em resposta a forças que normalmente atuam


sobre os tecidos, orientam as fibras que produzem de modo a oferecer o
máximo de resistência a tais forças.

Os tendões representam o exemplo típico de conjuntivo denso modelado.


Hipoderme

 A hipoderme encontra-se abaixo da derme, porém sem fazer parte da


pele. Ela é formada por tecido conjuntivo frouxo, que une de maneira
pouco firme a derme.

É a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas nas


quais se apoia. Dependendo da região e do grau de nutrição do organismo,
a hipoderme poderá ter uma camada variável de tecido adiposo, a qual
quando desenvolvida constitui o panículo adiposo.
Tecido adiposo

O tecido adiposo é um tipo especial de conjuntivo no qual predominam


células adiposas (adipócitos).
Tecido
adiposo

Unilocular Multilocular

• Praticamente todo o tecido adiposo encontrado em humanos adultos


é do tipo unilocular; é distribuído pelo corpo, e seu acúmulo em
determinados locais é influenciado pelo sexo, pela constituição
genética e pela idade do indivíduo.
TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR

• Além do papel como reserva energética, o tecido adiposo unilocular tem


outras importantes funções. Localizado sob a pele, forma o panículo
adiposo, camada que modela a superfície corporal.

• O tecido adiposo unilocular forma também coxins absorventes de choques


mecânicos, principalmente na planta dos pés e na palma das mãos.

• Como as gorduras são más condutoras de calor, ele é um importante fator


para o isolamento térmico do organismo.
Tecido adiposo unilocular formado por
células adiposas contendo uma grande
gotícula lipídica
Deposição e mobilização dos lipídios

Em caso de necessidade energética, a retirada dos lipídios não se faz por


igual em todos os locais. Primeiro, são mobilizados os depósitos
subcutâneos, os do mesentério e os retroperitoneais, enquanto o tecido
adiposo localizado nos coxins das mãos e dos pés, assim como no fundo
das órbitas dos olhos, resiste a longos períodos de desnutrição.
Deposição e mobilização dos lipídios

Os triglicerídeos armazenados nas gotículas de lipídios originam-


se de diferentes maneiras:

• Absorvidos da alimentação e levados até as células adiposas pela


circulação sanguínea na forma de triglicerídios.
• Oriundos do fígado e transportados pela circulação até o tecido adiposo
(VLDL).
• Formados pela síntese nas próprias células adiposas a partir da glicose.
TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR

• O tecido adiposo multilocular é também chamado de tecido adiposo


pardo, por sua cor característica que se deve à vascularização
abundante e às numerosas mitocôndrias encontradas em suas
células.

O tecido adiposo multilocular é especializado na produção de calor,


tendo papel importante nos mamíferos que hibernam. Na espécie
humana, a quantidade desse tecido só é significativa no recém-
nascido, tendo função auxiliar na termoregulação.

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