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Semiologia e Semiotécnica II
A pele, ou sistema tegumentar, é o
maior órgão do corpo. É responsável
por cerca de 2,5 a 3,5 Kg de peso
corporal de uma pessoa e tem mais de
6 m2 de área de superfície. (AZEVEDO,
O QUE É A PELE? 2006)
DERME
TECIDO
SUBCUTÂNEO
Camadas da Pele
Epiderme: é a camada mais superficial, mais fina, regenera-se entre 4
a 6 semanas. Possui epitélio queratinizado e melanócitos.
ORIGEM / CLASSIFICAÇÃO
Cicatrização:
- Fase inflamatória – reação imediata;
- Fase de proliferação;
- Fase de maturação.
Fisiologia da Cicatrização
Inflamação:
ocorre a vasodilatação, aumento da
permeabilidade (os neutrófilos fagocitam os
microrganismos e restos de células mortas).
Proliferação:
ocorre a neo-angiogênese, epitelização e a
fibroplasia (pode variar do 3º dia após
instalada a lesão até 3 semanas).
Maturação e remodelação:
os fatores de crescimento epidérmicos
estimulam a proliferação de células do
epitélio, estimulando a cicatrização.
Tipos de Cicatrização
Primeira intenção
Re-epitelização;
Camada externa da pele cresce fechada;
As células crescem a partir das margens da ferida e de fora das
células epiteliais, alinhadas aos folículos pilosos e as glândulas
sudoríparas;
Feridas superficiais – queimadura de 1º grau;
Feridas com bordas bem aproximadas – incisões cirúrgicas;
Normalmente cicatrizam em 4 a14 dias – cicatriz mínima.
Tipos de Cicatrização
Segunda Intenção
Segunda Intenção
Terceira intenção
Primeira
intenção
Segunda
intenção
Terceira
intenção
Fatores que afetam a cicatrização
Hemorragia
Deiscência
Evisceração
Infecção
Fístulas
Deiscência
Evisceração
Avaliação do risco de
desenvolvimento de Lesão por
Pressão (LP): Escala de Braden
Escala de Braden
Indireta Direta
Cisalhamento: movimento
Comprometimento da Percepção
de deslizamento da pele e
Sensorial
do tecido subcutâneo.
Estágio 1
Estágio 2
Escara
Não Classificável
Sinais Clínicos
Eritema Descamação
Difuso vermelho e brilhante, Descamação da pele que
que pode ter o rompimento esta com excesso de
da epiderme e da derme. umidade.
Dermatite associada a incontinência
DAI
DAI/ LPP
DAI LP
Localização Difusa distribuída Geralmente em uma
proveniência óssea
Dor Sim Pode ou não esta presente
Cor Rosa/vermelho vivo e brilhante Vermelho opaco, ou roxo
azulado
profundidade Espessura parcial , formação de Espessura parcial ou total
bolhas
Tecido Sem esfacelo ou necrose de Com ou sem esfacelo ou com
coagulação necrose de coagulação
Avaliação da Ferida
Seroso
• Coloração transparente ou levemente
amarelada;
• Consistência líquida e aquosa encontrada
nas lesões limpas.
Serohemático
• Coloração de rósea a vermelho claro;
• Consistência de fluido aquoso.
Piohemático
• Coloração esbranquiçada e/ou
acastanhada, amarelada e esverdeada,
associadas com coloração avermelhada
devido à presença de sangue;
• Consistência espessa.
Purulento
• Coloração esbranquiçada, amarelada e
esverdeada;
• Consistência espessa e/ou viscosa, que
indica um processo infeccioso.
Exsudato
Aspecto
sero-pio-sanguinolento
Curativo primário
saturado
Curativo secundário Pequena quantidade
Descrição e características do
exsudato quanto ao odor
Avaliação da ferida:
aspectos do leito
Esfacelo
Escara
Hematoma
Granulação
Tecido de Granulação Escara
Esfacelo
Tecido inviável
Escara Esfacelo
Tecidos viáveis
Tecido de granulação:
- A ferida é de cor vermelha.
- As bordas da ferida se erguem e adquirem
cor rosa-azulada.
- Ao se espalhar pela superfície da ferida,
as bordas se achatam.
- O novo tecido epitelial tem cor branca-
rosada.
Formato e Tamanho
Profundidade
Limites anatômicos da ferida
e
Tipos de bordas
Aderida
Plana e nivelada
com o leito da ferida
Não aderida
A falta de aderência
Indistinta/difusa ao leito pode
propiciar a
Não há possibilidade de formação de
distinguir claramente o túneis/trajetos
contorno da ferida. fistulosos e de
abscessos.
Como anotar a lesão?
Kelly Kocker
Anatômica dente-de-rato
Técnica para lesões abertas
Materiais: Técnica:
bandeja contendo: lavar as mãos;
EPI; reunir o material e levá-lo próximo
bandeja / carrinho de curativo; ao leito do paciente;
1 pacote de curativo estéril; explicar o paciente o que será feito;
esparadrapo ou micropore®;
porta, uso de biombo, etc);
lavar as mãos;
SF 0,9%;
colocar o paciente em posição
1 agulha 40x12;
adequada, expondo a área a ser
1 seringa de 20 ml;
tratada;
saco para lixo.
Técnica para lesões abertas
Continuação
umidecer o micropore com SF0,9%
proteger a roupa de cama com
para facilitar a retirada;
impermeável e forro sob o local do
remover o curativo anterior com a
curativo;
pinça dente de rato, desprezando-a
abrir o pacote de curativo com técnica
na borda do campo;
asséptica;
montar a pinça Kelly® com gaze,
colocar as pinças com os cabos
auxiliada pela pinça anatômica e
voltados para a borda do campo;
umidecê-la com SF 0,9%;
colocar gazes em quantidade
limpar ao redor da ferida;
suficiente sobre o campo estéril;
lavar o leito da ferida com grande
abrir a embalagem do SF 0,9%, da
quantidade de SF 0,9%, através de
seringa e da agulha e montar a seringa;
pequenos jatos com seringa de 20
ml;
Técnica para lesões abertas
ferida;
limpar e secar ao redor da
ferida;
Técnica para lesões abertas
Mecânico
Cirúrgico
- Lavagem por
- Bisturi
irrigação
- Tesoura
Autolítico
Químico
- Filmes
-Colagenase
4%, 6%, - Hidrocolóides
- Papaína 8%, 10%
- Hidrogéis
Prevenção de lesão por pressão:
cuidados de enfermagem
Hidrocolóide
Hidrocolóide
Alginato de Cálcio
Carvão Ativado
Hidrogel
1. Intermitente
2. Contínua
3. Contínua em cobertor
4. De retenção
Referências
PERRY, A.G.; POTTER, P.A. Guia completo de procedimentos e competências de
enfermagem. 8.ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 721p.
POTTER, P.A. et al. Fundamentos de enfermagem. 9.ed., Rio de Janeiro: Elsevier,
2017. 1360p.
BRUNNER, L.S. Brunner & Suddarth: Manual de enfermagem médico-
cirúrgica. 14.ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2019. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527735162/cfi/6/2!/4/2/2@0:
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https://www.youtube.com/watch?v=mFI2TGaey2M
TORRES, Frank da Silva et al. Manual de Prevenção e Tratamento de Lesões por
Fricção, São Paulo, 2016. Disponível em:
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Acesso em 11 ago. 2020.
CAMPOS, M.G. das Chagas Araújo. Et al. Feridas complexas e estomias: aspectos
preventivos e manejo clínico. João Pessoa: Ideia, 2016. Disponível em:
http://www.corenpb.gov.br/wp-content/uploads/2016/11/E-book-coren-final-1.pdf.