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Integridade da Pele e Cuidados das Feridas
OBJETIVOS
• Discutiros fatores de riscoque contribuemparaa formação deúlceras • Realizar umaavaliação de paciente com a integridadedapele
por pressão. prejudicada.
• De$crever o sistema de estadiamento das úlceras por pressão. • Listar os diagnósticos de enfermagem associados à integridadeda.pele
• Discutir o processo norma Ide ciClltrização de feridas. prejudicada.
• Descrever as diferenças da cicatrização de feridas por primeirae • Desenvolver umplano de cuidado de enfermagem paraumpaciente
segunda intenção. com a integridade da pele prejudicada:
• Descrever as complicações da cicatrização de feridas. • Listar as intervenções de enfermagem apropriadas para umpaciente
• Explicar os fatores que impedem oupromovem a cicatrização de feridas. com a integridade da pele prejudicada.
• Descrever as diferenças entre o cuidado de enferm&gem de feridas • Estabelecer os critérios de avaliação paraumpaciente com a integridade
agudas e crõnicas. da pele prejudicada.
TERMOS-CHAVE
Abrasão, p. 1218 Fechamento assistido a vácuo Isquemia tecidual, p. 1205
Aproximadas, p. 1209 (VA.C.), p. 1232 Lac&ração,p.1218
Branqueamento,p.1205 Ferida,p. 1209 Primeira intenção, p. 1209
Colageno, p. 1204 Fibrina, p. 1210 Perfurantes, p, 1218
Contração da ferida, p. 1253 Força de cisalhamanto, p. 1224 Purulenta, p. 1211
Oeiscência, p. 1211 Fricção, p. 1206 Sanguinolenta, p. 1218
Oesbridamento, p. 1227 Hematoma, p. 1211 Serosa, sanguinolenta�
Eprtelização, p. 1210 Hemorragia, p. 1211 serossanguinolenta, p. 1218
Escara, p.1208 Hemostasla, p, 1209 Sistemas de drenagem a vácuo, p. 12.36
A
Esfacelo, p. 1208 Hiperemia reativa anom1al, p. 1216 Suturas, p. 1235
Evisceração. p.1212 Hiperemia reaôva normal. p.1225 Tecido de granulação, p. 1207
Exsudeto, p. 1208 Infiltração, p. 1216 Úlcera por prassâo, p, 1205
pele, o mafor <>rgão do corpo, constitui 15% do p<>so corporal da camada mais interna da epiderme, comumente chamada de Mmada
total do adulto (W)'SOd<l,2012}. Ê uma barreira protetora contra l,nsal. As células da camada basal se dividem, proliferam e migram em
microrganismos causadores de doença e um órgão sensorial direção à superfkie epidérmica. Depois que chegam ao estrato córneo,
para dor, temperatura e tato; e também sintetiza vitamina D. A lesão da acliatam-se e mortem, &se m9vimento constante garante a-substituição
pele traz risco para a segurança e desencacleia uma resposta complexa das células da superfície, que se desprendemduranté a descamação nor-
de cura. As res-pon.13bilidades mais importantes da enfermeira induem mal ou eliminação do tecido mais velho. O fino estrato córneo protege
avaliar a monitor.rr-a integridade da pele; identificar problemas; e pia• "" células e teddos su'tljàcentes da de,oridratação e impede a entrada de
nejar, impleme'lltar a avalia:r intervençães para manter a integridade da certos agentes quimicos. O estrato cór.neo possibilita a e-•aporação de
pele. Uma vez ocorrida ,,ma ferida, é cdtia) que se conheça o processo .água da pele e. a absorçio de certos medicamentos tópicos.
normal de cicatrização das feridas para identificar a. intervençlíes de A derme, a camada mais interna da pele, proporciona força de tração,
enfermagem apropriadas. sustentação mecânica e proteção aos músculos, o.,;s,,1se 6rgãos subjacentes.
Difere da epidemie por conter principalmente tecido conjuntivo e poucas
BASE DE CONHECIMENTO CIENTÍFICO célL as ela pele. Na camada d6rmica, encontra-se colágcno (proteína
fibrosa resistente}, vasos e nc-n·os. Os librobla<to.,, que são responsáveis
Pele pela fotmaçãodecolágeno,sãoo único tipo distintivo decélttlana derme.
A pele tem dua., camada.,: a epiderme e a derme {Fig. 48-1 ). São se- Compreender a estrutura da pele ajuda à manter a integridade da
paradas por wna membrana, que costuma ser denominada jtmçtli> pele e a promover a dcatrizaflo das feridas. A pele intacta protege
tlermoepidérn1ica. A epiderme, ou camada superior, tem várias camadas. o paciente da lesão química e mecânica. Quando a pele é lesada, a
O estrato c.<,rneo é a fina catn<1da mais externa da epiderme. Consiste epiderme fundona recobrindo a ferida e restau ando a barreira con-
em células achatadas, morta. e queratiniiadas. A., célu!M se originam tra microrganismos invasores, enquanto a dt-rme reage restaurando a
1204
1...lllr11 ULU 'loD mcegnmme aa reIe e 1...umaaos m1s renaas
Estrato c ó r n e o - - . . , - - -- =
Estrato lúcido __ .L
Epiderme Estrato granul
i
Estrato ospinh
Melanócâto ----
lãstrato basal
Pa pila s
Ü81'1TlQ Região papila
Região reticul
Temperatura
• Área circunscrítà de pele intacta pode estar quente ao toque. A medida que
o tecido muda sua cor, sen1e-seque a pele íntacta é fr·ia ao .toque.
• A inflamação é detectada fazendo-se comparações com a pele em volta.
FIG. 48-3 Cisalhamento exercido na área sacral.
Aspecto
• Pode ocorrer edema com infiltração e a aparência é retesada e lustrosa.
• Área localizada da pele pode estar arroxeada/azul ou violeta, em lugar de ma., nem sc.mprc conSC!,'l.lCm compreender como aliviá-la ou c,)municar
eritematosa. seu desconforto. 0.1 pacientes em <Xlmanão conseg,iem perceber a
pressão e não são capa:ces de mo,•·imentar-se voluntariamente para
Adap.tado de Nix- OP: Skin and wound inspection aAd assessment. /n Bryant RA, aliviar a pres.são.
Nix DP: editors: Acure and chronic Wt>Un: currem manag.smenr concepts, ed 4,
Cisalhamento. A for-ça de cisalhamento é<> movimento de des-
St Louis, 2012, Mosby.
lizamento da pele e do tecido subcutâneo enqt1anto músculo e os.so
subjacente.s ficam estacionários (Btyant, 2012). Por exemplo, a força de
nutrientes e am1ribui para a morte celular (PiepcT, 2012). A;, itnplica es cisalhamento ocorte quando a cabeceira do leito é e1evada e se inicia o
clínicas da duração da pres..'\ão incluem avaliar a quantidade de pres.o;ão deslizamento do e.squeleto, mas a [>ele fica fixa poI cau.sa da fricçã<> com
(verificação da pele com pesquisa de hipetemía reativa) e determinar a o leito (Fig. 48-3). Também ocorre quand,l se tta:n.sfete um paciénte do
duraçâo de tt.-mpoque um pacientetolera a pressão (verificação para ter leito para a maca e a pele do paciente é pLL,ada através do leito. Quando
cert.-,a, depois de aliviar a pre.ssão, de que a área afetada vai branque-ar). o ci.salhamento est<í pre. te, a pele e as camadas subcutâneas aderem
TolerânciaTecidual. A capacidade do tecido de resistir à pressão à superfície do leito, e a$ camadas de músculo e os os.ws desli2am na
depende da integridade do te.ciclo e das estruturas elesustentação. Os clirtç ão do mMitnento corpor.,[. Os capilares do tecido subjacente silo
fatores e:xtrlnsecos de cisalhamento, fricção e mn,dade afetam a ca- estiraclos e angulados p da força ele cisalhamento. Como resultado,
pacidade da pele de tolerar pressão: quanto maio, o grau em que os ocorre necrose profunda nas camadas teciduais. Ocorre dano profun do
fatorés de cisalhamento, fricção e umidade este;am presentes, mais mostecidos, cau.sando escavação da derme.
suscetível a pele será à lesão por pressão. O segundo fator relacionado Fricção. A força de dua.• superfícies movendo-se entre si, como a
com a tolerância tecidual é° a caP.acidade das estruturas subjacentes da força mecânica exerdda quando a pele é artastaclá por uma supet6cie
pele (vasos, colágeno) de auxiliarem em redisto1,uir a pressão. !'atores tústica,como as roupasd:e cama,é chamada de fricção (WOCN, 2010).
sistêmicos, como má nutrição, idade avançada, condições de hidra:tação Diferenremente das lesões por cisalhamento, as léS<>es por fricção afetam
e baixa pressão arterial afc.tam a tokr'.inc.ia do te<:ido à pres...ão aplicada a epiderme ou a camada superior da pele. A pele desnudada tem aspecto
externamente. vermelho e doloroso e, algumas ve'MS, é denominada "queimadura
Fatores de Risco para o Desenvolvimento de Úlcera por Pres- do lençol". Ocorre lesão por fricção ém pacientes inquietos, naqueles
são. Vários fatores predispõem um paciente à formação de úlcera por que têm movimentos incontroláveis, como as condições t.>spásticas, e
pressão. Esses fatores costumam estar diretamente relacionados com a naqueles cuja pele seja arrastada, e não elevada da superfície do kit<l,
doença, p0dendo incluir diminuição do nível de consciência, presença durante mudanças de decúbito.
de u m aparelho gcssad<l ou. ainda ser secundários a uma doença (p. ex., Umidade.A presença e a duração da umidade na pele aumentam
dúninuição dasensíbílidade após um acidente vascular cerebral). o ri.<co de formação de úlcera. A umidade redll'.t a resistência da pele
Comprometimentoda PercepçãoSensorial. Os pacientes com al- a outros latores füicos, como a pressão e/ou a força de dsalhamento.
teração da percepção sensorial para dor e pressão têm mais risco de Unudade prolongada atnolecc a pele., tornando-a mais suscetível a
comprometimento da integridade da pele do que aqueles com uma lesões. Os pacientes imobilizad<ls que não conseguem realizar sua pr<l-
sensibilidade normal. Os pacientes com um comprometimento da per- pria higiene dependem da enfermeira para manter a pele seca e intacta.
cepção sen.wrial de dor e pre.o;são não conseguem sentir quando uma A umidade da pele origina-se de drenagem de feridas, de perspiração
parte do corpo sofre pte.o,.o;ã.oou dor forte e prolongada. Assim sendo,<> excessiva e.de incontinência foca) ou urinária.
paciente que não consegue sentir que existe dor 011 pressão corre risco
de de.senvolver úlceras por pres.são. Classificação das Úlceras por Pressão
CompromBtimsntoda Mobilidade. Os paciente.< incap=s de mudar Você precisa avaliar as úlceras por pressão cm intervalos regulares
de posi i!o independentemente correm risco do desenvolvimento de usando parâmetros sistemáticos para avaliar a cicatrização das feridas,
úloe.ras por _pressão. Por exemplo, os pàcientcs com traumatismos ta<J,ui- planejar intervenções apropriadas e avaliar o P,rogresso. A avaliaçOCo
me:dtdares têm diminuição ou ausência de mobilidade e sen.sibilidade e inclui a profundidade do envolvitn,mt<i dos tecidos (estadiamento) , tipo
não sãó capazes de reposjdonar as eminências óssea. . é porcentagem aproximadà do tecido no leito da ferida, dimensões da
Alteraçãodo Nívelde Consciência. Os pacientes confusos ou deso- ferida, de.,crição do exsudato e. condições da pele em t<lrno.
rientados e aqueles que têm afasia de e,q,res.são ou outra incapacidade Ummétod<l para avaliação de uma úlcera por pre.s.'>â'.o é o u.w de um
para verbalizar ou alteraç,,es do nível de consciência não conseguem sistema de estadiament<>. Os sistemas de estadiamento para úlceras por
se _proteger d,l desenvolvimentv de éJccta.s pot pré$.Sã(). Os pacientes pressão se ba$iam na descrição da profondidade <lo tecido destnúd<1. O
confusos ou desorientados algUIDa.<veze.ssão capazes de sentir a pre.ssão, estadiamento acurado ex.ige conhecimentos das camadas da pele. Uma
1...lllr11 U L U 'loD m c e g n m m e aa r e I e e 1...umaaos m1s r e n a a s r:::u;a;u:--:
desvantagem importante de um sistcrna de estadiamento é que você não cor de bronze, cinza, verde ou castanho) e/ou escara (cor de bronze,
pode es'tadiar uma úlcera coberta por tecido necrótico porque este está castanha ou nes-ra) na ferida do leito (Fig. 48-4. E).
cobrindo a profundidade da úlcera. O tecido nccnltico precisa ser de.,- Descrição adiciotwl: Até que esfacelo e/ou escara suficientes scj:1m
bridado uu removido para c:xpor aba. da ferida cpos,iibilitar a avuliaç'10. removidos paracxp<irII b:L,cda forida, a profundidadeverdadeiranllo
O cstadiamcnto das úlcera., por pressão descreve a profundidade podeserdeterminada;ma., é estágio IU ou IV. Uma escaraestá,•cl (seca,
,fo i'1k1-•rnpor pr J :io no ponte, d :,vali:!!ç:l'o. As im c),ntfc'l, uml'I v 1. - ílrlr.rP.nM..int:'lc".J:,Sl>n1f)tÍh ma <111A11l'11:'t('ítO)no.l'ak:'lnh:1.r- Sérv l'Omcl
4diada a úlcera por pressão, esse e.,tágiQ dura até que ela se feche. A$ "cobertura natural (biológica) do cúrpo" e não deve ser removida,
úlceras por ptes.o;ão não evoluem de um e.stág io fil para um estágio l; Suspeita de Lesão Tecidual Profunda - Profundidade Des-
umaúlceraeme.'ltágio W demonstrando sinais decicatrizaão é descrita conhecida. A suspeita de Je.o;ão tecidual prtlfundà é uma área localizada
como uma úlcera por pressão de <'Stádgo llJ em processo decicatrização púrpura ou marrom de pele intacta, mas como alteração da cor, <lu
(Pieper, 2012). O EPlJAl' e o NPUAP desenvolveram diretrizes clínicas bolha cheia de sangue causada por Jestío das partes moles subjacentes
práticas para úlceras por pressão e avançaram o seguinte síuema de porp«>ssão e/ou cisalhamentil (Fig. 48-4,F).
classificação/estadiamento (EPUAP e NPUAP, 2009): DescrÍ.fl'lo adicional: A área pode ser precedida por tecido dolorc>-
Ect:ígio l:Vormolhidôo N5o Br11nquoóvol do Polo lnttiota. A S ó > fi.tti'tc, rnólc, dcp:rõt.:lfvcl, müi:l qucrttc ó ú tnúli &k, do <'jüC. ó teci.dó
pele intacta aprescnta..se com erittma não br.mqueável tm uma área adjacente. A lesfo dos tecidos profundos pode ser difícil de detcctar
localizada geralmente sobre LLma eminência óssea. Também pode estar cm individuo com cons de pele escuros. A cvoluf10 pode incluir uma
presentealteração de cor da pele, calor, edema, endurecimento ou dor. bolha fioa sobre um leito de ferida escuro. A forida pode ainda evoluir
A pele com pigmento ,escuro pode não ter um branqueamento visível. e se cobrir por uma esc-.u-a fina. A evolução pode ser rápida, expondo
Descrição adicional: A área pode estar dolorosa, fume, amolecida, camadas adicionais de tecido mesmo com o trJ.tamento.
maisquenteou maisfriado queo tecidoadjacente. O estágio 1podeser Além disso, llennett (1995) sugere que, ao avaliar pacientes com
difícil de detectar em indivíduos com tons escuros de pele. Pode indicar a pele com pigment() escuro, é importante a iluminação apropriada
pessoa. "com risco" (Fig. 48-4, A}. para avaliar de mod.o acur ado a pele (Quadro 48-2}. Recomenda-se a
Estágio li: Perda de Pele em Espessura Parcial ou Bolha. Uma luz natural ou uma lll2 de halogénio. L,so impede os tons azulados que
perda de derme em espessura parcial apresenta-se como úlcer-a aberta as luzes fluorescentes produzem na pele com pigmento escuro, o que
rasa com leito da ferida r6-;eo-avermelhado sem esfacelo ou contusão_ interfere com a avaliaçã() acurada. Os aspectos adicionais da avaliação
Pode apresentar-se como bolha aberta/rota cheia de soro ou seros- da pele escura estão no Quadro 4S-3.
sanguinolenta. Vocé precisa avaliar o tipo de tecido na base da ferida; essainformação
Descrição ,uliciomtl: O estágio li apteS<.>tJta-se Cl>mo úlcera sem es- é tcsadapara plantjar a.sintervenções apropriadas. A avaliação do tipo de
facelo nem contusão. Esse estágio não deve s,er usado para descrever tecido inclui a quanlidade (porcentagem) e o .aspecto (cor) do tecido viá-
lacerações de pele, queimaduras j)Or fita adesiva, dermatite associada à vele não viável. O lccitlo de granulação é vermelho e úmido, composto
inc,mtinência, maceração ou escoriação (Fig. 48-4, B). por vasos sangwneos novos, com presénÇá daquilo que .indica progressão
Estágio Ili: Perda de Pele em Espessura Completa (Gordura para a cicatrização. Tecido amarelo ou branco mole é car-acterístico do
Visível). Uma úlceraem estágio ili é umaperdade tecido emespe.s.sura
completa. A gordura subcutânea pode ficar visível, mas osso, tendão ou
músculo não ficam ex:pos'tos. Pode estar presente certo esfacelo. Pode � QUADRO 4 8 -3 ASPECTOSCULTURAIS
incluir escavação e formação de túnel. DO CUIDADO
Descrição ,ulicibl1al: A profundidade de urna úlcera p<,rpressão em Impacto da Cor da Pele
estágio Ili variacom a locafü.ação anatômica. O dorsodo nariz, a orelha,
a região occipital e o maléolo não têm tecido subcutâneo (adiposo), e Oetectar cianose e outras alterações na cor da pele em pacientes i uma habi-
as úlcer-as cm estágio ILI podem ser rasas. PoT outro lado, :ire.as com lidade clínica importante. No entanto, essa detecção se toma um desafio nocS
adiposidade signiJicativa podem desenvolver úlceras por pressão em pacientes com pele escura (Nix. 2012; Rajendran et al. 2006). Hápreocupações
estágio 01 extremamente profundas. O osso/tendão não é visível nem com a incapacidade dos profissionais de descreverem precisamente a 61cera
diretamente palpável (Fig. 48-4, C). porpressão eminicio ou a lesão porpressão em pessoas compele escura
Estágio IV: Perda de Tecido em Espessura Completa (Mús- (Henderson et ai., 19971. A cianose é •uma alteração de cor azul-acinzentada
culo/Osso Visível). Uma úlcera em estágio IV é uma perda de tecido comaspectode ardósia ou roxo-escurana pele, causada pela presençade pelo
em es1>essuracompleta com osso, tendão ou mú.sculo exposto. Pode menosS·g dehemoglobinareduzidanosanguearterial'. A diferenciação d
estar presente esfacelo ou e.,cara. Frequentemente inclui escavação e cor da cianose varia de acordo com a pigmentação da pele. Nos pacientes com
formação de túnel
pele escura, é preciso conhecero \omde pele basal do individuo.Vocênão deve
Descrição udicional: A profundidade de uma úlccn por pressão em
conlundira hiperpigmentaçãonormaldas manchas mongólicasvistaS'Oosacro
estágio IV variacom a localização anatômica.O dorsodo nariz,a orelha, de pacientes africanos, nativos americanos e asiáticoHom cianose. Obsel\le
a região occipital eo maléolo não têm tecido subcutâneo (adiposo), eessa. a pele do pacienteà luz natural sem brilho. A Gaskin's Nursing Assessmem
úlceras podem ser rasas. As úlcerasem e.'ltágiol V podem e.,tender-se ao of Skin Color(GNASÇ) é uma ferramenta atil para avaliação e identificação
mú.,;culoe/ouàsc.strutras des1t1tentação(p.ex., fáscia,tcnd.10<lucápsula
dealterações dacorda pele queaumentamo risco dopacientedeúlcera por
articul,tr), tomando p-rovávcl a ocorrência de ostcomielitc ou osteltc.
pressão (Gaskin. 1986).
Existe osso/mLL'iCl.JOexpflsto vi.,tvd ou diretamentepalp-.ível (Fig. 48-4,D).
Implicações para a Prática
Não Estadiável/Não Classificada: Perda de Pele ou Tecido em
• difícil,maspossível,d·etectarcíanosenopacientecompeleescura.
Espessura Completa - Profundidade Desconhecida. O EP{.JAP é
• Esteja atenta.i situaçõesque produzamalterações do tom da pele, como
o Nl'UAP {2009)desenvolveram tuila definição para úlcerana qual aba- iluminação inadeqaada.
seda feridanão podeser visualizadae umadefinição dek-sãotecidualem
• Examineo.s locaisdo corpo com menos melanina, comoa axila, para identi-
que a profundidade dai lesão é desconhecida. U'ma úlcera nãoestadiável
ficar a cor subjacente.
é uma perda de tecido• em espessura completa. na qual a profundidade
• Pésquise alierações ao tomdapelé na 'pelepigmentada.
real da úlcera está completamente obséurecida por esfacelo (amarelo,
[1'f' u"'1u1-1uc , oases r1sm1og1caspara· a rrauea-ae cmermagem
Estágio 1 Estágío4
c,facclo (subst:\nciu em cot<lõcs Rxada ao leito da fcridt1) e precisa ser a. compara\:ÕCSsignifietttivas da medida daferida ao longo do lempo
removido por um clínico habilibdo ante. que a ferida esteja pronta para (.EPUAP cNPUAI', 2(Kl9). Meça a profundidade u. ando um palito com
se fechar. 'leci<lo necr6tíco negro ou manom é a e-seara, que também algodão no leito <laferida.
pn-cisa ser removida antes que prossiga a cicátrixação. O exsudato da ferida deve descrever a quantidade, a cor, a consis-
A medida do tamanho da ferida prnpc,rdona alterações globais de tência e o <ldorda drenagem da ferida e faz parte ,da avaliação da ferida
bmanho, o que é um indicador <lo progresso da cicatrização ela. feridas Um exsudato excessivo indica a presença de-infecção. Finalmente, avalie
(Nix, 2012 ). Use aparelhos descartáveis de medida das feridas para obter a co.ndição da pele em tomo da fe.ridaquanto a rubor, calor, maceração
a largura é o comprimento. Escolha um método uniforme e consis- ou edema (inchaçoJ. A prnsença de qualquer am desses fatores na pele
ten.te para medir o comprimento ea lárgura da ferida a fim defuc.ilitar em torno da ferida indica deterioração da ferida.
1...lllr11 ULU 'loD mcegnmme aa re1e e 1...umaaos m1s renaas c::::uéw-::
A pele em tomo da ferida deve seravaliada Examine a área em tomo dá derme. E.'-"'15 feridas se fecham por regenerdção porque a epiderme se
da ferida quanto a rubor, calor e sinais de maceração e palpe a área em regenera. Um exemp.Jó disso éo reparo de uma ferida cirúrgica limpa ou
h11sca ,l,> rlor 011-infiltr.,ç.'io. clenma ahrasíln. As f•..-iclas mm f,sp,ssim, total, qné se l'<tMrlem à clennr
(envolvendo ambas a.s camadas de tecido), fecham-se por formação
Classificações das Feridas de cicatriz porque a.s estruturas mais profundas não se regeneram. As
Uma ferida é uma ruptura da integridade e da ftmção de tecidos oo Ctlceras por pres-o s.io um exemplo de feridas com espessura total
corpo (Baharestaoi, 2008). F.obrigatório que a enfocmeirasaiba que nem Reparode Ferida-scomEspessuraParcial. 'frês componentes estão
tod«s as feridas são cría;ftts da. mesma ma11eírt1. !Ê importante conhecer a envolvidos no proce.sso de cicatrização de urna ferida com e.spessura
etiologia de uma feri da porque o tratamento para ela varia, dependendó parcial: resposta inflamat<'>ria, pruliferaçã<), e migração epiteliais (re-
do processo patológico subjacente. produção), e restabélecimento das camadas epidérmicas.
Há mtútos modos de classificar as feridas. Os sistemas de classificação O trauma tecidual causa a resposta inflamatóri11, que, p<lt sua v·ez,
das feridas descrevem o estado de integridade da pele, a causa da ferida, a cau.sa rubor e edema na área, com moderada quantidade de exsudafo
intensidade ou extensão da lesão tecidual ou do dano, a limpe,a da ferida sero.so. Essa réSposta, em geral, é limitada.às primeiras 24 horas depoLs
(lahela 48-1) ou as qualidades d tivas do tecido daferida, cornoa cor de feita a ferida. As células epite l iais começam a se regenerar, fome-
(Fig. 48-5). A cla. ificação das feridas pos.sibílita a uma enfermeira com- cendo novas dlulas para substituir a.scélulas perdidas. A proliferação
preender os riscos . ,.sociados a urna ferida e as impliaiyÕeS para a cura. e migração trpiteliais se inkiam em ambas as bordas da ferida e nas
Processo de Cicatrização das Feridas. A cicatri2ação das feridas células epidérmicas que revestem os apêndices epidérmicos, per-
envolve proces.sos 6si<,lógicos integrados. As ca:madas de tecido envolvi- mitindo que rapidamente se refaça a superfície. A.s células epiteliais
das e sua capacidade de regenem ã(, dt:1<:rminam o mecanismo de reparo come am a mis rarpara o leito da ferida as,,-itn que a ferida ()C()ITt,.Uma
para qualquer ferida (Doughty e Sparks-Defriese, 2012). fe.ridaque fica aberla ao ar pode tersua superficie refeita em 6 a 7 dias,
Existem dois tipos de feridas: aquelas com perda de tecido e aquelas enquanto aquela que fica útoida pode ter sua superficie refeita em 4
sem essa perda Uma incisão cirúrgica limpa é um exemplo de ferida dias. A diferença na velocidade de cicatrúação est.á relacionada com o
com pouca perda de tecido. A incisão cirúrgica se fecha por primeira. fato de que as dlulas epidérmicas migram somente numa superfkie
intenção (Fig. 48-6, A). As bordas da pele são aproximadas ou fechadas, úmida. Numa ferida seca, a.scélulas migram para baixo em direção
e o risco de infeqão é baixo. Ocorre cicatrização rapidamente, com a um nível úmido antes que a migração possa ocorrer (Doughty e
formação de cicatrizmlnima, contaoto·que seja prevenida a infecção ea Sparks-Defriese, 2.0U). O epitélio novo tem.apenas algumas células de·
solução de continuidade sccund.lria (Doughty e Spark.,-Dcfric.so, 2012). espc$-,ura e precisa passar por restnbekâm,mtl) das am11ui"-S epidtm,i•
Por outro lado, uma ferida envolvendo perda de tecido, como u.ma c1u. As célul .s. lcntarncnte restabelecem a espessura normal e aparcCA?m
qudtoadura, uma úko:ra por pressão ou lacel"'dção grave, fecha-se por cúmo te.cido se.co róseo.
segunda intenção. A ferida fica abérta até que se encha de tecido cica- Reparode Feridasde EspessuraTorai. As quatro fases envolvidas no
tricial Leva mais tempo para uma ferida se fechar por segunda intenção; processo de dcatri2a,ção de utoa ferida de espessura total são hemosta,,'ia,
assim, a chance de infecção é maior. Se a formação de cicatrizes por inflamatória, proliforativa e de remodelaçã<> ou remodelagem.
segunda intenção for intensa, a perda de função do t•cido poderá ser Hemostasia. Ocorre. uma séde de eve.ntos de.')tinados: a controlar
permanente (Fig. 48-6, 13). a perda de sangue, estabelecer (> controle bacteriano e vedar o defe:ito
Reparo de Feridas. As feridasrn.méspes.rura parcial são rasase envol- quando há uma lesão, Durante a bl'.lll.ostas:ia, os vasos sanguíneos le-
vem perda da epiderme (camada superior) e possivelmente perda parcial sados sofrem constrição, e as plaquetas se reúnem para fazer cessar o
[1\' u"'1u1-1uc , oases r1sm1og1caspara· a rrauea-ae cmermagem
1 ·-· r-
FIG.43-5Feridas classificadas por avaliação da cor. A, Ferida negra. B, Ferida amarela. C, Ferida verme-
lha. O,Ferida com cor mista. (A e O,Cortesia de Scott Health Care - A Molnlydle Company, Philadelphia,
Pá;B e ,C, .de Bryant RA, Nix DP,editors: Acute and chronic wounds: current management concepts,
ed 4, St Louis, 201.2, Mosby.)
Primeira I ntenção fina inílamatória é benéfica e não há utilidade cm tentar resfriar a áteá ou
lf
/Cicatriz reduzir o edema, a menos que este.ocorra dmtro de umcompartúnento
fechado (p. ex., tornozelo ou pescoço).
Os leucócitos chegam à ferida em algumas botas. O leucócito com
atuação principal é o neutrófilo, que começa a in,gerír bactérias e pe-
Derme
quenos resíduos. O segur,do kud,cito irnportant<? é omonócito, que se
transforma etn macrófago. Os macrófagos são "células lixeiras" que
} Tecido limpam, porfugocitose, as bactérias, células mortas e resíduos presentes
A subcutâneo
irr··
Células epiteliais n.aferida. Os macrófagos continuam o processo· de lirnpe-,a de reslduos
e tecido cicatricial
Segunda Intenção na ferida e liberam fatores de crescimento que atraem fibroblastos, as
lJ
/Cicatriz c.élulas que sintetizam colágeno (tecido conjuntivo). O colágeno aparece
já no segundo dia e é<)principal componente do tecido cicatricial.
Numa ferida limpa, a. fase inflamatória estahélece um leito de feri-
..
da limpo. A fase inflamatória se prolonga se ocorrer uma inflamação
. . . .. pequena demais, como em uma doença d•bilitante, como o câncer, ou
depois da admint..tração de esteroides. Inflamação demais também
prolonga acicaLTiu,s:ifo porque a.. células que chegam competem pelos
B nutrientes ex.istentes. Um exemplo é uma infecpo de ferida em que o
AG. 48-6 A, Cicatrização da ferida por primeira intenção, como numa aumento dos requisitos metabólicos de energia presentes ntlitla ferida
incisão drúrgica. As bordas de cicatrização da ferida são aproximadas infectada comp,:te pelo consumo de calorias disp<míveis.
com suturas bu grampos e ocorre cicatrização por deposição de
Fase Proliferati\/a. Com o aparecimento de o o,•os vasos sanguíneos
tecido conjuntivo. 8, Cicatrização de ferida por segunda intenção.
As bordas da ferida não são aproximadas, e a cicatrização ocorre à medida que avança a reconSLTução, começa a fase proliferativa, que
por formação de tecido de granulação e contração das bordas da dura de 3 a 24 dias. A., principais atividade ...,durante essa fase, são o
ferida. (De Black JM, Hawks JH: Medical-surgical nursing: clinical enchimento da ferida com tecido de granulaçiio,conttuçcro 4a ferida e o
ma nagement for positive outcomes, ed 8, St Louis, 2009, Mosby.) recobrimento da supcrflcie pela cpilditaçilo, Nesta fusc, esUlo prc.scntcs
fibroblastos, que silo as células que sintetizam colâg,mo, fornecendo a
matriz para a granulação. O colágeno semistum ao tecido de granulação,
sangtamentó. Os coágulos formam uma matrit. de lihtlna que, mais e· essa matriz sustenta a e.pitelização. O colágeno proporciona força e
tarde, proporciona uma estrutura para o reparo celular. integridade estrutural a uma ferida. Durante esse período, a ferida se
Faselnflamatória. Na etapa inflamatória, o tecido lesado e os mas- contrai para reduzir a ár<:a que precisa de cicatrização. finalmente, a.,
tódtos secretam Jús1.amina, resultando em vasodilatação dos capilares célolas t,piteliais migram da., bordas da ferida para recobrir a supetfi ie.
em torno e exsudação de soro e leucócitos para os tec.idos lesados, Isso Numa ferida limpa, a fase pmliferativa realim o seguinte: o leito 1•ascular
ri>sulta etn eritema locali:tado, edema, calor e latejamento. A reação é,re.stabelecido (tecido de granulação), aáre-.i épreenclúda por tecido de
1...lllr11 ULU 'loD mcegnmme aa reIe e 1..,umaaos m1srenaas c:::::u;su-:
reposição (colágeno, oontração e tecido de granulação), e a superficie é TABELA 48-2 Tipos de Drenagem de Feridas
reparada ( epitelização ). O cotnprometimento da cicatrização. durante
est.a etapa, gera1mentc decorre de fatores SÍ!ittmico!!, comú ida<le, an(..-mia, TIPO ASPECTO
hipoprotcinemia e dclici ncia de zinco. Serosa Plasma claro e aquoso
Rémodclação. A maturação, etapa final da cicatrização, algumas
v t.és Ol'one por mai.s ci" 1 áno, deru--•nchtulo ,b pTofuntlirlad,) P. ,J:,.
extensão da ferida, A cicatriz de colágeno continua a se reorganizar
e a adquirir força por vários rnesé.. No entaot<l, um,i ferida fechada
geralmente não tem a força de tração do teddú qae substitui. As fibras
de colágeno s<\frem remodelação ou reorganização antes de assumirem
seu aspecto normal. Geralmente, o tecido cicatricial contém menos
células pigmentadas (melanócitos) e tem cor mais clara do que a pele
normal. Nos indivíduos de pde escura, o tecido cicatricial pode ser roais
dllóm<ttt< pi&m<ttlà.d<>do qu< d f"'I< ,,.,, t<>m<>. Purulenta Espessa. amarela. verde. acobreada ou castanha
Complicações da Cicatrização das Feridas
Hsmorngla. A hemorragia, um sangramcnto a partir do local de
uma ferida, é normal durante o trauma e imediatamente apó., ek. Ocorre
hemostas.ia em váriús minutos, a menos que os grandes vasos estejam
envolvidos <>uque<>paciente tenha uma fuação de coagulação insatis-
fatória. Hemorragia que ocorre depois da hernosta.,ia indica uma sutura
que se soltou, umcoágulo desalújado, o ou erosão de um
va.so sangtúneo por utn corp<> estranho (p. ex., um dreno). A hemorragia
ocorre externa ou internamente. Por exemplo, se uma sutura cirúrgica se Serossanguinolenta Pálida, rósea, aquosa; mistura de líquido claro e
soltar de um vaso, ocorre sangrJ.tnentó internamente nos tecidos e não vermelho
há sinais , síveis de sangue, a menos que esteja presente um dreno. Um
dreno cirúrgico pode ser introduzido nos tecidos abaixo de urna ferida
para remover o líquido que se coleta nos tec.idos subjacente.,.
Detecta-se sangramento iilterM ao se procurar distensão ou edema
,1:,parto,rorpornl aft'larla,altera1.-lo,lo tip,i ",la <Jllantidaite.it, tlw.nae;c>:m
de um dreno cirúrgico ou sinais de choque hipovolêmico. Um heID3-
toma é uma àlleção localizada de sangue abaixo dos tecidos. Aparece
corno tumefação, alteração da cor, da sensibilidade ou ainda calor ou
massa que assume uma coloração azulada. Um hematoma perto de uma Sanguinolenia Vermelho-viva; indica sãngramento ativo
grande artéria ou veia é pedgoso porque a pressão do hematornà em
expansão obstrui o fhuo sanguíneo.
A hemorragia extetna é óbvia.Aenfermrira observa que os curativos
que cobrem a ferida têm drenagem sanguinolenta. Se o sangramento
for extenso, o curativc, logo ficar.\ saturado e &equentetnente havetá
drenagem de sangue &.Oho nuativo, e ele se acumulará sob o curativo
ou em posição mafa baixa do paciente. Observe atentamente todas as
feridas, particularmente as cirúrgica.,, na quais o risco de hemorragia é
grande durante as pritneira.s 24 "48 hora., depois da cirurgia <>ulesão.
Infecção. A infecçã.o deferidas é a segunda infecção mais comumen-
te associada aos cuidados de saúde (hospitalares) (Cap. 28). Deacordo
como Centersfor Dise,ise Control and Prevention (CDC) (2001 ), uma geralmente não se desenvolve até o quarto ou quinto dia de pó.,-opera-
ferida está infectada se ocorrer drenagem de material purulento dela, tório. O paciente tem febre, dor à palpação e dor espontâne-.i no local
mesmo que não se fac;a cultura ou sé esta tiv-erresultados negativos. da ferida, e a contagem de kucóciws é elevada. As bordas da ferida
Uma amost.r.i da drenagem de uma ferida infectada nem sempre revela parecem inflamadas. Se for encontrada drenagem, esta terá odor fétido
bactérias em razão da técnka de c, tura io. tisfatõria ou da adminis- é será pw:ulenta, o que causa uma colora.çã? amarela, verde ou castanha,
tração de antimicrobianos. Achados de cultura positivos nem sempre dependendo do mic.rorganismo causador (1í'abda 4. -2).
indicam infecção porque muitas feridas contem colônfas de bactérias Deiscência. Quando uma fer ida deixa de se fechar apnlpriadamente,
residentes não infectaotes. De fato, todas as ferida., dérmicas crônica.s as càmacfa< dé pele e de tecido se sepanun. Isso ocorre rnai comumente
scroconsideradas C(,ntarnlnadas por bactérias. O que diferencia feriei. ante.oda formação de colágcno (3 a l l di.t depoisda le.s:1o).DciSé nda é
contamlnada., das ferldas infcctadas é a quantidade de bactérias pre- ascparução pardal ou tol.al cla.i camada.< da fori.cfa. Um padente com risco
sentes. llm geral, concorda-se que as foridas «rm mais de IOO.()(K)(IO') de má cicatrização dt? feridas (p. ex., estado nutricional precário, infecção
microrganismos por grama de tecido estão infectadas (Stotts, 2012b). ou obesidade) tem ris.:o de dei.'lé<lncia. Ni>entant<l, os paciente., obe os
As chances de infecção da ferida são maiores quando ela contém tecido t<'mrisco mais alto por causa da constante tensão sobre a ferida e da má
morto ou necr<,tico, quando há corpos estranhos nela ou perto dela, e qualidade da ácatru.ação do tecido adi Poso (Carndeo, 2012). A dciscknda
quando a irrigação e as defesas locais do tecido estiverem redtrddas. A frequentemente env<llve feridas cirúrgicas abdominal.< e ocorre depúi.s
infecção bacteriana das feridas irube a cicatrização. de uma ten.'ião súbita, com<>a tósse, os vómitos ou o ato de.sentar-se no
Algumas ferida.< c<mtaminadas nu traum(iticas mostram sinais de leito. Os pacientés geralmenté relatam uma sen.1ação como algo tivesse
infecção precocemente, em 2 a 3 dias. Uma infecção de ferida cirúrgica cedido. Quando há aumento da drenagem s.erossanguinolenta de uma
[1[ u"'1u1-1uc , oases r1sm1og1caspara·a rrauea-ae cmermagem
ferida, esteja alerta para o potencial de deiscência. Ülllá estratégia para problema em indi,iduos imobilhad,,s saudávei..., mas é um problema
prevenir deiscência é colocar um cobertor fino dobndo ou um traves- sério e potencialmente devastador nos pacientes muito doentes ou
seiro sobre uma ferida abdominal quando o paciente <.'Stiver tossindo. Isso dcbili1:ad,)s (WOCN, 201 O).
forneceu.ma tala à área, sustc111lU'ldoo tecido de cicatrização qu.ando a Cons1qul11c/aa Eco116m/c,sdas Ú/c,ra,porPn,slo. As úlceras por
tos..oi.:au.mentar a pressão irttr-a-ub<lominal. _prc.,;,o;ão são um problema continuo em contextos de a1.cndimcnto agudo
E11isnP.raçiín. C'.om:,sc)r,mrnç:1oh"it:tl,fas ,::,m:ufias- '1:1for-irl:l, tu:orr, P-rt·:1ut:lrlo1'. P;rra (is p:ldétlt('}. :ul11ho c':tlm L11ffr:ti; por pti> s:io, S-6,SI¾
cvisceração (protrusão do órgãos viscerais através da abertura da feri- tinham 65 anos ou mai.s (WOCN, 2010). Paralisia e traumatismo ra-
da). A afe<410 é uma emergência que requer reparo cirúrgico. Quando guimedular são condiçôes preexistentes comun.1 entre os adultos mai.1
ocorr a evisceraç:ão, a enfermeira coloca toalhas estéreis embebida. jovens com diagnóstico pri.tnário de úlceras por pressão. Os adultos
em soro fisiológico nos tecidos que so&era.m extrusão para redU.2.ir idos<ls admitidos em estabelecimentos de tratamento agudo e de longo
as chances de invasão bacteriana e ressecamento dos tecidos. Se os prd2<> são uma populaçfo ,,uJneráve.L Entre as pess<las admitidas para
órgãos estiverem em protmsão através da ferida, a i.trigação aos tecidos cuidados de longo praz(), 10,3% a 18,4% tinham uma ou mai., úlceras
fica comprometida. A preS4!nça de uma e,•i.,ceração é uma emergência por prt-s.o;ãona admissão (Baumgarten et <li.,2003; Siem et ai., 2003).
citG.tgicn. l!t\t.i'é CM cotttdto tt'ócd.fdfitméntc cóm lt equipe titilrgitú, QLiófiJõ ótõtté t.üt'ul (i}t.tta pôt prct.1[ü, o tci:npó de ho$pihillzliç:âó
coloque n paciente tm jejum absoluto, observe sinais e sintoma. de eu custo total d,, atendimento aumentam. O c.us'l.<lreal do tratamenl:<l
choque e prepare-o para mnu cirur11ia de emergência. é <liflcil de c.,timar. Cerca de 1,6 milhão de pacientes a cada ano, em es-
tabelecimentos de atendimento agudo, desenvolvem úlccr.1s por pressão,
representando um CtLs'to de 11 a 17,2 bilhões de dólares para o sistema
BASE DE CONHECIMENTO DE ENFERMAGEM de atendimento à saúde nos Estados Unidos (Pieper, 2012). Os tempos
Previsão e Prevenção de Úlceras por Pressão de hospitalização de adultos com um di ag n <lstico de úlceras por pressão
levaram a um gasto de )] bilhões de dólares em 2006 (WOCN, 2010).
Um a.1pecto i.tnportante dos cuidados de e n f e = s c m é a manutenção
Embora seja dif!cil obter os números exatos de úlcera. por pressão,(>
da integridade da pele. Jntervenções de cuidados da pde consi.1tentes e
número de pacientescom úlceras por pr.essão,e o cu.to, a ooorrênda de
planejada, são criticas para garanti.t um atendi.tnento do>alta qualidade. As
úlceras por pressão é cara para os padentes em termos de incapacidade,
enformeiras constantemenÍ<! obscn•am a pele dos pacientes à procura de
dor e sofrimento e para as.instituições e planos de saúde. Os Centers for
soluções de continuidade ou integridade da pele prejudicada. Ocorre in-
J\-tedicare and Medicaid Ser, ces (CMS) implementaram urna política
tegridade da pele prejudicada por pressão pnilongada, irritação da pelê e/
efetiva em 1°de outubro de 2008, vela qual oshospitais já não recebem
ou imobilidade, kvando ao desenvolvimento de úlceras poq,ressão. Ulllá
reembolso adicional pclos cuidados relacionado., com oito con<liçõe.s, in-
úlcera por pressão é uma lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente
duindo úlceras por pressão em estágios UI e IV que ocorrerem durante a
i.rmlmMll':.SOhte nrna,minhicia . s;;, ,m n<Yorrmcianr.pr1'10 ''" pn-,,;.
llOspitaiízação, Essa política fui posta em práLicapara tomecer iJtcentivos
são Juntamente com d...alhamento e/ou fricção (EPÜAP e NPUAP, 2009).
adicionais para que os hospitais melhorem a qualidade do atendimento.
Avaliação de Risco. Existem vários instrumentos para avaliar
Usar orienta<;<ies como as WOCN Guidelines (WOCN, 20IO) ajuda a
os pacientes que correm ri:Séô de desenvolver uma úlcera por pres..1ão.
r-eduzir ou eliminar a ocorrência de úlceras poc pressão e impedir a.
Identificando os pacientes ,em risco, voéê é capa-, de fa:,er intervenções
despesas que não serão reembolsada .
para o paciente em risco e poupar aos com pouco risco do des.envolvi-
mento de úlcera por pres.,ão e do tratamento preventivo desnecessário
e,ilgurnas vezes, caro.A prevenção e tratamento das úlcera. por pres.o;ão Fatores que Influenciam a Formação de Úlceras
são prioridades maiores da enfermagem. A incidê:ncia de úlcera., por por Pressão e Cicatrização de Feridas
pressão num e,ühelecimento ou instituiÇã(> é um indicador i.tnportante A integridade da pele prejudicada, resultando em úlceras por pres.o,
da qualidade do atendimenw. Existem evidências de que um progra- decorre principalmente da pressão. No entanto, fatores adicionais, in-
ma de prevenção guiado pela avaliaç.ão do risco redu:< a incidência ch,indo força de c.isalhamento, fricção, umidadc, perfusão tccidual,
ins-titllcional de úlceras por pressã<) em até 60% e redU', os c'U.stos de infecção e idade, aumentam o risco do desenvolvimento de úlceras por
prevenção ao me;mo tempo (IJraden, 2001). Várias escalas de avaliação prc.s.são e de má cicatri:,a,ção dM (<'.ridas nupaciente.
de,isco (Berg.,trom etal., 1987; Norton etaL, 1962) desen,•olvida,por Nutrição. Para pacientes enfraquecidos ou debilitados por enfer-
enfenrteiras possibilitam ·a avaliação de rLsco sistemática dos pacientes. midade, a terapia nutridonal é e.'lpec.ialmente importante. Um paciente
A Escala Braden, arnplameate usada como instrumc-'lltO de avalia ão de que tenha sido subme.-tido a urna cirurgia (Cap. 50) e t-sttja bem nutrido
risco, está nas diretrizes da WOCN (2010) como instrumento válido para ainda exige pelo menos 1.500 kcal/dia para a manutenção nutricional.
usar na avaliação de ( cera., por pressão. A Escala 8:raden (Tabela 48-3) Alternativas como nutrição enteral (Cap. 44) e nu.trição parenteral
foi desenvolvida com bas,e nos fatores de risco em uma população (Cap. 41) estão à disposição dos pacientes incapazes de manter uma
residente em instituições (Bergstrom et ai., 1987) e é composta p<lr ingestão normal de alimentos.
seis sube.scalas: percepção sensorial, umidade, atividade, mobilidade, A dcatriz,ição normal das feridas exige nutrição apropriada
nutrição e (ricção/cisalhamento.As faixas totais de pontuação vão de 6 a ('labela 48-4). Deficiência., ·de qualquer dos nutrientes resultam em com•
23; um escore total mai., baixo indica risco mais alto de desenvolvimento prometimento ou adiamento da cicatci:ração (Stotts, 2012a). Proces.sos
de úlcera por pressão (IJra<len e Jkrgstrom, 1989). () escore de (;()rte Ji$iológicos de cicatrização de feridas dependem da disponibilidade de
par.a o início do ris(;() de ít.lcera por pres..,ão com .i J::.scala llradcn, na pcotcfnas, vitamin,Ls (especialmente A e C) e de olig lcmcntos rnin(.'l'als,
população adulta geral, é de 18 (Aycllo e llraden, 2002). ll altamente como o zina, e o cobre. O coh\gcno é uma protclna formada de amino:i-
confiável quando tLsado parraidentificar pacientes com maior risco de cidos adqu.itido.s pelos fibroblastos a partir da., proteína., ingerida, na ali-
úlceras pôr pressão (IJergstrom et 11L, 1987; Braden e flergstrom, 1994). mentação.A vitamina Cé necessária par-a astntese de colágéno.A vitamina
A Escala flraden é a escala de avaliação mais com umente usada pata A reduz os efeitos negativos d,).s c>Steroides sobre a cicatrização das feridas.
risco de úJcera por pressão. Os oligoelémentos também sãú necessário., (i.e., :cinco para a epitelização
Prevenção. Prevenir úlceras por pressão é uma prioridade no e síntese de colágcno e cúbre par-a a lig ação das fibra., de a,lágeno ).
atendimento aos pacientes e não se limita àqueles com restriçííes da As calorias furnecem a fonte de energia pàra sustenmr a atividade ce-
mobilidade. A integridade da.pele prejudicada geralmente não é um lular da cicatrização da ferida. As necessidades de J>toteínas especialmente
1...lllr11 ULU 'loD ,megnmme aa re,e· e 1.,umaaos m1srenaas F ' ! C 1e;, -
Copyright 1988. Usada com permissão ela Barbara Bradan, PhO, RN, Professor, Creighton Univarsity School of Nursing, Omaha, Nabraska, a Nancy Bergstrom, Professor;
UniversityofTexas-Houston, SchooJ of Nursing, Houston, Texas, http://WWW.bradi0nsacl&.com. IV, acessos intraVGnosos.
E1S u"'1u1-1uc , oases r1sm1og1caspara·a rrauea-ae cmermagem
aumentam, e elas são essenciais para o reparo e. cre.'iclmen to de tecidos. Idade. O avanço ela idade afeta todas a.,
fases da cicatrização das
Um aporte balanceado de nutrientes ,·ariados (i.e., proteínas, gordura, furidas. Uma diminuição da função do macr6f4go leva a um reta(dO
carboidratos, vitaminas e minerais) é crltico para Stctentar a cicatázação ma rc,,-posta inflamatória, retardo da síntese de colágeno e epitdização
da. ferida.. mais lenta.
As proteínas do sangue são indicad<,res bioquímicos de desnutrição Impacto Psicossocial das Feridas. O impacto psicoss<,cial elas
(Stotts, 2012a). A albumin.a do sangue provavelmente é o parãmelT0 feridas sobre o processo füiolôgico da cicatrização é desconhecido. A re.,-
mai frequentemente dosad<) nos laborntúrios. A albumina isoladamente p-Osta psia,lógieà do paciente a qualquer ferida fuzparte da avaliação da
nãú é s,:nsível a alterações rápidas do estado nutricional. A transferrina enfermeira. Mudanças da imagem corporal muita., vezes imp<'lem grande
também avalia as condiçfies proteica ma. isoladamente, não determina estresse aos mecanL,mos adaptativos do paciente. Ela, também inftuen-
desnutrição. A melhor medida do estado nutricional é a pré-albumina, dam o autoconceito (C..ap.33) e.a sexualidade (Cap. 34). Certifique-se de
porque reflete não apenas o que o paciente tem interido, mas também que os recursos pes.soai, e Sóciai, do paciente par-a adapta ão fa'i""' parte
e,que o corpo tem absorvido, digerido e metabolizado (Stolts, 2012a). da avaliação. fatores qu" afetam a percepção da ferida pelo paciente
Perfusão Tecidual. O c,Jdgênio é o combustlvel para as funções incluem a presença de cicattius, drenos (os drcnos são fre<1,Uentemente
cdularcs essenciais para o processo dé cicatt±zaçãc,; portanto, a capa- neces.wios por semanas ou até meses depois de Ol.'ttOSprocedimentos),
cidade de perfusão dos teddos com quantidades adc4uada., de sangue odor ela drenagem e próteses temporárias ou permanentes.
o enado é crítica para a cicatrização da., feridas (Doughty e Spatks-De-
friese, 20l2). Os pacientes com doença vascular periférica têm risco de
mâ perfusão tecidual por causa da má circulação. As neces.,idad'es de
PENSAMENTO CRÍTICO
oxigênio 1kpendcrn da fase de cicatri,ação da., rerida., (p. ex., hipoxia O pcnsamenti> critico bem-sucedido exJgc uma slntcsc de conheci-
tccidual crónica se associa a um comprometimento da sfntcsc decolá- mentos, cxperiencia, infc,rmaçõcs coletadas dos pacientes, atitudes de
geno e à redução da resistência tccidual a infc s), 11tnsamento cdtico e padi'ões intelectuais e profissionais. Os julgamentos
Infecção. A infecção das feridas prolonga a fuse inflamatória; atrasa clínicos exigêm que a enfermeira antecipe as infonnaç.<>ê$ necessárias,
a síntese de colágeno; impedé a epitelização; e awnenta a produçã<> analise os dados e tome decisõe., referent aos cwdados do paciente. O
de citocina., proinAatnatúrias, o que leva a mais destruição teciclual pensamento critico está sempre mudando. Durante a coleta de dados
(Stotts, 2012b }. Lndicações de que está pre.=te uma infecção da ferida (fig. 48-7), con id -re todos os elementos que contribuem para os diag-
incluem a presença de drenagem purulenta ; alteração do odor, volume nósticos de enfermagem apropriados.
ou caráter da drenagem da ferida; eritema no tecido ao redor; febre; Ao cuidar de paciente-sque tenham a integridade da pele prejudica-
ou dor. da e feridas crônica,;, integre conhecimentos de enfermagem e outras
1...lllr11 ULU 'loD mcegnmme aa reIe e 1...umaaos m1srenaas c:::u;sp--
sefaçam diferentes observações e que se tomem dife:rentesprovidênciá.. TABELA 48-5 Avaliação da Cicatrização Anormal
Independentementedo conte.,to. é importante que você inicialmente ob- em Feridas Fechadas por Primeira
tenha informaç,if.'S referentes à catLsa eà hiSt<lriada ferida (Quadro 48-4).
e Segunda Intenções
Situaçlio da Emerglncis. Veem-se feridas cm qualquer ambiente,
inclusive cm clinicas, pronto-socorros, acampamentos de jovc11s ou seu FERIDAS FECHADAS FERIDAS FECHADAS
pr,'Sprio (111inrnl.O tipo'11:-fP!l"ltl:lcfotf"tmin:i úst:rit·fr-io. !'Y.'T:I in!l:P'.OÇãO.Por POR PRIMEIRA INTENÇÃO POR SEGUNDA INTENÇÃO
exemplo, ,<O<:ênãoprecísa pesquis:i.rsinais de sangramento interno depôiS Tecido de granulação pálido ou frágil, leito
de uma abra.são, mas dc.vefazê-lo no evento deum ferimento perfurante. do tecido de granulação excessivamente
Quando vocêjulgarqueacondiçãode umpacien1eé estávelemra'.<ãoda seco ou úmido
préSenftderespiraçãoespontâne-.1,viasrt>spiratóriaslivresepulsoéanltídw
forte (Caps. 30 e 40), inspecione a ferida e pesquise sangr.unento. üma Drenagem pr.esenfemais il,é Exsudato pur lento presente
abrasão é superficial, com pauco sangramento, e é considerada uma ferida
3 dias-depoisdo fechamento
com espe.$.sura pa.rcial. O ferimento geralmeote p:i.rece "úmido• em ra'.<ão Aumento da inffamação nos Tecido necrótico ou esfacelo pr.esente na
Jó ó'1mvll.14mét!tó déplot.tt1<1do. éúpililtc'Ol<MdM. lJtl:'ui TG 1ó olgúmá.? primgiros 3-5dias dgpoic da basg da farida
VC'.LA'S s,mgtaahun&,ntemente, dependt'llili>da profundidadeeda localização lesão
do :fc.-rimento. Por exemplo, pcqu,'fla.s laocTa\'.Õcsdo couro cabeludo tendem Falta de epitelização das bordas Epitelizaçffo não contínua
a sangrar abundantemente em razão da rica irrlgaç;io sangwnca pam o da ferida no dia 4
ooum cabeludo. Laceraçüe.ç com mais de S cm de comprimento ou 2,5 m
de profundidade cmi.sam sangramento sério. Feritnen.10 s penurantes san- Falta de.crista de cicatrização Odor de frutas, terr,oso ou pútrido presente
gra:mdependendo da profunili.dadeedo tamanho(p.ex.,umaperfur-&çãoda no dia 9 Plesença de fístulaIs), túneis, escavação
unha não causa rantosangramento quantú um furimento por faca). Os risoos Modificada de Stotts. NA, Cavanaugh CE: Assessing the patisnt with a wound,
principais d ferimt'J:IIA<;perfurantessão o S311gramenlôinterno e a infeeção. Hom� HM!thc NurSb 17(1):27, 1999..
lnspecione a ferida en1bu.-;ca de corpos e.?tranhos ou mate.ria! conta-
minado.A maioria das feridas traumáticas é suja. Solo, vidro quebrado,
pedaços de tecido e substâncias estranhas agarradas aos objetos pene- CaráterdaDrenagemóaFerida. Observe a quantidade, a a,r, o odúr e a
Irantes algumas ve-,.,,s São incorporados à ferida. consistência da drenagem, A quantidade de drenagem de-pende da locali-
O tamanho da ferida é a etapa seguinte na avaliação. Uma laceração :iação e da extensão dá fcrida. Por exemplo, a drenagem é mínima depois
proftmda e.-cige sutura. Uma grande ferida aberta püde expor os.'<ó ou de uma apendicectúmía simplc?S. Diferentemente, é moderada po.r I a 2
teddo que precise ser protegido. dias depois da drenagem de um grande abscesso. Quando você precisar da
Quando a lesão decorre de trauma por um objeto penetrante sujo, medida exatada quantidadli de drenagem em um curath11, pese o curativo
detérmine quando o paciente recebeu a última vacina com toxoidc e comp:i.re-o com o peso do mesmo c\irativo quando limpo e seco. A
tetânico. A. bactérias do tétano re.,;ldem no solo e no intestino dos seres regrageral é que 1g dedrenagem é iguala I mL de volume de drenagem.
humanos e dos animais. Ê necessária uma injepo·de anti!úxina tetânica Outro métodú dequ;mtificar a drenagemelaferida é trayar um gráfico
se o paciente não tiver tomado urna nos últimos 5 anos. do número de curàtiv<,s usados e a frequência de trocas. Aumento ou
Sitvação Estável. Quando a condição do paciente fica e.stabilt.tada(p, ex., diminuição do número ou ela frequência dos curativos indica aumento
de pois de cimrgia ou tr-.1tamento ), a,•alie a ferida pam dctenninara ev<>lução ou diminuição relativa da drenagem da ferida. A â>te consistência da
para a cicatrização. Se a ferida estiver aiberta por um curativo e o médico drenagem variam, dependendo dos componentes. Os ti pos de drenagem
não tive-rpedido sua trOca, nfu:>a inspecione diretamente, amenos que sus- incluem os seguintes: serosa, sangu.inolenh1, sero·ssanguinole-nta e pu-
peite de complicai"'"-' sé-rias. Em talsituação, i11specioneapc-naso curativo rulenta (Tabela 48-2}. Se a dreoage.m tiver um odor ac.reou forte, você
e os drenos externos. Se o médico preferir trocar o curativo, ele avaliará a deve suspeitar de infecção. Descreva o aspecto da ferida de acordo com as
ferida pelo menos diariamente. Ao remover os curntivos, tenha cuidado característica observada.. Um exemplo deregistro preci é o seguinte:
em. evitar a remoção ou o deslocamento ad.dental dos drenos subjacentes. Jncisão abdominal com 5 cm de a,mprimento na FID; borda.< bem
Como a remopo dos etlt'átivos pode ser dolorosa, considere administr:i.r aproximadas sem inflamação ne.m exsudato. Está presente um círculo de
um analgésia, pdo menos 30 minutos antes de expor um ferimento. drenagem serosa com diâmetro de 1,2 cm em urna gaze 4 X 4 trocada
AspectDda Ferida. Observe seas bordas da ferida estão fechadas. Uma a cada 8 horas.
inci o cirúrgica que e<ttásefechando por primeira intenção deve ter borda., Drenos. O médiw introdl.Cl um dreno em urna ferida cirúrgica ou
limpase bem apmxímadas. Frequentementese formam c.ro,<ta.sde e.'5udato perto dela se houver grande volume de drenage:m..Alguns drenos são
ao fongo da., bordas da ferida. üm ferimento penetrante geralmente é suturados no local. Tenha cuidado ao trocar o éurativo em torno de
pequeno e circular, com as oordas unindo-sé em dire,;ão ao centro. Se um drenos que não esttj:i.rn suturados no local, para impedir a remoção
ferimento estiver aberto, as borda. e.<tarloSt>paradase você inspecionaráa acidental. Um dreno de Penrose se situa sob um curativo; quando de sua
condição doted.do nabase da fürida.l'rocuretambém complicaçüe_, como colocação, um-pino ou dipe aiTaves.,;a o dreno para impedir que ele des-
deiscência e eviscernção. As bordas externas de urna ferida norm,tlmente lize para o interior cfa feri<la (Fig. 48-1 O). Geralmente, é responsabilidade
parecc'tn inflamaclas nos pritnciros 2 a 3 dias, mas issó lt'Jltamente desapa- dtl média, puxar ou avanç:i.r o dreno à medida que diminui a drenagem,
rece, Em 7 a 10dias, uma ferida corn cicatrização norm, se recobrecom para permitir a cical'rizac;:ilo profunda no local dc) dreno.
células c-piteliais, e '1.<bordas se fecham. A 'fabela 48-5 lista as caracteri<lica.< Avalie o número de dr.-.inos,sua colocação, o cmáter da dtc'flagem e a
de avaliaç,ío para a cirutrização anormal das feridas em feridas primárias e condição do equipamento de coléta. Observe a segurança do dreno e sua
s.e cundárias. Se uma infecção se desenvolv r, a área diretamente em tomo localização com resptito à ferida. A seguir, obsc,rve as car.1cterísticas da dre-
da ferida se tomará ,1vameote infl:i.rnada e edemaciada. nagem. Se houver um dispositivo de coleta, meça" volume da drenagem.
Mure.mça de ailoração da pele é decocrente de contusão dos tecidos Como um sistema de drenagem precisa estar permeável, procure filml
inte.r,,'ticiaisou formação de lhem:il.Oma.A coleção de sangue abaho da pele de drçnagem alravé.1do tubo e em tomo dele. Uma súbitá diminuição ela
primeiramente assume um a,,-pecto azulado ou arroxeado. Gradualmente, drenagem através do tubo pode indicar um bloqueio e é prrosonotificar o
o sangue coagulado éde g radad<) esua cor muda para castanha ou amarela. médico. Quando umdreno estiverconectado ao aspirador,avalieo sistema
1...lr11 U LU 'loD mcegnmme aa re1e e 1...umaaos m1s renaas
-
alfvlo da pressao
Procedimento Quantitativo com Swab selecionada sobre a
• limpea superfície da ferida·com solução não antisséptica. integridade da pele
• Use umswab estéril de um tubo cu/tu;ette[Fig. 48-121..
• Umedeça 0 swab com soro fisiológico.
• Rode o swabem 1cm' de tecido limpo na ferida aberta. Aplique pressão ao
swabpara fazer surgir Uquido tecidual !Stotts, 2012bl. Introduza a pontado PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM
swabno recipiente estéril apropriado, identifiquee transporte ao laboratório.
• Se.lecione as intervenções de enfermagem
Modificado de Stons NA: Wound lntection: diagnosis and management. ln Bryant
RA, Nix DP, editors: Acute and chronic wounds: currsm managemsnr concepts,
para promover melhora da integridade da pele
ed 4, St Louis, 2012, Mosby. e/ou ci,atrização da ferida
.,,.Consulte a polttica da instituição para determinar a.noc0ssidad& de obter uma • Consulte profissionais da saúde ,como os
autorização do médico. nutricionistas e os especialistas em cuidados
de feridas
QUADRO 48-8 PROCESSO DE DIAGNÓSTICO • Envolva o paciente ea família no uso de
DE ENFERMAGEM
intervenç õ es
Integridade da Pele Prejudicada Relacionada com lnfecçào
ATIVIDADES CARACTERÍSTICAS Padrões Atitudes
DEAVALIAÇÃO DEFINIDORAS • Individualize a terapia à • Use criatividade para
1nregrldade de pele do planejar intervenções para
Inspecione a superfície da Plesença de ferida, solução de continuidade paciente e às necessidades promover a integridade da
pele. da pele de controle da ferida pele e a cicatrização das
Drenagemdaferidaamar.e.laecomodorfétido • Use Ierapias compatíveis feridas
Bordas da ferida etitematosas e quentes não com as orientações da • Demonstre responsabilidade
aproximadas WOCN (io, o) para em plane)ar as lmervenções
Inspecione a ferida quanto Drenagem castanho-avermelhada oubege tratamento de feridas e de de enfermagem compatlveis
aos sinais de cicatrização. 5 dias depois da cirurgia alceras por pressão com as necessidades de
Bordas da ferida não aproximadas cuidado.da pele do paciente
Determineà temperatura,a Paciente febril, frequência cardiaca de e as orientações da WOCN
(2010)
frequênciacardíaca eVl!fifique 125 batimentos/mlnuw, contagem de
oontagem de leoo5citos e.o leucócitos de12.000/mm•, albumina no
nlveldealtiuminanosangue sangue abai)I() de 3,5 g/100 ml FIG. 48-13 Modelo de p,ensamento crítico para integridade da pele e
do paciente planejamento de enfermagem de cuidado da ferida. WOCN, Wound,
Ostomy, and Continence Nurses Society.
1...lllr11 U L U 'loD m c e g n m m e a a r e I e e 1.. ,umaaos m1 s r e n a a s
mento critico. Os padrões profissionais sãú especialmente importantes trição, doenças vasculares periféricas ou imunos.,upre. são, que possam
a considerar quando se desenvolve um plano de cuidado. afetar a cicatrização da., ferida. (ver Plano de Cuidado de Enfermagem).
Os pacientes que thn grandes feridas crónica., ou ferida• infil<.tula.s têm Um clbjetivo frequentemente identificado ao se trabalhar com um pa-
múltiplas necc. idadcs de cuidados de enfcnnagcm. Um mapa olnccitual ciente com uma ferida é ver a melhora da ferida dentro de um pcrlodo
ajuda a individualizar os cuidados para um paci:c-nte que tenha múltiplos de 2 semanas. Os resultados desse objetivo podem incluir os sciuintes:
pn,hlPm:l. dr. :1i'tcit-" t ,li:1gnc"'l•tin'1Sftp f•r'IÍ't- M :llJ' 'M tf'-1:lcjonfU'los (Pie. AA-
> T Porcentagem mais alta de tecido de granulação na base da ferida
14). llssemapa ajuda você a usar as habilidades de pensamento critico para Nãú há mafa solução de continuidade em nenhuma localizas:ão
organizar dados complexos da avaliação do paciente em diagnóstico.ç de no corpo
enfermag em relacionados com o diag n6stic omédico ptiná p -.tl do padente.. Aumento de 10% na ingesi,lo calórica
À medidaque vocêidentifica li s entre,,. diàg nóstk osde enfunnagérn e Esses resultados são razoáveis se a meta global para o paciente for a
o diag nóstioi médico principal, o mapa conccitual! també-m lig ainterven0es cicatrização da ferid a Planeje as terapias de acordo com·a gravidack e
érn potendal que se aplicam às nece;sidades de :rtendimentt> do pacienu,. o tipo de ferida e a presença.de oo,ndições complicantes (p. ex., infecção,
Metas e Resultados. Os cuidados de enfermagem se baseiam na má nutrição, imunossuprcssão e diabetes) que afetem a cicatrização de
n11eesoid!ldés e pdorid:idi,s id,:,ntificad:is no p:ici ntc. Você c,toht!lect!. feridOJI. Outros objetivos dos euidodos P""' podentes com foridOJ1 in-
metas e resultados c...-perados e, a partir das metas, planeja inten1enç.õe-. cluem os seguintes: promover a hemost.a.da da ferida, prevenir infocç,:10,
de acordo com o ri.w, paro ólccras por prcss,fo ou o tipo e intensidade promover a cicatriza.ç[<l da ferida, manter a intc'{lridade da pele, adquirir
da forida e a pres,,nça de qualquer complicação, como infecção, má nu- conforto e promover a saúde.
COLETA DE DADOS
A Sra. Stein. 76 anos. está no 7° dia pós--0peratório:de uma artroplastia total do Agora, no 7° dia pós-operatório, observa certa dor na incisão e se queixa de uma
quadril. Desenvolveu eritema e drenagem emfilete_com coloração acobreada e sensação dolorosa em queimação na região sacra!. Ela está continente para a
odor fétido da incisão no quadril no 4° dia pós-operatório. Os antecedentes pes- urina e as fezes, mas continua a.·tugir" para o lado do lettoao se preparar para
soais significativos incluem artrite e hipertensão le11e. Em vista da dor cireírgica transferências doleito para a cadeira.
nolocal da incisão, ela não se transferia facilmente do leito para a cadeira.
Ativ.idades de Coleta de Dados Achados/Caract11rísticas Definidoras•
Medir a temperatura oral Paciente tem temperatura elevada e está diaforética.
Pergunteà Sra. Stein como o local da cirurgia limita sua mobilidade. Ela relata que seu quadril sempre dói e que a dor aumenta comos movimentos..
Diz que prefere-manter oquadril imóvel para que o nfvel de dor não aumente.
A posição deconforto é a supina, e a Sra. Stein resiste ã mudançasde deceíbito.
i
Realize uma·avaliação da pel.etotal docorpo, prestando espec al atenção ás Áreas abertas: sacro e incisão no quadril esquerdo.
áreas de incisão ci,órgica e sacral.
Área sacra! A pacientetem hipeÍemia reativa emtomo daárea sacral.aberta; essa área
nabranqueia à palpação.
Há umaúlcerá com espessura parcial diretamente sobre a área sacral.
Quadril esquerdo; incisão círeírgica Pequenas ab_erturas €fltre os grampos drenam filetes de líquido acobreado
com odor fétido. A ãrea em tomo da ter.ida está vennelha e quente,
• As earacttriiffcas d.tlmdoras são mosuadás emnO(Jito.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Integridade da pele prejudicada relac1onada compressão e fricção sobre a emin@flciaóssea sacra! e infecção da ferida Ofiginal
PLANEJAMENTO DE ENFE!'IMAGEM
ObjetivoS- Resuhados Esperados (NOC}'
Integridade dos Tecidos: Pele
LesãodapeledaSra.Stein e dotecidosubjacentedecorrentedepressãoe A Sra: Steinteráintegridadeda.peleintactanaáreadeeritemasemllfooque.-nento.
fricção sobre a eminência óssea será reduzidaem 2 a 4 semanas, A úlcera sacra! da Sra.. Stein mostrará sinais-de cic•atrização.
A Sra. Stein manterá pele intacta sobre outros pontos de pressão.
Área eritematosa emtomo da feríaa do quaijril e drenagem acobreada estarão ferida·do quadril esque,rdo demonstra sin;iis de cicàtrização.
ausentes em5 dias.
C-Onsequência de lmc,bilidade: Fislolilflica
A capacidade da Sra. Stein de tolerar mudanças de decúbito e de mudar Hiperemia reativa estará dentro dos limites da normalidade emtodos os pontos
corretamente. as posrções melhorará em2 a 4 semanas. de pressão.
Hiperemia reativa naIegião sacra! terá diminuição nas áreas de pressão não
branqueáveis.
IRóllllos de classificaço.dos resultadosde Moorhoad S ar al.:Mnsing outlXJrll8Scklssilica.tion(NOGt 4'ed. St. Louis. 2ml, Mosirv,
(Continua)
[1f u"'1u1-1uc , oases r1sm1og1caspara· a rrauea-ae cmermagem
Estabeleeendo Prioridades. Vocêestabelece.a.< prioridade.<dos os fatores familiares. Esses fatores são importantes independentemente
núdados de enfermagem para as ferida.< com base muma coleta de dados do contexto de atendimento à saúde. As prioridade.< <le cuidados P"dem
abrangente do paciente e nas metas e resultados estabelecidos. E.<1Sa.< não variar a,m os ambientes ambulatorial, domiciliar, <le cuidados
prioridades também ele-pendem de aamdíção do paciénte ser e.<távcl ou de udos ou de cuidados restaurativos.
cmcrgênda. Umu ferida aguda precisa de intervenção imediata, enquanto Equipe deTrabalho e Colaboração. Coma altaprecoce dosloca.is
na presença de uma ferido csMvcl crónica, a higiene do paciente é mais de atendimento à sa<tdc,é important.c considerar um plano paraa.lta
importante. Quando há risco de dc>senvolvirnc,nto de úlà!_ra por prt,<.são, do paciente. Antecipar as necessidades de cuidados da ferida após a alta
as intervenç,)espreventiva.s, a)mo pt".ítica.< de cuidado da pele,eliminação do paciente e o material é recursos relacionados ) como encaminha-
do dsalhamento, eposicionamento, são altas prioridades. A promoção da mento a uma agência de cuidado domiciliar ou clínica de atendimento
cicatrização da f-erida é uma irnPortante prioridade da enfermagem; é os ambulatorial para acompanhamento da ferida, ajuda a melhorar não
tipos de midado à ferida adminí.<trados depende do lipô, do tamanho e apena., a cicatrização da ferida, mas também o nível de independência
da localização <la ferida e dos objetivos globais do tratamento. do paciente. Os paciente.,;: e suas família.. muitas vezes precisam con-
Outnls fatore,, do paciente a con 'iderar, quando se e:,-tabelecemas tinuar os objetivos de manejo da ferida depois da alta: (Quadro 48-j>).
prioridades, incluemas preferências do paciente, a. atividades diárias e Você pre.cisa considerar a capacicfade do cuidador familiar ou leigo e
1...lr11 U LU 'loD mcegnmme aa re1e e 1..,umaaos m1s renaas
Mapa Conceituai
.... ....
lntervençoes Intervenções
• Mantenha a pele limpa e seca • Admlnls1re o analgésico prescrito 30 minutos antes
• Aplique barreira à umldadc na roa pelo menos três de cuidar das feridas
vezes ao dia • Irrigue e limpe a Incisão do quadril com soro
• Evite massagear a área f1slo16glco duas vezes ao dia
• Realize uma avaliação contínu.a da ferida e do risco • Tampoh e as ãreas abertas da ferida com gaze
• Faça um curativo para sustentar a dcatriz,ação de umedecid com solução conrendo antimicrobiano
como pre:;crito
ferida úmida
··············-----------------------------·
prejudicada re )acionada à dor inci sio nal
• Queixa-se de dor incisional ,e resiste ao movimento
assistido
• Não colabora nos movimentos feitos no Ieito; a
pele fi'c·a sujeita a cisalhament.o
....
Intervenções
• Fomeç,a analgésico30 minutos antesdo posicionamento
• Reposicione a paciente a cada 90 minutos
• Quando a paciente estiver deitada, posicione-a em
decúbito lateral a 30 gra4s
• Oriente a p,aciente sobre como êlesliiar sobre os
lençóis durante uma transferência.
• Demonstre técnicas de reposicionamento correto
a durnção de tempo né.ce. sária para trocar um curativo cm particular A identificação imediata dos pacientes de alto risco e de seus fatores de
ao e.o;colhcr o curativo para o paciente tLsar depois da alta. Por exem- risco ajuda a preve!'"' as úlcera., por pres.-.Io.
plo, no ambiente domiciliat, algumas pessoa., escolhem materiais de Preve11çãodas Ulceras por Pressão. Quando um paciente e.,;tá imóvel,
curativ<> mais ca.ros paro. reduz.ir a frequência das trocai de curo.tivos. o principal risco à pele é a formação de úlccra., por pressão. As in-
A cn fcrmeira eo paciente trabalham juntos para cslabelcccr modos de tervenções de enícnnagem cnfocam a prevenção. A primeira etapa na
manter o envolvimento do paciente nos cuidados de enfermagem e em prtvcnção é avaliar os fatores de risco do paciente para desenvolvimento
promover a cicatriza ão da ferida, quer o paciente esteja no hospital de úlcera por pressão (Tabela 48-6). Pláneje reduz.ir ou eliminar os
ou no domicílio. fatores de risco identificados.
A identificação precoce dos pacientes com risco ede .seusfatores de
■■ ■ IMPLEMENTAÇÃO risco ajuda aprevenir as úlcerns por pressão. A prevenção mirumiza o
impacto que os fatores de risco ou fatores c.oatribuintes têm. sobre o
Promoção da Saúde, Talvà a intervenção mais eficaz para pro- desenvolvimento de úlc ras por pressão. Trts áreas principais de in-
blemas com a integridade da pelé e cuidado de feridas Séja a prevenção. tervenções de enfermagem para prevenção de úla-ras por pre.ssão são: ( 1)
w; u"'1u1-1uc , oases r1sm1og1caspara·a rrauea-ae cmermagem
QUADRO 48-9 RECOMENDAÇÕES SOBRE TABELA 48-6 Guia Rápido para Prevenção
OS CUIDADOS DOMICILIARES de Úlceras por Pressão
Avaliação da Úlcera/Ferida FATOR OE RISCO INTERVENÇÕES OE ENFERMAGEM
A avaliação e a documentação de uma úlcera por pressão precisam ocorrer pelo Diminuição da Pesquise sinais de hlperemía reativa sem
menos semanalmente, a menos que existam evidências de deterioração, caso percepção sensorial r::mqu®mcnto nos pontos de prc.szõo
emquea enfermeiraprecisa reavaliar a illcera porpressão e.a conduta.global F.Órneça umasupeiflcie de redistribuição da pressão
para o paciente imediatamente. Noambiellte domiciliar, isso exige a assistência
do paciente e da família porque a avaliação semanal nemsempreé possfvel. Umidade Avalie a nec ssid e incontinência.
Após cada episódi , limpea área
Avaliação Psicossocial e Conduta com limpador perineal íse
• Avalie os recurs.os do paciente (p. ex., disponibilidade e habilidade dos de enxáguee protejaa ornada de
cuidadores familiares ou acompanhantes, finanças, equipamento, material). barreira à umídade
Umprograma de tratame)llo bem-sucedido exige uma pessoa que c ide e Rºpos·icione o·paciente asando lençol para arrastai
recursos de equipamentoou materiais adequados. e superfície de levantamento
• Avalie a habilidade dos cuidadores lamiliaras para compreender e implemen• Forneça umtrapéziopara facrlltar o movimento
taro tratamento necessério. Posicioneo pacientenumgiro lateral de30graus
• Avalie o nível de força e resistência dos cuidadores familiares. e limite a elevação da cabeça a 30 graus
• Considere os fatores econômicos porque eles costumam limitar a oferta e a
disponibilidade de equipamento ou material e as oportllnidades para aliviar Diminuição da Estabeleça e-l)llblique o esquema individualizado
os cuidadores familiares. atividade/mobilidade de mudança de decúbito
• Use uma abordagem que enfoque os fatores psicossociais e ffsicos que Má @trição Forneça aporte nutricional e liquido adequados;
afetam os cuidados da ferida auxilie conforme nece,ssério
Peça avaliação nutricional pelo nutridonista
Curativos de Úlceras
• Consi.dereo tempo docuidadorfamiliar ao selecionarum curativo.
• No ambiente domiciliar, alguns familiares escolhem materiais de curativo para a pele (WOCN, 20 JO). Existem muitos tipos de produtos para
comercializadospara·reduzira frequênciadas trocasde curativos. c.uidados da pele e ;ocê ('recisa adaptar seu uso à., necessidades es-
pecificas do _paciente ..Depois que limpar a pele e tiver certé'ta de que
Controle de Infecção está éOmpletamente •ra, apli<Jll<' hi'1rillant·r. para mantrr a epiderme
• Curativos limpos são mais comumente usados no domicílio. benl lubrificada, mas não supersaturada.
• Os curativos limpos, oposta mente aos estéreis, são recomendados para o uso Faça umesforço para controlar, coolfr ou corrigir ainalot:ioência,a pers-
domiciliaraté que pesquisasdemonstremocontrádo. Essa recomendaçãoestá piração ou a drenagem da (mda Os pacientes que têm incontinênciafecal e
de.aconlo com os princípios referentesa infecções hospitalares ecom osucesso que também estejam reu½iendo alimentação enteral constituém um desafio
passado da cateterização urináda limpa domiciliar, e leva em conta·o custo dos á.<l tralalnento. Quando os pacientes tiverL>m um episódio de incontinência,
curativos estéreis ea destreza necessária para a aplicação. Ocuidadorfamiliar llinp<? delicadamente a área, seque e aplique uma camada espes_'l<lde barreira
pode usar a técnica ·sem toque· para trocas de curamro. Essa'técnica é um hidratante às áreas e,cpostas. Uma barreira à runidade protege a pele da
método de trocar os curatiVQsde superffcie semtocar a ferida nem a superffcie umidade excessiv-.1edasbactL'rias encontradas na urina ou nas fezes.
dequalquer curativo quepossa estarem contatocom a ferida. Os curativos útil usar a experiência de uma enfermeira especialista com o foco
aderentes deVl!m ser pegos pelo canto e removidos lentamente, enquanto os no tratamento de feridas ou no controle da incontinência ao cuidar de
curativos comgaze podemser pegos noçentro e levantádos. pacienté-, em risco. Os métodos para controlar ou•et)nter a incontinência
• Oscurativoscontaminadosdevemsei descartadosno,domicíliode maneira variam. l'o<le-se tratar a incontioênda urinária com técnicas compor-
compatível com as determinaçõeslocais. A Environmental Plotection Agen tamentais, medicação e cirurgia. As técnicas comportamentais ajudam
recomenda colocar os-curativos contaminados emsacos plásticos bem fe- os pacientes a aprenderem modos de controlar seu músculos da bexiga
chados antes de adicioná-los ·ao lixo doméstico. No entanto, variam os e· do e.cter. Dois exemplos são <l treinamento da bexiga e do hábito,
regulamentos locais, .eas agências de cuidados domiciliares e os pacientes que também é chamado 1n/(9Jo pro$mmm/a.
precisam seguir os procedimentos compatíveis comas leis iocais, Considere o uso de absorventes e. vestiment.as somente depois de
Modificado de Agancy fot Health Care PoJicy and Rasearcti.. Panei for th&
tentar aquelas medida.. Embora controversos, os -produtos absorventes,
Treatmont ot Pressure Ulcers in Aduhs.: Ji:eatmenr of pressurs ulCBrs,Çtinical como os forros e vestimeotas absorventes, algumas vezes fazem parte
Practice Gu\deline No. 15, AHCPR Pub No: 95'0653, Rockville, Md, 1994, Agency do plao<l de tratamento ·para um paciente incontinente. Use somente
for Health Cara Policy and Research, Public Health Service, US Department ot produtos que pr<ltejam a pele do paciente dá umidade (WOCN, 201 O).
Health and Human Services.
Posicionamento. A intervenções deposicionamento reduzemapres-
são e a força decisalbaroento na pele. Elevara cabeceira do leito 30 graus
cuidados da pele e contnile da incontinência; (2) solhrcco.rgu mccanicae ou mcMS diminuiu chance do dcs.:nvolvimt--nto de úlcera por prc l\o
dispo.,itivos para sustentação, <1ucincluem o posicionamento apmpriado por forças de cisalhamcnto (WOCN, 201 O). Mude a posição do paciente
e o uso de supecfJcies terapêuticas; e (3) orientação (WOCN, 20JO). imobilizado de aet)rdo 0 0 0 1 o ntvel de atividade, a capacidade de percepção
Cuidados Tópic-0s da Pele e Controle da Incontinência. Você preci- e· a, rotina, diárias (Brien:ca et <1L, 2008). Lfm intervalo padrão de mudanç a
sa realizar frequentemente a avaliação dapcle (Quadro 48-5) numa ba.se de decúbito de 1,5 a 2 horas nem Sémpre previne o deSénvolrunento de
mínima de Uil'la vez ao di;i... No entanto, os packot.es de alto ris«l têm úlceras por pressão. Os pacientes precisam de tep<lsicionamento num
avaliaçM,, de pcle mais frequentes, por exemplo, a cada troca de turno. esquema de pelo menús a cadá 2 horas se a sua. condição o permitir.
Al disso, certifique-se de que a pele do paciente .:steja limpa e seca. Ao reposicionar, use dispositivos de reposicionamento p-àra protege.r as
Quando voei limpar a pele, evite sabonete e água quente. Use pro- emint-nc.ias ósseas (WOCN, 2010), As diretrizes da WOCN (2010) reco-
dutos de limpeza com surfactaotés não iêmic<ls que sejam delicados mendam uma posição lateral a 30 gratc, (Fig. 48-15 ),o que deve impedir
1...lllr11 U L U 'loD mcegnmme aa re1e e 1...umaaos m1s renaas
AG. 48-15 Decúbito lateral a 30 graus em que são evitados os pontos de pressão. (Adaptada de Bryant RA,
Nix DP, editors: Acute and chronic wounds: current management conceprs, ed 4, St Louis, 2012, Mosby.)
o posicionamento diretamente sobre a eminlmda óssea. Para prevenir QUADRO 48-1 O EDUCAÇÃO EM SAÚDE
le. ôes por ci alhamento e fri o, use um disFositivo de transferincia
DO PACIENTE
para elevar e dt>poisarrastar o paciente ao mudar as posições (Cap. 47).
Alguns pacientes conseguem sentar-se numa cadeim. Não pernúta Superfícies de Redistribuição da Pressão
que o tempo em que permaneçám sentados exceda o limite de 2 horas. Objetivo
Na posição sentada, a pressão sobre os túberes isqui.'lticos émaior do que • Paciente. e famlliâ descreverão o conhecimento sobre as finalidades e
na -posiyão supina. Além disso, ensine a um paciente que se movimenta ope(açõesbásicas dasuperfieie deredistrib_uiçãodapressão.
com risco de.solução de continuidade da pele e que está na posição
sentada a mudar o peso a cada 15 minutos(WOCN, 2010). Mudar o peso Estratégias de Educação em Saúde
ri,í :ilívi11 em r.nrto pra?.n par., o. tlÍh<':1'1'/,i,S<[niátir,,s. 11,mhém mlo<JnlH> • Explique.asrazões para a superfície deredistribuição da pressão.
sentado em espttma, gd ou em lf.maalmofada de ar para redistribuir o • Exp liquea mecânica eo<poralaprojl(iadaao usar a superffclede redistribuição
peso, afastando-o das áre;is isquiática.. Almofadas rígidas e em forma da pressão.
de rosqu.inha são contraindicadas porque reduzem a irrigação à área, • Oriente no uso e cuidados da superfície de redistribuição da pressão
resultando em áreas mais amphs de i sq uemia (WOCN, 2010). (WOCN, 201O)
Depois de reposicionar o paciente, reavalie a pele: A., características • Expliqueas'medidasadicionais'de redistribuiçãodapressão.
de identificàção que indicam sinais iniciais de i.,quenúa teci.dual na pele
eSCUI"Jestão nos Quadros 48-2 e 48-3. Para p-acientes com pele clara, Avaliação de Enfermagem
observe se há híperemia reativa normal e branqueamento. Jamais • O paciente e a família declararão as finalidades básica da superfície
massageie as áreas eritematosas. A massagem dessa.'i áre-..t.s aumenta as ·de redislribuiçâo da pressão.
quebras nos capilares dos tecidos subjacentes eo r i = de !e.são do tecido • O paciente e a família serão capazes de descrevera funç o da superftcie
s,1bjacente e de formação de úlcera por pres. ão (WOCN, 2010). de redistribuiçãod.a pressão.
Superfícies de Sustentação (Leitos e Colchões lerapêuticos). Uma • O paciente e a família serão capazes dedemonstram uso apropriadod:a
superfície de sustentação é um di.-.-positivo especializado para recfü- superfície de redistríbuíçao da pressão.
tribuição da pre.,;,são, d<'Séllhado para o tratamento de cargas teci.duais,
microdima e/ou outras funçães terapêuticas (i.e., colchões, sistema
inteirado de leito, substituto de colchão, cobertas ou almofada para colchão para determinar se o paciente afunda até encostar-se à e.strutura
assento ou capa de. almofada para assento) (EPUAP e NPUAP, 2009)- de algumas superficies desustentação, e inflar inadequadamente algumas
Várias superfícies de sustentação, incluindo especialidade de colchões1 superfíci<'S de SIL tentàção. Se usados corretamente, os serviço., de sus-
reduzem os danos que a imobilidade causa à pele e ao sistema mu.s- tentação ajudam a reduzir as úlceras por pressão em pacientes de risro.
culoesquelético. No entanto, nada elimina a necessidade de cuidados Cuidados Agudos
de enfermagem meticLtlosos. Nenhum artigo isolado elimina os efeitos Condutanas Úlceraspor Pressão. O tratamento dos pacientes com
da pres-são sobre a pele. úlceras Por pressão e.x.ige lf.ma abordagem holi tica que tesa a experiência
Aoescolher superfiicie.s de sustentação, ina,rpore as Jlecessidades de vários profission:ris de saúde multidisciplioares (WOCN, 20!0), Além
do pa icntc. Os conhcdmcntos sobre as caract:crlsticas da supcrficic de da enfermeira, estão envolvidos o médico, a enfermeira especializada
sustentação ('Jàbcla 48-7) t1u.xiliam você na tomada de decisão clínica. no cuidado de fcri,fos, o fisiowrapeula, o lci::1pcu1A ocup.1cion:1l, o nu-
Ao selecionar utnll superffcie de su.stentação, cónheça os riscos pt1ra o u-icionista e o farmacêutico, Aspectos do tratamento das úlceras por
P'aciente e a finalidade da superffcie de susten tayão; um fiLL<>grama cos- pressão incluem cuidados locais da ferida e :medida, de suporte, como
tuma ajudar (fig. 48-16). Ensine aos pacientes e às família.sa razão para os nutrientes adequados e redistribuição da pres-o (ver Procedimento
os leitos e colchões e seu uso apropriado (Quadro 48-IO), Alguns erros 48-2 naspp.1244-1247).
comuns à>m a.ssuper6cies de sustentação são colocar o lado errado da Ao tratar uma ú1cera por pre.ssão, reavalie a localização, estágio,
superficie de su,ientação voltlldo para(> paciente, não ligar superfícies de tamanho, tipo e quantidade de tecido, exsudato e condiç;io da pcle
sustentação elétricas na tomada, não ligar as superficies de sustentação élll torno da ferida (No:, 2012). As feridas agudas precisam de estreita
elétrica.,, deixar de colocar a mão entre a estrutura metálica da cama e<> monitoração (a cada 8 horas). Algmnas vé'.«.'S, Oàirre avaliação menos
F11' u"'1u1-1uc , oases r1sm1og1caspara·a rrauea-ae cmermagem
.
• Use uma superfície de não motorizada semelhante. desleixada que coloque pressão
sustentação ativa (e,woltórfo e cisalhamento no sacro e
Evite e leváção prolongada da
ou colchão) quando não for no cóccix.
cabeceira do leito e uma posição
possível o reposicionamento desleiX:ada que coloque a • Considere uma da seguintes
manual frequente. pressão e o cisalhamento no superfícies de sustentação: baixa
.
·• Para r'êduiir o tisco de solução sacro e no oó<:cix. perda de ar. pressão alternante
de continuidade da pele no ou colchão antiescaras.
Se for necessário que os
calcanhar, use um travesseiro pacien:tes com úlceras por • Considere o uso de uma
sob as pantumlhas para que pressão do sacro/cóccix ou almofada para cadeira de rodas
os calcanhares fiquem elevaclos. ísquio se sentem numa cadeira, num pacient0 com úlcera por
i
• Use uma almofada para lim te o período na posição pressão sacraJ/coccígea.
assento que redistribua a sentada a três vezes por dia em
pre.ssão quando o paciente se periodos de 60 minutos ou
sentar numa cadolro. quando a menos. Consulta um espoclalista
mobilidade for reduzida, em posição sentada para saber
e limite o tempo em que o qual é a superfície apropriada
paciente passa sentado numa
c'ac/eill\ sem alívio da pressão.
RG. 48-16 Considerações para escolher a superfície de sustentação apropriada. (Modificada de WOCN:
Guidelín-e for prevention and management ofpressure ufcers, 2010, M t L.aurel, NJ; e National Pressure Ulcer
Advisory Panei (NPUAP) e European Pressure Ulcer Advisory Panei (EPUAP): lnternational guideline for
prevention anel treatment o fp ressure ulcers, Washington QC, 2009, National Pressure Lilcer Advisory Panei.)
1...lllr11 ULU 'loD mcegnmme aa re1e e 1...umaaos m1srenaas
frequente das feridas crônicas. Depétldend<> do sistema de tratamento desbridamento, alguma., observações normais a fa;:er sobre a ferida
tópico, avalie a ferjda com cada troca de curativo, gemlmenté não mais incluem aumento do exstidato, odor e táll!lanho da ferida . .1:.preciso
doqueumaVê'Lao dia. avaliar<: prevenir ôLt trat.ar efetivamente a dúr que úCOrrê com o cks..
O u.10 e a documentaçll<l de uma ab,irdo.gem sistemática ao mo- brldamcnto (WOCN, 2010).
nitorar o progresso de umaúlcera por pres o reallevam à melhor tornnc- Os métodos de ctcsbrldamenlo incluem mcc!lnico, autolJtico, qul-
1:t ,1 ,li:oc",i!dfo , tt rlill-rulc) ctirnõs(N'ix, ?.012). P.xi.Sl'P.mv:hl1) rnko v c':r\rt:tn1'P/cir(11reic,). l Jm mPtorlo cfo clt-htirfarruntll mf'dnic-.o./,,;o
in.,trwnentos di'Poníveis paradúéumentara cicatriz:\flo da feri¾ cúm u.w de curativos úmidos a secos C()m gaze e solução salina..Coloque gaze
o passardotempo. lfaar uminstrumento ajuda a ligar .aavaliação aos umedecida na ferida e déix.e que o cur.ttivú seque inteiramente ante., de
resultados paraqueuma a,·aliação do plano de cuidado $igacritérios "puxar" a ga;:equetenha aderido ao tecido fora da úlcera por pre'>i\'.o.
objetivos (Nix, 2012). Por exemplo, o Instrumento de Avaliação de .E.sse é um método não seletivo de desbcidament(> porque tanto os tecidos
FeridasdeJ3atés-Jen.sen(Harris e;t al, 2010) áborda 15carac'terísticas desvitalizados quanto os ,,jáveis são removidos; assim sendo, não é usado
das ferilfas. Atribui-se. a pontuação aos itens individuais e calcula-se a de nltina. Jamais use tssé método numa fétida limpa granulando. Outros
soma total, obtendo-se uma indicação glúbal das condi ões da ferida. métodos de desbridamento mecânko são a irrigação da ferida (irrigas,ão
A pó11t'u•1io •Judo li nvllliM ,., M objctlvM d• oondulá P"'" • forid11 om.ul ln p,osoil.ó eldv1ig,m pu1\i\til c<>mó.lto pfc11il'.6) •oetnlo.tt1éílt0s êôi'rl
são eficazes. turbilhão (Ramundu, 2012).
Conduta para II Ftlrlda. A manuten\:'10 de um ambiente local füioló- O de.sbridamcnt<> autolttlco usa CLtrativos sintéticos mi ferida part1
gico para a forida éo objetivo do tratnmento eficaz da., feridas (Rolstad, permitir que a escara seja autodigcrida pela ação de enzimas presentes
J3ryant e Nix, 2012). l'ara manter um ambiente saudável na ferida, é nos liquido., daferida Vi>ci!tfe tuaisso usandocurativos que mantmham
preciso abordar osseguintes princípios: impedir e tratar a infctç·ão, .a umidade na superfície da ferida. Se. a base da ferida estiver seca, use
limpar a ferida, remover tecido nã<>viável, controlar o exsudato, manter um curativo que acres<:ente umidade; se houver um exce.,;.,;o de ex.sudato,
a ferida emum ambiente úmido e proteger a rida. useumcurativo que absorva a umidade ex.oes.ívaenquanto mantém a
Uma ferida não atravessa M fase. de cicatrização se e.oitiver inféctada. umidade no leito da ferida. Alguns eXémplos .desse.cura.tivos são o filme
Prevenir infecção da ferida inclui limpeza e remoção do tecido não tr.lD.Sparentee oscu:rativoscomhidrocoloidle.
viável. Limpe a/; úlceras por pm,são .somente com produtos de feridas Pode-se efetuar o dosbridamento químico usando uma preparação
não citotóxicos, como o soro fisiológico ou prúdutos para feridas pn)- enzimá:ticatópica, solução de Dakin ou larvas estérek As enzimas t<>-
duzidos comercialmente. Os produtos de limpeza não citotúxia,s não picasinduzem alterações no substratl reruitando emdesagregao do
lesam nem matam os fihroblastos e o tecido de cicatrização (Rolstad, tecido necrótko (Ramundo, 2012). Dependendo do tipo de emima
füyant e Ni:x, 2012).Algumas soluçõés citotóidcas comumente usadas usada,a preparaçãodigere ou di,;.solveo tecidtl. Essaspreparaçõesexigem
são a solução de 'Oakin (solw;ão de hipodorito de sódio), ácido acético, prescrição do médiro. A solução deDakin degrada e solta o tecido
iodo-povidonaept.-róxidodehidrogênio, Elasnão são usadasemferidas morto etnuma rerida. Aplique a solução àgaze, queé aplicada à rerida.
limpa., granulando. larvas estéreis são usadas numa ferida porque acredita-se que ingir;un
A irrigação é um método comum de fazer chegar uma solução de o tecido morto.
limpeza deferida ao local desejado. fa'tudos têm mostrado q.ue há uma O desbridamento cirúrgico éa rcmoçãú do tecido desvitalliado pelo
faixa eficaz ótima de pressões de irrigação que a.s:segura remoção ade- u.so de um bisturi, tesoi.lr'.1 ou outro instrumento cortante. Os médicos
quada de bactérias (Gardner e Frani:L, 2008). Ummétódo para garantir e, em alguns loca.is, as enfermeiras especialistas treinadas realizam des-
uma pressão de irrigação denLTO da faixa corréta é u.sar uma agulha de bridamento cirúrgico de. uma úlcera ou ferida. As t.-n.fermeira.'i devem
calíbre 19ou-um angioaitcter e uma seringa de 35mL que administrem vorilicar a Lei dePrática deEnfermagem de seu noestado. No Brasil,
a solução.salina à úlcera porp«>s.são a 8 psi (Fig. 48-17). a Lei do exerc.ício -profissional, paraverseo desbtidameuto cirúrgico
O de>bridamento é a remoção de tecido necrótia, não viável. Are- é uma função da enfermagem. Este é o método mais rápido de des-
moção do tecido necr6tico énecessária para livrar ah'..'fida de uma fonte bridamento. Geralmente é indicado quand<i o paciente tem sinais de
de infec ã,,, possibilitar visualizaçã,i do leito da ferida e proporcionar celulite ou sepse.
uma baselimpa necessária para adcatrização. Um ambiente t\mido sustenta o movimento das células epiteliais
O método de desbridamento depende do que for mais apro- e facilita a dcatrizaçâo da ferida. Uma ferida que tenha excesso de
priado pára a condição do paciente e dos objetivos do tratamento ex.sudato (drenagem) proporciona um ambienté' que sustenta o
(WOCN, 2010). .1:.importante lembrar-se que, durante o proces.o de crescimento bacteriano, macera a pele em volta da ferida e torna o
processo de fechamento mais demorado. Se o eltce.sso de exsudato
na ferida estiver pr-.esente, avalie o volume, a consi.ortênda e o odor
da drenagem para determinar se estão pre.sentes sinais e sintomas
de infecção.
Lembre-se de que a ferida não será cicatrizada a menos que os
fatores rontribu.intes estejam controlados ou eliminados. Portanto, é
muito importante. q_uevocêcon.ide.re e trate os fatores causais(p. e>C.,
cisalhaménto, fricção, pressãoe urnidadc) ou a feridà terápoucá pro-
bt1bilidade desefechar apesar da terapia tópica (Rolstad, Bryan te
Nix, 2012).
O plano de trataménto predsaser alter-Jtlo à medida que a feridase
fecha..Por exemplo, umcurativo com.filme transparente é usadoini-
cialmente paradesbridar demodb autolJtico (liquefaz o te.cidou.sandoa
umidade do corpo) umaferida necr6tita. Uma vé".olimpa a ferida do
tecido necrótico, de.conti.nueos curativos com filme transparentee, com
basenascaracterísticas da basedaferida, escolha umnovo curativo. Uma
RG. 48-17 Irrigação da ferida. ferida com exce.s.so de drenagem exige um curativo com altacapacidade
w· u"'1u1-1uc , oases r1sm1og1caspara· a rrauea-ae cmermagem
de absorção. A reavaliação contínua é fundamental para facilitar a úmida. Embora a ingesta recomcndadá de proteína para adultos seja de
c.icatrizàção da ferida.AA medida ·que atravessa as rasesdecicatrização. 0,8 g/kl)/dia. é necessária uma ingesta mais alta de proteina. de até 1,8 g/
Educação. A educaçãc, do paciente e dús cuid'.adtlreS familiares é kg/dia, parn a cicatrização da ferida. O aumtmto da ingesu\o de protcím.s
LLmlllunção importante dn enfermagem (Rolstnd, llryanl e Nix, 2012}. ajuda a rcconstmir o tecido epidérmico. O aumcn to da ing,-stcro cal<lrica
Existem várias ferramentas educacionais, incluindo vídeos e m,1tcrial ajuda a repor o tecido subcutaneo. A vitamina C promove a síntese de
c:•sr.-r-ito,. p:,r;-1 mat :H) ori(-nt:1r 1)S p:-1<".Ícml·P. c:uirb1l1)rf); famiHHrt :1 C'.OM!{«"fU', :, int,,e;ric1:H1P rfo patt>,le êHril:.r, :, func;-Jfo ,lo.,;. fihrohbsto é -
prevenir e tratar úlc;tr').<po·r pressãQ e para cuidar de ferida.,. A Agency fun o im µnológica,
for He-.tlthCare Policy and Research (AHCPR, 1992a, 1994) tem folhetos Hemoglobina. Utn baixonJvel de hemoglobina diminui a oferta de
solre a prevenção e tratamento deúleéras porpressã,, que são úteispara oxigênio aos tecidos e leva a mais isquemia. QUànd,, possível, maotenha
orientar os pacientes e seus -cuidadores familiares. J'!..stão à disposiçãó em a hemoglobina em 12 g/ 100 mi.
inglês e e:.-panhol. Jndividuali.ze.seu. ensinamentos parà cada paciente, PrimeirosSocorrospa-taFeridas. Numa , tuação de emergêoda, use
esJl'ecialmente os idosos. medida.< de primeitos socorros para o cuidado de feridas. Sob umdiçôes
Compreender e avaliar a experiência do paciente e da pl'S..oa que o estáveis, várias intervenções asseguram a cicatri¾ação de feridas. Quando
dpôià t,u11béfil é urtld dirnc>t1s1i1>Ífüpoi'ttmtt rto tfd!tdróétlto dé pés.<111$ um p tcitmté sofre um.a foriU!l l1'!i.um!ÍliC!l, !li:inMrvenções dé pd.meiros
com úlcera, por pres.,ão ( WOCN, 2010). Somente agora ,,s clínicos s<>ct>trMincluem e,·tabilizar a função cardiorr<'Spiratória(Cap.40), pro-
cstllo explorando, por meio de pcsc1uisa, a pcrspectiva do cuidador movendo Mmostusia, limpando a ferida, e pro1.cgcndo-o de maior lc.<ãc,.
familiar para as preocupações e que.'1:ôcs enfrentadas por cônjuges 1-lemostasla. Depois <leav:tliar o tipo e a cxlenscro da feri dá, conLrolc
idosos frágeis que cuidam dos set1s entes queridos com úlcera, por o sangramento, aplicando pre...s.ão direta sobre ele Cúm um cur.ttivo es-
pre.'>.<ã0. Ê preciSo plaoejar as intervenções para atender às necessidades téril ot1 limpo, e.orno uma toalha. Depois que o sangramento diminuir,
psicossociais identificadas no paciente e nas pessoas que lhe dão apoio uma bandagem ade.,,.'lva ou curativo com gaze colocado sobre a laceração
(WOCN, 2010). permite que asborda., da pele se fechem e que se forme um roágulo. Se
Estado Nutricíorutl. A avaliação e a sustentação nutricional do um curativo ficar enchar.c:ido de sangue, acrescente mais wna camada
pac.iente com uma ferida se ba.<ciam na apreciação de que a nutrição de curativo, continue a aplicar pressão e eleve .a parte afetada. Evite
é fundamental para a integ:ridade celular normal e o reparo de tecidos piorar a solução de rontinuidade das camadas dq,de. Laceraç<ies sérias
(Stotts, 2012a). li neeé,<Sária a intervenção precoce para corrigir a nu- predsarn ser suturadas -por um médico. Os tlll'ativos cúmpressivos
trição inadequada e apoiar a cicatrização da ferida. A Joint Commis- usados durante as primeiras 24 a 48 hora., depois do trauma ajudam a
sion (2008) recomenda avaliação nutricional dentro de 24 horas após manter a hemostasia.
a admissão. A, reavaliações refletem mudanças de estado e e-feitos das Normalmenre, deixe q:ue um ferimento perfuranre sangre para remo-
intervenções (Stotts, 2012a}. O Quadro 48-11 define os parfünetros para vera sujeira e outros contaminantes, como a saliva de uma mordida de
desnutrição dinic.amente signllicativa (AHCl'R, 1994), Avalie a boca c:ão. Quando wn objeto pen 'trante, romu uma lâmina de faca, estiver
e a pde do paciente, pesquisando sinais de deficiências nutdcionais presente, rúio remova ó óbjeto. A pre.<cnça de, ohjet-0 proporciona pressão
(Cap. 44). Dê suplementos \'itamirucos e minerais se suspeitar de alguma e controla um pouco o sangramento. A remoção· cau.,a sangramenlo
deficiência ou se ela já for conhecida. maciço e desu,r1trolado. Exceto nas lesões do crânio, aplique pres.<ão em
Estado das Proteinas. Os pacientes com úlcera. por pressão que tomo do objeto penetrante, mas não sohre ele, e transporte o paciente
estâo ábaixo do peso ou perdendo peso precisam de melhora do ganho para um ser,,jço de emergência.
caló,ic;, e de uplementaçãc, proteica (Vl'OCN, 201 O). lJm paciente p0de Limpeza. O processo de limpe.ta de uma ferôda envolve sekc.ionar
perder até 50 g de proteína por dia de uma úlcera por pressão aberta e uma solução de limpeza apropriada e o uso de um meio mecânico para
oferear a solução sem causar lesão do tecido dá ferida em cicatriz;ição
(WOCN, 2010}. Limpar delicadamente a ferida remove os contaminantes
que servem mmo foros de infc-cção. No enllmto, a limpeza vigorosa u.sando
um método com força meâmica excessiva causa sangramento ou agrava a
QUADRO 48-11 RECOMENDAÇÕES
lesão. Para ahra.sties, pequena., lacernçiíe, e )l'<queno., ferimentos Jl'érfuran-
PARA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
tes, enxágue primeiramente a feridácom soro fi.siológico e cubra levemenre
E CONTROLE DAS ÚLCERAS
a áre-a com um curativo. Quando uma laceração sangrar abundantemente,
POR PRESSÃO
apena. e.<eove da s'Uperficie o.scontaminantes e se concentre na hemostasia
Avaliação de Desnu1rição Clinicamente Significativa até que o paciente rt?ceba<.uidados numa dfnica ou hospital
• faça a triagem e avalie o estado nutricional do paciente com 61cera por De acordo com as orientaç,,e.< dá WOCN (2010), o soro fu ológico
pressão na admissão e com cada alteração da condição. ê o agente de limpeza prefürido. l'!. fisiologicarnerue neutro e não preju-
• Avalie o peso para determi,naros antecedentes e perda significativa do peso dica o tecido. A limpeza delicada com soro fisiológico e a aplicação de
real (alteração ;,,; 5% em 30 dias ou ;,,; 1Ó%em 180 dias). curativos umedccidos rom soro fisiológico costumam ser u.<adas nas
feridas em cicatrização. Use soro fisiológico para manter a superfície
Intervenções úmida neassária para promover o desenvolvimento e a migração do
• Encaminhe os pacientes com ülceras por pressão ao.11utricionista para in- tecido epitelial. Curativos úmidos a seros cúm som fisiológico são apenas
tervenção precoce nos problemas nutricionais, para feridas que prcci,,,un de dcsbridamcnto. Jamais os use numa ferida
• F-orneça30-35 calorias/kg de peso corporal para indivíduos sob estresse com limpa e granulando.
uma 61cera por pressão. Proteção. Indep,mdentemente de o sangramento lét ª"'<ado, proteja
• Considereapoio nutricional quandoa ingestão oral for inadequada. uma ferida de maior lesão aplicando curativos estkreis ou limp0s e imo-
• Incentive o consumo de uma dieta balanceada que inclua boas fontes de bilizando a parte do corpo. Um curativ(> leve apllicado sobre pequenas
vitaminas e minerais. feridas impede a entrada de microrganismos.
Modificadodo EuropeanPressure UloorAdvlsoryPaneiandNationalPr&$SUre Curativos. Quanto mais c.x.ttnsa a ferida, maior o curativo nt1cessário.
Ulcêr Advisory Panr.l'.Ji'IMDYlêl'/1ôf PTêSSUTê Ulôi!fS'. quick NJféT(/f/téguidê. No domicilio, uma toalha. ou fralda limpa m,tumaser o melhor curativo
Washington,DC,2009, NationalPressure Ulcer Advisory Panei. secundário. Um curativo volumoso aplicado com pressão minimi·,a o
1...lllr11 ULU 'loD mcegnmme aa re1e e 1...umaaos m1s renaas
movinrnnto dos tecidos subjacentes e ajuda a itnobilliar a parte corp<>ral deixar que o curativo com gaze urnedecida com soro fisiológico seque
inteira. Uma bandagem ou to.alha enrolada em torno de um objeto e fique colad<>. Isso oo.ntrastadiretamente.com a técnica de curativo que
penetrante deve imobiliz:1-lo adequadamente. você usase o objetivo fordesbriclarmccanica.mcmtt!a ferida,undo um
Existem curativos alternativos para cobrir e proteger ccrios tipos de curntivo úmido a seco corn soro fisiológico. Quando ícridas como as
feridas, como as gr-andes foridas, a., ferida.< com tubos de drenagem ou ne(.-rótic:,, exigem de.sbridamcnto, u.<cuma técnica de curativo úmido a
c:MMPl"PSclr :,s.pintt;:1o,. e Íf'ri,fas ')tW pre,i.;.:,m ele 1·rnr.;:, fr q1w.nte P.tn sc'll. \,.,lõq11eo c:ut:l1v,, t'Ími<lo(nar!1tivo,lP.c.ônt:tin) n:1fori,l:1 éclt>ixe:!-n
razão da drenagem exce."-IÍ<'a. Bolsas ou siskmas de colei;a especiais para cear. O curativ<)de contatQ desbrida o tecido necrótico e os resic;luos.
feridas cobrem e= s fo;ridas e coletam sua drenagem. Algun.s desses dis- Nesse caso, deixa-se que o curativo de contato seque. para que fique
positivos têm urna porta plástica na parte anttti<>r da bolsa, pernútindo colado ao tecido subjacente e ocorra de,shridamento durante a remoção.
que a., compressas sejam trocada., sem se remover a bolsa da pele. Os cll!ativos aplicados à ferida com drenagem exigém trocas fre-
O u.so de curativos exige conhecimentos sobre a cicatrização das quentes parn prevenir<> crescimento de microrganismos e sõlução de
feridas. V'ári0-,materiais para curativo estilo C<)mercializados. A séleção continuidade da pele. As bactérias crescem rapidamente no ambiente
correta do curativo facilita a cicatrizas,ão da ferida (Rolstad, Bryant e escuro e quente s o b = curativo. A.<super6des da pdé ficam maceradas
NL, 2012). O t:ip<> de éútútiV<> dopcttdc dú <>V<>lÍ<1ifo<ln forid<> é dâ hl!le é ittit<>d<>S.Minirni:.eé" •olu ao d, ooneirtuidúd<> d.i pdé om voltú dú
de cicatrização da ferida. Quando você identifica os objetivos para os ferida mantendo a pele limpa e seca e reduzindo<> uso de fita., adesivas.
cuidados da ferida, a escolha do curativo se torna ch1n1. Uma ferida A camada de curotivo absorvente serve como reservatório para .se•
que precisa de trat,1mcnto de infecçíl.o exige um conjunto diíerontc de creçôcs adic.ionais. A ação de capilaridade dos curativos com g:rm tecida
curativos daquela que precisa de reruoção de t<!ddo não viável puxa <1excesso de drenagem para o curativo, afastando-a da ferida. A
Para feridas cirúrgica., que se fecham por prime.ira intenção, é co- camada e"1:ernaJinal de um curativo ajuda a impedir bac,térias e outros
mwn remover os curativos assim que a drenagem. cessa. Diforentemente,, contaminantes externos de chegar à superfície da ferida. Geralmente,
qu:l.lldo se fuz curativo cm urna ferida que está se fechando por segunda o curativo éJ<terno é feito de um material para curativo mais espesso.
intenção, o material do curativo se torna um meio para proporcionar Aplique ade.'livos a essa camada para prender os curativos.
umidade. à ferida ou-awciliar no desbridamento. Um curativo -précisa manter o ambiente úmid<>na ferida .se ela es-
Finalidade.ç dos Curativos. tiver fechando por segunda intenção. Uma base de ferida úmida facilita
Prot,-ge uma ferida da contaminação por núcrotganismos o movimento de epitelização, a.,;.,im pernútindo que a ferida recubra sua
Auxilia na hcmostasia supe.rflcie o mais rápido possível.
Promove cicatrização pót absorver a drenagem e desbridamento Tipos de Curativos. Os curativos variam por tipo de materia,1 e
da ferida modo de aplicação (úmido ou seco) (ver Procedimento 48-3 na. pp.
Sustenta ou fornece uma tala ao k,cal da ferida 1246-1250). Eles precisam ser fáceis de aplicar, confortá,•eis e ftjtos
Protegeos pacientesdâ visão da !crida (se perce.bidaromo desa- de matl!riais que promovam a cicatrização das feridas, As diretrues da
gradável) WOCN {2010) são úteis ao selecionar os u.rativ<>scom base no objetivo
Promove o isolamento tétmico da superfkie da ferida do tratamento da ferida (Quadro 48-12). Para evitar causar dano à pele
Proporciona um ambiente úmido em v<>lt;.1da ferida, é importante que a técnica de curativo que você usa
Quáild<> a pcle tem solução de continuidade, um curativ<> ajuda a reduzir para tratar as úlceras por pressão e <>utms feridas não as deixem exces-
a • "Posição aos microrganisruos. No entanto, quando a drenagem é sivamente úmidas (Quadro 48-13).
mínima, o prúéésso de cicalTi2ac;ã<>fotma uma vedas,ão natural defibrin A maioria das úlceras precisa de curativos. O tipo de curativo ge-
.a que elimina a ncce.o;.otléladede um curativo.As ferida., com-perda extensa ralmente se baseia no estágio da úlcera por pre.sã<>, no tipo de teci.do
de tecido sempre necessitam de um curativo. da ferida e na função do curativo (Tabéla 48-8). Antes de colocar um
Os curativos compressivos promovem hemos- ia. Aplicado com curativo em wna úJ.cera púr pressão, é importante conhecer o estágio
bandagens elásticas, um curativ<> compre.,;.sivo exerce pm,são localizada
para bai.xo sobre um p<>nto desangr:une.nto re-.tl ou em potencial. Um
cUTativo comprt>SSÍvô elimina Oespa morto nos tecidos subjacentes
para que a dcatriza<;ão da fetida evolua normalmente. Verifique os
curativos compressivos para ter certeza de que não interfiram com a QUADRO 48-12 CONSIDERAÇÕES SOBRE
circulação para uma parte do corpo. Avalie a cor da pde, os pulsos nas O CURATIVO
extremidades distais, o conforto do paciente e a. alterações de sensibili- • limpe a ferida e a área em tomo da ferida em cada·troca de curativo, mini-
dade. Os curativos compressivos não são removidos de rotina. mizando o trauma à.ferida (WOCN, 2010).
Uma função principal de um curativo numa ferida em cicatrização • Use um curativo que proporcione continuamente um ambiente Címido.
é absorver a drenagem. A maioria dos curativos cirúrgicos com gaze • Realize os cuidados. da ferida usando curativos tópicos, o que é determinado
tem três aunadas: um.a can:iada de contato ouiprimária, uma camada por uma avaliação minuciosa. Nenhum estudo eSJ)€cffico deu comprovação
absorvente, e uma camada externa protetora ou secundária. O curativo de umtipo ideal de curativo para as úlceras por pressão (WOCN, 2010).
de contato cobre a incisão e parte da pcle adjacente. Fibrina, derivados • Escolha um curativo que mantenha seca a pele intacta em torno da úlcera,
do sangue e resíduos aderem à sua superfkie. Ocorre um problema se mantendo amido o leito da lílcera.
a drenagem da ferida secar, f.r1.endo com que o curativo se CQlcà Unha • Escolha umcurativo que controle o exsudato, mas não resseque o leito da
de sutura. Remover inadequadamente o curativo causa rupturn da
úlcera.
super6cie epidérmica em cicatri.Záção. Se o curativo estiver colado à
• O tipo de.curativo pode mudar com o passar do tempo à medida que a mcera
incisão cirúrgica, umed"1'3-<> com som fisiológico. Isso faz que de fique
encharcado, soltando-se da Mea incisional e impedindo trauma da área
por pressão se fecha ou deteriora. Aferida deve ser monitorada a cada troca
de curativo e.regularmente avaliada para determinar se são necessárias
incisional durante a retnoção.
mo.díficaçõesdo tipo de curativo (WOCN, 20IO).
A técnica de curativo varia, dependendo do objetiv(> do pl:l.ll(>de
• Considere o tempo do cuidador, a facilidade de uso, a disponibilídade e o
tratamento para a ferida. Por exemplo, se objetivo for manter um am- custo ao selecionaf um curativo.
biente úmido para uma ferida limpa granulando, é importante não
[12' u"'1u1-1uc , oases r1sm1og1caspara·a rrauea-ae cmermagem
Q U A D R O 48-13 PRÁTICA BASEADA da úlcera por pressão; ter feito urna avaliação min uciosa dela; e com-
preender o objetivo do tratamento. o mecanismo de ação do curativo e
EM EVIDtNCIAS
ús prindpios de cuidado,, de feridas.
Lesão da Pele Associada à Umldsde
llspoojas de são o curativo mais antigo e mais comum. São
0.uestio PICO:Quais interven ões podem ser usadas para prevenir lesão da absorventes e especialmente úteis nas feridas par:a remover o cxsudato.
pele associada à umidade que ocorra em torno de uma ferida em umpaciente? A fl.;'7P vém f n, dlfor rth-•s féx-t-11r. é v;ít'loS; rtlmprim ntof.: " t:lm:mho1,:; o
)
como com todos os CtJrativos oclusivos, a iecida não dáve estar clinicamente in1ectada.
exsudato. Os curativos de bi drogel são para feridas com espe,sura parcial Remova ou troque os curativos sobre feridas fechadas quando
e com espe. ura total. feridas profundas com um pouco de exsudato. ficarem úm.idós <lu se o paciente tiver sinais ou sintomas de in-
feridas nccn\ticas, queimadma, e pele !e.sacia por radiação. São muito feqão e conforme prescrito
úteis na, feridas dolorosa, porque acalmam a dor e .não aderem aoleito Para preparar um pacfon te para uma troca de curativo, faça o seguinte:
da ferida, assim causando pouco trauma durante a remoção. Umâ des- Avalie a dor do paciente e, se indicado, adminisLre os analgésicos
v:l'n1tae f' qur :tleuns hicl-toe if. pt...c.isam dé. um ("IJTalÍvo .'-1>(";11nclMio nP.c"#Ss:\rio. p:1rn c111r.O.f'-fêi10 m:himo cw:orr:un c111rorth> :1 lror.1
e é prcci.,9 cuidado para impedir a maC<?ração em volt:i da ferida. Os de curativo
bid.rogéis vêm em um curativo em folha ou num tubo; desse modo, você Descre.va as etapas do procedimento para diminuir a ansiedade
consegue t>sguichar o gel diretamente na base da fer:ida. do paciente
O bi<lrogel tem as seguintes vantagens: Reúna todo o material nece.,sário para a troca de curativo
Acalma e pode reduzir a dor Reconheça sinais normais de cicatrização
Proporciona um arnbiente lllnido Ré.SJ>Ondaà., perguntas sobre o procedimento ou a ferida
Desbrida o tecido necrótico (amolecendo o tecido necrótico) Muitas veu... é necessário em'inar os pacientes a trocar os curativos em
N,fo adoto li I',.,.., da foti<la o é fácil do tomõvét ptépm'ild(> pm'II M c•túdácfo:l ttl) dc>micllio. NéM<I ãitudçli<>,démott:>ti'<
E:xistem muitos outrús tipos de curativos. Curativos com espuma e w,cas de curativos ao paciente e à família e d e pois lhes dê a opor- a.
alginato são para feridas com grandes quantidades de cxsudato e as que tunidade de praticar. Ceralmcnlc, a cicatrização da ferida já progrediu
precisam de tamponamento. Os curnL1vos com espuma também silo até o ponto em que os riscos de complicações, como deiscencia ou
usados em tomo dos tubos de drenagem para absorver a drenagem. Os e visceração, sejam mínimos. O paciente preci.,a conseguir trocar um
curativos C(>malginato de dk io são fabricados a partir de algas mari- curativo inde pendentemente ou com auxi!i(> de um familiar antes da
nhas e vêm em folhas e na forma de corda. O algiinato forma um gel alta. Curativos C(,ntarninados no domicilio devem ser descartados de
macio quando entra em rontato com o líquido da ferida. l':sst>s curativos maneira compatlvd C<lmos regulamentos locais. O Procedimento 48-3
altamente absorventl!li são para feridas rum uma quantidade exce!l!.iva d = e v e etap:i.S para trocar curativos seros e ú:midos.
de drenagem e não causam trauma quando removidos. Não ,is,, esse tipó Tamponamento de uma Ferida. O primeiro passo para tamponar
nasfer'lilas seats, e eks exigetn um cumtivo secundário. Vários fabricantes uma ferida é•avaliar seu tamanho, profundidade e forma. Essas caracte-
pr<>duzem curativos c,impostos, que combinam dóis tipos diferentes de dsticas são importantes para determinar o tamaniho e o tipo de curativo
curativos em um. Estão em andamento pesquisas referentes a qual tipo usado para tamponar WTiaferida. O curatl\-o precisa ser fte)(ÍVele ficar
de curativo é melhor para cada tipo deferida. em contato com a superfície inteira da ferida. Certifique-se de que o
Trocas dos Curativos • .Para se preparar para trocar um curativo, tipo de material usado para tamportar a ferida seja apropriado. M,ritos
você precisa conhecer o tipo de curativo, a presen·ça de drenos ou tubos novos materiais pata curativo, como os alginatos, também são usados
subjaantt-s e o tipo de material necessário para -cuidar da ferida, A para tamponamentc,, Sé a gaze toro material de curativo apropriado,
má. preparação tau.sa uma quebra na técruca asséptica (Cap. 28) ou encharque-a com a solução prescrita, corça-a, desdóbre-a e faça um
des.alojamento acidtntal de-um dreno. Seu julgamento sobre modificar tamponamento leve da ferida. A superficie inteira da ferida precisa estar
um procedimento de troca de curativo é importante durante o cuidado em contato C(>mparte do <.urativoC(>mgaze úmida (Pmcédimento 48-3).
de feridas, p-JTticularmertte ,<eo caráter de urna ferida mudar. Ê essencial íl importante lembrar-se de não tamponar a ferida de um modo
notificar o médico sobre qualquer mudança. muito apertado. O excesso de tamponamento cau.sa pressã<l sobre o
Algum,_, ve,e., (p. ex., côm feridas não cirúrgica.< crónica,), a enfer- tecido no leito da ferida. Tarnpone a ferida somcmte até que o mate rial
me:ir-.1 usa uma técnica limpa par.1 uma troca de curativo. Técnica limpa de tamponarnen.to chegue à superll'cie da ferida; jamais de.ve haver tanto
se refere ao fato de que a enfemu!ira mantém assepsia médica versus estéril material de tamponam nto que se estenda mais alto do que a superfide
(Cap. 28). Ela usa luva< de procedimento, mas os matmai, do curativo es- da ferida. O tamponamento que se sobrepõe às bordas da ferida causa
tão em embala gens estérei.s esão cuidadosamente colocados sobre a ferida. maceração do tecido em torno dela.
As feridas profundas que precisam de irrigação geralmente são .irrigadas lfma modalidade de tratamento para as feridas é a terapia da ferida
com urna solução estéril. Ê essencial urnabist<,riacompleta do pacientee com pres. ão negativa (TFPN) ou fecbamen to assistido a vácuo (um
da ferida para determinar quando uma técnica de curativo limpa é apro- nome comercial é V:A.C.). A TFPN é a aplicação de pres.'ião subatmos-
priada. Por exemplo, as úlcera, por pre.o;.o crónicas usam uma técnica férica a uma ferida através de aspiração para facilitar a cicatriiação e
limpa ..Poroutto lado, uma ferida cirúrgica recente exige técnica estéril coletar o líquido da ferida (Netsch, 2012). O fechamcnto ruisistido a
para não introduzir microrganismo. numa rerida em c.icatrização. vácuo (V.A.C.) (Fig. 48-19) é umaparelho que auxilia m1cicatrização de
A prescrição do médico para troca.i de curativos indica o tipo de feridas por aplicação de pressão negativa ,localfaada para unir as bordas
curativo, a frequência ela trocas e qualquer solução ou pomada a ser
aplicada à ferida. A prescrição de "reforça.e o curati,,o se nece.ssário"
(acresC<?ntar curativos sem remov -r o original) é comum logo depois
da cirurgia, quando o médico não quér a ruptura ácidentàl da linha Unidade V.A.C.
de sutura nem sangrarnento. O registro no prontuário ou na ficha de
cirurgia geralmente indica se e.stão presentes <lrenos e de que cavidade
ubos de conexão
corporal eles drenam. Depois da prirndra troco de cttrativo, descreva
a localização dos <lrenos e o tipo de mate.ria.is de curaL1vo e soluções a 1
serem usados no plano de cuidados do paciente. Siga estas orientações
dorrânte um procedimento de troca de curativo:
Avalie a pele sob a fita adesiva
Realize minuciosa higiene das mãos antés e depois dé tratar a
ferida
• Use luva.\ estéreis antes de tocar diretamente uma ferida aberta FIG. 48-19 Unidade V.A.e. VA.C., Fechamento assistido a vácuo.
ou re<:ente (Cap. 28) (Cortesia de Kinetic Corncepts, lnc IKCI], San Antonio, Texas.)
1...lllr11 ULU 'loD mcegnmme aa re1e e 1...umaaos m1srenaas
RG. 48-20 A, Deiscência da ferida antes da terapia oom V.A.C. B, Deiscência da ferida depois da terapia com
V.A.e. VA.C., Fechamento assistido a vácuo. (Cortesia de Kineiic Concepts, lnc [KCll, San Antonio, Texas.)
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A B
FIG. 48-28 Retirada de pontos intermitentes. A, Corte o ponto o mais próximo possfvel da pele, longe
do nó. B, Retire o ponto e nunca deixe que o ponto contaminado atravesse os tecidos.
FIG. 48-30 Fixação de uma cinta abdominal com Velcro. FIG. 48-31 Colocação de uma tipoia.
DePois de aplicar a bandagem, a enfermeira avalia, documenta e imedia- tica. Use vária. volta da baodasem, de pendendo da parte do corpo a
tamente relata alt<,>raçt',e.s da circtdação, da integridade da pde, do nfvel recebe-la.
de conforto e da função corporal (p. ex., ventilação ou movimento). A Terapia com Calo·re Frio
enfermeira que aplica uma bandagem a afrouxa ou reaju.<ta conforme a Avaliação da Toler.lncia à Temperatura. Ante de aplicar terapias de-
nece,,'lidade. Ela precisa da presaição de um médico antes de afrouxar calor ou frio, avalie a condiÇão física do paciente quanto a sinais de in-
ou remover uma bandagem aplicada pelo médico. A enfermeir• explica tolerância em potencial ao calor e ao frio. Observe. primeiramente a área
ao paciente que qualquer bandagem ou cinta dá a sensação relativa de a ser tratada. Avalié a pele, procurando áreas abertas, nimo alterações da
firmeza ou aju.ste. Avalie cuidadosamente a bandagero para ter certeza integridade da pele (p. ex., abrasões, feridas abertas, edema, contust,és,
'l'
nP. foi orlicarla arl<',JnarfamentP. e qne pmpordona hmefkio 1·era- saneramf'nto cm ;írl'olS localfa.1,fa. ciP. inflamação) f)HR :mm·fmtfl:m c1
pêutico, e troque as bandagen.< sujas. ri.,co de lesão para o paciente. C,lmo o médico comumente prescreve
Aplicação deCinb.l!s. A< cintas são es-pedalmente desenhada.< para a aplicaç6es de calor e frio para área., traumati-zadas, a avaliação inicial da
parte corporal a ser sus.tentada. O tipo mais comum de cinta é a abdomi- pele fornece orientação para perceber as altemÇi>es que podem ocorrer
nal (ver l'ro<>?dimento 48-6, nas pp. J256-U57). Sutiãs bétn adaptados durante a terapia. lnclua, em sua avaliasão, o sistema neurológico para
estão agora substituirído as cintas para as mamas. Ambos proporcionam sensibilidade (perceba se o paciente sente extr emos de fcio ou calor) e
sustentação depois de cirurgia da mama ou exercem pressão para redU't.ir o estado menml do paciente para ter certeza de que ele pode comt1nicar
a lactação em uma mulher dep ois do parto. corretamente qualquer problema na terapia com calor oufrio.
CintasAbdomiriais. Uma cinta abdominal sustenta grande.ç indsôes A avaliação inclui identificação das condiç.ões que contraindiquem a
abdominais vulneráveis à tensão quando o paciente se movimenta ou tempia com cal(>rou frio. Não cubra uma área ativa desangramento com
tosse (Fig. 48-30). Fixe uma cinta abdominal com alfinetes de segurança, uma aplicaÇão quente porque o sangmmento c.ontinuar.í. As aplicações
tiras de Velcro ou suportes de metal. 9uentes são contr.1U1dicadas quando o paciente tiver urna inflamação
Tipoias. As tipoias snst<,'lltam os membros superiores com entorses localizada aguda, como apendicite, porque o calor causará a ruptura
musculares ou fr-•turas.. Uma tlpoia fabricada e disponlbilizada comercial- do apêndice. Se um paciente apresentar pr,oblemas cardiovasculares,
mente consi.,te em uma longa manga que se es'tende acima do cotovelo e não é aconselhável aplicar calor a grandes partes do corpo porque a
com uma tira que envolve o pescoço. No domicilio, os p-•cientéS podem vasodilatação maciç a rcsultante interrompe a irrigação sanguínea para
usar uma p de tecido triangular sr.mde. O paciente se senta ou se deita <lrgãos ,,jtais.
em supino durante a aplicação da Lipoia (Fig. 48--31).Oriente-o a dobrar O frio é contraindicado se o local da les.ão já tiver edema. Retarda
o membro afeta<k,, mantendo o antebraço em posição reta attave=do o ainda mais a circulação para a área e impede a absorção do líquido
tórdX.A tipoia aberta é encaixada sob o braço do paciente e sobre o tórax, intersticial. Sé o paciente tiver um comprometimento da circulação
ficando a base do triângulo sob o punho ca ponta do triângwo no cotovelo. (p. ex:., arteriosclerose), isso reduzirá ainda mal a irrigaÇão para a área
Uma das extremidades da tip o ia se encaixa em torno da nuca do paciente. A afetada. A terapia oom frio também é contraindicada na prese.nça de
ontra extremidade é levada par• cima e sobre o br..ço afetado, su,,teotando neuropatia porque o paciente não é capa-, de perceber a mudánça
a extremidade. Amarre .as duas extremidades ao lado do pescos:,, de modo de temperatura e a lesão decorrente de extremos de temperatura. Outra
que o nónão faça prc.siic.> contra a colunacervical. Dobre o material0011.0 contraindicação par.ia tcrnpia com frio éo tremor. Asaplicações de frio
no col.Ovelo de mandra. igual e prenda com um :tlJinetc. Sempre SLLtentc o algumas vc-1.eslntcnsincam os tremores e a•unentam pcrigosllmcntc a
antebraço e a mão num nlvd acima do cotovelo para impedir a formação temperaturd corporal.
de edema de-pendente. Avalie a resposta do paciente aús estúnulos. A sen.<ibilidade tátil,
Aplicação de Bandagem. Rolos de bandagem fixam ou sw,1entam dolorosa e a pequena.< variações de temperatura (Cap. 30) revela a
curativos sobre partes do c.orpo com forma irregwac Cada rolo tem urna capacidade do paciente de reconhecer quando o calor ou<) frio se torna
extremidade externa livre e uma el<l.remidade terminal no centro do rolo.. e.,ces.,ivo. Se um paciente tiver doença vascwar periférica, pm1e atenção
A parte enrolada da bandagem é seu corpo, e sua superfície externa é cm particwar à int ridade das extremidades. Por exemplo, se a pres-
cólocada u)ntra a pele do paciente ou o L11rativo.O Procedimento48-7, e.tição do médico é aplicar uma compress.a fria a uma extremidade
nas pp. 1258-1259, descreve os pas.<OSpara.aplicar uma baodagem dás- inferior, avalie a circulação da perna atr•vés do reenchimento capilar;
[$3' u"'1 u1-1 uc , o a s e s r 1 s m 1 o g 1 c a s para· a r r a u e a - a e c m e r m a g e m
observando a cor da pcle; e palpando as temperattiras da pele, os pulsos TABELA 48-9 Condições que Aumentam o Risco
distais e árt-a.sedemaciadas. Se estiverem presente., sinais de inadequação de Lesio por Aplicação de Calor e Frio
circulatória, é importante que você questione a prescrição.
O nível dcconsci nciuinBucnciua.copacidadcdc r>erooberoculor,o frio CONDIÇÃO !FATORES DE RISCO
e a dor. Se o J".tdente estiver confuso ou ncro reagir, a enfcrmcil".t precis.1 for Pacientes muíto jovens Camadas de pele mais finas em crianças aumen-
ohsv-:1ç,1f'. frf'q1u-!nh-•.,fa int·eri,fa,lé ,b pf'le<lc:opoitp,t- :1t,:.rnpfof'tlme('ftr. ou idosos tamo ôsco dequcimodurs. Ospncicntc-s·idos9s
Av:i].ieÇ:un]iéma condição <lo uipamento nsado. Verifiqne o equi- tin 1edução da sensibilidade ã or.
pamento elétrico quanto a.fios partidos, fios desgastados, isolamento
Feridas abertas, Os tecidos subcutâneos e viscerais si(o mais
danificado e componentes de aquecimento expo.,to.s.1énha cért.e"láde que
o equipamento contendo líquidos circulantes não tenha vazamento.s. Veri-
pele. com solução de sensfvei a variações de temperatura. Também
continuidade. estomas não contl!m receptores de.temperatura 'e têm
fique o equipamento quanto à igualdade da di,,'tl:ibui.ção da temperatura.
menos receptores para dor,
A apLicaçãolocal de calor e frio a umaparte do corpo lesada alg u m as
vez.es é terapêutica. No entanto,-ante-s de tLr ts..U terapias, você precisa Áreas de edema ou rre uma redução dásen ção a estímulostérmicos
coài_ptth.ict M tcó.çôs normni:; do corpo à,;·Vtifiúç:tiés do tcrnpcrotütó. formação dg cic triz gm iaiío do g,;pgssall1Ql'lto das camadas da pglll por
local, avaliar a integridade daquela parte do c,1rpo, determinar a capa- í!CÓmulode líquidoou formação de cicatriz
cidade do paciente de pcrccbcr vari'1çõcs de tempt.:ratura e gu.rantir o Doença vascular As extremidades corporais são menos sensíveis a
funcionamento '1propriado do equipamento. Voe 6 lcgalmcnlc rc.- periférica estímulos térmícos e dolorosos em razãodo com-
ponsável pela administração segura das aplicações de calor e frio. (p. ex., diabetes. prometimentocirculatório e da lesão dos tecidos
Respostas Cor p orais ao Calor e ao Frio. A e,q,osi o calor e ao frio arteriosclerose) locais. A aplicação defrio oomprometeainda
callsa respostas sistêmicas e locais. As re. posta sistêmkas ocorrem por mais o flµxo sangufneo.
meio de mecanismos de perda de calor (sudorese e vasodilatação) ou
Confusão ou perda de A percepção de estfmulos sensoriais ou dolorosos
mecrum'!llos que promovam a conservação do calor (vasoconstrição e
piloereçào) e produção de calor (tremores de frio) (C:-:.ap.30). As respo,1aS conscil!ncia se reduz.
locais ao calor e ao frio ocorrem atrav,s da estimulação clc temúnações ner- Traumatismo Alterações-das vias nervosas impedem a recepção
vosas sensíveis à temperatur-.t na pele. Essa estimulação envia ill1pulsos da raquimedular de estímulos sensoriais ou dolorosos.
perifuria ao hipotálamo, que se toma dente das sensa ,es da temperatura Abscesso dentário ou no A infecção é altamente locaJizada. A aplicação de
local e desencadeia re.stas adaptativas para manuten o da temperatura apêndice calor causa ruptura, com disseminação sistémica
normal do corpo. Se ocorrerem alteraçocs ao longo das vias de sen,,,bilidade de microrganismos.
térmica, a rea'l'ção e a percepção finais dos es1ímulos ficam alteradas.
O wrpo é capaz de tolerar ampla vatfações de ocmptratura.A tem-
peràtura nor:mal da superf!cie da pele é de 34 C, mas os rectptores de
temperatura geralmente se adaptam rapidamente a temperaturas locais Uma pessoá li mais capaz de tolerar a exposi o curta a extremos
entre 1s• e 45 •e. Desenvolve-se dor quando as temperaturas locais saem dé temperatura do que à e:xposiçãO prolongada.
des.sa faixa O calor escessivo causa urna seruação de ardor. O frio pro<luz As camadas de pele expostas e certa áreas da pele (p. ex., pescoço,
uma sensação de adormecimento antes da dor. J".ll'le medial do punho e do antebraço e rt-gião perineal) são mais
A capacidade adaptativa do corpo cria o principal problema em sensíveis a variaçõ,-s da temperatura. O pé'e a palma da mão são
proteger os pacientes de lesão decorrente de e.,tremos da temperatura. menos sensíveis.
Uma pessoa inicialmente sente altetação extrema da temperatura, ma.s, O corpo responde melhor a pequenos ajustes da temperatura.
em curto p<1ríodode tempo, qua.se não a nota. Isso é J?erigoso porque a Se uma parte do oorpo estiver fria e um estímulo quente tocar a
pes.soa insensível aos extremos de calor e frio pode sofrer lesão tecidual pele, a resposta será maior do que se a pel<!já estivesse quente.
séria. Você precisa reconhecer os pacientes com maior ris,:o de le.,ões Uma pessoa tem menos tolerância a mudança., de temperatura
por apLicações de calor e frio ('Iabela 48-9). à.squais urna grande área do corpo é exposta.
Efeitos l.ocüs do Calor e do Frio. Os e tímulos de calor e frio criam A t<>lerànda a variações de temperatura muda com a idade. Os
diferentes respostas lisiol<>gicas. A escolha de terapia com calor ou frio pacientes muito joven s ou idoso.,sâo mais sensíveis ao calor e ao fri<>
depende das re.spostas locais desejadas para a cicatrização das féridas Se à condição ftsicá de urn paciente reduzir a recc-p,;ão ou a per-
(la.1,ela 48-10). cepção de estímulos sensoriais, a tolerância aos extremos da
Bfeit.osda Aplicação de C,,Jor. O cafor,emgeral, é muito terapêutico, temperatura será alta, mas o risco de lesão também será alto.
melhorando oJJuxo sangumeo para uma parte ksada. No entanto, se o A distribuição desigual da temperatura sugere que o é<Juipaménto
calor for aplicado por 1 ho..-a ou mais, o corpo re.du.zo flw..•osanguíneo esteja funcionando inadequada.mente.
por vasoconstrição reflexa para controlar a perda de calor da área. A Aplicação das Terapias de Calor e Frío. Um pré-requisito para
remoção periódica e reaplkaçãô do calor local restaUiátn a v<LIOdila.tação. usar qualquer aplicação de calor ou frio é a prescrição pelo médico, o
A exposição conti:llua ao calor lesa a.scélulas epiteLiais, causando eritétná, que inclui o local do airpo a ser tratado e o tipo, frequência e duração
dor à palpação localizada e até formação de bolhas. da aplica ão (Quadro. 48-15). Consulte o manual de pn1ttdirnentos da
Efeitos tln Apliet'f(i11 ,lo Frio. A aplicação de frio inicialmente dimi- instituição para conhecer us tcmpcrntuJcas corretas a u.sar.
nui a sudorese e a dor. A exposição prolongada da pele ao frio resulta &collta tle Aplicap'lo Omitia 011Seca. Você pode administrar apli-
em vasodilatação reflexa. A incapacidade da., células clc receb(.-retn fluxo cac;ties de cafor e frio sob a. formas seca ou útnid:t. O tipo de ferida ou
sanguíneo e nutrientes adé<juados resulta em isquemia tecidual. A pele lesão, a localiza o nucorpo e a presença de drt.>flagemou inflamaçãosão
inicialmente assume urn aspecto avermelhado, seguido por um aspecto fatores a considerar quando se selecionam apLica.ções secas ou úmida.s.
manchado púrpura-a,uJado, é<>madormecimento e urn tipo de dor em O Quadro 48, 16 resume as vantagens e clesvanta.gens de amba.s.
queimação. Os tecidos da pele é<>ngelarn por exposição ao frio exttélno. Om,pressas Quentes e ú,md,ts. Compressa., quentes e úmida.s melho-
Fatotts que loJluendam a Tolerância ao Calor e ao f.rio. A resposta r.un a circulação, aliviam o edema e promovem consolidação de drenagem
do corpo às terapia.< com calor e frio depende dos seguintes fatores: purulenta Umaa,mpressa é um pedaço de.curati vo oom gaze umedecida
1...lllr11 ULU 'loD mcegnmme aa re1e e 1..,umaaos m1srenaas c : : : u ;w - -
TABELA 4 8 - 1 O Efeitos Terapêuticos d as Aplicaçõ es d e Calor e Frio
RESPOSTA RSIOLÓGICA BENÊFIC:10TERAP�UTICO EXEMPLOS DECONDIÇÕESTRATADAS
Calor
Vasotlllatação Melhorao fluxo sanguíneo à partedocorpolesada; Feridas abertas, cirurgia retal, episiotomla, hemorroidas
promove oferta de nutrientes e remoção de resíduos; dolorosas, tensão muscular, inflamação vaginal,
diminuia congestãoNenosanostecicios lesados de.sbridamento de feridas
Redução da viscosidade,do sangue Melhora a oferta de leucócitos e-antimicrobianos·ao
local da1eripa
Redução da tensão muscular Promove relaxamento muscular e reduz a dor por
espasmo ou rigidez
Aumento do metabolismotecidual Aumentao fluxo sanguíneo; proporciona calor local
Aumento da permeabilidade capilar Promove o movimento dos produtos residuais e dos
nutrientes
Frio
Vasoconstrição Reduzo fluxo sanguíneo para a partecorporal lesada, Trauma direto (entorses, distensões, fraturas, espasmos
impedindoa fonmação·deedema;redma inflamação museulares), laceração superficial ou ferida perfurante,
pequena queimadura, suspeita de doença l)laligna em área
ae lesão oudor,injeções, artrite e traumaartitular
Aílestl!sialocal Reduza dorlocalizada
Reduçãodometabolismo celular Reduz as necessidades de oxig@nio' dos. tecidos
Aumentodaviscosidae dosangue Promovecoagulaçãodosangueno local lesado
Diminuiçãoda tensão muscular Alivia a dor
Posicione o paciente cón-fortavelmente) coloque coxins à prova 5. Cubr--1a bolsa cúm flanela, umãtoalha ou umafronha.
d' ál!ua sob a áreaa sertratada. e aqueça a solução até aproximadamente 6. Aplique a búlsa ao local da lesão por 30 minutos: ela podé ser
40,5º a 43ºC. Depois deimergira parte docorpt), cubra o rcdpientc ea reaplicada emI h,:,ra.
extremidadecomumatoalha para rcdLrtira pi:,-rdade calor. Geralmente f:.
necessário removera soluç.1ojá maisfrfa e acrescentar sõlução aquecida
rlPpúi. cl, ,:erc-·.:1c11nmin.11-n.O rlesnfiol•rtrnnt.:·•ra !-.Ol11c:.:ton11m:t
■■■AVALIA ÃO DE ENFERMAGEM
temperatura cQnstante. Jamais acrescente uma soluçãq mrusquente Você av:\lia as intervençõe de enfermagem para n:duzír e lr:\lar úlcer- por
enquanto a partedo corpo continua imersa.Depois dequalquer banho, pressão, detecminando art?Sposta do paciente às terapias da enfermageme
sequea partedocúrpo cuidadosamente para impedir maceração. se ele atingiu cada meta. Para avaliar <>sresultado., eTespo.tas aos cuidados,
Banltos deAsset1to. O paciente que tenha passado por cirurgia rt.1:al, ,'<lck mede a eficácia das intervenções. Os resultados ótimos são prevenir
episiotomia durante o parto, hemorroida., dolorosas ou inflamação lesão da pele e tecidos, reduzir alesão da pele e dos tecidos subjacentes, e
vaginál se beneficia de banhos de assento, aquele em que apenas a área pos'livel cicatrização da., Í>l'fÍdasoomrestauraçãoda integridadeda pele.
pélvica é imersa em líquido quente ou, em algumas situas:,<>es, frio. O Sob o Ponto de Vista do Pacie . li importánte incluir o pacien-
pud tttê sê Sctttn tíllniti bàitli iro ú ü Cõ.cfoi.m pêcit\l óu fiuft'ld bado quê te é o euid:idor no proee-i:1:0 de !tvalfaç!fo. Dte:rminc o que elet s:ü,em
se encaixe no assento do vaso sanitário para que as pernas e os pés se s,ohre o comprometimento da integridade da pele, determine como
ma.ntcnham foru da água. Imergir o corpo inteiro cau.,a vasodilataf1o o paciente e o cuidador familiar se sentem sobre a prcscnç.1 da ferida
gencrafüada e anulao cfoiLoda aplicaç.,o local decalor à áreapélvica. e· a i,ccessidade de cuidados, e desenvolva um plano de cuidado para
A temperatura desejável para um banho de assento depende de a fornecer instruçt,es edar apoio. As feridas crt\nicas, como a., úlceni,, por
finalidade ser a promoção do relaxamento ou a lim:peza de uma ferida. pressão, levam tempo paira Se fechar eé provável que o paciente vá para
Frequentemente, é nece.,sário acrescentar água quente ou fria durante ca...a com a úlcera porpressão.
o procedimento, que normalmente dura 20 minutos, l?ªra manter uma Resultados para o Paciente. Como cada paciente tem fato res
temperatura constànte. Os manuaí.s de procedimento das instittúçl'íes de ri.-.codiferentes paracomprometimento dá intégridade da pele, é
recomendam a., temperaturas seguras da água. Uma bacia descartável preciso individualizar as intervenções de enfermagem. Os pacientes
para banho de a.o;..ento contém uma bolsa que se a.,;.semelha àquela dos com umcomprometimento mínimo demobilidade ou com c,stadode
enemas, permitindo introdução gradual deágua adicional. saúde relativamente e.,tívcl precisam apenasde algumas medida.,. Você
Previna ahipcrexposição do paciente, colocando cobertores de banho a:valiaa. inte:rvençõe.,deenfermagem parareduzir e tratarasúlcera., por
em seus ombros e coxas e co.ntrolando as correntas de ar. O paciente deve pressãode-terminandoa resposta dopacienteàslL'Tápia.sdeenfermagem
sercapaz de se sentar na bacia ou IY.inhcira com os pt's totalmente ap<>iados e·se o paciénte atingiu cada meta (Fig.48-32).
no dião esem pressão sobré o sacro ou a.s coxas. Como ae.,posição de uma
grande parte do corpo ao e.ator causa vasodilamção ex1ensa, avalie o pulso
e a cor facial e pergunte se o paciente está sentindo tontur,s ounáLL..,,,lS.
Bolsas Quentes Adtj uirida5 Comerdalmet1te. As bolsas quentes Experiência
de.cartáveis preparada., a,mercialmente aplicam calor seco a uina área • Resposta prévia do paciente •
lesada. As substâncias qulmicas se misturam eliberam calor quando você às terapias de enfermagem
har:e, amassa ou comprime a bolsa. A, insttuções da bula recúmendam planejadas para melhorar a •
o tempo paraaplicação do calor. integridade da pele e a
Compressas Frias,Úmidas e Secas. O procedimento para aplicar com- ci.catrização da ferida
pres...as fria.se úmidas éo me.smo que para as compressas quentes. Aplique - (o que funcionou e o que
compre...sa., frias por 20 minuttls a uma temperatura de 15 ºC para aliviar não funcionou)
inflamação e edema.Você pode usarcompressaslimpas ou e.9téreis.
Existem bolsas frias preparadas comercialmente que são semelhantes
à., bolsa., quentes para àplicaçôes secas. Vêm em vá.ria., fotmas e tama-
nhos que se ajustam a diferentes partes do corpo. Ao usar compressa.,
AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM
frias, observe rc.açôc.:.s advet'SàS-., como ardor ou adormecimento,. manchas • Reavalie se há sinals e sintomas associados
na pele, eritema, palidez extrema e umacoloração azulada na péle. àintegridade da pel�tomprometida e à
81111/wsFrios. O procedimento para pre.para.rbanhos frios eimergir ci,atrização da ferida na pele
uma parte docorpt)é o mesmo queparaosbanhos quentes. A tempe- • Determine a percepção do paciente sobre a
ratura de.sejada para um banho frio de 20 minutos é de tS ºC. Controle integridadedç1 p,ele e a intervenção
a., correntes de ar e u.se a,berturas ex.ternas para proteger o paciente • Pergunte ao paéiente e suas expectativas
dos tremores. Muita s vezes:, é nece,ssário acrescentar água fria duràllte estão sendo cumpridas.
o procedimento para mantoera temperaturaconstànte.
Bolsas ou Colares de Gelo. Pará um paciente que tenha uma entorse
Padrões Atitudes
--
mtLscular, hemorragia localizada ou hematoma ou que tenha passado
po< cirurijla dcotal, a bolsa de gelo ideal para prevenir a formação de • Use os resultados esperados • Demonstre justiça ao
estabelecidos para avaliar Identificar as Intervenções
edc,ma, controlar o sangramcnto e àllcstesiar a parte do corpo. O uso
a rcsposto do poclcnte aos que nil.o tiveram sucesso
apropriado dabolsa exige asseguintes etapas: culdad os (p. e)(., a ferida • Aja de modo independente
1. Encha a bolsa com água, feche a tampa, inverta para verificar va- diminuirá de tamanho) ao reelaborar novas
,amenios e despeje a á{,>ua, • Apliq11e padrões de prática, intervenções
2. Encha a bolsa atéa :medidadedois terços c<>mgelo esmagado descrevendo os resulrados
paraque consiga mt)Jdá-la à partedo corpo. esperados.
3. Libereo arda bolsa, comprimindo as lateraiI antes de ft'char a
tampa, porqueo eroes.sode arinterferecorna a,ndução do frio. FIG. 48-32 Modelo de pensamento crítico para avaliação de. enfer-
4. Removao excessode umidade. magem da integridade da pele e cuidado da ferida.
1...lr11 U LU 'loD mcegnmme aa re1e e 1..,umaaos m1s renaas
Os pacientes com um comprometimento da integridade da pelo! identificados; o plano de cuidado dLminuiu a contribuição de
precLsam de avalia1'110 de enfermagem em ba.-.e constante para fatores cada um desS<?Scompooéntes?
que ci.mLTibuam para a soluç.io de continuidade da pele. Lsso inclui A cicatrizaçã-o da ferida foi apoiada pelo fornecimento de um
uma avaliação abrangente da pele e d" forida i,sando uma. fc.rramcnt11 ambiente úm.ido protegido à base da ferida?
de avaliação de risco vaHdada. A avaliação de enfermagem proporciona Questões c,imo nutrição foram avaliadas e foi elaborado um
Í'tin,lnm,)nto par:\ ó pl:ino cltt.cuichufo P. :'lv:llinç.:1o ,lo.,:. r sult:uios f,
:1 pbnn ,l t:ui,fo<lc) ']lte forn,)c:essé :lõ p;1(if)rtte :'1..:c.:tlflri:l p:-.rn
crítica para m,lnitorar·,i eficácia do plano (NL'<, 2012), apoiar a cicatrizal'1IO da ferida?
Se os re,ru.\tados identificados não forem atingidos para um paciente Finalmente, aválie a necessidade de encaminhamentos adicionais a ou-
ciim um comprometimento da integridade da pele, as perguntas a fuzer tros e.,,ecialistas em -uidados de ferida.,.e em úlceras por pres.o, como
incluem asseguintes: as enfermeiras especializadas em cuidados de feridas. Os cuidados dos
A etiologia do comprometimento da pde foi abordada? Os com- pacientes com uma úlcera por pres.o 011ferida exigem uma abordagem
ponentes de pressJo, fricção, cisalhamento e umJdadc foram por equipe multidísdplinar.
PASSOS JUSTIFICATIVA
COLETA DE DADOS
1 Identifique indivfduos em risco que precisem de prevenção e fatores específicos Determinafatores que aumentem o risco do pacieRte para desenvolver úlceras
que os coloquem emrisco. por pressão (Braden, 20011.
a. Use ferramenta deavaliação de risco validada. como a Escala Braden. Garante avaliações consistentes. confiáveis e comparáveis(WOCN. 20101.
b. Avalie o paciente e determine o escore de risco na admissão aos cuidados Fornece dados iniciais de referência.
agudos. emhospitais de reabilitação. emestabelecimentos assistenciais, em
programasde cuidado domiciliare emoutras instituições de cuidado à saóde.
2 Determine a capacidade do paciente de responder significativamente ao des- Paciente com capacidade límitada completa ou parcial de responder ao
conforto relacionado com a pressão (percepção sensorial). desconforto relaciollado com a pressão nãoconsegue comunicardesconforto.
tem limitação da capacidade de sentir dor e, assim se11do, tem risco de
desenvolver ólceras por pressão.
3 Coloque luvas limpas e conduza uma avaliação sistemática da pele nas proemi- As proeminênciasósseas têmalto riscode solução decontinuidadeporcausa
nências ósseas. das altas pressões exercidas sobre essas áreas quando o paciente fita imóvel.
a. Obse,ve as áreas de risco desolução de continuidade da pele. incluindo a parte O achado de eritemà ou de integridade dá pele prejudicada necessita de
posteriordo çr/Jnio, ombros, costel;is, quadrls, regiã9 saçral, isquio, pa medial e planejamento apropriado de inte,venções.
lateraldojoelho.partesmedialelateraldotornozelo.calcanharesepés(Fig.48-9f.
F1ii umaaae , Gases r1s101og1caspara a rrauca ae cmermagem
PASSOS JUSTIFICATIVA
4 Avalie os seguintes locais em potencial para solução de continuidade da pele:
a, Orelhas e narinas A cartilagem que as canulas ,ou sondas nasais comprimem desenvolve necrose
por pressão.
b. lábios As vias respiratórias orais e canulas endotraqueais exercem pressão se deixadas
no local por perfodos de tempo prolongados.
e. locais com sondas (p. ex., gastrostomiá ou sondas nasogástricas, cateteres As sondas exercem pressão se muito fixadas à pele ou se houver tensão no ponto
de Foley, dr.enos de Jackson-Pratt) de introdução. Se estiver presente. umidade em torno dos pontos de introdução
das sondas, o vazamento de lfquidos corporais compromete a integridade da
pele.
d. Dispositivos ortopédicos e de posicionamento (p.ex., aparelhos gessados, Dispositivos inadequadamente adaptados ou aplicados tl!m o potencial de causar
órteses, oolaresl press!lo sobre a pele adjacente e o tecido subjacente.
5 Avalie o seguinte em toda a superffcie da pele:
a. Ausência de camadas superficiais da pele O dano das camadas-superficiais da pele indica lesão por fricção ou umidade. A
área fica 6mida e dolorosa ao toque.
b. Formaçãa de vesículas Sugere dano da pele por fricção e/ou remoção inadequada da fita adesiva.
Ocorrem vesículas quando a camada superior da pele é puxada ou friccionada,
separando a epiderme da derme.
e. Qualquer perda de epiderme e derme. Indica dano da pele. Determine a causa desse dano e inicie intelllenções para
prevenir maior dano.
6 Avalie o grau emque a pele do paciente fica exposta à umidade. Remova as luvas A exposição à umidade excessiva aumenta o risco de solução de continuidade da
e realize higiene das mãos. pele (Bryant, 2012)
7 Avalie o nfvel de atividade d padente. O paciente restrito ao leito otJ a uma cadeira ou que caminha apenas
ocasionalmente está em risco de desenvolver áreas de pressão por causa do
grau de inatividade ffsica IWOCN, 2010).
a. Determine a capacidade do paciente de mudara controlar a posição do corpo O potencial para fricção e cisalhamento aumenta quando o paciente é
(mobilidade). completamente dependente de outros para mudança de dec6bito.
b. Determine as posições preferidas do paciente. O peso do corpo é depositado em certas proeminências ósseas, e o paciente
resiste a sair do posicionamento nessas áreas.
8 Avalie o padrão habitual de ingestão alimentar do paciente. O paciente que raramente ou·nunca faz uma refeição completa está em risco de
fonmação de 61ceras por pressão.
a. Analise o padrão de peso, a·ingestão de caloria e os valores laboratoriais de Diminuição do estado nutricional está ligada à formação de 61ceras pór pressão e
nutrição [Quadro 48-11 I. a problemas na cicatriiaçiio de feridas [WOCN, 2010).
b. Avalie a ingestão completa de líquidos. O desequilíbrio hfdrico, seja por desidratação ou edema, aumenta o risco do
paciente para 61ceras por pressão (Stotts, 2012at.
9 Avalie a presença de fricção e/ou cisalhamento. O paciente que tem um problema para se movimentar exige máxima assistência
nos movimentos ou então de.slizará contra os lençóis quando movido e terá
aumento do risco de lesão da pele [Bryant, 2012).
PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM
1. Explique o procedimento ao paciente. Promove a colaboração do paciente e reduz a ansiedade.
IMPLEMENTAÇÃO
1. Observe o escore na escala de avaliação de risco. (OBSERVAÇÃO: Os valores A documentação fornece uma linha de base para comparação de aumento ou
numéricos nos Passos a até f se referem à Escala Braden.) diminuição do risco de desenvolvirri nto de 61ceraspor pressão e permite o
planejameoto de enfermagem das intervenções.
a. A medida que os escores na Escala Braden se tornam mais baixos, o risco Escores: 15 a 18, em risco
predito se torna mais alto. 13 a 14, ri•sco moderado
1Oa 12, alto risco
s9, risco muito alto
i
b. Ligue a avaliação de r sco a protocolos preventivos. Realiie higiene das mãos Os protocolos tl!m por objetivo áreas a assistir na prevenção de solução da
e coloque luvas. continuidade da pele.
(11 Institua intervenções para os pacientes em risco (escore de 15 a 1B). Diminuem o risco de solução de continuidade da pele.
Pense em instituir in1-ersões de posição freque.ntes, protegendo os calca-
nhares do paciente, usando uma superfície de redistribuição da pressão
e controlando a umidade.
'-"'r• 1ULU 'loD 1megnmme aa re,e ·e l-Umaaos aas renaas
PASSOS JUSTIFICATIVA
(2) lnstillla intervenções para risco moderado(escore de 13 a 14). Pense no Diminuem a pressão sobre as protuberâncias ósseas e reduzem o aumento de
protocolo de inversões de posição frequentes; proteçllo dos calcanhares risco de solução de continuidade da pela.
do paciente; fornecimento de cunhas em espuma para o posicionamento
lateral a 30 graus: controle da umidade, cisalhamento e fricção.
(3) Institua intervenções para alto risco (escore de 10a 12). Pense em umpro- Enfocamfatores qu contribuem para a solução de continuidadeda pele e planos
tocolo que aumente a frequência das inversões de posição; suplemente para intervenções para abordaros fatores causais (Bryant, 20121.A terapia
as inversões de posição com pequenas mudanças de posição; facilite a nutricional promove cicatrização da pele.
remobilização máxima; proteja os calcanhares do paciente; proporcione
umasuperftcie de redistribuição de pressões; e controle a umidade, a
fricção e o cisal amento. Se necessário, institua intervenções nutricionai
para reduzir o risco do desenvolviinento de illceras por pressão.
(4) Institua inlllrvsnçõas para risco muito alto (a,scorg 9). Pansa no protoco- Plangja intg,vgnçõgs para diminuiros gfQitos da ímobilidads, da diminuição da
lo que incorpore pontos para pacientes corr, alto risco, mas que també1111 percepção sensorial, umidade, fricção, cisalhamento. diminuição da atividade
use superfície de redistribuição de pressões se o paciente apresentar dor e questões nutricionais em um indivíduo de alto risco.
intratável ou dor exacerbada pelas inversões de posição.
2. Quando você observar uma área eritematosa, verifique o se,;iuinte:
a. Alteração de cor da pele (p. ex., eritema na pele clara; cor arroxeada oo azulada Pode indicar que o tecido esteja sob pressão.
se a pele for escura) (Quadro 48-3)
b. Eritema branqueável Indica dano porpressão quese resolverá. Se o eritema clarear sob aplicação da
pressão. certifique-se de que os vasos estejam intactos e de que não haja
dano tecidual presente.
e. Eritema não branqueável Indica danoem potencial dos vasos·e danotecidual. Umavez lesados os vasos.
a área vermelha não clareará sua cor porque o tecido e os vasos estarão
inflamados. Tire o paciente dessa posição.
d. Palidez ou manchas Hipoxia.persistente nos tecidos altera a circulação e pode ocorrer palidez ou
manchas.
3. Retire as luvas e realize higiene das mãos.Reposicione o paciente. Reduz a transmissão de infecções.
4. Instrua o paciente e a família com referência ao risco e prevenção das úlceras Ajuda os pacientes e a família a compreenderem investigações destinadas a
por pressão. reduzir o risco de ülceras por pressão,
AVALIAÇÃO OE ENFERMAGEM
1. Observe diariamente a pele do paciente, especialmente as áreas em risco(veri- Determina a resposta do paciente a intervenções de redistribuição do risco ·ao
fique a política da instituição). longo do tempo.
2. Observe a tolerancia do paciente ao posicionamento. Mudança frequente de posição reduz ainda mais o risco do paciente para
desenvolvimento de illceras por pressão.
3. compare a avaliação de risco corrente com os escores anteriores. Documenta a eficácia das intervençõ.es e auxilia em proporcionar um plano de
cuidado individualizado.
4. Avalie a ingestão de alimentos e os valores laooratoriais para a nutrição. Determina o sucesso dos suplementos nutricionais em melhorar as condições
nutricionais.
RESULTADOS INESPERADOS E INTERVENÇÕES RELACIONADAS
1. A pele não branqueia quando pressionada firmemente, tem alteração de cor para pürpura ou temalteração significativa da cor.
• Reavalie a frequência na programação das mudanças de posição.
• Implemente os protocolos de cuidados da pele da insti1uição.
• Considere o uso de superffcie·de redistribuição da pressão para reduzir o rioco de úlcera por pressão.
REGISTRANOO E RELATANDO
• R09istre o escore de risco do paciente.
• R09istre o aspecto da pele sob pressão.
• Descreva-a posição, os intervalos de mudança de decübito, os dispositivos para redistribuição de pressão e outras estratégias de prevenção.
• Relate qualquer necessidade de consultas adicionais p.ara o paciente de alto risco.
CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CUIDADOS DOMICILIARES
• Instrua o cuidador familiar no uso do decilbito lateral a 30 graus. Essa posição ,prolonga o tempo entre as mudanças de dec6bíto, resultando em menos interrup•
ções do sono para o paciente e para o cuidador familiar.
• Individualize as manobras de redistribuição da pressão para as necessidades do paciente e o ambiente domiciliar. Forneça à família recursos para equipamento
hospitalar.
ra;;; umaaae , Gasesr1s101og1caspara a rrauca ae cmermagem
PASSOS JUSTIFICATIVA
COLETA DE DADOS
1. Identifique o paciente usando dois identificadores (i.e., o nome e a data de·nas- Garante que é o paciente correto. fica de acordo com o Natíonal Patient Safety
cimento ou o nome e o número de prontuário) de acordo com a polftica da ins- Goa/{TJC, 2011).
tituição. Coropare os idelitifiçadorescom as informações no p'°ntuário do paciente.
i
2. Avalie o nível deconforto do paciente usando uma escala deO a 10 e determine Os pac entes toleram melhor um procedimento de troca de curativo se a dor
i
a necessidade de med cação para dor. estiver controlada.
3. Determine se o paciente tem alergias a produtos tópicos. Os produtos tópicos causam reações de pele localizadas.
4. Faça revisão da prescrição do produto tópico ou do curativo e da localização. Garante que você administre a medicação e o tratamento apropriados.
5. Feche a porta do qua110ou coloque biombo. Posicione o paciente para permitir Dá privacidade e garante que a área fiqueacesslvel à troca de curativo.
a remoção do curativo. Oriente o paciente sobre o procedimento. Diminui a ansiedade do paciente.
6, Realize a higiene maAual e éoloque luvas de procedimento. Retire o curativo e Reduz a transmissão de microrganismos e impede a elll)Osição acidental aos
coloque no saco plástico. lfquidos corporais.
7. Avalie a(s) Olcera(sl por pressão. Todas as·úlceras por pressão precisam de A.valiação consistente proporciona a base para avaliar a progressão das feridas
avaliaçiies individuais. {Nix, 2012)
i
a. Observe a cor. o t po e a porcentagem de tipos de tecidos presentes na base O tipo de tecido auxilia na escolha do curativo.
da ferida.
b. Meça a largura eo comprimento da{sl Cilcerals). Determine a largura medindo O tamanho da úlcera muda à medida que a cicatrização progride; portanto, as
a dimensão da esquerda para a direita e.o comprimemto da parte superior à áreas mais longas e mais largas da ferida mudam com o passar do tempo.
inferior (ver ilustJação) Medir a largura e o comprimento medindo consistentemente as áreas fornece
uma medida consistente iNix, 2012).
da ferida.
e. Meça a profundidade da 61cera por pressão com cotonete estéril ou outro A. medida da profundidade é importante para determinar o volume da ferida.
dispositivo que permita rne,dira profundidade. Embora a área represente adequadamente,a perda tecidual em íilceras estágio
li,o volume representamais adequadamentea perda'tecidual nas feridas em
estágios Ili e IV.
'-"'r• 1 U L U 'loD 1megnmme aa re,e ·e l-Umaaos aas renaas
PASSOS JUSTIFICATIVA
d. M a a profundidade de escavação usando um cotonete e sondando delica- A escavação representa a perda do tecido subjacente (subcutâneo e muscular) em
damente sob as bordas da pele !ver ilustração do passo 7b). maior escala do que de pele. A escavação indica perda progressiva de tecido e
precisa ser acomodada com um curativo apropriado.
8. Avalie a pele em tomo da ferida; pesquise maceração. eritema e área de erosão. A deterioração da pele em tomo da ferida indica infecção. exsudato excessivo na
ferida ou retirada de pele por remoção da fita ad'esiva.
PLANEJAMENTO OE ENFERMAGEM
1. Explique o procedimento ao paciente e à famtlia. As explicações preparatórias aliviam a ansiedade, corrigem concepções erradas
sobre a úlcera e seu tratamento e oferecem oportunidade para a orientação do
paciente e da família.
2. Prepare o seguinte equrpamento e material necessário:
a. Bacia, água morna, sabonete, toalha de rosto e ioalha de banho
b. Soro bsiolôgico ou outro produto de limpeza da terida em recipiente com A superfície da úlcera J>recisa ser limpa antes da aplicação dos agentes tópicos e
solução estéril. do nQVocurativo.
DECISÃO CÚNICA: Use somente produtos não citot6xícos para /ímpar as úlceras.
c. Produto tópico prescrito (p. ex., produtos enzimáticos, antimicrobiano tópico). Enzimas desbridam o tecido morto para limpar a superfície da úlcera. Os
Siga cuidadosamente as instruções do fabricante na bula. antimicrobianos tópicos são usados para diminuir a biocarga da ferida e devem
ser considerados para o uso se não for observada evolução da cicatrização
depois de.2 a 4 semanas de cuidados ótimos [WOCN, 2010).
DECISÃO CÚNICA: Se usar um produto de desbrídamento enzimático, não use produtos de limpeza da
ferida com metais.
d. Selecione o curativo apropriado e fita ade-siva com base nas caracterf$ticas da O curativo deve manter um ambiente úmido para a ierida, ao mesmo tempo que
úlcera por pressão, n,afinalidade para o curativo e no contexto de atendimento mantém seca a pele ao redor.
do paciente (Tabela 48-8)
3. Posicione o paciente, permitindo a remoção do cura1ivo, e posicione o seco plás- A áree deve ficar acessivel à troca de curativo. O descarte apropriado do curativo
tico para descarte do curativo. antigo promove o manejo aproP.riado dos resíduos contaminados.
IMPLEMENTAÇÃO
1. Feche a porta ou coloque um biombo. Realize a higiene dás mãos e coloque luvas Mantém a privacidade e proporciona um acesso organizado ao material.
limpas. Abra as embalagens estéreis e os recipientes·de solução tópica conforme
necessário.
2. Remova as roupas de cama e a vestimenta do paciente quando necessária Impede exposição desnecessária.
para expor a úlcera e a pele em torno. Mantenha as partes corporais restantes
cobertas.
3. limpe a úlcera cuidadosaml!llte com soro fisiológico ooproduto de limpeza. limpe Remove os resíduos da ferida.
com seringa de irrigação para Glceras profundas.
4. Retire as luvas, realize a higiene das mãos e coloque luvas de procedimento ou Ê preciso manter a técnica asséptica durante a limpeza e em todas as fases do
estéreis. tratamento da úlcera por pressão. Consulte a política da instituição referente
ao uso de luvas de procedimento ou estéreis.
5. Aplique produtos tópicos conforme prescrito:
a. En:rimasde desbri'damento
(1) Aplique uma camada homogl!nea e fina de pomada às áreas necrõticas da A camada fina absorve e atua mais efetivamente do que a camada espessa.
dlcera apenas. Não aplique enzimas à pele ao redor da ferida. Consulte Excesso de medicação irrita a pele ao redor da ferida (Rolstad, Bryant e
a orientaçãa da fabricante quanto à frequl!incia da aplicação. Nix, 2012). Algumas enzimas cau.sam ardor, paresiesias e dermatite na pele
em tomo da ferida.
(2) Aplique curativo com gaze diretamente sob,re a Glcera. Protege a ferida e mantém as enzimas no local. Impede as bactérias de entrar na
ferida.
(3) Fixe com fita. Mantém o curativo no lugar.
b. Hidrogel
(1) Cubra a superfície da 61cera usando cotonete ou a mão enluvada, Mantém a umidade do ambiente da ferida.
(2) Aplique gaze seca, hidrocoloide ou curativo com filme transparente sobre Cobre a base da ferida, mantendo a interface hidrogel-ferida.
a ferida, ficand aderente à pele intacta.
c. Alginatode cálcio
11) Tampone a ferida com alginato, usando cotonete ou mão enluvada. Mantém a umidade da ferida, ao mesmo tempo absorvendo o excesso de
drenagem.
(2) Aplique gaze seca ou espuma sobre o alginato. Coloque fita adesiva. Segura o alginato contra a superfície da ferida.
Ffi' umaaae , Gasesr1s101og1caspara a rrauca ae cmermagem
PASSOS JUSTIFICATIVA
i
6. Reposic one o paciente confortavelmente fora da área de pressão e de outros Re<luz a pressão sobre a ferida existente e diminui a pressão nas áreas em risco.
pontos de pressão.
7. Remova as luvas e descarte o material sujo. Realize higiene das mãos. R;eduz a transmissão de microrganismos.
AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM
1. Avalie a úlcera por pressão em cada troca de curativo ou antes se a ferida ou o l\!em todos os pacientes com feridas demonstram rápida cicatrização das
estado do paciente deteriorar (Nix, 2012}. Use o instrumento da instituição para feridas por causa de outras questões ligadas à saúde. A avaliação da ferida
avaliação de enfermagem da ferida. proporciona um relatório da evolução da cicatrização da ferida ou de sua falta.
2. Compare os achados da ferida com o plano de cuidado identificado; se a ferida Garante que esteja em andamento um plano apropriado para os cuidados da
não estiver evoluindo para a cicatrização. o que é indicallo por aumento de seu ferida.
tamanho, aumento da dor. drenagem com odor fétido ou aumento do tecido des-
vitalizado, disc:uta os achados com a equipe que cuida do paciente.
DECISÃO CliNICA: Uma úlcera por pressfio limpa deve mostrar evidências de cicatrização em 2 a 4
semanas. Não use o sistema de estadiamento das úlceras por pressão para medir a cicatrização. Osis-
tema mede a profundidade da ferida, e não a cicatrização (WOCN, 2010).
RESULTADOS INESPERADOS E INTERVENÇÕES RELACIONADAS
1. A pele em torno da úlcera fica macerada.
• Reduza a exposição da pele em torno da ferida aos produtos tópicos e à umidade.
• Considere o uso de uma l>arreira para líquidos na pele em tomo da ferida.
2. A úlcera se toma mais profunda com o aumento da drenagem
• Notifique o médico sobre passivei mudança do estado da úlcera por pressão.
• Peça as cuhuras da ferida, necessárias.
• Peça consuhas adicionais (p. ex., especialista em fericlasl.
REGISTRANDO E RELATANDO
• Complete a documentação da ferida necessária para um dos instrumentos de avaliação da ferida por protocolo. da instituição.
• Registre o aspecto da úlcera; descreva o tipo de proouto tópico. o curativo aplicado e a resposta do paciente.
• Relate qualquer deterioração do aspecto da úlcera à enfermeira encarregada ou ao médico.
CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CUIDADOS DOMICILIARES
• No domicflio, os paciente precisam desfazer-se dos curativos contaminados de maneira compatível com os reguramentos locais.
• Dis.cuta a necessidade urna superfície para redistribuição da pressão ou leito no domicOio.
DECISÃO CLÍNICA: Jamais use um ourativo úmido a seco numa ferida limpa em granulação. Use aperras
para desbridamento (Ramundo,2012).
6. Observecor, edema, drenas exsudatos e a quanti_da-dede drenagem no curativo. Dá uma estimativa da quantidade de drenagem e avaliação da condição da ferida.
i
7. Dobre os curativos com a drenagem contida para dentro e ret re as luvas de Reduz a transmissão dos microrganismos. Impede o contato das mãos com o
dentro para fora. Com curativos pequenos remova as luvas de dentro para fora material nas luvas.
sobre o curativo lver ilustração). Descarte as luvas e os curativos antigos numa
bolsa descartável. Realize higiene das mãos.
n;;· umaaae , Gases r1s101og1cas para a rrauca ae cmermagem
PASSOS JUSTIFICATIVA
8. Abra a bandeja de curativos estéreis ou o material estéril embalado indMdual- Os curativos estéreis continuam estéreis enquanto estão na superfície estéril ou
mente. Coloque na mesa de cabeceira dentro dela. A preparação do material impede a quebra da técnica durante a
troca de c.urativo.
9. limpe a ferida com solução. limpe a partir da área men:oscontaminada, o que Impede a contaminação áa áre-a previamente limpa.
significa a incisão ou o centro da ferida, para. a área mais contaminada, que é
a área fora da incisão e em torno dela. Área seca.
10. Se for prescrito, limpe ou irrigue a ferida: Remove a drenagem conterido microrganismos.
a. Despeje a solução prescrita no recipiente para irrigação estéril.
b. Coloque luvas limpas e óculos de proteção. Coloque o coxim à prova d'água
sob o paciente. Usandoa seringa, deixe que a solução flua sobre a ferida.
(Alguns produtos de limpeza comercializados vêm em um frasco spray.
Pulverize a ferida para soltar os res1duos.J
e. Continue até que o fluxo de irrigação esteja claro.
d. Seque a pele em volta u:sando compressas de gaze.
e. Meça·a ferida. A medidado tamanho daferida com cada·troca de curativo•fotnecedadós sobre à
progressão da cicatrização da ferida.
11. Aplique o curativo;
a. Curativo seco
11) Coloque luvas de procedimento ou estéreis. Con,sulté a polftica da ins- Algumas instituições oucondições de feridas exigem luvás estéreis. Permite a
tiruição. manipulação do material estéril sem contamirração.
12) Inspecione a ferida quanto a aspecto, drenas, drenagem e integridade. Indica o estado de cicatrização da ferida.
13) Aplique o curativoseco com gazetecida solta estéril, cobrindo a ferida. Protege a ferida do ambiente externo.
14) Aplique o curativo superior se indicado. O curativo superior (p. ex.•AB0J Impede que a drenagem da ferida atravesse e
p10porciona uma superficie para fixar o curativo.
b. Curativo Omido
(1) Coloque luvas estéreis (ver política da instituição! Permi1e a manipulação do material estéril sem contaminação.
(2) Avalie o aspecto da pele em volta (ver ilustração!. A avaliação da pele.em volta da ferida proporciona perceber os resultados do
controle da ferida.
(3) Umedeça a gaze coma solução prescrita. Torça com cuidado o excesso A gaze precisa estarómida para permitir a absorção dos resfduos da1erida.
de solução. Desdobre-a.
'-"'r• 1ULU 'loD 1megnmme aa re,e ·e l-Umaaos aas renaas
PASSOS JUSTIFICATIVA
14) Aplique gaze como camada ónica diretamente à superffcie da ferida (ver A gaze interna precisa estar úmida, mas não encharcada, para absorver a
ilustJação). Se a ferida for profunda, faça um curativo tamponando com drenagem e aderir aos resíduos. Curativos excessivamente llmidos resultam
cuidado em direção à base da ferida manualmente ou com pinça até emlesão de pele associada à umidade(maceração)na pele emtornoda
que todas as superf(cies da ferida estejam em oontato com a gaze. Se ferida (Gray e Weir, 2007). A ferida precisa estar frouxamentetamponada para
tiver formado um t(inel. use um eotonete para colocar a gaze na área facilitar a capilaridade de drenagem para a camada externa absorvente do
como tonel. Certifique-se dequea gaze não toquea pele emtorno. curativo.
(5) Cubra com gaze seca estéril e o curativo superior. O curativo superior impede que a drenagem da. ferida atravesse e apresenta uma
superfície para fixar o curativo no lugar.
12. Fixação do curativo.
a. Rta: Aplique fita não alerg@nicapara fixar o curativo. O objetivo da fixação de um curativo é mant@-lo·no lugar e intacto sem causar
dano à pele subjacellte e em torno.
b. Fitas de Montgome,y (Fig. 48-22)
(1) Exponha a superfície adesiva da fita ao final de cada fita.
12) Coloque fitas nos lados opostos do curativo.
13) Coloque o adesivo diretamente na pele ou use barreira à pele. Uma barreirasólida à pele protegea pele intacta dedistensão e tensãoda fita adesiva.
14) Fixe o curativo amarando as fitas de modo transverso.
e. Para curativos em uma extremidade, fixe o curativo com gaze enrolada ou Impede que o curativo escorregue.
rede elástica \ver ilustração)
PASSO 11b(2)A exposição da ferida facilita a avaliação da mesma PASSO 12c Rede elástica fixando curativo na extremidade inferior.
e da pele em torno.
/
PASSO 11h14) Tamponamento da ferida com camada única de gaze.
PASSOS JUSTIFICATIVA
13. Retireaslwas edescarte-asoomabolsaapropriada.Retirea máscarae(ouos óculos. Reduz a transmissão de infecções.
14. Escreva na fita à tinta !não com marca-téx1o) à data e a hora em que foi leito
o curativo.
[ti' umaaae , Gases r1s101og1caspara a rrauca ae cmermagem
DECISÃO CUNICA: aaando a drenagem tiver aspecro purulento, alterações de quantidade ou de cor ou
tiver odor fétido, peça culturas da ferida mesmo que não tiverem sido prei;crítas para aque/a·troca .de
curativo em particular (Chua et ai., 2000; Jerome, 2007).
10 Meça a ferida conforme prescrito: na avaliação inicial, na primeira troca de Documenta objetivamente o processo de fechamento da ferida em resposta à
curativo, semanalmente; na alta da terapia. Retire e descarte as luvas. Realize TFPN (Nix, 2012).
a higiene das mãos,
11 Dependendo do tipo de ferida. coloque novas luvas de procedimentoou estéreis. As feridas estéreis recentes exigem luvas estéreis. As feridas cronicas podem
·exigir a técnica limpa. Jamais use as mesmas luvas usadas para remover o
curativo antigo ou irrigar a fenda porque pode ocorrer contemineçllo cruzada.
12 Aplique filme protetor da pele/de barreira à pele em tornoda ferida. Mantéma vedação hermtltlcanecessária para a TFPN e protegea pele emtomo
da ferida de maceração.
13 Prepare as bordas da ferida na preparação da pele para melhorar a vedação e Promove aderência do curativo ao local.
proteger o tecido em torno da ferida.
14 Prepare o curativo com espuma.
a. Selecione a espuma apropriada. A espuma negradepoliuretano IPU]tem poros maiores e é mais eficaz em e.stimular
otecido de granulação e a contração da ferida. A espuma menos dura e branca
de polivinil álcool (IVA) mais densa e tem poros m811ores, s811dousada quando o
cresc.imentode tecido de granulação precisa ser restrito lKCI, 2007; Netsch, 2012).
FtC umaaae , Gasesr1s101og1caspara a rrauca ae cmermagem
PASSOS JUSTIFICATIVA
b. Usandotesoura estéril, corte a espuma notamanho exato da lerida, com a A espuma contrairá o nível da pele.
altura da espuma estendendo-se 1,5 cm acima de supertfcie da pele. Ucurativo
precisa caber no tamanHo e na fonma da ferida, incluindo túneis e áreas es-
cavadas.
DECISÃO CÚNICA: Alguns pacientes apresentam mais dor com a espuma negra por causa da contração
excessiva da fenda. Por essa raião, muitas vezes é preciso mudar para a espuma macia de PVA.
15 Coloque a espuma cuidadosamente na ferida; tenha certeza de que ela está em Mantém a pressão negativa na ferida inteira.
contato torh a base Inteira da feridâ, suas margens e tom as áreas em tlinel e
escavadas (ver ilustração).
16 Aplique o curativo transparente sem enrugá-lo sobre a espuma e até 3 a 5 cm Garante que a ferida esteja apropriadamente coberta e ajuda a obter vedaçao
na pele saudável em torno. Prendaos tubos à unidade!ver Ilustração). com pressão negativa (Quadro 48-14). Conecta a pressão negativa da unidade
de TFPN à espuma na ferrda.
17Prenda os tuoos ao filme transparente, alinhando os orifícios de drenagem para A tensão excessiva comprime o curativo de espuma e impelle o fechamento
garantirumavedação oclusiva. Não apliquetensão aos campos nemaos tubos. da ferida. Também produz: força de cisalhamento na área em torno da ferida
(KCI, 2007).
18 Prenda os tubos vários centtmetros distante do curativo. Impede !ração no curativo primário, o que causa vazamentos no sisiema de
pressão negativa (Chua er ai.,2000; KCI, 2007).
19 Umavez quevocê tenhacoberto completamentea ferida (verilustração). conecte Pode ser administrada pressão negativa intenmitente ou contínua na faixa de 50
os tubos do curativo aos ruóos provenientes da caixa de coleta e da unidade de a 175 mmHg, de acordo com a prescrição médica e o conforto do paciente. A
TFPN. média é 125 mmHg (Nets h, 2012}.
a. Remova a caixa de coleta da embalagem estéril e empurre-a em direção
à unidade até que escute um clique. OBSEAVAÇÃo:·o alanme é acionado e
desativa a terapia se houver inclinação além de 45 graus.
b. Conecte os tubos do curativo aos tubos da caixa de coleta. Certilique-se de
que ambas as pinças estejam abertas.
e. Coloque a unidade nivelada com a superfície ou deixe-a pendurada nos pés
da cama. OBSERVAÇÃO:o alarme é acionado e desativa a terapia se houver
inclinação além de 45 graus.
d. Pressione o botão que acende a luz verde e estabeleça a pressão prescrita.
20 Descarte o material do curativo antigo; retire as luvas e realize a higiene das Reduz a transmissão de microrganismos.
mãos.
i
21 Inspec one o sistema de TFPN para verificarse a pressão negativa é alcançada. A pressão negativa é obtida quando há uma vedação henmética.
a. Verifique se a tela exibe a mensaQem THERAPY ON
b. Tenha certeza de que as pinças estão abertas e os tubos estão permeáveis.
e. Identifiquevazamentos de ar. auscultando com o estetoscópio ou movendo
a mão emtomo das bordas da ferida enquantoaplica ligeira pressão.
d. Se existir umvazamento, use tiras de filme transparente para tapar as áreas
em torno das bordas da ferida.
PASSOS JUSTIFICATIVA
AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM
1 Inspecione a condição da ferida continuamente; verifique a drenagem e o odor. Determina o estado da cicatrização da ierida.
2 Peça ao paciente para graduar a sua dor usando uma escala de Oa 10. Determina o nível de conforto do paciente após o procedimento.
3 Compare a ferida com os dados de-referência da coleta de dadosl. Fornece documentação objetiva da cicatrização da ferida.
4 Verifiqueo curativocomvedação hermética e a pressão negativa apropriada. Paraobter o nfvel p1escrito devácuo, a ferida precisa ser coberta comuma
vedação hermética. Essa vedação e a pressão negativa promovemdrenagem
da ferida.
5 Meça regularmente a drenagem da ferida na caixa de coleta conforme a política Monitora o equilíbrio hfdrico e a.drenagem da ferida.
da insti1uição.
RESULTADOS INESPERADOS E INTERVENÇÕES RELACIONADAS
1 A ferida parece Inflamada e dolorosa, a drenagem aumentou e existe um odor presente.
• Notifique o médico.
• Solicite culturada ferida conformeprescrição.
• Aumentea frequência das lrocas decurativos.
2 O paciente .relata aumento da dor.
• Se usar espuma negra, mude pa.ra o produto de .espuma de PVA.
• D paciente algumas vezes precisa de mais suporte analgésico quando se inicia a TFPN.
• Reduza a !)fessão negativa.
3 A vedação da pressão negativa se quebrou.
• Adote medidaspreventivas: Faça a tricotomia em tomo da ferida, evite ruga,s no curativo transparente e evite usar removedor de adesivo, porque deixa resfduo
que atrapalha a aderência do filme.
• Reforce com tiras de curativo transparente.
REGISTRANDO E RELATANDO
• Registre o aspecto da ferida, sua cor, características de drenagem lse existii) e presença de melhora da cicatrização da ferida.
• Registre o ajuste de pressão da TFPN,
• Registre a data e o horário da troca do curativo.
• Relate sangramento ativo e vivo; evidências de cicatrização insatisfatória da ferida; e possfvel infecção.
CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CUIDADOS DOMICILIARES
• Os pacientes podem usar a TFPN no domicílio seguramente.Alguns pacientes precisam de consultas de controle ou devisitas da enfermagem do cuidado
domiciliar para monitorar a cicatrização da ferida.
• l'omeça recursos para o pac.iente para o material da TFPN.
• Instrua a família e a pessoa que presta o cuidado com referência ao descarte apropriado do produto contaminado,
Ftn umaaae , Gasesr1s101og1caspara a rrauca ae cmermagem
PASSOS JUSTIFICATIVA
COLETA DE DADOS
1 Identifique o paciente usaooodois identificadoresjie.. onome e a data de nascimen- Garante que é o padente correto. Cumpre a recomendação do National Patienl
to ou onome e onúmero de prontuário!de acól'do com a política do estabelecimento. Safery Goal[fJC, 20111
eompareosidentificadorescomas informaçõesnoprontuáriodopaciente.
2 Avalie o nfvel de dor do paciente. Administre o analgésico prescrito 30 a 45 O desconforto está diretamente relacionado com a ferida ou indiretamente com
minutos antes do início do procedimento de irrigação da ferida. a tensão muscular ou imobilidade. O aumentodo nlveIde conforto permite ao
paciente se movimentarmais facilmente e ser posicionado de modoa facilitar
a irrigaçã'o da ferida.
3 Faça revisão da prescrição médica para irrigação da ferida aberta e do tipo de A irrigação da ferida aberta exige prescrição médica, incluslve sobre o tipo de
solução a ser uS<1da, solução a usar.
4 Avalie no prontuário do paciente à procura de sinais e sintomas relacionados Os dados fornecem uma base para indicar alteração da condição da ferida.
com a ferida aberta.
a. A extensão da integridade da pele comprometida. incluindo o tamanho da Avalia o volume da solução de irrigação necessária. Os-dados também são
ferida. (Meça o comprimento, a largura e a profundidade. As feridas devem US<1d0Homolinha de base para indicar a alteração da condição da ferida.
ser medidas em centimetros e na seguinte ordem: comprimento. largura e
profundidade.)
b. A drenagem da ferida (quantidade e cor). (A quantidade pode ser medida Espera-se que a quantidade diminua à medida que ocorre a cicatrização.
pela parte do cura)ivo sawrada ou em termos de quantidade (p.ex., escassa, Drenagem serosa é clara como o plasma; a drenagem sanguinolenta ou
moderada. abundante).] vermelho-viva indi.ca sangramento ativo; a drenagem serossanguinolenta é
16sea; a drenagem purulenta é espessa e amarela. verde-clara ou branca.
e. Odor lé preciso declarar se existe odor ou não). Odor forte indica Jlíocesso infeccioso.
d. Cor da ferida A cor representa um equillbrio entre o tecido necrótico e o novo tecido cicatricial.
A es.colha apropriada dos produtos da ferida com base na cor dela facilita a
remoção dotecido necrótico e promove crescimento de tecido novo (Rolstad,
Bryant e Nix, 2007).
e. Consistência da drenagem O tipo e cor da drenagem·dependem da umidade da ferida e do tipo de
microrganismos presentes.
f. Laudos de cultura As feridas crônicas se fecham porsegunda intenção e costumam ser colonizadas
por bactérias.
g. Condição do curativo: seco e limpo; evidências de sangramento, drenagem P,oporciona uma avaliação iAicial da drenagem presente da ferida.
abundante
PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM
1 Explique o procedimentode irrigação e limpeza da1erida. Reduz a transmissão de microrganismos.
2 Administre o analgésico prascrito 30 a 60 minutos·antesdo inicio do prncedimento Ptomovecontroleda dor e permite que o paciente se movimente mais.facilmente
de irrigação da ferida. e fique posicionado para facilitar a irrigação da ferida.
3 Posicione o paciente.
a. Posicione-o confortavelmentepara que a ferida fique vertical à bacia de coleta, Direcionar a solução da parte superior à parte inferior da ferida e da área limpa
o que permite fluxo gravitacional da solução de irrigação através da ferida, à contaminada reduz a propagação de infecção. Posicione o paciente durante
entrando no receptáculo de coleta. a etapa de planejamento, tendo em mente as superfícies do leito necessárias
para preparação do material mais tarde.
b. Coloqueo recipienteda solução irrigante/de limpeza na bacia de água quente A solução aquecida aumenta o conforto e reduz a resposta de constrição vascular
para aquecer a solução à-temperatura do corpo. nos tecidos.
e, Coloque coxins ou toalha extra no leito. Protege o ambiente do leito.
'-"'r• 1ULU 'loD 1megnmme aa re,e ·e l-Umaaos aas renaas
PASSOS JUSTIRCATIVA
IMPLEMENTAÇÃO
1 Realize higienização das mãos. Reduz a transmissão de microrganismos.
2 Forme um manguito na bolsa /Jprova d'água e coloque-i perto do leito. O manguito ajuda a manter uma abertllra grande, assim permitindo a colocação
do curativo contaminado sem tocar a própria bolsa de lixo.
3 Feche a porta do quarto ou coloque um biombo. Mantém a privacidade.
4 Coloque avental, máscara ou óculos se necessário_ Protege a enfermeira de respingos ou pulverização de sangue e lfquidos
corporais.
5 Coloque luvas de procedimento e retire o curativo sujo e descarte-o na bolsa à Reduz a transmissão de microrganismos.
prova d'água.Descarte a.s luvas e re.alize a higiene das mãos.
6 Pl'epare o material; abra o material estéril.
7 Coloque uvas de procedimento ou estéreis (consulte a política da instituição).
8 Irrigue a ferida com abertura larga:
a. Encha uma seringa de 35 ml com solução de irrigação. Irrigar a ferida ajuda a remover os resíduos e facilita a cicatrização por segunda
intenção.
b. Fixe uma agulha de calibre 19 ou um angiocateter (Rg. 48-17). Fornece a pressão ideal para limpar e remover os resíduos iGardner e
Frantz, 2008).
e. Segure a ponta da seringa 2,5 cm acima da extJemidade superior da ferida e Impede a contaminação da seringa. A colocação cuidadosa da seringa impede
sobre a área a ser limpa. uma pressão sem urança da solução em fluxo.
d. Usando pressão corrúnua, irrigue a ferida; repita os Passos 8a, b e c até qulj Solução clara indica que-você removeu todos os resfduos.
a solução que drena para a bacia esteja clara.
9 Para irrigar uma·ferida profunda com abertura muito pequena:
a. fixe o angiocatet:er macio às seringa cheia com a solução para irrigação. D cateter permite o fluxo do irrigante para a ferida. Espera-se que a ferida leve
mais tempo para esvaziar quando a abertura for pequena.
b. Lubrifique a ponta do cateter com solução irrigante; depois introduza com Remove a ponta da frágil parede interna da ferida.
cuidado a ponta na ferida e puxe cerca de t cm.
e. Us.ando pressão lenta e contínua, irrigue a ferida. CAUTELA: algumas vezes, Limpa todas as superfícies da ferida.
ocorrem respingas durante esta etapa.
d. Aperteo cateter imediatamenteabaixo daseringa enquanto mantémo cateter Evita contaminação da solução estéril.
no lugar.
e. Retire a seringa e reencha-a. Reconecte ao cateter e repita até que a solução
de drenagem que vai para a bacia esteja clara.
DECISÃO CLÍNICA:A lavagem pulsátil em alta pressão pode ser a irrigaç,ão de escolha para feridas
necróticas. A quantidade de irrigante depende do ramanho da ferida. Osjustes da pressão no aparelho
devem permanecer entre 8 e 15psi. Não use lavagem pulsátil em alta pressão em vasos sanguíneos
expostos, músculo, tendão e osso. Esse tipo de Irrigação não deve ser usado em locais com enxertos e
deve ser usado com cautela empacientes que recebam anticoagulantes (Ramudo, 2012/.
10 Peça culturas, se necessário, depois de limpar com soro fisiológico não llacte- D tipo de cultura da fer,da obtida depende dos recursos disponíveis no
riostático. estabelecimento. Os três tipos mais comuns de espécimes deferida são o
tec.ido da ferida, o lfquido da ferida aspirado com agulha, e swabs (Gardner e
Frantz, 2008).
DECISÃO CÚNICA: Considere pedir cultura da ferida se ela tiver odor fétido purulento; se for observada
inflamação emtomo daferida; em ferida sem drenagem que passe a drenar; se o paciente estiver febril.
11 Avalie o tipo de tecido no leito da ferida e na pele em volta. Identifica o progresso no fechamento da ferida e determina o tipo de limpeza de
ferida necessária; determina se aumentou o tamanho da ferida.
12 Seque as bordas da ferida com gaze. Impede maceração do tecido em volta causada por excesso de umidade.
13 Aplique um curativo apropriado !Procedimentos 48-2 e 48-3). Mantém a barreira protetora e o ambiente para cicatrização da ferida.
14 Retire as lwas e a máscara, os óculos e o avental, se estes tiverem sido usados_ Impede a transferl!ncia de microrganismos.
15 Descarta o equipamento e o material sujo, Reali1e higiene das mãos. Reduz a transmissão de microrganismos.
16 Auxilie o paciente a a dotar uma posição confortável.
AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM
1 Inspecione o curativo periodicamente. Determina a resposta do paciente à irrigação da ferida e a necessidade de
modificar o plano de cuidado.
2 Determine o nível de dor·do paciente. A dor do paciente não deve.aumentar em decorrência da irrigação da ferida.
3 Observe se há presença de irrigante retido. O irrigante retido é meio para o crescimento bacteriano e sullsequente infecção.
Ftt· umaaae , Gasesr1s101og1caspara a rrauca ae cmermagem
PASSOS JUSTIFICATIVA
COLETA DE DADOS
1 Identifique o paciente usando dois identificadores (i.e., o nome e a data de Garante que é o paciente correto. Cumpre o recomendado pelo Nàtional Patient
nascimento ou o nome e o número de prontuário) de acordo com a polftica da SafetyGoa/lTJC, 2011).
instituição. Compare os ide11tificadores -com as informações no prontuário do
paciente.
2 Obseive o paciente com neces.sidade de sustentação da abdome. Observe sua Os dados de referência coletados determinam a capacidade do paciente
capacidade de respirar proft,ndamente e de tossir efetivamente. de respirar e tossir. O comprometimento da ventilação do pulmão leva à
atelectasia alveolar e à oxigenação arterial inadequada.
3 Faça revisão do prontuáriose for necessária uma cinta por prescrição médica e A colocação de cintas de sustentação se baseia nojulgamento da enfermagem.
as razões para a sua colocação. Emalgumas situações, são necessárias informações provenientesdo médico.
4 1nspecione a pele e veja se existem alterações reais ou em potencial da in- Os prejulzos reais da integridade da pele algumas vezes pioram com a colocação
tegridade. da cinta. As cintas podem causar pressão e escoriações.
5 Inspecione todos os curativos cirúrgicos. A troca ou reforço do curativo precede a aplicação de qualquer cinta.
6 Avalie o nlvel de conforto do paciente, usando uma escala analógica de Oa 1O Os dados determinam a efetividade da colocação da cinta.
(Cap, 43), obseivando sinais e sintomas objetivos.
7 Colete os dados necessários para classificar a cinta apropriada. Garante a adaptação apropriada da cinta.
PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM
1 Explique o procedimento ao paciente e à família. Promove compreensão do paciente e reduz a ansiedade.
2 Demonstre o procedimentopara o paciente ou o familiar cuidador. Reduz a ansiedade e garante a continuidadedos cuidados depois da alta.
3 Ajude o paciente a assumir uma posiç_ãoconfortável.
4 Feche a porta do quarto ou coloque um biombo. Proporciona privacidade.
'-"'r• 1ULU 'loD 1megnmme aa re,e ·e l-Umaaos aas renaas c:::u;;;ui:::::
PASSOS JUSTIFICATIVA
IMPLEMENTAÇÃO
1 Re<1lize higiene das mãos e coloque luvas (se for provável o contato com drenagem Re<luz a transmissão de microrganismos.
da ferida).
2 Coloque a cinta abdominal
a. Coloque o paciente em posição supina com a cabeça discretamente elevada Minimiza a tensão muscular sobre os órgãos abdominais.
e os joelhos discretamente exionados.
b. Traga as duas extremidades da cinta em direção à linha média. Re<luz o tempo em que o paciente permanece em p,osição desconfortável,
e. Instrua e ajude o paciente a rolar para o lado oposto ao que você está e em Reduz a dor e o desconforto.
direção à grade lateral eflquantovocê sustenta firmemente a incisão abdominal
e o curativo com as mãos.
d. Coloque as extremidades dobradas da cinta sob o pacieote. Permite a colocação e a centralização da cinta com mfnimo desconforto..
e. Instruaou auxilie o pe:ciente a rolardevolta sobre as extremidades dobradas,
f. Desdobre e alongue as extremidades homogeneamente no lado oposto do Mantém a integridade da pele e o conforto.
leito.
g. Instrua o pacien1e a rolar de volta para o decúbito dorsal. Facilita a expansão do tórax e a sustentação adequada da ferida quando a cinta
estiver fechada.
h. Ajuste a cinta de modo que o paciente em sup ino fique centralizado sobre Centraliza a sustentação da cinta sobre.estruturas abdominais, o que reduz a
ela, usando a sfnfise ptíbica e as margens costais como pontos de referência incidência de diminuição da expansão pulmonar.
inferior e superior.
DECISÃO CLÍNICA: Cubra as áreas expostas de uma lncíslio ou ferida com curativo estéril.
i. Feche a cinta. Puxe uma extremidade da cinta sobre o abdome do pacieflte. Proporciona sustentação.contínua da ferida e conforto.
Enquanto mantém a 1ensão naquela extremidade da cinta, puxe a extremidade
oposta sobre o centro e prenda-a com Velcro, colchetes de metal ou alfinetes
de urança colocados horizontalmente (Fig. 48'.30).
j. Ajuste a cinta confonne necessário. Promove conforto e.expansão do tórax,
k. íletire as luvas e descarte-as. ílealize a higiene das mãos. Reduz a transmissão de microrganismos.
AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM
1 Observe o local quanto à int8llridade da pele, à circulação e. às caracterfsticas Determine se a cinta não resultou em complicação para a pele, a ferida ou os
da ferida. (Periodicamente, retire a cinta e o curativo cirúrgico para avaliar as órgãos subjacentes.
i
característ cas da ferida.)
2 Avalie o nível de conforto do paciente, usando escala analógica de O a 10 e As cintas não devem aumentar o desconforto.
observe qualquer sinal e sintoma objetivo.
3 Avalie a capacidade do paciente de ventilar apropriadamB11te,incluindo respiração Identifica o compromet,mento da ventilação e o potencial de complicações
profunda e tosse.. pulmonares.
4 Identifique a necessidade do paciente para ajudá-lo com atividades como pentear A mobilidade das extremidades superiores costuma ser limitada, dependendo da
os cabelos, vestir-se e deambular. gravidade e da localização da incisão.
PASSOS JUSTIFICATIVA
COLETA DE DADOS
1 Identifique o paciente usando dois identificadores (i.e., o nome e a data de Garante que é o paciente correto. Cumpre o recomendado pelo NationalPacient
nascimento ou o nome e o número de prontuário) de acordo com a política da Safety Goal(TJC, 2011).
i stituição-. Compare os identificadores com as informações no prontuário do
paciente.
2 F ça a revisão do prontuário e veja a prescrição específica relacionada com Algumas vezes, prescrições específicas dirigem o procedimento. incluindo fatores
a colocação da bandagem elástica. Observe a área a ser coberta, o tipo de como extensão da colocação (p. ex.. dos dedos dos pés ao joelho, dos dedos
bandagem necessária, a frequência de troca e a resposta prévia ao tratamento. dos•pés à região inguinal) .e duração do tratamento.
3 Realize a higiene das mãos e coloque luvas se necessário, Inspecione a pele para A alteração da integridade da pele contraindica o uso de· bandagens elásticas.
ver se há alterações da integridade. como abrasões, alteração da cor, atrito ou
edema. (Obseive cuidadosamente as proeminências ósseas.)
4 l11specione o curativo cirúrgico se presente-. Retire as luvas e realize higiene das A troca ou reforço do curativo cirúrgico precede a aplicação de qualquer
mãos. bandagem. Reduz a transmissão de microrganismos.
5 Observe a adequação da circulação (distalmente a bandagemJ, observando a t necessárla comparação da área antes e depois da aplicação da bandagem
temperatura da superffcie, a cor da pele e a sensibilidade nas partes corporais paragarantir continuação dacirculação adequada. O comprometimentoda
a serem envolvidas. circulação pode resultar em temperatura mai•sfria ao toque, em comparação
como lado oposto docorpo, cianose, palidez da pele. diminuição ouaus@ocia
de pulsos, edema ou estase localizada e adorrnecimerno ouforrnigamentos
daquela parte.
6 Avalie os conhecimentos do paci.entee do familiar cuidador e o nfvel de habilidade Garantequeoplanejamento de enfermagem e a educação em saúde sejam
se for preciso manter o uso das bandagens no domicilio. individualizados.
PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM
1 Explique cada etapa do procedimento ao paciente. O conhecimento aumentado promove colaboração e red1.12aansiedade.
2 Demonstre o procedimento ao paciente e ao familiar cui ador. Ajuda a assegurar a continuidade do cuidado depois da alta.
DECISÃO CUNICA: Coloque ashandagens nas extremídades inferiores antes que o paciente se sente
ou fique em pê. Eleve as extremidades dependentes por 20 minutos antes da aplicação da bandagem
para facilitar o retorno venoso.
IMPLEMENTAÇÃO
1 Fech·ea porta ou coloque um biombo. Mantém o conforto e a dignidade do paciente.
2 Ajude o paciente a ficar em uma posição confortável e anatomicamente correta. Mantém o alinhamento. Impede deformidade musculoesquelética.
3 Realize a higiene das mãos e coloque luvas se houver drenagem presente. Reduz a transmissão de microrganismos.
4 Segure o rolo com a bandagem elástica na mão dominante e use a outra mão Mantém a tensão apropriada, e consistente da bandagem.
para segurar de leve o come,ço da bandagem na parte corporal distal. Continue
transferindo o rolo para a mã_odominante à medida que a bandagem é enrolada.
DECISÃO CLÍNICA: Os dedos dos pés ou as pontas dos dedos dss mlos precisem ficar vis/veis para o
seguimento da avoliaçlo do <:írculsçlo.
5 Coloque a bandagem desde oponto distal, dirigindo-seaos ffmites proximais, usando A bandagem é aplicada de maneira que se conforme igualmente à parte do corpo
várias voltas para cobrir as várias partes corporais, como o punho ou os braços. e promova o retomo venoso.
Coloque a bandagem em movimentoascendente. sobrepondoa bandagem prévia em
metade ou dois terços da bandagem. Use curativo em oito para cobrir a articulação
porque umajuste confortável PfOporciona excelente imo'bilização. Paracolocar:
Sobreponha as -voltas, subindo e d ndo alternativamente sobre a pa11.eque já
recebeu bandagem; cada volta atravessa a anterior, forrnallldouma figura de oito.
'-"'r• 1ULU 'loD mcegnmme aa re1e ·e l-Umaaos aas renaas
PASSOS JUSTIFICATIVA
6 Desenrole e estique um pouco a bandagem. Mantém a tensão uniforme na bandagem.
7 Sobreponha voltas da largura de metade a dois terços do rolo de bandagem. Impede tensão desigua I da bandagem e o comprometimento circulatório.
8 Fixe a J)limeira bandagem com um clipe ou fita antes de aplicar rolos adicionais.
9 Aplique rolos adicionais sem deixar nenhuma superfície da pele descoberta. Impede rugas ou extremidades soltas.
Fixe a última bandagem aplicada.
10 Retire as luvas se usadas e realize a higiene das mãos. Reduz a transmissão de microrganismos,
AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM
1 Avalie a circulação distal quando a aplicação da bandagem estiver completa e A detecção e tratamento precoces do comprometimentocirculatório garantem
pelo menos duas vezes durante um período de 8 horas. condições neurovasculares saudaveis.
a. Observe se existe palidez ou cianose na pele.
b. Palpe a pele para verificar a temperatura.
e. Palpe os pulsos e compare bilateralmente.
d. Pergunte se o paciente está sentindo dor, adormecimento, formigamentos ou Alterações neurovasculares indicam comprometimento do retomo venoso.
outro desconforto.
e. Observea mobilidadeda extremidade. Determina se a bandagemestá apertada demais. o que restringe o movimento.
ou se foi alcançada a imobilidade da articulação.
2 Peçaaopacienteparademonstrara aplicaçãodabandagem. A demonstraçãopelo. paciente é uma forma de avaliação da aJllendizagem.
RESULTADOS INESPERADOS E INTERVENÇÕES RELACIONADAS
1 Comprometimento da circulação distal à bandagem elástica.
• Solte a bandagem.
• Palpe a extmm.idade e avalie o pulso, a temperatura e o reenchímentocapilar.
• Reaplique o curativo commenos pressão.
2 Solução de continuidade da pele sob a bandagem elástica
• Retire a balidagem.
• Reaplique a bandagem sobre área de pele diferente com menos pressão.
3 Paciente incapaz de realizar troca decurativo
• Reinstrua o paciente ou o familiar cuidador sobre a aplicação da bandagem.
• Observe o pacíente ou o familiar cuídador aplicar a bandagem.
REGISTRANDO E RELATANDO
• Documentea condição da ferida, a integridade do curativo. a aplicação da bandagem. a circulação e o nfvel de conforto do paciente.
• Relate qualquer alteração do estado neurológico ou circulatório à enfermeira encarregada ou ao médico.
CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CUIDADOS DOMICILIARES
• Instrua o paciente ou o cuidador familiar a não tomar as bandagens apertadas demais. o que interfere colllia circulação,
• Ê melhor aplicar bandagens elásticas que reduz.em o edema dos pés e tornozelos pela manhã, antes que o paciente saia do leito.
• Sempre retire a bandagem elástica diariamente e inspecione a pele abaixo dela.
Promova intervenções nutricionais para melhor-ar a cicatrização da 3. Cobrir a área co.m toalhas estéreL encharcadas com soro fi-
ferida por meio do aumertto dos níveL, de proteína., e de calorias. siológico e notificar imediatamente a equipe cirúrgica: isso
A avaliaçff.o das ferida., exige uma descriç.10 do nspcc1.o da b,tsc da provavelmente indica uma evisceração d.a ferida.
ferida, 1:am,mh1i, presen de cxsudato e condição da pele cm torno 4. Cobrir a área com gaze estéril, colocar wna cinlll apertada sobre
da ferida. clac pedir ao paciente par-.ificar no kito por30 minL1tospt1rque
Q11:-tnc1o:l p1tr,i:1 clt•t ddo 1-.,.xtf'n.1. um:, f ti,l:1. foch:, porsee11nd:1 f"f.:S:t l• um;, r.c-p1t!l :,hPrtnra n:1 for-i,b drC.rg,ic':à P. ck:v foch n
intenpo. rnpidamente,
As chances de infec <l da feridá são maiores quando a ferida contém 5. Qualdescriçã<>Séencaixa melhorem drenagem serosa de umafuridá?
tecido morto ou necrótico, quando corpos e.stranhos são encontrados 1. Sangràmento fresco
na ferida ou perto dela,e quando a irrigaçfo e defesas do tecido são 2. Espessa e a.rnarcla
reduzidàs. 3. Plasma claro e aquoso
Os pándpios de primei:ros socorros em feridas incluem controle de 4. Bege a ca.'tanha e com odor fétido
sangramento,limpeza e· prot o. 6. Para utn paciente que tenha uma entorse muscular, hemorragia
.A.1êõm.Udá..'id Uit\éi.tt't'l.tivó :".6<!óó.h1õtV"'cftíll dttrtl1.gl---Mê hnpédC-M lôcal k.dc ld(>ü t.lítl ficlí'lldtómd, quól pfüduto pnrn c.Lilcld<lo dn fotidd
a entrada de bactéria.,. ajuda a pre.venir a formação de edema, a cúotrolar o sangrame:nto
Um ambiente llmido favorece a cicalriiução da :ferida. e a anestesiar a parte do corpot
O curativo ú.mido a seco remove mecanicamen.tc o tecido morto e 1. Cinta
o exsudato da ferida, dcsbri do-a. 2. llolsa de gdo
Ao limpa.e feridas ou loc,ús de.dreno, limpe dá áre-.i menos contami- 3. lland a gcm clá.stica
nada para a mais contaminadá, distanciando-se das bordas da ferida. 4. fralda absortiva
Aplique uma bandágem ou cinta de maneira que não comprometa 7. Quais medidas de cuidados dá pele são usadas na conduta para um
a drculação nem irrite a pele. paciente que apre.o;enteinaintinência focal e urinária?
lima entorse a guda, fratura fechada ou contusão- respondem melhor 1. Mani.-nha a região glúte-.1 exposta ao ar o tempo todo
a aplicações frias. 2. Use urna fralda absorvente grande, trocando quando saturada
3..Use um limpador de incontinênda, seguido pela apLicação de
1 QUESTÕES DE REVISÃO uma pomada com barreira à umidade
4. Limpeza frequente, aplicação de uma pomada e cobertur.i das
Você Está Pronto para Testar seus Conhecimentos de áteas com toalha absorvente grossa
Enfermagem? 8. Qualdasseguintesaltemativ-.isde...:reveumutrativo comhidnicoloide?
1, Ao repo,,icionar um padente imúvel, a enfermeira observa eritema 1, Um derivado de algas marinhas altamente absortivo
sobre uma eminência é>s.ea. O que é indicado quando a áreaerite.- 2. Gaze pré-umedecida colocada sobre uma feridá granulando
m.ttosa branqueia ao toque da ponta do dedo? 3. Uma en>.irna desbridante usada para remover tecido necrótico
1. Uma infec o local.da pele qué precisa de ,tntinúcrobiano. 4. Um curativo que forma um gel que inte:ragc a,m a superficie
2. Pele sensível que precisa de roupas de cama es-peciais da ferida.
3. úlcera por pm,são em estágio ili precisando do curativo apro- 9. Qual da., seguinteSaltemativa., é urnaindicação para cinta a sercolocada
priado em torno de um paciente cirúrgico que tenha reridá abdominal recente
4. Hiperemia com branqueamento,indicando a tentativa do corpo 1. Coleta da drenag:em dá ferida
para superar o epfaódio isquêmico. 2. Redução do edema abdominal
2. Em qual tipo de úlcem por pressão se dbserva a pele inta 1a, po- 3. Redução da te-o.Ião sobre a indsã.o abdominal
dendo incluir alteraç<'ies em um ou mais dos seguinte : temperatura 4. Estimulação do p-eri.staltismo (retorno da função inte:rtinal) por
da pele (calor ou resfrfamento ), consistência do tecido (firme ou pre.°''>âo direta.
amolecido) e/ou dor? 1O. Quando é indicada a aplicação de uma compressa quente? (Sele-
1. Estágio 1 cione toda.< que se aplicam.)
2. Estágio U 1. Para aliviar edema
3. estágio TU 2. Pa.ra um paciente que esteja tremendo
4. Estágio IV 3. Para melhorar o fluxo sanguíneo para uma parte kmla
3. Ao pedir uma cuhura da ferida par-.1determinar a presença de uma 4. Para proteger eminência., óssea., de úlcems por pressã
infecção, dé onde o material deve ser coletado? 11. Como é chamada ar.emoção de tecido desvitalizado de uma ferida?
1. Tecido necrótico 1. Desbridamento
2. Drenagem de ferida 2. Redução de pressão
3. Drenagem no curativo. 3. Terapia de ferida ·com pressão negativa
4. Petida d'iJ)ois de ur sido limpa pela primeira vei com soro 4. Saniti:tação
fisiológko. 12. Dê o nome de três dimensões importantes para medir consis-
4. Depois de cirurgia, o padcntc com uma ferida abdom lnal fechada tentemente e determinar a dcatriiaç!lo da ícrida.
rclàta um "estalo" súbito dl-pOis de tosse. Quando a enfermeira 13. O que a E.,cala llrad(:n avalia?
examina o local da ferida cirúrgica, as suturas estão abertas e partes 1. A integridade da pele na.,eminências 6sseas, incluindo qualquer
do intestino del(;ado sãu observadas ao fundo da ferida a gora alx-rta. f-erlda
Qual intervenção corretiva a enfermeira deve (-azer primeiro? 2. Os fatores que colocam o paciente em risco de solução de con-
J. Dei.ur que.a área fique exposta ao ar até q_uetoda a drenagem tinuidade da pele
cesse 3. A quantidade de reposidona.mento que o padente pode tolerar
2. Colocar várias a i m p r - s fria. sobre a :irra, protegendo a pele 4. Os fatores que colocam o paciente em risco de dcatrização
em tomo da forida insatisfatória