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FERIDAS E CURATIVOS

ENF. LAÍS VOGT

MANAUS-AM
2021
A PELE
• Maior órgão do corpo humano.

• É composta pela:

 Epiderme
 Derme
 Tecido subcutâneo
FUNÇÕES DA PELE

 Manter a integridade do corpo;


 Proteger o corpo contra infecções, lesões ou
traumas;
 Absorver e excretar líquidos;
 Manter a temperatura corpórea;
 Sintetizar Vit D;
 Exercer papel estético.
FERIDA

▶ É o resultado de uma variedade ilimitada de ofensas


traumáticas a qualquer parte do corpo; são rupturas
estruturais e fisiológicas dos tegumentos que
estimulam as respostas reparadoras.
FERIDA

▶ Conforme a intensidade do trauma, a ferida pode ser


considerada superficial ou grave. Ao longo dos tempos,
o tratamento de feridas agudas e crônicas obteve uma
melhora considerável, o que deve ser atribuído ao
entendimento do processo de cicatrização.
Fisiologia da cicatrização

▶ Fase Inflamatória – começa no momento da lesão.


As plaquetas, hemácias e fibrinas, trazidas pela
corrente sanguínea, facilitam as trocas. O coágulo
protege a lesão da contaminação. A lesão ocasiona a
liberação de histamina, serotonina e bradicinina.
Ocorrendo rubor, calor e o edema.
Fisiologia da cicatrização

▶ Fase proliferativa – ocorre a formação do tecido de


granulação. Composto por novos vasos sanguíneos, a
partir de brotos endoteliais, fibroblastos, macrófagos,
um arcabouço de colágeno, ácido hialurônico e
fibronectina. Esse processo se inicia 72 horas após a
lesão e prolonga-se até 2 a 3 semanas. Posteriormente,
ocorre a epitelização por meio da migração de
queratinócitos para as bordas da ferida.
Fisiologia da cicatrização

▶ Fase de maturação – ocorre o aumento da


resistência; no início da terceira semana do processo de
cicatrização, há um equilíbrio entre a produção e a
degradação de fibras de colágenos. Caso ocorra um
desequilíbrio nessa fase, formam-se cicatrizes
queloidianas ou hipertróficas.
Tipo das feridas

▶ Feridas patológicas – são causadas por


endógenos ou lesões secundárias
fatores a uma ou mais
doenças de base. A cicatrização dessas feridas é difícil,
pois depende do controle ou cura da doença causal.
Podem evoluir de pequenas manchas ou petéquias, a
feridas profundas. Ex: úlceras vasculogênicas.
Tipo das feridas

▶ Feridas iatrogênicas – são ocasionadas por


procedimentos realizados por profissionais de saúde e
que trazem, com seus resultados, algum tipo de
agressão ou dano para o paciente; portanto, as feridas
iatrogênicas são feridas resultantes de procedimentos
ou tratamentos. Ex: lesões por radioterapia.
Tipo das feridas
▶ Feridas intencionais ou cirúrgicas – são feridas
previsíveis,também realizadas sob condições assépticas
e de acordo com uma necessidade terapêutica
específica.
Tipo das feridas

▶ Feridas acidentais ou traumáticas – ocorrem


inesperadamente, resultando de trauma, violência,
acidente ou outras situações imprevisíveis. Podem
ser:incisas, puntiformes, cortantes, contundentes,
perfurantes, lacerantes, inoculações, mordeduras,
golpes, contusões, escoriações, queimaduras, entre
outras.
Tipo das feridas

▶ Feridas causadas por fatores externos –


resultantes do contato dasãopele com substancias
inflamáveis, causticantes, extremamente quentes e
também pressão contínua exercida pelo peso do corpo
sobre as proeminências ósseas, como as úlceras por
pressão.
Evolução das feridas

▶ Feridas agudas – são todas as feridas recentes,


traumáticas e nas quais ocorre a ruptura de
vascularização e o desencadeamento imediato do
processo de hemostasia. No caso de feridas
traumáticas, a cicatrização depende do objeto causador
da lesão, do grau de contaminação e da perda ou não
de substancias.

▶ Feridas crônicas – surgem associadas a


crônicas doenças como HAS, DM,
problemasneoplasias,
neurológicos,hanseníase,
entre
outros.
Nível de complexidade das feridas

▶ Feridas simples – sãosuperficiais e na


maioria das vezes, não comprometem todo o
organismo.

▶ Feridas complexas – são feridas crônicas como


úlceras vasculogênicas, por pressão e neuropáticas;
podem ter acometimentos de tecidos, tendões , ossos,
cartilagens, ligamentos e vasos sanguíneos.
Nível de comprometimento tecidual
das feridas

▶ Estadiamento das feridas


▶ O estadiamento da lesão é um sistema que classifica as
feridas a partir de uma avaliação, o que permite
documentar e registrar a sua evolução de acordo com
parâmentros preestabelecidos.

▶ É importante ressaltar que o estadiamento da úlcera só


pode ser determinado após a remoção completa dos
tecidos desvitalizados presente na ferida ( esfacelo,
tecido necrótico, exsudatos etc), pois somente com a
eliminação desses tecidos é possível visualizar o leito
da ferida para se ter uma visão real de sua
profundidade e comprometimento.
Estágios da úlcera por pressão

▶ Estágio I – pele íntegra com área de eritema; pode


estar endurecida, dolorida e quente ao toque, quando
comparada às áreas não comprometidas.
Estágios da úlcera por pressão

▶ Estágios II – perda parcial de tecido envolvendo a


epiderme, a derme ou ambas. Ulceração superficial ou
cratera rasa com leito vermelho-rosado, sem esfacelo.
Pode apresentar-se como abrasão ou bolha preenchida
com exsudato seroso, intacta ou rompida.
Estágios da úlcera por pressão

▶ Estágios III – perda total da espessura da pele


envolvendo danos ou necrose do tecido subcutâneo,
que podem se estender até a fáscia muscular
subjacente, porém sem ultrapassá-la.
Lesão por pressão não classificavel
• Perda da pele em sua espessura total e perda tissular,
na qual a extensão do dano não pode se confirmada
porque está encoberta pela necrose de
liquefação(esfacelos) ou necrose de coagulação.
Estágios da úlcera por pressão
▶ Estágios IV – perda de espessura total da pele com
destruição extensa da derme e epiderme, necrose de
tecidos e danos aos músculos, ossos ou estruturas de
suporte, como cápsulas, tendões, articulações, etc. As
lesões podem ocorrer em cavernas, tuneilizações ou
caminhos sinuosos.
Anatomia da ferida
Características dos tipos de tecidos

▶ De modo geral, os tecidos encontrados numa ferida podem


ser vitalizados e desvitalizados.

▶ Muitas feridas são consideradas mistas. Nesse caso, deve-se


considerar o tipo de tecido predominante no leito da lesão.
Tecido de granulação
▶ É um dos tecidos mais importantes do processo de
cicatrização, tem coloração rósea ou avermelhada, aparência
brilhante e úmida, é rico em colágeno, o que resulta da
proliferação das células endoteliais. É formado por
fibroblastos e vasos sanguíneos novos, que surgem como
resultado do processo de angiogênese.

▶ Durante a limpeza da ferida e do curativo, esse tecido não


pode ser friccionado, removido ou tocado, mas deve ser
protegido e mantido em meio úmido para proliferar.
Tecido epitelial ou de epitelização

▶ Aparece na ferida como um novo tecido róseo ou brilhante (pele),


que se desenvolve a partir das bordas. É o processo de
reepitelização que tecerá o acabamento ou arremate final. As
células epiteliais crescem, garantindo a continuidade do
revestimento. A camada epitelial de revestimento é extremamente
fina e deixa transparecer o tecido conjutivo, que é avermelhado e
mais denso.
Tecido necróticos
▶ É o resultado da morte celular e tecidual, com consequente
perda da função orgânica e do metabolismo celular de forma
irreversível, tendo como característica um tecido de coloração
preta,marrom ou acastanhada, que adere ao leito ou às
bordas da ferida e pode se tornar mais endurecido ou
amolecido.
Coagulação: negro endurecido
Liquefação: marrom amolecido
Principais tipos de tecidos
necrosados

▶ Esfacelo, necrose de liquefação ou liquefativa; tipo de necrose


que acomete a lesão, composta de bactérias, leucócitos,
fragmentos celulares, exsudatos, fibrina, elastina e colágeno.
É associada à infecção bacteriana.
Principais tipos de tecidos
necrosados

▶ Escara ou necrose coagulativa - se refere a um tipo de


tecido necrótico, a necrose coagulativa ou de coagulação, tem
como causa principal a isquemia local. O termo coagulação
refere-se ao aspecto físico semelhante à albumina coagulada
que o tecido assume após a morte celular, devido à
desnaturação de proteínas citoplasmáticas e à perda de
água. Com a desidratação, a célula necrótica passa do estado
liquido para o sólido, dando origem a um tecido morto que se
apresenta opaco, turvo, seco e com coloração que vai do
amarelo-pálido ao acinzentado.
Principais tipos de tecidos
necrosados

▶ Maceração ou tecido macerado – tecido esbranquiçado qe


surge nos bordos da lesão, das pregas cutâneas e das fístulas
quando há excesso de umidade da ferida por aumento de
exsudação.
Principais tipos de tecidos
necrosados

▶ Necrose gangrenosa – ou simplesmente gangrena, é


provocada por isquemia ou pela ação de microrganismo;
devido às suas características, pode levar à amputação do
membro por ela acometido. Ela pode ser úmida ou seca.
▶ A gangrena exala odor pútrido e frequentemente apresenta
formação de bolhas gasosas.
▶ Feridas abertas - Nelas existe uma solução de continuidade
da pele, ela é interrompida pela lesão.

▶ Feridas fechadas – não violam tanto a continuidade da


pele, mas nem por isso são menos graves, porque tornam-se
mais difícil avaliar suas repercussões, considerando que são
internas e não perceptíveis a olho nu.
Espessura das feridas

▶ Ferida superficial – envolvem somente a epiderme ou a


porção superior da derme. Ex: escoriação

▶ Ferida profunda superficial – é aquela que destrói a


epiderme, a derme e o tecido subcutâneo, com perda total
da espessura da pele, envolvendo danos ou necrose do tecido
subcutâneo.

▶ Ferida profunda total – são aquelas que correspondem à


destruição ou à perda total da epiderme, da derme e do
tecido subcutâneo, atingindo o tecido muscular e ósseo.
AVALIANDO A FERIDA

EXSUDATO

Sanguinolento:
Serosanguinolento:
Seroso:
Purulento:
Purulento pútrido:
TIPOS DE CURATIVO

• Curativo semi-oclusivo:

• Curativo oclusivo ou fechado:

• Curativo compressivo:

• Curativo aberto:
Fatores de risco relacionados ao paciente

▶ Imunossupressão
▶ Desnutrição, anemia
▶ Uso de medicamentos ( corticoides e imunossupressores)
▶ Redução da perfusão tecidual por hipóxia
▶ Doenças crônicas, arterial, metabólica, cardíaca, respiratória,
anemia.
▶ Institucionalização prolongada
▶ Higiene precária
▶ Hábitos alimentares, tabagismo, obesidade, alcoolismo
▶ Atividades ocupacionais de risco.
Fatores relacionados ao ambiente de
cuidado

▶ Ambiente para curativos inadequado, falta de planejamento e


equipamentos
▶ Superlotação, distancia entre os leitos, espaços reduzidos
▶ Relação profissionais de enfermagem-pacientes inadequada
▶ Falta de adesão à higienização das mãos
▶ Uso incorreto ou incompleto de equipamento de
proteção individual
▶ Uso indiscriminado de antimicrobiano e multirresistência
▶ Falta de insumos básicos, como curativos e luvas.
▶ Higiene ambiental precária.
Fatores relacionados à lesão.

▶ Feridas agudas
▶ Cirurgias contaminadas, longa duração, traumas, presença de
tecido necrótico ou corpo estranho
▶ Feridas crônicas
▶ Úlceras profundas e/ou extensas, tecido necrótico ou corpo
estranho, localização próxima a áreas potencialmente
contaminadas
▶ Diagnósticos clínico e laboratorial imprecisos e tardios

▶ Colonização e infecção por microrganismos multirresistentes


▶ Disseminação, osteomielite e sepse.
▶ Feridas contaminadas - São todas as lesões acidentais que
permanecem abertas por tempo superior a seis horas entre o
trauma e o atendimento.

▶ Feridas colonizadas – a superfície da ferida apresenta


microrganismo que se multiplicam, mas não chegam a
produzir uma infecção.

▶ Feridas infectadas ou sépticas – diz-se que está infectada


quando apresenta mais 100.000 colônias por grama de tecido
ou quando existem sinais claros de infecção, local ou
generalizada, além de osteomielite.

▶ Feridas não infectadas e limpas – a maioria das feridas


cirúrgicas é feita sob condição asséptica e, por isso,
considerada não infectada.
Úlceras

▶ Caracterizam-se por sua cronicidade e por serem secundárias


às doenças de base. Ex: úlceras vasculogênicas.
Pé diabético

▶ São feridas crônicas que se desenvolvem nos pés de


pacientes diabéticos, neuropatas e portadores de doenças
vasculares periféricas, que provocam redução da
sensibilidade e do fluxo sanguíneo, deformidades e
ulcerações.
Lesões por doenças autoimunes

▶ O sistema imunológico nessas doenças funciona agredindo os


tecidos do próprio organismo, caracterizando-se por uma
série de dermatoses crônicas inflamatórias, não contagiosas,
multigênicas e por doenças do tecido conjuntivo, que afetam
a pele e, algumas vezes órgãos internos. Ex: Lupus
eritematoso sistêmico, esclerodermia, artrite reumática,
psoríase, pênfigo.
Lesões por Hanseníase

▶ Podem estar localizadas em qualquer região do corpo,


podendo acometer a mucosa nasal e a cavidade oral.
Estomas
▶ São aberturas realizadas cirurgicamente na pele para
exteriorizar alguma víscera oca através do corpo, ocasionada
por causas variadas.
Feridas oncológicas

São feridas causadas por tumores da pele ou metástases


cutâneas de tumores em outras localizações, que surgem
devido à proliferação celular descontrolada induzida pelo
processo de oncogênese.
Eczema
▶ Conhecida como dermatite atópica, é uma doença crônica
caracterizada pelo surgimento de áreas eritematosas,
edemaciadas na superfície da pele, que podem ser
acompanhadas de vesículas que progridem para crostas com
liquenificação da pele, que se apresentam espessa e com
prurido intenso.
Fístulas

▶ são trajetos anormais que ligam duas ou mais superfícies,


causados por infecção, traumas ou produzidos
cirurgicamente.
Abscessos

▶ Infecção cutânea localizada em um único folículo piloso,


resultando em acúmulo localizados de pus e tecido necrótico.
Pode surgir inesperadamente e sem motivo aparente.
Herpes

▶ Infecção cutânea contagiosa e recidiva, causada pelo vírus


herpes simples tipo 1 (orolabial) ou tipo 2 (área genital);
porém, uma mesma região pode ser contaminada com os
dois tipos de herpes. Essa lesão apresenta grumos, que são
compostos por pequeninas vesículas agrupadas sobre uma
base eritematosa.
Queilite

▶ Rachadura e inflamação ressecada que acomete os cantos da


boca, causando ulceração perilabiais esbranquiçadas e
descamativas. Através desse processo, podem ocorrer tanto a
perda da coloração quanto a vermelhidão dos lábios, o que
impede a visualização da delimitação destes com a pele.
Impetigo
▶ Infecção cutânea bacteriana (piodermite) que acontece áreas
,expostas do corpo, como por exemplo, as proximidades das
fossas nasais, assim como da boca e das mãos. O impetigo é
contagioso e bastante comum em áreas cujas condições de
higiene são precárias. A forma bolhosa tem como agente
etiológico o S. aureus e caracteriza-se pela formação de
bolhas que, quando se rompem, expõem as áreas
eritematosas e evoluem para crostas ressecadas.
Vasculite

▶ Áreas eritematosas – purpúricas com aspecto hemorrágico


e vesículas; sugerem a presença de vasculites, que resultam
de grupos de doenças sistêmicas e que provocam inflamação
e lesão dos vasos sanguíneos.
Piodermites

▶ São todas as infecções cutâneas causadas por bactérias,


representadas por diversos tipos de condições infecciosas da
pele produtoras de pus. Acometem o tegumento em qualquer
nível de profundidade e se caracterizam pela presença de
pústulas, porém podem ser inespecíficas, tornando o
diagnostico impreciso.
Princípios básicos para a realização do
curativo

▶ Limpar com álcool a 70% o local onde será colocado o


material;
▶ Hiigienizar as mãos antes e após o procedimento;
▶ Comunicar ao paciente o que será feito;
▶ Utilizar luvas não estéreis para retirar a cobertura secundária;
▶ Limpar a ferida com SF a 0,9%
▶ Não secar o leito da ferida

▶ Utilizar coberturas que mantenham o ambiente favorável à


cicatrização (úmido)
▶ Ocluir com adesivos hipoalergênicos
▶ Observar as reações do paciente
Princípios básicos para a realização do
curativo

▶ Registrar o procedimento
▶ Desbridar, se necessário
▶ Preencher túneis e cavidades
▶ Utilizar coberturas para a realização do curativo de
acordo com o tecido
▶ Proteger os bordos da lesão
▶ Não utilizar substancias tóxicas
▶ Permitir as trocas gasosas
▶ Fornecer isolamento térmico
▶ Ser impermeável aos microrganismos
▶ Estar livre de substancias estranhas e toxinas contaminantes
▶ Ter boa capacidade de absorção.
Finalidades do curativo

▶ Remover corpos estranhos


▶ Reaproximar bordas separadas, a fim de que a
cicatrização ocorra por primeira intenção
▶ Proteger a ferida contra contaminação e infecções
▶ Promover hemostasia
▶ Preencher espaçosmortos e evitar formação de sero
hematomas
▶ Favorecer a aplicação de medicamentos tópicos
▶ Fazer desbridamento mecânico e remover tecidos necróticos
▶ Reduzir o edema
▶ Facilitar a drenagem de exudatos
▶ Manter a umidade da superfície da ferida
Finalidades do curativo

▶ Fornecer isolamento térmico


▶ Promover e proteger a cicatrização da ferida
▶ Limitar a movimentação dos tecidos em torno da ferida
▶ Dar conforto psicológico ao paciente
▶ Diminuir a intensidade da dor
Curativo
▶ Técnica estéril – é utilizada quando o curativo é realizado
em ambiente hospitalar ou em outra instituição de Saúde,
utilizando –se o material esterilizado, como pinças ou luvas
para manejo do material, e solução fisiológica 0,9% para
higienização e hidratação, além de cobertura estéril (BRASIL,
2009)

▶ Técnica limpa – é utilizada quando o curativo é realizado em


ambiente domiciliar pelo responsável/familiar ou até mesmo
pelo próprio individuo. O ambiente e o material devem estar
limpos; devem ser utilizadas: água corrente, água destilada
ou solução fisiológica 0,9%. A cobertura deverá ser estéril.
Insumos para curativo da
incisão cirúrgica

▶ Pacote para curativo, com 1 anatômica, 1


hemostática e 1 dente de rato. pinça pinça
▶ Pacote de gaze
▶ Solução fisiológica a 0,9% aquecida
▶ Saco de lixo hospitalar.
▶ Luvas.

Se necessário:
▶ Cuba rim
▶ Algodão
▶ Atadura de crepom
▶ esparadrapo
▶ Para alcançar o jato adequado à irrigação de SF, utilizar a
seringa de 20 mL com agulha 40x12 ou perfurar com esse
tipo de agulho frasco de soro. Também poderá ser utilizado
para esse fim um tubo de polietileno de pequeno calibre
adaptado à seringa, para limpar as feridas tuneilizadas,
fistulizadas e/ou em locais de difícil acesso. Essa providencia
favorece a preservação do tecido de granulação e remove
exudato, tecidos aderidos ou outros corpos estranhos
presentes na lesão.
▶ Obs: não utilizar cremes ou pomadas à base de antibióticos
no local de inserção do cateter.
Técnicas de limpeza e desbridamento de
feridas
▶ Limpar e desbridar uma ferida são procedimentos primordiais
para a garantia do sucesso de cada uma das etapas
fisiológicas da cicatrização.
▶ A ação de coberturas eficazes, ficará prejudicada com uma
limpeza precária.
▶ A limpeza e o desbridamento antecedem a utilização de
qualquer cobertura.

OBS: Debridamentos autorizados apenas para estomaterapeutas.


TIPO DE DEBRIDAMENTO

• AUTOLITICO: utiliza próprias leucócitos ou enzimas do paciente


para degradação, necessita do meio úmido.

• QUIMICO OU ENZIMATICO: utilizam enzimas que degradam,


necessita do meio úmido.

• MECÂNICO: remoção com uso da força física (fricção).

• CIRURGICO: realizado com tesoura ou lâmina de bisturi.


Técnicas de limpeza e desbridamento de
feridas

▶ Um dos fatores importantes para o processo cicatricial é


a higiene geral do paciente. Portanto, nos domicílios ou
nos hospitais, é imprescindível o banho completo do
paciente antes da realização do curativo, assim como
da limpeza das úlceras crônicas. Elas devem ser
lavadas com água tratada e sabão neutro, antes do
procedimento de limpeza direta da lesão.
Técnicas de limpeza e desbridamento de
feridas

▶ A limpeza completa permite detectar precocemente os sinais


flogísticos e também contribuirá para :
▶ Reduzir o odor
▶ Manter a umidade
▶ Diminuir infecções cruzadas
▶ Remover microrganismos e partículas
▶ Reduzir dor e edema
▶ Dar conforto ao paciente
▶ Manter a higienização dos sítios de inserção de dispositivos
▶ Proteger a pele circundante dos efeitos da maceração
▶ Preparar a ferida para receber uma cobertura adequada.
Manutenção do meio úmido e o processo
de cicatrização

▶ A cicatrização da ferida é otimizada em meio úmido, porque


os tecidos hidratados induzem à síntese de colágeno e à
formação do tecido de granulação, ocorrendo com maior
rapidez os processos de angiogênese e a recomposição
epitelial.

▶ O meio úmido promove a formação da barreira protetora


contra microrganismos, a remoção de tecido necrótico e da
fibrina e a diminuição da dor.

▶ Obs: curativos úmidos não são indicados em local de inserção


de cateteres, introdutores, fixadores externos e drenos.
Biossegurança na limpeza das
feridas
Conceitos relacionados a limpeza

▶ Antissepsia – medida que visa diminuir o crescimento de


microrganismo através da sua supressão ou inativação,
mediante aplicação de um agente antisséptico nas camadas
superficiais ou profundas de tecidos e mucosas.
▶ Assepsia – conjunto de técnicas utilizado para evitar a
instalação de microrganismos em locais onde eles ainda não
existem. São as precauções da contaminação de superfícies,
utensílios e tecidos, que, supostamente, estão isentos de
microrganismos.
▶ Degermação – visa reduzir a microbiota da pele, por meio
do uso de agentes degermantes.
▶ Descontaminação – remoção de um agente químico, físico
ou biológico, que esteja alojado em uma área ou superfície.
Conceitos relacionados a limpeza

▶ Desinfecção – eliminação ou destruição de microrganismos


na forma vegetativa (exceto esporos), presentes nos artigos
e objetos inanimados, independentemente de serem
patogênicos ou não. A desinfecção pode ser de baixo, médio
ou alto nível e pode ser feita mediante o uso de agentes
físicos ou químicos, como, por exemplo, as preparações
alcoólicas.

▶ Esterilização – visa destruir todo e qualquer microrganismo,


inclusive a forma esporulada, mediante a aplicação de
agentes físicos, como a autoclave, ou químicos, como o
glutaraldeído.
AGE - Ácidos Graxos Essenciais

Cobertura Descrição Mecanismo Indicações observa


de ação ç ões

Ácidos São Favorece a Utilizado na Relato de


Graxos componente nutrição pele íntegra, uso em
Essenciais s de ácidos celular e visando à feridas
(AGE) linoleico e hidrata a pele prevenção de abertas,
alfa- de forma lesões. limpas ou
linolênico, e intensiva, infectadas
sua formando ,eo
apresentaçã uma película tratament
o é na forma protetora;pro o de
oleosa. tege a pele queimadu
de abrasões ras.
e
escoriações.
Alginato de cálcio
Cobertura Descrição Mecanismo Indicações observaçõ
de ação e s

Alginato de Ácido Ocorre uma Lesões Contraindica


cálcio algínico troca iônica cavitárias, do para
derivado de entre o sódio úlceras por pessoas
e o cálcio do
algas pressão, hipersensívei
sangue e do
marinhas úlceras s ao produto
exsudato da
marrons, lesão e os vasculogênic e para
espécie mesmos íons as e lesões não
laminaria presentes nos diabéticas. exsudativas.
hipyperbore, curativos, Áreas
e2 induzindo à doadoras de
moléculas hemostasia e pele, lesões
de ácido ao com
desbridament
glurônico sangrament
o autolítico;
para 1 de absorve o
o de pouca
ácido exsudato e intensidade.
manurônic mantém o
o meio úmido
com formação
Bota de Unna

Cobertura Descrição Mecanismo Indicações observações


de ação
Bota de Bandagem Auxilia na Tratamento Fazer
Unna impregnada cicatrização ambulatorial repouso
com pasta de úlceras e domiciliar com os
de óxido de em pernas de úlceras membros
zinco a por meio da venosas em inferiores
10%, compressão, perna e elevados na
glicerina, facilita o edema véspera da
petrolato e retorno linfático. aplicação.
agentes venoso e
antisséptico evita o
se edema e a
estimulantes estagnação
da de fluídos.
cicatrização.
CARVÃO ATIVADO e COM PRATA
Cobertura Descrição Mecanismo Indicações observaçõ
de ação e s

Carvão Composto Diminui o Feridas com É


ativado por cinco odor e moderado contraindicado
camadas : absorve o exsudato, com para feridas
forte odor, com pouco
Filme exsudato,
superficiais ou exsudato e
sintético, proporcionan
profundas, para aquelas
camada do conforto infectadas ou recobertas por
absorvente, para o não, com ou escaras. Deve
carvão paciente. sem tecido ser trocado
ativado, necrótico de sempre que
filme diversas estiver
sintético, etiologias, saturado, e
alginato de como úlceras sua
venosas, permanência
cálcio.
diabéticas, por máxima é de
pressão, até 48 a 72
fúngicas ou horas.
neoplásicas. Necessita de
uma cobertura
FILME TRANSPARENTE
Cobertura Descrição Mecanism Indicações observaçõ
o de ação es

Filme Cobertura Protege a Feridas É


transparent estéril pele, superficiais contraindic
e semipermeáv prevenindo pouco a da para
el, de filme as úlceras por
exsudativas feridas
transparente pressão,
de feridas . exsudativas
poliuretano, cirúrgicas e/ou
sob a forma sem feridas
de película complicações com
adesiva, e áreas infecção.
elástica e doadoras de
distensível, enxerto. Atua
com na redução
espessura de da dor,
0,2 mm. mantém o
meio úmido e
promove a
cicatrização.
ESPUMA COM PRATA
Cobertura Descrição Mecanismo Indicações observaçõ
de ação e s
Espuma com Curativo Promove o Feridas Troca e, até
prata estéril, meio úmido, estagnadas 7 dias ou
apresentado possui em todas as quando
em placas de fases de
atividade saturado.
material cicatrização,
celulósico, antibacteria com
formadas por n a, moderada a
filme absorve alta
semipermeáve exsudato, exsudação,
l de diminui o abrasões,
poliuretano, queimaduras,
com odor e reduz úlceras
componente o risco de diabéticas,
interno de infecção. feridas pós-
carboximetilce operatórias,
lulose sódica, áreas
e adição de doadoras de
um pele, úlceras
componente por pressão,
ativo de prata úlceras de
inorgânica. perna.
Cobert Descrição Mecanismo Indicações observações
u ra de ação
Hidrocoloi Cobertura estéril As partículas de Placa: feridas Placa:contraind
de comercializada celulose se superficiais icada para
em placa, expandem ao com feridas
pouco
grânulo, pasta e absorverem o exsudato, com infectadas e/ou
fibra, composta excesso de ou sem tecido muito
de espuma de exsudato, necrótico e exsudato.
poliuretano, conservando o feridas de Grânulo, pasta:
gelatina, pectina meio úmido em diferentes necessita de
e torno de 37 graus, etiologias. cobertura
carboximetilcelul o que desencadeia Grânulo, pasta: secundária.
ose sódica. a ação das feridas Fibra:contraindi
enzimas na profundas e ca para feridas
remoção do tecido cavitárias. com pouco
necrótico. Ao Fibra: feridas exsudato e
manter as com moderada precisa de
terminações exsudação, cobertura
úmidas, resulta na infectadas ou secundária.
diminuição ou no não, profundas Troca: 3 a 5
alívio da dor. ou superficiais, dias ou sempre
com tecido que houver
necrótico ou extravasament
não e feridas o do gel ou
de diferentes descolamento
HIDROGEL

Cobertura Descrição Mecanismo Indicações observaçõ


de ação e s
Hidrogel Composto Ao entrar em É indicada É uma
transparente e contato com para feridas cobertura não
incolor o exsudato, com perda aderente,
tecidual necessitando
formado por: aumenta seu
superficial ou de cobertura
água (77,7%). volume, profunda secundária.
porém não parcial, feridas Contraindicada
Carboximetilc se dissolve. com tecido para feridas
e lulose necrótico, cirúrgicas
(2,3%) e
propilenoglico áreas fechadas,
l (20%). doadoras de feridas com
pele, muito
queimaduras exsudato (pelo
de 1ᵒ e 2ᵒ fato de não ter
graus, capacidade de
radiodermites absorção) ou
e feridas
dermoabrasõe colonizadas
s. por fungos e
íntegras.
HIDROPOLÍMERO

Cobertura Descrição Mecanismo Indicações observaçõ


de ação e s
Hidropolíme Almofadas, Diminui o Fitas:ferida Não requer
r o placas e fitas odor da s cobertura
com três ferida, exsudativas, secundária e
camadas pode ser
sobrepostas,
promove a limpas, em trocado a cada
sendo uma granulação fase de 48 horas. Por
central de tecidual, granulação. ser não
hidropolímero mantém o Almofadas: aderente,
e duas outras meio úmido. feridas com evita agressão
formadas por O cavidades. aos tecidos no
não tecido, hidropolímer Placas: momento da
não remoção. Não
o se expande feridas
aderentes, o são indicadas
que evita conforme superficiais para feridas
agressão aos absorve o . pouco
tecidos no exsudato. exsudativas ou
momento da secas.
remoção.
Cobertura Descrição Mecanismo Indicações observaçõ
de ação e s

Malha não Cobertura A malha Feridas Pode ser


aderente primária permite que o exsudativas, usado como
constituída exsudato cobertura
passe queimaduras
de malha de secundária.
livremente de 1 e 2
acetato de para a graus,
O tecido
celulose, cobertura abrasões, em malha
impregnada secundária, enxertos, de acetato
com prevenindo a úlceras por de celulose
pressão,
emulsão maceração da extração de permite o
formulada à superfície da unhas, recorte do
base de ferida. eczemas, curativo no
Protege e incisões
petrolato. tamanho da
previne a cirúrgicas,
aderência da lacerações,
ferida.
cobertura ao procedimento
leito da ferida, s de
minimiza a reconstrução
dor e o e linhas de
trauma na sutura.
remoção.
PETROLATUM

• Gaze de acetato impregnada com petrolatum, propicia a não


aderência da ferida, indicado para áreas doadoras e receptoras,
abrações, lacerações e queimaduras.
PAPAÍNA 10%, 6%, 2%

Cobertu Descrição Mecanismo Indicações observaçõ


r a de ação e s

Papaína Enzimas Possui ação Feridas As


proteolíticas do bacteriostática abertas, concentraçõe
látex do , bactericida e exsudativas, s das
anti-
mamão, Carica infectadas soluções
inflamatória;
papaya Linn., proporciona o ou não e para uso
em forma de alinhamento feridas em podem
pó, pasta, gel das fibras de pés de variar de 2%
e soluções. colágeno, pacientes a 10%, em
promovendo o diabéticos. uma ou duas
crescimento aplicações
tecidual. Atua
diárias. Não
como
desbridante
possui ação
químico em seletiva.
tecidos
necróticos,
desvitalizados
e infectados.
PHMB

• Solução composta de água Purificada, derivado


de Betaínico 0,1%, e Poliaminopropil Biguanida
(PHMB).
• A solução é utilizada para limpeza,
descontaminação, hidratação e remoção de
biofilme das feridas. Indicado para as feridas
colonizadas, criticamente colonizadas e
infectadas.
• Tem ação antimicrobiana contra uma ampla gama
de bactérias Gram-positiva e Gram-negativa,
vírus, fungos e leveduras.
Curativo a vácuo \ curativo com pressão negativa

• É a prática de expor uma ferida a pressão sub-atmosférica por um


longo período, promover o debridamento e cicatrização.
• O valor de pressão negativa é de 125mmHg é o indicado para não
ocorrer interrupção do fluxo sanguíneo.
• Mecanismo de ação: aumenta o fluxo sanguíneo, aproxima as bordas
das feridas, promove ambiente úmido no leito da ferida.
COLAGENASE

Indicação:
Desbridamento enzimático do tecido desvitalizado.
Contra-indicação:
• Sensibilidade às enzimas.
Vantagens:
• Disponibilidade do produto.

Desvantagem:
• Pouco efeito em desbridamentos intensos.
• Não é seletiva, usar com cautela, necessita de proteção da pele
ao redor.
Frequência da troca:
• A cada 24 hs, potencializando o efeito de 12/12 horas.
Lesão por pressão

▶ As úlceras por pressão destacam-se como comorbidade comum em


pacientes críticos hospitalizados.
▶ Seu aparecimento resultam de dois determinantes etiológicos
críticos: a intensidade e a duração sobre as proeminências ósseas,
ocasionando áreas de isquemia e futura necrose tecidual.
▶ O desenvolvimento das úlceras por pressão é multifatorial,
incluindo morbidade, elementos internos e externos.
▶ Os fatores internos são: idade, morbidade, estado nutricional,
hidratação, condições de mobilidade e nível de consciência.
▶ Os fatores externos são: pressão, cisalhamento, fricção e umidade.
Áreas de incidência das úlceras por
pressão

▶ Em decúbito lateral: cabeça, pavilhão auricular, escápulas,


quadris, laterais dos joelhos e maléolos externos.

▶ Decúbito dorsal: regiões dos ombros, omoplatas, coluna


vertebral (vértebras mais proeminentes) cotovelos, quadris,
sacro, cóccix, dorsal dos joelhos e calcâneos.
Fatores de risco para o desenvolvimento
das úlceras por pressão

▶ Pressão – o tempo de exposição e a intensidade da pressão


exercida sobre as proeminências ósseas.
▶ Fricção – a fricção do corpo do paciente contra o leito traz
danos irreparáveis à integridade cutânea e ocorre todas as
vezes em que a pele é movida contra uma superfície de
apoio.
▶ Cisalhamento – é a tração exercida na pele quando o
paciente é movido ou reposicionado no leito ou na cadeira.
▶ Umidade – quando o paciente permanece úmido à
devido sudorese profusa ou à incontinência.
▶ Déficit nutricional – deficiência de proteínas, vitaminas e
sais minerais é um importante fator de risco tanto para
desenvolvimento quanto para a cicatrização. o
Fatores de risco para o desenvolvimento
das úlceras por pressão

▶ Idade – com o avanço da idade ocorrem alterações metabólicas,


estruturais e funcionais nos tecidos e nas células, comprometendo a
hidratação e a elasticidade da pele e diminuindo a resistência
tecidual.
▶ Imobilidade – alterações causadas por depressão, traumatismo
craniano ou raquimedular, AVE, esclerose múltipla, doença de
Alzheimer.
▶ Doenças crônicas degenerativas – câncer de vários tipos e
diabetes afetam o sistema imunológico e o fluxo sanguíneo
periférico.
▶ Temperatura corporal – o aumento da temperatura corporal
acelera o metabolismo dos tecidos e a demanda de oxigênio,
provocando sudorese e contribuindo para a desvitalização dos
tecidos e a maceração da pele.
▶ Tabagismo – diminui o aporte de oxigênio e nutrientes para as
células e interfere no fluxo sanguíneo e provoca vasoconstrição.
Escala de Norton
• A Escala de Norton, consiste na avaliação de cinco
itens: condição física, nível de consciência, atividade,
mobilidade e incontinência. O valor total pode variar de 5
a 20 pontos. A utilização das escalas, permite estimar o
risco, o que proporciona a implementação de medidas
preventivas precocemente.
Escala de Norton

Pontos Condição Estado Mobilida Incontin Atividade


física mental de ência

4 Boa Alerta Completa Não Deambula

3 Razoável Apático Limitada Ocasional Deambula


com
ajuda
2 Ruim Confuso Muito Urinária/fe Senta-se
limitada cal com ajuda

1 Muito ruim Estupor Imobilida Urinária/ Acamado


ou coma d e fe cal
Escala de Braden

▶ É recomendada para casos de pacientes adultos e idosos com


longa permanência de hospitalização, pacientes em cuidados
intensivos e com lesão medular.

▶ Pontuação de risco:
▶ 12 (alto risco);
▶ 13 a 14 ( risco moderado)
▶ 16 (risco mínimo)
▶ A pontuação pode oscilar entre 4 e 23. O baixo escore indica
baixa habilidade funcional, e o alto risco para o
desenvolvimento de úlceras por pressão.
Escala de Braden
Pontos 4 3 2 1
Percepção Não Pouco Muito Completam
sensorial prejudicada limitad limitad e nte
a a limitada
Umidade Livre de Ocasionalm Úmida Constantem
e nte ente úmida
umidade úmida
Atividade Caminhada Caminhad Confinamen Confinamen
a t oà t o no leito
ocasional cadeira
Mobilidade Sem Pouco Muito Completam
limitaçõe limitad limitad e nte
s a a imóvel
Nutrição Excelente Adequada Provável Muito pobre
inadequação
Fricção / Sem Problema Problema
cisalhamen problem em potencial
Prevenção das úlceras por
pressão

▶ Permanência da enfermagem por 24 horas com o paciente;


▶ Inspeção diária da integridade da pele ao longo dos cuidados
e durante o banho;
▶ Avaliação do grau de risco do paciente;
▶ Visar ao alívio da pressão em locais de proeminência óssea;
▶ Manutenção da higiene do paciente e do leito;
▶ Mudança constante do decúbito corporal;
▶ Aplicação de massagens de conforto e óleos
especiais nas áreas adjacentes;
▶ Realizar movimentações passivas no leito;
▶ Uso de equipamentos que formam uma superfície de contato
macia entre as proeminências ósseas e a cama ou cadeira de
rodas, evitando-se coberturas ou protetores de cama de
material plástico.
Escala de ELPO
• A Escala de avaliação de risco para o desenvolvimento de Lesões
decorrentes do Posicionamento cirúrgico do paciente (ELPO) é uma
ferramenta desenvolvida para detectar, rápida e facilmente, os
pacientes em alto risco e, dessa forma, sinalizar ao profissional a
necessidade de cuidados adicionais para cada paciente.

• Cada item apresenta cinco subitens, pontuados de 1 a 5, sendo o


somatório da escala um valor entre 7 e 35.

• Considera-se paciente com risco maior para desenvolvimento de


lesões (escore de 20 ou acima), e paciente com risco menor
(escore 19 ou abaixo).
Escala de avaliação de risco para o desenvolvimento de lesões
decorrentes do posicionamento cirúrgico (ELPO)
Estomias
▶ São procedimentos cirúrgicos muito comuns na prática clínica.
▶ Várias condições determinam a necessidade de uma estomia, com
função de eliminação ou alimentação.
▶ De forma geral, são sequelas ou consequências de diversas
doenças ou traumas, que requerem a de uma
exteriorização víscera oca por meio da criação de um
orifício externo.
Estomias

▶ Respiratórias – traqueostomia
▶ Gástricas – gastrostomia
▶ Intestinais – colostomias e ileostomias
▶ Urinárias – urostomias e cistotomias.

▶ Dependendo do tipo e da localização, elas podem causar


alterações metabólicas e funcionais, resultando em várias
complicações, dentre elas, alterações no estado nutricional.
Estomias

▶ Ostomia – vem do grego = “boca” ou “abertura”. É um ato


cirúrgico realizado para exteriorizar um órgão oco por uma
abertura. A estomia pode ser realizada de urgência ou de
forma eletiva, ser definitiva ou temporária, a depender da
causa de sua realização.

▶ Neoplasias, traumas abdominais, doenças inflamatórias,


doenças neurológicas e doenças congênitas.
Estomias para alimentação

▶ Gastrostomia – pode ser por incisão cirúrgica ou por


gastrostomia endoscópica percutânea. Promove acesso à luz
do estômago pela parede abdominal.
Estomias para alimentação

▶ Jejunostomia – é indicada para alimentação ou


descompressão e realizada por incisão cirúrgica no jejuno,
quando há áreas inacessíveis no duodeno. Há inserção de
cateter com 20 a 30 cm no jejuno, que deve ser
cuidadosamente monitorado, pois pode causar necrose
intestinal.
Estomias para eliminação
▶ Colostomia – promove o desvio do trânsito do intestino
grosso (cólon) para o meio exterior por meio de um orifício
na parede abdominal, que permite a eliminação de gazes e
fezes. A frequência das evacuações e a consistência das fezes
dependerão de sua localização. É comum a indicação quando
ocorrem no cólon: obstrução, perfuração, neoplasias e
doenças inflamatórias intestinais.
Estomias para eliminação

▶ Ileostomia – exteriorização do intestino delgado, mais


especificamente do íleo terminal, por intermédio de um orifício na
parede abdominal, que permite a eliminação de fezes. Em geral,
localiza-se no quadrante inferior direito do abdome. É indicada para
proteção da anastomose e nas doenças inflamatórias.
Estomias para eliminação

▶ Urostomia – é um estoma que comunica o aparelho urinário ao


exterior. A urina flui pela abertura, de forma contínua, e é
armazenada em uma bolsa coletora.
Complicações do estoma
▶ Isquemia e necroseresultantes da circulação sanguínea
deficiente.

 Sangramento ou hemorragia.
Complicações do estoma

▶ Estenose: estreitamento do estoma, produzido por


circulação sanguínea deficiente ou má cicatrização.
Complicações do estoma

▶ Prolapso: exteriorização ou protrusão de segmento da alça


intestinal que desliza na parede abdominal, ocorrendo falha
em sua fixação.
Orientações importantes e cuidados com
a bolsa coletora

▶ Observar cor (vermelho-vivo), brilho, umidade, presença de


muco, tamanho e forma.

▶ Fazer a higiene do estoma com delicadeza, usando água e


sabonete neutro, sem esfregar com força ou usar esponjas
ásperas.
Orientações importantes e cuidados
com a bolsa coletora

▶ É proibido o uso de substancias agressivas à pele, como álcool,


mertiolate, benzina, colônia, pomadas ou cremes e benjoim, pois
podem favorecer o ressecamento da pele e o processo alérgico.
▶ A bolsa coletora deverá ser protegida com plástico e fitas durante o
banho, a fim de garantir a integridade a integridade da pele ao
redor do estoma.
Orientações importantes e cuidados
com a bolsa coletora

▶ Tomar cuidado com insetos, em especial moscas. Não


permitir que pousem no estoma ou ao redor.

▶ Evitar roupas apertadas e com elásticos.

▶ Procurar o serviço de saúde na ocorrência de


alteração. alguma

▶ Sugerir que a bolsa seja esvaziada e limpa com regularidade.


A troca deve ser feita de preferencia, na hora do banho,
quando é mais fácil de descolar o adesivo.
Orientações importantes e
cuidados com a bolsa coletora

▶ Para esvaziar as bolsas, levar em conta o tipo de estomia.


Bolsas de ileostomias e urostomias deverão ser esvaziadas
com maior frequência, para que não pesem muito e descolem
da pele do paciente. Bolsas de colostomias podem ser
esvaziadas quando necessário.

▶ Ao sair de casa, a pessoa estomizada deve ser orientada a


sempre portar uma bolsa de reserva, toalha de mão,
sabonete neutro, recipiente com água limpa e um saco
plástico.

▶ Guardar as bolsas de reserva em lugar arejado, limpo, seco e


fora do alcance da luz solar.
Fixador externo
• A fixação externa é um método de imobilização que se utiliza de
uma estrutura de engenharia com fios percutâneos posicionados no
tecido ósseo e ligados a conectores externos, que essencialmente
visa proporcionar a rigidez e estabilidade necessárias ao tratamento
de fraturas e de diversas patologias ósteo-articulares.
Curativo de drenos
• Realizado para remoção de líquidos, sangues,
gases e secreções.

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