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SISTEMA TEGUMENTAR

Camadas da pele, anexos e lesão por pressão


Aula 04
Conceito

• Sistema tegumentar é o conjunto de estruturas que formam o


revestimento externo dos seres vivos (pele)
• É composto pela pele e anexos (glândulas, unhas, cabelos,
pelos e receptores sensoriais)
SISTEMA TEGUMENTAR

Características da Pele:

Maior órgão do corpo em área de


superfície e peso;
15% do peso corporal;
Cobre de 1,5 a 2,0 m2;
Diferente em cada região;
A melanina é uma proteína que garante
a coloração da pele e evita danos da
radiação ultravioleta ao nosso DNA.
Funções do sistema tegumentar
• Proteção do organismo dos agentes
agressores externos (microorganismos,
água e luz solar excessiva).
• Hidrorregulação (evitando a entrada e a
saída excessiva de líquidos);
• Termorregulação (manutenção da
temperatura corporal em níveis
adequados);
• Absorção cutânea (realiza a síntese de
melanina, queratina e vitamina D);
• Sensibilidade (possui inúmeros
receptores cutâneos de calor, frio,
pressão, tato, vibração).
• Excreção
• Síntese de substâncias químicas
SISTEMA TEGUMENTAR
Anotações importantes sobre as funções da
Pele

Queratina: evitar perdas desnecessárias


de água e protege o organismo contra
agressões externas, como choques
mecânicos, radiação solar, ventos e
chuvas
Melanina: principal função é
a pigmentação e proteção contra
a radiação solar;
Células de Languerhans: responsáveis
pela imunovigilância cutânea. Têm a
função de captar, processar e apresentar
os antígenos aos linfócitos T.
Células de Merkel : Estas células
apresentam uma função sensorial
Anatomia da pele
Anatomia da pele
CAMADAS DA PELE
EPIDERME
Tecido Epitelial
estratificado pavimentado
queratinoso

Pode ser distinguido em 5


estratos:

1. Estrato córneo:
cél.mortas, superficial
e resistente
2. Estrato lúcido
3. Estrato Granuloso
4. Estrato Espinhoso:
células de Langerhans.
5. Estrato Basal ou
germinativo:
melanócitos e as
células de Merkel.
Células da epiderme

Síntese de queratina

Síntese de melanina

Imunovigilância cutânea

Sensoriais
DERME É a parte do tecido conjuntivo que
tem distribuição mais ampla pelo
corpo, estando presente em
praticamente todos os órgãos.
DERME

Situada abaixo do estrato basal da


epiderme

2 estratos: o papilar e o reticular

Derme Papilar:
Formada por tecido conjuntivo frouxo;
Corresponde às papilas dérmicas, com
rica vascularização para nutrir a
epiderme.
DERME

Derme Reticular:
▪ Formada por tecido conjuntivo denso não
modelado

▪ É constituída da base dos folículos pilosos,


glândulas, vasos sanguíneos e linfáticos,
terminações
nervosas, colágeno e elastina.

▪ Fornece oxigênio e nutrientes para a pele.

▪ Os fibroblastos, responsáveis pela


produção de colágeno e elastina,
representam 70% da derme.
RESUMO DA DERME

Ricamente vascularizada; Regula temperatura


(glândulas sudoríparas);
Protege contra lesões mecânicas;
Nutre a epiderme; Terminações nervosas (tato,
calor, frio, dor, pressão);
Rico em colágeno e elastina
(resistência e elasticidade); Origina os folículos pilosos e
sebáceos (controlam o pH da
Reservatório de água da pele: pele, efeito antifúngico e
remove excesso de líquidos estoca bacteriano);
proteínas (vasos linfáticos);
Suprem nutrientes e O2
TELA SUBCUTÂNEA (HIPODERME)
TELA SUBCUTÂNEA (HIPODERME)

Tecido adiposo: constituídos de células chamadas


adipócitos (sintetizam e armazenam gordura)

Funções

Reserva energética, isolante térmico, proteção


mecânica, síntese hormonal
Anexos – Unhas

Placas córneas, localizada na falange


distal dos dedos. Cada uma recobre um
leito ungueal, é basicamente composta
de placas de queratina dura e células
epidérmicas modificadas. Consiste de:
• Corpo (porção visível);
• Margem Livre (parte que se estende
além da extremidade dos dedos;
• Raiz (porção não visível)
Anexos – Pelos

•Consistem em uma raiz formada na


derme e uma diáfise do pelo que se
projeta além da pele;
•Cresce em uma cavidade chamada de
folículo piloso;
•Ciclo de vida: crescimento (anágena),
catágena (repouso) e queda
(telógena)
•2 partes: Haste: está acima da pele;
Raiz: alojada no folículo piloso
•Função: manutenção do calor, auxiliar
na função tátil e proteção
Anexos – Glândulas mamárias

As glândulas mamárias,
consideradas por certos
autores como modificações
das glândulas sudoríparas,
e, por outros, como
glândulas sebáceas
alteradas na espécie
humana, a situação
peitoral.

Existem nos dois sexos,


mas só na mulher se
desenvolvem e funcionam.
Anexos – Glândulas sebáceas

As glândulas sebáceas são glândulas em


cacho, situadas na derme.

Muito menos numerosas que as


sudoríparas, encontra-se em todo o
tegumento externo, com exceção da face
palmar das mãos e face plantar dos pés.

Quase todas se abrem nos folículos


pilosos.

O produto das glândulas sebáceas é o


sebo, que lubrifica a pele, dificultando a
sua ressecação e fendilhamento.
Anexos – Glândulas sudoríparas

As glândulas sudoríparas, encarregadas de


segregar o suor e trazê-lo à superfície da pele, se
apresentam como tubos longos e delgados, cuja
extremidade profunda se enrola em novelo,
para formar na subcútis ou na derme a glândula
propriamente dita, e cuja extremidade
superficial se abre no exterior, por um orifício,
ou poro

Composição: água, cloreto de sódio (que


prepondera), sulfatos e fosfatos alcalinos, ureia,
etc. Costuma-se dizer que o suor é uma urina
diluída.

A quantidade de suor varia muito, sendo


influenciada por circunstâncias externas
(temperatura, umidade do ar) e por
circunstâncias internas (exercício muscular,
emoções). A média, nas 24 horas, é de 700
gramas.
Receptores sensoriais
LESÕES
Toda e qualquer ruptura da
integridade de um tecido ou
órgão, podendo atingir desde a
epiderme, que é a camada mais
externa da pele, até estruturas
mais profundas, como a fáscia,
músculos, aponeuroses e órgãos
cavitários.

Quanto a profundidade
anatômica:
Superficiais;
Parciais;
Totais
Lesão por Pressão (LPP)
É um dano localizado na pele e/ou tecidos
moles subjacentes, geralmente sobre uma
proeminência óssea ou relacionada ao uso de
dispositivo médico ou a outro artefato.
A lesão pode se apresentar em pele íntegra
ou como úlcera aberta e pode ser dolorosa. A
lesão ocorre como resultado da pressão
intensa e/ou prolongada em combinação
com o cisalhamento.
A tolerância do tecido mole à pressão e ao
cisalhamento pode também ser afetada pelo
microclima, nutrição, perfusão, comorbidades
e pela sua condição.
NPUAP (2016)
Lesão Por Pressão

Magnitude do Problema

• Incidência:
Geral: 3 a 14% dos pacientes internados podem
apresentar úlcera de pressão( BRYANT et al, 1992)
Geriátricos: 24%
Pacientes com lesão medular: 60% (PIEPPER; WEILAND
1997)
Lesão Por Pressão

Fatores de Risco
Lesão Por Pressão
Lesão Por Pressão

Principais pontos de desenvolvimento


Lesão Por Pressão
BUNDLE = PACOTE DE MEDIDAS
PREVENTIVAS
DE PREVENÇÃO DE ÚLCERA DE PRESSÃO
• Medida nº1: Avaliação do Paciente em Risco para LPP na
Admissão
• Medida nº2: Reavaliação diária
• Medida nº3: Inspeção Diária da Pele
• Medida nº4: Controle da Umidade
• Medida nº5: Otimizar Nutrição e Hidratação
• Medida nº6: Minimizar pressão
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO

Estágio 1
Pele íntegra com eritema que não embranquece
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO

Estágio 2
Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO
Estágio 3
Perda da pele em sua espessura total
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO

Estágio 4
Perda da pele em sua espessura total e perda tissular
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO
Tissular Profunda

Descoloração vermelho escura, marrom ou púrpura, persistente e que não embranquece.


CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO

Lesão por Pressão Não Classificável

Perda da pele em sua espessura total e perda tissular não visível


CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO
AVALIAÇÃO DAS LESÕES

A avaliação deve vir acompanhada de um registro minucioso sobre


a ferida descrevendo e analisando os seguintes aspectos:

1) Pele adjacente
2) Leito da lesão
3) Borda
4) Exsudato
5) Mensuração
6) Fatores que podem influenciar na cicatrização.
AVALIAÇÃO DAS LESÕES

Pele Adjacente
Através dela avalia-se desde a ingesta hídrica suficiente do paciente para
auxiliar no processo de cicatrização até o fornecimento de suprimento
sanguíneo ou presença de sinais flogísticos.
AVALIAÇÃO DAS LESÕES

Pele Adjacente
AVALIAÇÃO DAS LESÕES

Leito da ferida
AVALIAÇÃO DAS LESÕES

Leito da ferida
AVALIAÇÃO DS LESÕES

Leito da ferida
AVALIAÇÃO DAS LESÕES

Exsudato
AVALIAÇÃO DAS LESÕES

Exsudato
Observação 1: Registra-se também o volume do exsudato,
classificando-o como:

• Pouco (Até 5 gazes)


• Moderado (De 5 a 10 gazes)
• Abundante ( Acima de 10 gazes), tomando como referências a
utilização em 24 horas.

Observação 2: Na avaliação da lesão também cabe registrar a


presença ou ausência de odor.
AVALIAÇÃO DAS LESÕES

Bordas
Avaliar Tunelização ou Descolamento
AVALIAÇÃO DAS LESÕES

Bordas
Borda regular
AVALIAÇÃO DAS LESÕES

Bordas
Borda irregular
AVALIAÇÃO DAS LESÕES

Planimetria

Direito

Céfalo Caudal

Esquerdo
CASOS CLÍNICOS

Paciente M.A.G, 52 anos,


diabética, internou devido um
AVC Isquêmico e evoluiu com
lesão por pressão. Classifique a
Lesão, segundo:
a) Estádio;
b) Leito;
c) Borda;
d) Exsudato
CASOS CLÍNICOS

Paciente R.F.M, 71 anos, internou


devido TCE, manteve-se em
imobilidade no Leito, e após 20
dias de UTI, evoluiu com Lesão
por Pressão, descreve a lesão
segundo:
a) Estádio;
b) Leito;
c) Borda;
d) Exsudato
REFERÊNCIAS

BRUNNER & SUDDART. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgico. Guanabara,


11ª Edição.

GARTNER & HIATT. Tratado de Histologia em cores. 3ª Edição. Rio de Janeiro:


Elsevier, 2007.

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