Você está na página 1de 37

MICROBIOLOGIA

E DOENÇAS
TRANSMISSÍVEIS
Enfª Juliana Babachinas
jbabachinas@uni9.pro.br
ambulância_voadora
AULA DE
HOJE
“Infecções relacionadas a
assistência de saúde”
OBJETIVO DA
AULA
 Discutirsobre infecções
relacionadas a
assistência de saúde;
 Discutirsobre comissão
de controle de infecção
hospitalar;
 Discutir
vigilância
epidemiológica.
INFECÇÃO RELACIONADA A
ASSISTÊNCIA DE SAÚDE - IRAS

 Desde meados dos anos 90, o


termo “infecção hospitalar” caiu
em desuso sendo substituído pelo
termo “infecção relacionadas à
assistência em saúde” (IRAS).
Essa definição incorpora toda e
qualquer infecção adquirida e
relacionada à assistência de
saúde, realizada em qualquer
ambiente.
 IRAS é toda patologia infecciosa
contraída no hospital devido à
microrganismos reconhecíveis
INFECÇÃO clínica e microbiologicamente, que
RELACIONADA A afete durante a internação devido
cuidados que tenham recebido como
ASSISTÊNCIA DE
ou em tratamento ambulatoria,
SAÚDE - IRAS assim como a patologia contraída
pelo pessoal de saúde devido às suas
atividades e independente dos
sintomas se revelarem ou não
durante a estada no hospital.
INFECÇÃO RELACIONADA A
ASSISTÊNCIA DE SAÚDE - IRAS
 Para prevenir danos e prejuízos associados a
assistência prestada aos usuários dos serviços de
saúde, é necessário encarar o desafio da atualização
constante de protocolos específicos sobre medidas
de prevenção das IRAS.
 É sabido que qualquer tipo de infecção eleva
consideravelmente tanto o tempo de internação do
paciente como, consequentemente os custos
durante o cuidado. As complicações podem levar o
paciente a sequelas temporárias, permanentes ou a
morte.
INFECÇÃO
 Paraque uma infecção aconteça, é necessário que
ocorra, uma cadeia completa de eventos. Esses eventos
dependem da existência de alguns elementos:

 Agente etiológico;
 Reservatório;
 Via de saída do reservatório;
 Hospedeiro;
 Modo de transmissão do reservatório para o hospedeiro;
 Modo de entrada em um hospedeiro suscetível.
AGENTE
INFECCIOSO/
ETIOLÓGICO

São os tipos de
microrganismos que
causam infecções: vírus,
bactérias, protozoários,
parasitas e fungos.
RESERVATÓRIO
Podemos chamar de
reservatório, qualquer
substância, localização,
pessoa, animal ou vegetal
que possibilite nutrição aos
microrganismos e
proporcione a sua dispersão.
As infecções podem ser
evitadas pela eliminação dos
agentes infecciosos do
reservatório.
VIA DE SAÍDA

Os microrganismos
precisam ter uma via de
saída do reservatório.
Eles podem sair do
reservatório pelo sistema
digestório, respiratório,
genital e urinário ou pelo
sangue.
MODO DE
TRANSMISSÃO
É preciso uma via de
transmissão para conectar o
agente infeccioso com um
hospedeiro. A transmissão pode
acontecer por contato sexual,
pelo contato com a pele, pelo
ar, etc. Uma pessoa que
transporta ou transmite algum
microrganismo sem apresentar
sinais e sintomas, é chamado
de portador.
PORTA DE
ENTRADA
Para que o
microrganismo tenha
acesso ao hospedeiro, é
necessário que haja uma
porta de entrada. A porta
de entrada pode ser as
vias respiratórias, trago
gastrointestinal, via
sexual, sangue, etc.
HOSPEDEIRO
Para que a infecção
ocorra, o hospedeiro
precisa estar susceptível,
isso significa, não
apresentar imunidade
contra determinado
patógeno. Vacinas e
infecções prévias, podem
tornar o hospedeiro imune
a determinados
patógenos.
MICROBIOTA
 Chamamos de microbiota, o conjunto de microrganismos
que habitam um sistema.
 Microbiotaresidente: São aqueles microrganismos
encontrados regularmente em determinada área do
corpo (pele, intestino). Quando essa microbiota é
perturbada, recompõe-se com facilidade. Esses
microrganismos não produzem doenças.
 Microbiota transitória: A microbiota transitória consiste
em microrganismos não-patogênicos ou potencialmente
patogênicos, que raramente se multiplicam na pele. No
entanto, alguns podem provocar IRAS.
SÍTIOS DE
INFECÇÃO (IRAS)
 Pulmonar;

 Trato urinário;

 Corrente sanguínea;

 Infecção cirúrgica.
COMISSÃO DE CONTROLE
DE INFECÇÃO HOSPITALAR
(CCIH)
O CCIH é uma comissão de controle
de infecção relacionadas a
assistência de saúde, composta por
profissionais que deverão executar as
seguintes tarefas:

 Detectar casos de IRAS;

 Conseguir
critérios de diagnósticos
previamente estabelecidos;
COMISSÃO DE CONTROLE
DE INFECÇÃO HOSPITALAR
(CCIH)

 Conhecer as principais IRAS


detectadas no serviço e definir se a
ocorrência desse episódio de
infecção está dentro dos parâmetros
aceitáveis (isso significa conhecer a
literatura mundial sobre o assunto e
saber reconhecer as taxas aceitáveis
de IRAS para cada tipo de serviço);
COMISSÃO DE CONTROLE
DE INFECÇÃO HOSPITALAR
(CCIH)

 Elaborar normas de padronização


para que os procedimentos
realizados na instituição sigam uma
técnica asséptica ou seja sem a
penetração de microrganismos,
diminuindo o risco do paciente
adquirir infecção;
COMISSÃO DE CONTROLE
DE INFECÇÃO HOSPITALAR
(CCIH)
 Colaborar no treinamento e
reciclagem de todos os profissionais
da saúde no que se refere a
prevenção e controle das IRAS;

 Realizar controle da prescrição de


antibióticos evitando que eles sejam
utilizados de maneira descontrolada
no hospital;
COMISSÃO DE CONTROLE
DE INFECÇÃO HOSPITALAR
(CCIH)
 Recomendar as medidas de
isolamento dos pacientes com
doenças transmissíveis;

 Oferecer apoio técnico a


administração hospitalar para
aquisição correta de materiais,
equipamentos e para o
planejamento adequado da área
física das unidades de saúde.
PODEM PARTICIPAR
DA CCIH:
 Farmacêuticos;
 Microbiologistas;
 Epidemiologistas;
 Médicos (cirurgiões,
clínicos e obstetras);
 Profissionais
da
enfermagem;
 Administradores.
LAVAGEM DAS MÃOS
A lavagem de mãos é a arma
mais importante e econômica
na prevenção das IRAS. Ela
impede que microrganismos
presentes nas mãos dos
profissionais de saúde sejam
transferidos para o paciente e
que a infecção de um
paciente seja transmitida
para outro (infecção
cruzada).
QUANDO REALIZAR?
 Momento 1: Antes do contato
com o paciente;
 Momento 2: Antes da
realização de procedimentos;
 Momento 3: Após risco de
exposição a fluídos corporais;
 Momento 4: Após o contato
com o paciente;
 Momento 5: Após contato
com as superfícies próximas
ao paciente.
TÉCNICA

 Abrir a torneira e molhar


as mãos, evitando
encostar-se na pia;
 Aplicar sabão suficiente
para cobrir toda as
superfícies das mãos;
 Ensaboar as palmas das
mãos, friccionando-as
entre si;
TÉCNICA
 Esfregar a palma da mão
direita contra o dorso da
mão esquerda;
 Entrelaçar os dedos e
friccionar os espaços
interdigitais;
 Esfregar a palma da mão
esquerda contra o dorso da
mão direita;
 Entrelaçar os dedos e
friccionar os espaços
interdigitais;
TÉCNICA
 Esfregar o dorso dos dedos
da mão direita contra a
palma da mão esquerda;
 Esfregar o dorso dos dedos
da mão esquerda contra a
palma da mão esquerda;
 Esfregar o polegar direito
com a mão esquerda;
 Esfregar o polegar
esquerdo com a mão
direita;
TÉCNICA

 Friccionar as polpas
digitais e unhas da mão
direita contra a palma da
mão esquerda;
 Friccionar as polpas
digitais e unhas da mão
direita contra a palma da
mão esquerda;
TÉCNICA
 Esfregar o punho esquerdo
com o auxílio da palma da
mão direita com movimentos
circulatórios;
 Esfregar o punho direito com
o auxílio da palma da mão
esquerda com movimentos
circulatórios;
 Enxaguar as mãos retirando
o resíduo do sabonete
primeiramente das pontas
do dedos, em seguida com
direção aos punhos.
CCIH
 Cada hospital possui uma
clientela diferente e variados
níveis de atendimento. Dentro
de um mesmo hospital os riscos
de adquirir IRAS também varia
de acordo com os serviços e
procedimentos realizados.
Somente um profissional
qualificado pode reconhecer as
circunstâncias que permitem a
comparação entre serviços.
CCIH
 Casocontrário as taxas de
IRAS tornam-se um número
sem sentido podendo
parecer muito ou pouco
conforme o entendimento
pessoal sem base científica.
Atualmente o conhecimento
científico permite saber
qual o risco potencial de
IRAS envolvido em cada
procedimento realizado.
VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
A função do Centro de Vigilância
Epidemiológica é coordenar e
normatizar o Sistema de Vigilância
Epidemiológica (SVE-SP) no Estado
de São Paulo. Planejar, executar,
gerenciar e monitorar as ações de
prevenção e controle de doenças e
agravos no estado de SP, além de
desenvolver capacitação e pesquisa
de interesse para a Saúde Pública.
AO CVE CABE (entre outros):
 Coordenar as ações de Vigilância Epidemiológica no
estado de SP
 Manter conhecimento atualizado da situação
Epidemiológica das doenças e dos fatores que as
condicionam;
 Conhecer e prever a evolução do comportamento
epidemiológico mediante a análise contínua dos
dados de morbidade;
 Divulgar,periodicamente, informes
epidemiológicos;
AO CVE CABE (entre outros):

 Recomendar a inclusão de doenças no Sistema de


Vigilância Epidemiológica;
 Assumir,quando necessário, controle operativo de
situações epidêmicas, quer de doenças de notificação
compulsória, quer agravos inusitados à saúde;
 Assessorar o Secretário da Saúde em assuntos de
Vigilância Epidemiológica;
 Promovera realização de pesquisas
epidemiológicas;
REFERÊNCIAS
 ANVISA - Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à
Assistência à Saúde Série Segurança do Paciente e Qualidade
em Serviços de Saúde – 2017
 Infecções relacionadas à assistência à saúde: desafios para a
saúde pública no Brasil http://www.scielo.br/pdf/rsp/v48n6/pt_0034-
8910-rsp-48-6-0995.pdf
 Brunner & Suddarth, Tratado de Enfermagem médico
cirúrgica. 13ª edição, Rio de Janeiro Guanabara Koogan, 2016.
 SILVA, G.T.R., SILVA, S.R.L.P.T.; Manual do Técnico e auxiliar
de enfermagem. 2ª edição, São Paulo, Martinari, 2018.
 Secretaria de Estado de Saúde. Governo do estado de SP.
Centro de Vigilância Epidemiológica.
http://www.saude.sp.gov.br/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica-prof.-
alexandre-vranjac/

Você também pode gostar