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Feridas e Curativos

Enf. Esp. Camila Oliveira


Coren 88197
Enf.Camila Oliveira, formada
há 23 anos, destes 17 anos
foram atuando dentro de uma
UTI, onde desenvolvi paixão
por feridas.

Sou especialista em Terapia


Intensiva.
Possuo capacitação em
laserterapia.
VOCÊ NÃO
TRATA FERIDAS
Você trata PESSOAS com feridas...

A pessoa A pessoa com


A pessoa
com ferida ferida
com feridas
pode estar pode apresentar
carrega
se sentindo fatores emocionais
uma história
marginalizada e e clínicos
isolada que irão interferir
socialmente no tratamento
da lesão
O quanto
sai caro
“uma ferida”?
Tempo é tecido !!!!!
Por que Estudar curativos...
• LEI N 7.498/86, DE 25 DE JUNHO DE 1986
• Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras
providências.
• RESOLUÇÃO COFEN Nº 567/2018
• Art. 1º Aprovar o Regulamento da atuação da Equipe de Enfermagem no
Cuidado aos pacientes com feridas na conformidade do anexo a esta
Resolução
Por que Estudar curativos...

Art. 2º O Enfermeiro tem autonomia para abertura de Clínica/Consultório


de Prevenção e Cuidado de pessoas com feridas, respeitadas as
competências técnicas e legais.

Art. 3º Cabe ao Enfermeiro da área a participação na avaliação, elaboração


de protocolos, seleção e indicação de novas tecnologias em prevenção e
tratamento de pessoas com feridas.
REGULAMENTAÇÃO DA ATUAÇÃO DO TÉCNICO DE
ENFERMAGEM NO CUIDADO AOS PACIENTES COM FERIDAS

a) Realizar curativo nas feridas sob prescrição e supervisão do Enfermeiro

b) Auxiliar o Enfermeiro nos curativos

c) Informar à pessoa quanto aos procedimentos realizados e aos cuidados


com a ferida, enquanto componente da equipe de enfermagem;
SISTEMA TEGUMENTAR
Pele(sistema tegumentar)
• Pele e anexos
• Proteção mecânica/raios UV
• Imunidade
• Controle de temperatura
• Absorção de vitaminas
• Armazenamento
• sentir
Concentração de queratina

queratina

melanócito melanocitos
Derme papilar

Colágeno e
fibras elásticas

Derme reticular Água


O que é ferida?
Ferida é qualquer interrupção na
continuidade da pele que afete sua
integridade.
Também é definida como uma
deformidade ou lesão, que pode ser
superficial ou profunda, fechada ou
aberta, simples ou complexa, aguda ou
crônica.
Definições:
• Nos ferimentos fechados, a continuidade da
pele e dos tecidos não é violada nem
danificada e podem ser tanto superficiais
quanto profundos.
• Nas feridas abertas, ocorrem a
descontinuidade e o rompimento da barreira
de proteção da pele, acentuando os riscos de
infecção.
simples complexa

• As feridas simples evoluem rapidamente para a


cicatrização.
• Feridas complexas têm evolução lenta e progressiva,
tendendo à cronicidade. Podem estar contaminadas,
colonizadas ou infectadas, quando mostram evidências de
processo infeccioso, com tecidos desvitalizados, exsudação
e odor característico.
Mecanismos da lesão
celular/cicatrização
• A lesão celular reversível ocorre quando a célula agredida pelo estímulo
nocivo sofre alterações funcionais e morfológicas, porém mantém-se viva,
recuperando-se quando o estímulo nocivo é retirado ou cessa.
A lesão celular é irreversível quando a célula se torna incapaz de recuperar-se
depois de cessada a agressão, caminhando para a morte celular. Causas de lesão
celular
Lesão celular

Reversível Irreversível
Necrose de coagulação
Os tecidos apresentam maior firmeza, são de coloração acinzentada a preto
apresentam-se opacos, turvos e secos, causada por isquemia local.
Esfacelo
• Este tipo predomina tecido elástico, amarelado, esverdeado a cinza e úmido.
Pode ser observada em algumas neoplasias malignas ou (LPP)
No consenso de 2020 , mudou o termo de necrose de liquefação para
ESFACELO.
LIQUEFAÇÃO é o processo de “morte” do tecido.
AMPUTAÇÃO
Necrose
gangrenosa
Cicatrização
Cicatrização é o nome dado ao processo de reparação tecidual que substitui o
tecido lesado por um tecido novo.
A reparação envolve a regeneração de células especializadas, a formação de
tecido de granulação e a reconstrução do tecido. Esses eventos não
acontecem isoladamente, e sim, sobrepondo e se completando.

A cicatriz é o tecido novo que se forma durante o processo de cura de uma


ferida. A natureza a utiliza como um meio para fechar as lesões do organismo
quando não é possível a regeneração perfeita dos tecidos.
Cicatrização por primeira
intenção
Cicatrização de segunda
intenção
Cicatrização por terceira intenção
Fases da cicatrização

Fase inflamatória/fase de hemostasia Fase de granulação Fase de eptelização


Fase inflamatória

Fase de granulação

Fase de maturação/
epitelização
Fatores que interferem na cicatrização

• Fatores extrinsecos
• Dimensão e profundidade da lesão;
• Tipo de tecido lesado;
• Localização da lesão;
• Infecção local e grau de contaminação;
• Presença de secreções;
• Necrose tecidual;
• Falta de oxigenação;
• Tensão na ferida;
• Hemorragia;
• Corpos Estranhos;
• Hematomas.
Fatores intrínsecos

• Idade;
• Estado nutricional;
• Estado imunológico;
• Diabetes e outras doenças crônicas;
• Uso de medicamentos
(principalmente de esteroides) e/ou
Terapias medicamentosas associadas;
• Quimioterapia;
• Alcoolismo;
• Tabagismo.
Feridas agudas

São feridas acidentais, agudas ou traumáticas.


No trauma, a lesão ocorre de maneira imprevista,
sendo provocada por objetos cortantes,
contundentes, perfurantes ou lacerantes,
inoculação de venenos, mordeduras, queimaduras,
entre outros, podendo gerar alguns dos seguintes
tipos de feridas:
Amputação e avulsão
• Lesões abertas bruscamente por instrumento
cortante, potencialmente dotado de energia cinética,
com descolamento de pele, perda do revestimento
cutâneo e/ou rompimento total dos tecidos.
Requerem procedimentos de emergência, pois podem
representar risco de morte para a vítima, devido à
grande hemorragia. Nas amputações, o coto residual
da extremidade amputada e a cessação da hemorragia
são as prioridades do atendimento.
Ferimentos corto-contusos
• Lesões causadas por objetos
contundentes e cortantes, que causam
feridas superficiais ou profundas,
irregulares e retraídas, com bordos
traumatizados. Apresentam
sangramento variável.
Escoriações
• Lesões restritas à epiderme ou às mucosas.
Nelas ocorrem rompimento e erosão da
superfície e algumas apresentam
sangramento discreto, acompanhadas de dor
local intensa, devido à agressão das
terminações nervosas. Geralmente são
causadas por um forte atrito entre a pele e
uma superfície áspera.
Esmagamentos

• Lesões traumáticas, com grande destruição de


tecidos e demais estruturas. Não chegam a
romper totalmente um segmento corporal como
nas amputações, porém o segmento pode ficar
afuncional e com grandes deformidades. São
causadas por desastres, acidentes e colisões ou
por aplicação de energia e força de grande
intensidade sobre os tecidos.
Lesões perfurantes
• São denominadas de perfuro-cortantes quando
causadas por objetos pontiagudos como agulhas,
pregos, estiletes, garfos, facas, tesouras e outros
objetos capazes de penetrar e atravessar tecidos,
órgãos ou cavidades. As decorrentes de armas de
fogo produzem perfuração puntiforme na pele e
nos tecidos subjacentes, sendo denominadas de
perfurocontusas.
Feridas crônicas
As feridas crônicas, agora chamadas de feridas de dificl
cicatrização, conforme o consenso de 2020, surgem associadas às
doenças como diabetes mellitus, hipertensão arterial
sistêmica, hanseníase, neoplasias, problemas neurológicos
etc.
Apresentam diversos graus de comprometimento, dependendo
do estado geral do paciente, sua doença e gravidade. Essas
feridas são consideradas complexas quando a cicatrização é
difícil e o processo, prolongado. A resolução, na maioria das
vezes, depende do controle ou da cura da doença causal.
Úlceras vasculogênicas

Vamos as
diferenças!!!
Úlcera venosa
Úlcera arterial
Úlcera neuropática
Avaliação das feridas
As feridas complexas são I- Extensa perda de
tegumento II-Presença de
definidas em 4 parâmetros infecção local
III-Comprometimento da viabilidade dos
mostrados a seguir: tecidos
superficiais
IV-Associação a doenças sistêmicas que
dificultam o processo fisiológico de reparação
tecidual
Quanto a etiologia da lesão...
• O que ocasionou essa lesão...
• Lesões por pressão
• Queimaduras
• Complicações de feridas simples
• Complicações cirúrgicas
• Ulceras venosas ou arteriais
• Feridas oncológicas
• Acidentes...
O que eu devo investigar...quais perguntas devo me fazer...
A progressão dessa ferida foi rápida ou lenta...
Se existem enfermidades associadas...
Uso de antibióticos, corticoides entre outras medicações que podem complicar...
Durante a avaliação da lesão...
Se as características das bordas são regulares ou irregulares, se são violáceas, eritematosas, hiperqueratosas,
necróticas...
Se há necrose no leito dessa lesão... Qual tecido eu vejo....
Se há infecção de outros órgãos
Preciso avaliar demais exames, é preciso colher cultura dessa lesão...preciso visualizar exames de imagem...
Tem acometimento de tecidos adjacentes...

Como está o psicológico deste meu paciente.....


Quanto a localização da ferida
• Onde essa ferida está localizada anatomicamente...

PROXIMAL
MEDIAL
DISTAL
EXSUDATO

PROTEÍNA
PLASMATICA

LEUCÓCITOS

CÉLULAS EM
ABUNDANCIA
Tipos de exsudato

• Seroso-coloração transparente ou levemente


amarelada

• Sero-hemático-coloração rósea a vermelho


claro;
Hemático/hemorragico- coloração vermelho vivo,
compatível com sangue venoso

Pio-hemático- coloração esbranquiçada ou


acastanhada , amarelada e esverdeada,
associadas com a coloração vermelha do
sangue

Purulento-coloração esbranquiçada,
amarelada e esverdeada espessa viscosa
indica infecção
Quanto a quantidade de exsudato
• Ausente-
• Baixo-
• Moderado-
• Alto-
Odor

• Ausente- sem odor


• Característico- odor compatível, exalado no desbridamento da
lesão
• Fétido- desagradável, que leva a reação de afastamento.
• Pútrido-odor de grande intensidade associada a carne em
decomposição
Quanto ao grau de contaminação

Colonização critica- carga


bacteriológica aumentada

Ferida infectada-carga bacteriológica


abundante causando alterações do
sistema imunológico
Coleta de cultura por técnica de levine
• Limpeza do local com soro fisiológico em forma de jato com auxilio de uma
agulha 40*12
• Remover o swab do tubo sem encostar em nada;
• Aplicar o swab em uma área de 1cm2, com pressão para obter fluido
• Colocar de volta no tubo do swab
• Encaminhar material ao laboratório
Contaminação
característica

Pseudômonas
-exsudato esverdeado
-odor de grama molhada cortada
recentemente.
Quanto ao leito da ferida
• Tecido de eptelização- tecido recém
cicatrizado com coloração róseo
clara

• Tecido de granulação- tecido


avermelhado viável para cicatrização
• Tecido fibrinoso (BIOFILME)- fibra
amarelada insolúvel fortemente aderida a lesão
e ao tecido de granulação;

• Necrose seca-tecido desvitalizado, de


consistência endurecida e fortemente
aderida ao leito da lesão

• Esfacelo – tecido desvitalizado, espesso,


viscoso ou mucoide esverdeado ou
amarelado
GRANULAÇÃO
BIOFILME

GRANULAÇÃO
Bordas/margens da ferida

Pele perilesional
Também devem
Margem da lesão

Borda da lesão
ser avaliados e
Leito da lesão tratados!!!!!!!
FerramentaTIME-RS

R-AVALIAÇÃO DE NECESSIDADE
DE TECNOLOGIAS INOVADORAS
S-CONDIÇÕES
SOCIOECONOMICAS DO
INDIVIDUO
Tipos de bordas
• Indistinta/difusa-não há possibilidade
de distinguir claramente o contorno da
ferida

• Aderida-plana e nivelada com o leito


da ferida

• Não aderida-formação de
tuneis/trajetos fistulosos e abcessos
• Desnivelada- leito da ferida é mais profundo do
que a borda

• Fibrótica- apresenta tecido de coloração


amarelada ou esbranquiçada, que adere no leito
da ferida, rígida, decorrente de áreas
cicatrizadas.

• Hiperqueratose tecido espesso endurecido


amarelado
• Macerada-complicação na borda, margem e pele adjacente, contato
direto com exsudato e curativo inadequados(“cozinha a pele”)
Medindo as lesões

Comprimento x largura=cm2
Ex: 13cm por 14 cm= 182cm2

Quanto a profundidade
Pode ser verificada com uma pinça ou
cotonete estéril
Após verificação medir em régua
Avaliação da
dor
• Dor cutânea- sensação aguda, perfurante
• Dor visceral-dor difusa de localização imprecisa e referida como dolorida ao
toque não sabe localizar.
• Dor isquêmica -sensação intensa causa náusea, vomito melhorando ao
repouso(arteriopatia )
• Dor neuropática-leve a intensa sensação de queimação no local,
formigamento e dormência(sistema nervoso central)
Escala visual analógica
Importante colher Termo de Consentimento
para coleta de imagens das feridas

Oriente o paciente de
maneira clara e objetiva
Lesões por pressão
LPP
O que vem a ser LPP...
• Lesão por Pressão Estágio 1:
• Pele íntegra com eritema que não embranquece

Eritema não
reativo
Lesão por Pressão Estágio 2:
Perda da pele em sua espessura parcial
com exposição da derme

Esse estágio não deve ser usado para descrever as lesões de


pele associadas à umidade, incluindo a dermatite associada à
incontinência (DAI), a lesão de pele associada a adesivos
médicos ou as feridas traumáticas (lesões por fricção,
queimaduras, abrasões).
Lesão por Pressão Estágio 3:
Perda da pele em sua espessura total
Lesão por pressão Estágio 4:
Perda da pele em sua espessura total e perda tissular
Tecido
subcutâneo derme
epiderme

cavidade
Lesão por Pressão Não Classificável:
Perda da pele em sua espessura total e perda
tissular não visível.
Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico
Lesão por pressão em membrana mucosa
Queimaduras
Queimadura é toda lesão causada por agentes externos
sobre o revestimento do corpo, podendo destruir desde a
pele até tecidos mais profundos, como ossos e órgãos.
A extensão de uma queimadura é representada
em percentagem da área corporal queimada.
• Leves (ou "pequeno queimado"): atingem menos de 10% da superfície
corporal;
• Médias (ou "médio queimado"): atingem de 10% a 20% da superfície
corporal;
• Graves (ou "grande queimado"): atingem mais de 20% da área corporal;
Duas regras podem ser utilizadas para "medir" a extensão da queimadura
Terapias aplicadas as
feridas
Segundo a lei:
Alinea C,inciso III do artigo 11ºde 94,406/87 é incumbência da
enfermagem a realização de curativo, para tal procedimento, devem-se
respeitar os devidos graus de habilitação, segundo o regulamento
sobre competência da equipe de enfermagem para cuidar de feridas.
COFEN 0567/2018.

Cabe ainda pontuar que o curativo é parte integrante da atenção as


feridas e competência da enfermagem por ser previsto em lei e por
fazer parte de sua grade acadêmica e curricular.
Algumas competências do enfermeiro em lei:

• Cofen(567/18) e 358/2009
• Competência especifica:
• -estabelecer a prescrição de coberturas utilizadas na prevenção e no cuidado com as
feridas, estabelecidas em protocolos institucionais ou programa de saúde.-
• -realizar desbridamento exceto cirúrgico.
• Utilizar materiais, equipamentos e medicamentos aprovados pela anvisa para
prevenção e cuidados a feridas.
• Coordenar testes/medicamentos a serem utilizados para prevenir e tratar feridas.
Avaliação inicial
• Para que um curativo seja eficaz precisamos de :
• Ser impermeável a água
• Permitir troca de gazes
• Auxiliar na hemostasia
• Promover desbridamento autolítico
• Absorver e remover exsudato
• Aliviar a dor
• Tratar o leito da ferida
• Fornecer isolamento térmico
• Proporcionar qualidade de vida ao individuo
Limpeza da ferida
remover restos celulares, tecidos ressecados e
necróticos
• Técnica limpa-realizada em domicilio ou ambientes que sejam menos
contaminados-lavagem das mãos ,luva de procedimento e gaze estéril.
• Técnica estéril-lavagem das mãos com degermante, luva estéril, gaze estéril e
pinças.(dentro de hospitais/clinicas)
• Leito da ferida-(agentes de limpeza) soro fisiológico ou indico a
polihexanida (PHMB) substância não citotóxica que combate todos os
tipos de microorganismos que causam malefícios como fungos, bactérias,
gram – e gram +, podendo usar em feridas limpas e infectadas.
Cobertura primaria /secundária
TERCEÁRIO

POMADA/ALGINATO/CREME/GEL
1

2 GAZE ESTERIL

3 ENFAIXAMENTO
Coberturas
• Creme barreira:

• Indicado para pele integra contra fluidos corpóreos e da área perilesão


• Não pode ser utilizado em mucosas ou ruptura de pele
• Aplicar pequena quantidade do creme na pele limpa e seca
Filme transparente

Pelicula de poliuretano semipermeável


adesiva, que permite a difusão gasosa,
impermeável a fluidos externos
Hidrogel

Gel amorfo composto quase


em seu total de água e outros
agentes conforme o fabricante
COLAGENASE

POMADA LIPOFILICA/ENZIMÁTICA

SELETIVIDADE?
Acidos graxos essenciais
• Loção oleosa e creme hidratante composto de acido
linoleico, acido caprilico e acido láurico, vitamina A,E e
lecitina de soja.
• COM OU SEM COPAIBA E MELALEUCA
HIDROCOLOIDE
Composto de carboximetilcelulose sódica, alginato de cálcio,
película de poliuretano, anéis de espuma de polietileno e adesivo
microporoso.
Gaze de Rayon
Compressa/malha estéril não aderente, composta de acetato de
celulose/silicone hipoalergenica, impregnada com petrolatum ou
AGE. Podemos encontrar também em sua forma integra sem
substancias associadas.

Obs: gaze com petrolatum deve ser evitado o uso em crianças devido conter hidrocarboneto derivado do petróleo
Alginato de cálcio em fibra/prata

Curativo composto de fibras de algas marinhas


marrons, com moléculas de alginato de cálcio e
carboximetilcelulose sódica com ou sem ions
de prata.
EM FITA
Hidrofibra
com ou sem prata

curativo de fibras de hidrocolóide


Sulfadiazida de prata
Polihexanida
Espuma de poliuretano
com prata
Espuma com ibuprofeno
ESPUMA COM PRATA EXTRA
Fibra de Carvão ativado com prata
Curativo composto de tecido envolto em nylon não aderente,
semipermeável e absorvente impregnado com carvão ativado e
íons de prata
Recortável Não
recortável
Botade unna

Bota de Unna é constituída de


oxido de
zinco/gelatina/glicerina
Compressa de tule, não aderente, com ação
Atrauman ag antimicrobiana, estéril, composta por filamentos de
poliamida em forma de malha, revestida com íons de prata
e impregnada por pomada hidrófila de triglicerídeos
(ácidos graxos).
URGO TUL
Prata é composto por duas camadas de malha de polietileno de
alta densidade recoberta com prata nanocristalina + uma
nanocristalina camada de rayon e poliéster absorvente.
Fitoterapia definição e termos
• De acordo com o ministério da saúde, a fitoterapia é uma terapêutica
caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas
farmacêuticas, sem substância ativa isolada e sendo de origem vegetal.
Vulnerário- que cicatriza feridas.

A utilização de plantas medicinais e da fitoterapia na


atenção primária à saúde vem com a finalidade de aumentar os
recursos terapêuticos, resgatar saberes populares, preservar a
biodiversidade, fomentar a agroecologia ambiental, popular e
permanente (Antonio et al, 2014).
Prática reconhecida pelos órgãos:
COFEN
MINISTÉRIO DA SAÚDE
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Portaria nº971 de 03/05/2006 anexo1
camomila(chamomilla)

• Propriedades cicatrizantes, é capaz de curar e


cicatrizar todo tipo de ferida externa. Além disso,
a Camomila é um antiinflamatório muito eficaz.
NÍVEL DE EPIDERME
Goiabeira e pitangueira
• FOLHAS
• 10/10 FERVURA E DECOCÇÃO
• ANTIFLAMATORIA/ANTISSEPTICA
• CICATRIZANTE
Babosa(aloes spp)
(Aloe vera)
Parte usada-folha, seivo e polpa
Propriedades-antisséptica, analgésica, bactericida,
resolutiva,vulnerária,hidratante natural da
pele,estimula granulação-divisão celular,
antiflamatorio, desbridante simples, ajuda a manter o
fluxo sanguíneo.
Barbatimão(stryphnpdendron barbatiman)

Parte usada-casca do tronco


Propriedades terapêuticas:adstringente e
cicatrizante,bactericida em inflamações e ulceras.
Aproxima bordas, induz formação de tecido de
eptelização,novos capilares sanguíneos e aumenta
o numero de células de defesa
Calendula(calêndula officinalis)
Parte usada-folhas e flores
Propriedades terapêuticas- antiflamatório,
antialérgico,cicatrizante e antisséptico
Papaina(carica papaya)
A papaína é uma enzima proteolítica retirada do mamão-
papaia verde e/ou do látex das folhas do mamoeiro, tendo
propriedades medicinais conhecidas na medicina humana
para tratamento de feridas de diversas etiologias.
Principio ativo: cicatrizante, bactericida, desbridante e
regenerador
2%/4%/6%/10%-leve a intenso desbridante.
Indicado: feridas em geral principalmente tecidos
desvitalizados.
Feridas oncológicas
Ferida oncológica/neoplásica

• Quebra da integridade da pele em


decorrência da infiltração de células
malignas do tumor na estrutura da
pele, resultado da proliferação
celular descontrolada .
Terapia medicamentosa
Os agentes quimioterápicos e os antibióticos são terapêuticos medicamentosos que interferem no
processo cicatricial, os quais são ingeridos em larga escala pelos clientes com lesão vegetante maligna.
Fase curativa
• No tratamento de feridas de um
paciente em fase curativa a tônica é
sempre a cicatrização o mais precoce
possível visando a finitude da lesão.

Quimioterapia
radioterapia Curativo ideal....
Exsudato: vasodilatação e permeabilidade
vascular.
infecção: menor atividade de neutrófilos,
leucócitos e macrófagos
sangramento: alta vascularização e inatividade
plaquetária
necrose: morte celular
Classificações
• Lesões malignas ulcerativas- guando apresentam aspecto
de ulceração
Em oncologia

• O principal objetivo é o controle - - Cor. - Extensão (fístula ao redor).


dos sintomas e consequentemente - - Odor.
melhora na qualidade de vida do - - Exsudato. - Sangramento.
- - Dor.
portador de câncer.
- - Prurido.
- - Descamação.
- - Sinais de infecção.
- - Acometimento ou invasão de órgãos e
sistemas.
CUIDADOS BÁSICOS

• • Limpar a ferida para remoção


superficial de bactérias e debris.
• • Conter/absorver exsudato.
• • Eliminar o espaço morto (preenchê-
lo com curativo).
• • Eliminar a adesão de gaze às
bordas/superfície da ferida.
• • Manter úmido o leito da ferida.
• • Promover os curativos simétricos com a aparência do paciente.
• • Empregar técnica cautelosa visando à analgesia.

• • Retirar as gazes anteriores com irrigação abundante.


• • Irrigar o leito da ferida com jato de seringa 20 ml/agulha 40x12 mm.
• • Proteger o curativo com saco plástico durante o banho de aspersão e abri-lo
para troca somente no leito (evitando a dispersão de exsudato e micro-
organismos no ambiente).
Limpeza e irrigação

• Soro fisiológico 0,9%


• PHMB(Polihexanida)
• Pó de Papaina 2%(2g de pó para 100ml de soro)
PHMB
CUIDADOS ESPECÍFICOS
• Controle da dor:
• • Considerar o uso de gelo, medicação analgésica resgate/SOS
(conforme a prescrição).
• • Iniciar o curativo após 30 minutos para analgesia via oral, 5
minutos para analgesia subcutânea ou endovenosa, e início
imediato para a via tópica.
• • Adequar o horário de troca de curativos após o paciente já estar
medicado.
• • Avaliar a necessidade de analgesia tópica com lidocaína gel a 2%
(aplicar sobre a ferida tumoral e ao redor, cobrindo cerca de 2 cm
de tecido saudável
• • Empregar técnica cautelosa, evitar friccionar o leito da
ferida.
• • Irrigar o leito da ferida com água destilada ou soro
fisiológico 0,9% e aplicar creme barreira nas bordas e ao
redor da ferida
• • Observar a necessidade de analgesia após a realização do
curativo.
• • Reavaliar a necessidade de alteração do esquema
analgésico prescrito.
Manejo do prurido

• Ao investigar a causa poderá


aplicar dexametasona creme
0,1%

• Observar sinais de candidíase


cutânea.

Sulfadiazida de prata 1%
Necrose
• O desbridamento instrumental é contra indicado.
Kolagenase/ácidos graxos essenciais/
papaína 6/8/10%
Fistulas cutâneas
• Creme barreira já citados
na serie de exsudação.
• Alginatos e hidrofibras
• Chumaços de gaze
Alta drenagem
Pó de estoma/pasta para ostomias
sangramento
Aplicar pressão direto com gaze,
alginato em fibra, compressa ou toalha,
soro fisiológico gelado, curativos a base
de colágeno, sucralfate, adrenalina
solução injetável usar como terapia
tópica ,radioterapia hemostática e
transfusão sanguínea.
gelfoam
Prevenção de sangramento
• Coberturas não aderentes
sinus

• Cavidade de fundo cego


cuidado!!!!
• Para irrigação utilizar apenas soro fisiológico...

Para limpeza superficial


poderá utilizar outras
substancias
cavidade

• Espaço morto caracterizado por


uma cratera onde é possível
visualizar o fundo.

Alginatos em fibra
Hidrofibra
Espumas
Terapia por pressão negativa
ODOR

• 0- SEM ODOR
• 1-ODOR CARACTERISTICO AO ABRIR O CURATIVO
• 2-ODOR FÉTIDO COM O CURATIVO FECHADO
• 3 -ODOR FÉTIDO/PUDRIDO AO CHEGAR NA LOCALIDADE
ODOR NAUSEANTE
Metronidazol sistêmico e tópico
• Carvão ativado
Tratamentos extras
e seus princípios
básicos
Laserterapia
Terapia de fotobiomodulação, isto é, utilizar a luz do laser para
tratar feridas, inflamações e dores.
A luz que é aplicada diretamente na pele, ou em um machucado,
carrega energia. Essa energia é utilizada pelas células para
desempenharem suas funções”.

Se o paciente está com uma ferida aberta, as células absorvem a


energia da luz e se dividem mais rapidamente para cicatrizá-la,
assim, a proliferação celular aumenta. Se o problema é uma
inflamação, os marcadores anti-inflamatórios da célula aumentam.

Essa é a terapia de fotobiomodulação (foto, porque utiliza fótons;


biomodulação, porque modula aspectos biológicos).
Quando aplicada ao tratamento de feridas, resulta
em inúmeros benefícios pois possui ação anti-
inflamatória e analgésica; proporciona síntese de
colágeno maior e mais ordenada, promove migração e
proliferação de fibroblastos, acelera o processo de
reparação tecidual favorecendo o crescimento dos
tecidos de granulação e epitelização.
Oxigenoterapia hiperbárica (feridas)

Oxigenoterapia hiperbárica é uma modalidade terapêutica na


qual o paciente respira oxigênio puro (100%), enquanto é
submetido a uma pressão 2 a 3 vezes a pressão atmosférica ao
nível do mar, no interior de uma câmara hiperbárica.
Ela provoca um espetacular aumento na quantidade de
oxigênio transportado pelo sangue, na ordem de 20 vezes o
volume que circula em indivíduos que estão respirando ar ao
nível do mar.
Terapia por pressão negativo
curativo a vácuo
Curativo que utiliza aparelho gerador de pressão negativa(vácuo), esse
curativo consiste em uma espuma de células abertas (poliuretano)sendo colocado
em todo leito da ferida cavitária sem deixar espaços, recoberto por filme
transparente estéril,colocado a pressão balanceada normalmente
125mmhg abaixo da pressão ambiente., tendo um sistema de drenagem e
armazenamento de secreção.

Troca a cada 72h e desprezar o conteúdo do frasco a cada 6horas ou conforme


demanda.
Indicações e objetivos
• Diminuir exsudato Ulceras diabéticas
• Reaproximar bordas Enxertos
Pós deiscências
• Tratar o leito da ferida Feridas traumáticas
• Diminuir proliferação de bactérias Queimaduras
LPP
• Favorecer o desenvolvimento do Sindrome de fournier
tecido de granulação **principalmente feridas cavitárias
Contra indicações
• Fistulas altamente drenantes;
• Feridas oncológicas;
• Problemas de coagulação;
• Feridas altamente hemorrágicas;
• Osteomielite não tratada;
Pele de tilápia

• O tratamento das queimaduras de 2º e 3º grau.


• As tilápias são retiradas do açude Castanhão, em Jaguaribara, maior
reservatório de água doce do Ceará, localizado a 260 quilômetros de
Fortaleza. “As peles são lavadas no local de retirada com água corrente pela
própria equipe, colocadas em caixas isotérmicas e levadas para o Banco de
Pele na Universidade Federal do Ceará”, explica Edmar Maciel, cirurgião
plástico coordenador da fase clínica em andamento no Instituto José Frota
(IJF).
• Depois de passarem pela esterilização inicial, são enviadas para São Paulo, ao
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) da Universidade de São
Paulo (USP), onde passam por uma radioesterilização, procedimento que elimina
possíveis vírus e garante a segurança do produto. Quando voltam para o banco
de pele do estudo, após cerca de 20 dias, as peles são refrigeradas, e podem ser
utilizadas em até dois anos.
Plasma rico em plaqueta
(PRP)

• O princípio do tratamento é a utilização das plaquetas, que possui fatores de


crescimento, que ajudam na regeneração dos tecidos orgânicos.
• O procedimento dura, em média, 40 minutos. O sangue é retirado do paciente
no próprio hospital. O material é encaminhado ao laboratório para
centrifugação separando a porção do plasma que contém maior número de
plaquetas e, em seguida, o plasma é aplicado diretamente na ferida. O
procedimento é realizado uma vez por semana. As plaquetas contêm fatores de
crescimento e estimulam a cicatrização.,
OBS:AINDA EM ESTUDO EM FERIDAS ONCOLÓGICAS

PRINCIPAIS INDICAÇÕES

• reparo de feridas crônicas, especialmente em pacientes diabéticos ou com


complicações venosas;
• feridas em mucosas, tecidos conjuntivos, patologias do sistema músculo-
esquelético;
• superfície de fratura, enxerto ósseo entre outros.
• PREFERENCIALMENTE UTILIZADOS EM FERIDAS COM POUCA
A MÉDIA EXSUDAÇÃO.
Ozonioterapia

A ozonioterapia é uma terapia que


consiste em administrar o ozônio no
corpo, que é um gás composto por 3
átomos de oxigênio (O3), pois ajuda a
melhorar a oxigenação dos tecidos, a
aumentar a resposta do sistema
imunológico a doenças infecciosas
como feridas infectadas
Malha tubular de fixação

• Malha de substituição da atadura...


• Favorece a mobilidade do membro e conforto

• Não utilizar em feridas que precisam da


mobilização do membro
Conceito
Desbridamento:
• O desbridamento é um método de extração
de corpos estranhos e tecidos desvitalizados
ou necróticos cujo objetivo é a limpeza,
proporcionando as condições ideais para a
cicatrização.

• Existem vários tipos e sua aplicação converge


com as necessidades de cada paciente, levando
em consideração as indicações, contra
indicações, vantagens e desvantagens.
ATENÇÃO:
• Vantagens: resultado rápido, baixo custo, seletivo, remove quantidade maior
de tecido necrótico, pode ser associado com coberturas enzimáticas.
• Desvantagens: risco de sangramento/hemorragia e lesão de tendões e ossos
e pode ser um procedimento doloroso ao paciente.
567/18
• 9. Desbridamento instrumental conservador –
pode ser realizado à beira do leito ou
ambulatorial, em lesões cuja área de necrose não
seja muito extensa.
• Nestes casos, a analgesia local geralmente não
é necessária visto que o tecido necrótico é
desprovido de sensação dolorosa. Nos casos
de lesões extensas ou úlceras em estágio IV, o
paciente deverá ser encaminhado ao centro
cirúrgico.
Parecer coren-sp 013/09

• Consciência de seus atos/conhecimento para tal


• Respaldo em protocolos
• Livre de imperícia/imprudência /negligencia
• Obedecer a fácea muscular
• Sistematização da assistência de enfermagem (SAE)
O que avaliar
antes
de desbridar?
Exames laboratoriais
• Hemoglobina –proteína glóbulos vermelhos-12/16g/dl(gramas por decilitro)
• Hematocrito- pencentual ocupado pelas hemácias 40/45%
• Leucograma-células brancas(defesa) 4.500 a 11.000/mm³
• Albumina- nutrição(35/50globulina)
• Coagulograma -TS - 1 a 4 minutos.
• TC - 4 a 10 minutos.
• TAP - 10 a 14 segundos.
• TTPA - 24 a 40 segundos.
• PLAQUETAS - 150 a 400 mil/mmc.
Escalada de AVA
ORIENTAÇÃO FAMILIAR
CONDIÇÕES CLÍNICAS
DOENÇAS DE BASE
ATB 48HRS
CONDIÇÃO MENTAL E EMOCIONAL
PERFUSÃO SANGUÍNEA
NECROSE
• TIPO
• QUANTIDADE
• ADERÊNCIA
1. DESBRIDAMENTO INICIAL
• Consiste na retirada de tecidos inviáveis aderidos ao leito e/ou na área peri-
ferida, incluindo o tecido queratinizado, por meio de métodos autolíticos,
enzimáticos, biológicos, mecânicos ou instrumentais, abrangendo as bordas
da ferida e a pele

A escolha é sua
DESBRIDAR
REMOVER DIMINUIR A PRESERVAR PREPARAR O
TECIDOS CARGA TECIDOS LEITO PARA
INVIÁVEIS BACTERIANA VIÁVEIS CICATRIZAÇÃO
2. DESBRIDAMENTO DE
MANUTENÇÃO
• Caracteriza-se pela contínua remoção da carga celular composta por fibroblastos
envelhecidos, queratinócitos, materiais de matriz celular, não visíveis a olho nu e que
necessitam ser permanentemente removidos para viabilizar a cicatrização

A escolha também
É sua
3. DESBRIDAMENTO DE
HIPERQUERATOSE

A hiperqueratose é o espessamento
do estrato córneo, muitas vezes associada
com a presença de uma quantidade
anormal de queratina e também
geralmente acompanhada por um aumento
na camada granular.

atrito
PHMB
• A hiperqueratose plantar (calos e
calosidades) tem como causa o atrito e a
pressão, são comuns nas bordas e na
pele adjacente das úlceras neuropáticas e
requerem desbridamento instrumental
cortante após aplicacão de solução
emoliente
Tipos de desbridamento
• Autolitico
• Mecânico
• Enzimático
• Instrumental conservador
• Instrumental cirúrgico
• biológico
Desbridamento básico:
autolítico/enzimático
• Autolítico: tem como fatores terapêuticos
a hidratação do leito da ferida, fibrinólise e
consequente ação de enzimas endógenas
sobre o esfacelo/tecido desvitalizado.
• hidrogel, alginato de cálcio, hidrofibras
,hidrocolóide, gaze, filmes transparentes, e
fibras poliabsorventes, espumas, gaze etc...
• Enzimático/químico: que aplica enzimas proteolíticas para estimular a
degradação do tecido desvitalizado quebrando as fibras de colágeno que
unem o tecido necrosado ou esfacelado ao leito da ferida; ex: Papaina 4% a
10%, colagenase/fribrase e bromelina.
Não seletivo???
seletivo

Dependendo de mais
estudos...
Fortes evidencias
• (Lopes et al )avaliou a segurança do uso da papaína na pele humana,
verificando as alterações celulares ocorridas após 4, 24 e 48 horas de contato
da pele com uma solução de papaína a 0,2%, concluindo que, embora haja
uma reação de proteólise do estrato córneo, a papaína pode ser seguramente
aplicada sobre a pele.
• Esse fato é importante, pois demonstra o efeito desbridante seletivo
da papaína, que terá sua ação somente no tecido desvitalizado,
esfacelo, presente no leito das feridas, sem alterar o tecido de formação
neoformado.
Fortes evidencias
• Por ser uma enzima proteolítica, a papaína poderia agir destruindo o tecido
sadio, no entanto, isso não ocorre devido à presença de uma anti-protease
plasmática, a anti-tripsina, que impede sua ação proteolítica nos tecidos
considerados. Cabe destacar que, se a concentração da enzima superar esta
antiprotease, ocorrerá destruição do tecido sadio que poderá ser visualizado
através do sangramento e relato de dor pelo paciente
Fortes evidencias
• Alguns estudos indicam ainda que a papaína possui efeito bacteriostático,
bactericida, porém um estudo acerca da atividade antimicrobiana in vitro de
géis com diferentes concentrações de papaína revelou que apenas a papaína a
10% foi capaz de inibir o crescimento do Staphylococcus aureus e de suas
cepas de Pseudomonas aeruginosa. Essa concentração é utilizada apenas para
feridas com grande concentração de tecido necrótico e /ou desvitalizado.
Pó/creme/gel

2%-tecido de granulação
(bactericida/bacteriostático/fibras de colágeno)

4%/6%-levemente desbridante tecido esfacelar

8%/10%-altamente desbridante ainda seletivo

Acima de 10% desbridante não seletivo.


Bromelina
Os efeitos anti-inflamatórios de uma proteína encontrada no
abacaxi foram somados à nanocelulose bacteriana. O resultado
é a criação de um curativo – na forma de emplastro ou gel –
que pode ser usado para a cicatrização de ferimentos,
queimaduras e até de feridas ulcerativas.
Com a bromelina, os pesquisadores perceberam que, além de
aumentar a propriedade antimicrobiana da nanocelulose
bacteriana, também foi criada uma barreira seletiva que
potencializou a atividade proteica e outras atividades
importantes para a cicatrização, como o aumento de
antioxidantes e da vascularização.
DADOS DA BULA CRISTÁLIA
COLAGENASE
A atividade enzimática também é afetada adversamente
• INDICAÇÕES por detergentes e íons de metais pesados, tais como
mercúrio e prata, que são utilizados em alguns
• Kollagenase (colagenase) é destinada antissépticos. Assim, deve-se evitar o uso de
como agente desbridante enzimático, compressas contendo íons metálicos ou soluções ácidas
que diminuem o pH
quando indicado o desbridamento,
em feridas, úlceras e lesões necróticas, A pomada deve ser aplicada, cuidadosamente, dentro da
em geral. área lesada. Um leve eritema transitório tem sido notado
no tecido circundante, particularmente quando a
aplicação da pomada não é restrita à ferida.
Desbridamento intermediário
mecânico/biológico/instrumental conservador
• Mecânico: é uma forma mecânica ou uma força externa, usada para
remover tecido necrosado. É utilizado um gaze com soro fisiológico.
• Ex: jatos de soro com agulha 40x12/seringa ou esfregaço com gaze esteril
• Biologico: aplicação de larvas de moscas esterilizadas, que secretam enzimas
proteolíticas sobre o leito das feridas, com intuito de remoção do tecido
necrótico.

Contra indicado em lesões com


SINUS(cavidade de fundo cego)
Exposição óssea ou de tendões.
• Instrumental conservador: pode ser realizado à beira do leito ou
ambulatorial, em lesões cuja área de necrose cheguem apenas até a fáscia
muscular. Nestes casos, a analgesia local geralmente não é necessária visto
que o tecido necrótico é desprovido de sensação dolorosa.

Nº11/15-CABO3
Nº16/23-CABO4

TESOURA DE IRIS
PINÇA ANATOMICA OU
DENTE DE RATO
Técnica de slice:

uso de tesoura reta e pinça


estéril(anatômica ou dente de rato),
retirada de tecido de necrose de
liquefação
• Técnica de square: escarificação, utiliza-se uma lâmina de bisturi para
realização, no tecido necrótico, que divide o tecido em pequenos quadrados
(2mm a 0,5cm) que vão sendo removidos da lesão um a um, sem risco de
comprometimento tecidual mais profundo ou para aplicação de enzima.
• Tecnica de cover: utiliza-se de lâmina de bisturi para descolamento das
bordas do tecido necrótico. Após o descolamento completo das bordas e
melhor visão da parte interior do tecido, inicia-se o descolamento desta área
separando-a do tecido íntegro até que toda a necrose seja retirada.
Desbridamento avançado
ultrassônico/cirúrgico/hidrocirurgico
• Técnicas médicas com bisturi elétrico, jatos de água em grande velocidade,
são procedimentos mais invasivos que atingem músculos tendões e órgãos
adjacentes, realizados no centro cirúrgico muitas vezes com sedação do
cliente.
Escara estável (isto é, seca, aderente, sem
eritema ou flutuação) em membro isquêmico
ou no calcâneo não deve ser removida.
FLUTUAÇÃO
EDEMA
HIPEREMIA
SECREÇÃO
• * Interromper o procedimento antes do
aparecimento do tecido viável, em caso de
sangramento, queixa de dor, cansaço (do
cliente/paciente ou do profissional), tempo
prolongado e insegurança do profissional.
EM CASOS DE SANGRAMENTO:

• INTERROMPA O PROCEDIMENTO IMEDIATAMENTE


• APLICAR COMPRESSA GELADA
• COMPRESSÃO DOS VASOS.
• EM CASOS EXTREMOS APLICAÇÃO DE 1AMPOLA DE
ADRENALINA DIRETO NO LEITO DA
LESÃO(VASOCONSTRIÇÃO)
“Comece a onde está,
Use o que você tem,
Faça o que você pode!”

Hoje!!!!
Contatos:

@camila_oliveira_enfermagem

12 992557184

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