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TOXICOLOGIA

Profª Ms. Ana Carla Comune de Oliveira


DESCRIÇÃO DAS AULAS
• Aulas 21 e 22: Toxicologia dos medicamentos. Intoxicações agudas; Aspectos toxicológicos no controle terapêutico.
• Aulas 23 e 24: Toxicologia dos medicamentos Aspectos toxicológicos da dopagem no esporte
• Aulas 25 e 26: Toxicologia ambiental. Principais fontes de contaminação do meio ambiente e as respostas
bioquímicas e fisiológicas aos organismos.
• Aulas 27 e 28: Toxicologia ambiental. Poluentes da atmosfera, água e solo; Avaliação da poluição do ar, água e
solo; Fenômenos atmosféricos e a poluição do ar.
• Aulas 29 e 30: Toxicologia ambiental. Estudos toxicológico dos praguicidas: inseticidas e herbicidas. Estudos
toxicológico dos praguicidas: fungicidas e raticidas.
• Aulas 31 e 32: Toxicologia ocupacional. Introdução: conceitos e monitorização; Estudo toxicológico dos gases e
vapores/ monóxido de carbono.
• Aulas 33 e 34: Toxicologia ocupacional. Estudo toxicológico dos compostos metemoglobinizantes e dos compostos
derivados do íon cianeto. Estudo toxicológico dos hidrocarbonetos aromáticos; Estudo toxicológico dos metais:
arsênio e chumbo.
• Aulas 35 e 36: Toxicologia social. Introdução: conceitos básicos.
• Aulas 37 e 38: Toxicologia social. Drogas e fármacos-psicoativos.
• Aulas 39 e 40: Aplicação N2
AULAS 21 e 22
Toxicologia dos medicamentos. Intoxicações
agudas; Aspectos toxicológicos no controle
terapêutico.
OBJETIVOS DA AULA
• Conceituar a intoxicação por medicamentos;
• Compreender os efeitos das intoxicações agudas;
• Entender como ocorre o diagnóstico e tratamento das intoxicações;
• Compreender a prevenção das intoxicações por medicamentos.
INTRODUÇÃO
• Desde os tempos pré-históricos, o homem tem sido exposto a
substâncias químicas que, interagindo com o seu organismo, resultam
em reações benéficas, adversas ou, quando em doses excessivas, em
intoxicações.
• A frequência das exposições a um produto químico parece estar
relacionada à sua disponibilidade no mercado, a marca comercial e a
facilidade de acesso pela população.
• Geralmente, o produto mais distribuído em determinada região é o
mais envolvido nas intoxicações.
INTRODUÇÃO
• As intoxicações são facilmente identificadas através da história clínica
bem conduzida, levando-se em consideração as circunstâncias da
exposição e o grau de confiabilidade da informação prestada pela
pessoa que acompanha o doente ao serviço de saúde.
• O exame físico detalhado com avaliação de sinais vitais, alterações
metabólicas, neurológicas e comportamentais gera informações
objetivas, que dirigem o raciocínio do clínico e possibilitam o
diagnóstico correto.
INTRODUÇÃO - CIAT
• O profissional não habituado às manifestações clínicas das
intoxicações por medicamentos pode encontrar dificuldade na
condição do caso e sentir-se inseguro quanto às medidas de
tratamento.
• Em tais situações é aconselhável recorrer a ajuda de Centros de
Informação e Assistência Toxicológica (CIAT), que contam com
equipes treinadas para oferecer orientação rápida e de boa
qualidade, podendo ser evitadas condutas equivocadas ou mesmo
desnecessárias.
EXPOSIÇÃO AOS MEDICAMENTOS

• Os medicamentos são os principais agentes envolvidos tanto nas


exposições acidentais quanto nas intencionais. O número de fármacos
geralmente é maior que o número de pessoas expostas
(principalmente em exposições intencionais). É comum o uso de mais
de uma substância ao mesmo tempo.
• Na infância não existe diferença significativa entre os sexos, mas o
feminino predomina a partir da adolescência. As circunstâncias
acidentais são as mais frequentes, seguidas pelas tentativas de
suicídio e erros de medicação.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS INTOXICAÇÕES
Relacionada às crianças de 2-4anos, - o produto é um medicamento prescrito para o seu próprio uso ou de um
familiar, não é difícil ser identificado o agente. Porém, a quantidade ingerida, o momento da exposição e as
circunstâncias que envolvem a ocorrência nem sempre são conhecidas. Quando há alguma informação, ela pode
parecer contraditória ou não confiável.

As situações mais difíceis são as que envolvem pacientes suicidas, usuários de drogas ou fármacos de abuso e
suspeita de violência.
Nessas ocasiões, o diagnóstico e o tratamento corretos dependem do exame clínico detalhado e atencioso.

A maioria das intoxicações, incluindo as causadas por medicamentos, evolui de forma satisfatória apenas com
medidas adequadas de descontaminação e suporte, sendo raras as situações em que são necessárias a remoção
extracorpórea de fármacos ou a administração de antídotos.
PREVENÇÃO DAS INTOXICAÇÕES POR MEDICAMENTOS

O agente é a forma de energia O hospedeiro é o indivíduo O ambiente é constituído pelo local


que, interagindo com o com suas próprias físico em que ocorrem as
organismo, é capaz de características, ligadas não exposições: residência, escola, rua,
provocar alterações apenas à idade e ao sexo, mas etc (ambiente físico) e por um
estruturais e/ou funcionais, principalmente ao seu conjunto de fatores determinados
pela cultura e pela sociedade .
causando-lhe danos. desenvolvimento.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO

PRIMÁRIAS

Impedem a ocorrência de dano

SECUNDÁRIAS

Quando procuram tornar mínima sua


extensão, uma vez ocorrido
ATUAÇÃO DO CIAT
• Geralmente atuam utilizando medidas secundárias, ou seja,
respondem as ocorrências, orientam as primeiras medidas de
tratamento, auxiliam no estabelecimento do diagnóstico e do
prognóstico, facilitam o acesso a utilização de antídotos.
• A prevenção primária em geral desperta mais interesse em situações
que envolvem várias vítimas em determinada região
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ALBERT, L. A. Curso básico de toxicologia ambiental. México: OPAS - OMS,
1985.
• CASARETT & DOULL’S. Toxicology: The Basic Science of Poisons. New York:
International Edition, 1996.
• KATZUNG, B. G. Farmacologia básica e clinica. Traduzido por Patricia
Josephine Voeux. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
• LARINI, L. . Toxicologia. 3ª. ed. São Paulo: Editora Manole Ltda., 1997.
• MICHEL, O. R. Toxicologia Ocupacional. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
• OGA, S. Fundamentos de Toxicologia . 2ª. ed. São Paulo: Atheneu, 2002
AULAS 23 e 24
Toxicologia dos medicamentos. Aspectos
toxicológicos da dopagem no esporte
OBJETIVOS DA AULA
• Conceituar DOPPING.
• Compreender os regulamentos do controle da dopagem no esporte.
• Compreender o suo de algumas substâncias químicas utilizadas na
dopagem e alguns de seus efeitos.
DOPPING
As substâncias químicas e os métodos, que são utilizados na tentativa
de melhorar o desempenho em atividades físicas ou mentais.

O uso de substâncias químicas ou dos métodos caracteriza a dopagem.


DOPAGEM
• Eticamente condenável.
• Representa risco para quem utiliza, pois a escolha do agente da dopagem é
feita de acordo com o que o atleta, hipoteticamente, acredita que poderá
favorecer seu rendimento em determinado esporte.
• A obtenção de um resultado acima da sua capacidade orgânica normal, os
atletas utilizam da dopagem na tentativa de influenciar diretamente a
capacidade fisiológica de um determinado sistema do organismo que
contribui para o desempenho atlético ou para remover barreiras
psicológicas que poderiam afetar o rendimento durante a competição.
• Utilizada para abreviar o período de recuperação física, eliminar a dor ou
retardar o aparecimento da fadiga, suprimindo importantes sinais e
sintomas que caracterizam situações de risco para o organismo.
REGULAMENTO DO CONTROLE DA DOPAGEM

• No Brasil, o controle oficial da


dopagem foi regulamentado
inicialmente em 1972, através da
Deliberação 5.172. Em 2003, foi
instituída a Comissão de Combate
ao Dopping, que propôs ao
Conselho Nacional do Esporte
(CNE) as normas básicas de
controle de dopagem nas partidas,
provas ou equivalentes do
desporto registradas na Resolução
nº2 (de 2004) no Ministério dos
Esportes.
AGÊNCIA MUNDIAL ANTIDOPAGEM - AMA
• A Agência Mundial Antidopagem (AMA), constituída paritariamente
por membros do Movimento Olímpico e representantes de governos
dos cinco continentes, passou, a partir de 2000, a ter a
responsabilidade de coordenar o movimento internacional de
prevenção e controle da dopagem.
CÓDIGO ANTIDOPAGEM DO
MOVIMENTO OLÍMPICO
• O conceito de dopagem apresentado no Código Antidopagem do
Movimento Olímpico é “o uso de um expediente – substância ou método –
que pode ser potencialmente prejudicial a saúde dos atletas, capaz de
aumentar seu desempenho e que resulta na presença de uma substância
proibida ou na evidência do uso de um método proibido no organismo do
atleta”.
• A lista de substâncias e métodos proibidos considerados dopping é
revisada anualmente e tem servido de base para a elaboração de
regulamentações próprias de outras federações esportivas. De acordo com
a AMA, as substâncias e os métodos que estão na lista apresentam como
característica, pelo menos, dois dos três seguintes critérios: possibilidade
de aumento de desempenho, risco à saúde e violação do espírito esportivo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ALBERT, L. A. Curso básico de toxicologia ambiental. México: OPAS - OMS,
1985.
• CASARETT & DOULL’S. Toxicology: The Basic Science of Poisons. New York:
International Edition, 1996.
• KATZUNG, B. G. Farmacologia básica e clinica. Traduzido por Patricia
Josephine Voeux. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
• LARINI, L. . Toxicologia. 3ª. ed. São Paulo: Editora Manole Ltda., 1997.
• MICHEL, O. R. Toxicologia Ocupacional. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
• OGA, S. Fundamentos de Toxicologia . 2ª. ed. São Paulo: Atheneu, 2002
AULAS 25 e 26
Toxicologia ambiental. Principais fontes de
contaminação do meio ambiente e as
respostas bioquímicas e fisiológicas aos
organismos.
OBJETIVOS DA AULA
• Conceituar Toxicologia Ambiental
• Compreender as principais respostas bioquímicas e fisiológicas de
organismos e seus efeitos nas populações, comunidades e
ecossistemas
ECOTOXICOLOGIA
Caracterização, entendimento e prognóstico dos efeitos deletérios de
produtos químicos ou misturas de substâncias de origem antropogênica,
ou seja, produzidas pelo ser humano no meio ambiente.
Estudo dos efeitos tóxicos de substâncias químicas e efluentes industriais
em uma população, na comunidade e também no ecossistema, bem
como das medidas necessárias para prever, conter ou tratar os danos
causados.
POLUENTES DE ORIGEM ANTROPOGÊNICA

Agrotóxicos
Níveis organizacionais
Herbicidas, inseticidas,
fungicidas, íons inorgânicos Necessária abordagem
como metais, solventes multidisciplinar
orgânicos, substâncias
radioativas e produtos
farmacêuticos
TOXICOLOGIA

MATEMÁTICA FARMACOLOGIA
ESTATÍSTICA

BIOQUÍMICA
ECOTOXICOLOGIA BIOLOGIA
OCEANOGRAFIA MOLECULAR

QUÍMICA
EPIDEMIOLOGIA
ANALÍTICA
ECOLOGIA
ECOTOXICOLOGIA
FATORES ABIÓTICOS
FATORES BIÓTICOS Características do ambiente (ar,
água, solo, sedimentos)
Tipos de organismos vivos
envolvidos Temperatura, pH e oxigenação
das Transformações físico-
Características intrínsecas químicas.
RESPOSTAS BIOQUÍMICAS E FISILÓGICAS DE ORGANISMOS EXPOSTOS A
POLUENTES E SEUS EFEITOS NAS POPULAÇÕES, COMUNIDADES E
ECOSSISTEMAS

• Os organismos respondem ao estresse induzido por poluentes para se


protegerem, ou seja, prevenindo ou diminuindo a interação do
poluente com os componentes celulares, ou ainda recuperando-se de
danos já causados.
RESPOSTAS BIOQUÍMICAS E FISILÓGICAS DE ORGANISMOS EXPOSTOS A
POLUENTES E SEUS EFEITOS NAS POPULAÇÕES, COMUNIDADES E
ECOSSISTEMAS

As células constituem o sítio primário de interação entre os poluentes e os sistemas


biológicos. Estudo bioquímicos podem assim, fornecer informações relevantes:

Para análise da relação entre exposição, efeitos primários e consequências


ecológicas;

Sobre mudanças provocadas quando acionados os mecanismos de


proteção celular;

Sobre possível mecanismo de ação, que é fundamental para extrapolação


e predição de outros efeitos.
Reação em cadeia desencadeada por poluentes,
atingindo até os níveis mais complexos da natureza.
MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS DO ECOSSISTEMA

• Alterações genéticas disparadas por poluentes ambientais que


provocam um processo denominado “microevolução devido à
poluição”, podendo ser visto no decorrer de algumas gerações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ALBERT, L. A. Curso básico de toxicologia ambiental. México: OPAS - OMS,
1985.
• CASARETT & DOULL’S. Toxicology: The Basic Science of Poisons. New York:
International Edition, 1996.
• KATZUNG, B. G. Farmacologia básica e clinica. Traduzido por Patricia
Josephine Voeux. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
• LARINI, L. . Toxicologia. 3ª. ed. São Paulo: Editora Manole Ltda., 1997.
• MICHEL, O. R. Toxicologia Ocupacional. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
• OGA, S. Fundamentos de Toxicologia . 2ª. ed. São Paulo: Atheneu, 2002
AULAS 27 e 28
Toxicologia ambiental.
Poluentes da atmosfera, água
e solo; Avaliação da poluição
do ar, água e solo;
Fenômenos atmosféricos e a
poluição do ar.
OBJETIVOS DA AULA
• Conceituar poluentes da atmosfera. Água e solo.
• Compreender a avaliação do ar, água e solo;
• Aprender sobre fenômenos atmosféricos e sua relação com a
poluição do ar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ALBERT, L. A. Curso básico de toxicologia ambiental. México: OPAS - OMS,
1985.
• CASARETT & DOULL’S. Toxicology: The Basic Science of Poisons. New York:
International Edition, 1996.
• KATZUNG, B. G. Farmacologia básica e clinica. Traduzido por Patricia
Josephine Voeux. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
• LARINI, L. . Toxicologia. 3ª. ed. São Paulo: Editora Manole Ltda., 1997.
• MICHEL, O. R. Toxicologia Ocupacional. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
• OGA, S. Fundamentos de Toxicologia . 2ª. ed. São Paulo: Atheneu, 2002

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