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PRESSÃO E FERIDAS
INTEGRANTES
Elaine de Souza de Araújo Sarah Victorya dos Santos Rocha
A incidência de lesão por pressão em determinada unidade de saúde também pode ser
considerada um indicador da qualidade da assistência prestada. Quanto maior o índice,
pior é o atendimento.
ÚLCERA POR PRESSÃO OU
LESÃO POR PRESSÃO?
Afinal, qual a nomenclatura correta?
A partir, de 2016, o NPUAP (National Pressure Ulcer
Advisory Panel), uma entidade norte americana que
define as diretrizes para os cuidados em lesão por
pressão trouxe a nova definição:
Cisalhamento:
Ocorre quando dois tecidos subjacentes são puxados
para lados opostos, como você pode acompanhar na
imagem abaixo. Isso pode ocorrer geralmente durante a
movimentação brusca do paciente no leito, ao arrastá-lo
para cima ou para baixo.
Pressão:
O aumento da pressão sob a pele prejudica seu
CISALHAMENTO, funcionamento. Quando essa pressão se dá sob
algumas proeminências óssea, por exemplo, ocorre a
PRESSÃO E FRICÇÃO: compressão dos capilares sanguíneos da região.
FATORES CHAVE PARA Assim, a quantidade de sangue e nutrientes que entram
e saem dos tecidos é prejudicada seriamente.
O “NASCIMENTO” DE Fricção:
está relacionada com a raspagem da superfície da pele
UMA LESÃO POR em outras superfícies. Geralmente também ocorre,
assim como o cisalhamento, quando o paciente se
PRESSÃO movimenta bruscamente sobre o leito.
COMO AVALIAR UMA LESÃO POR PRESSÃO?
Tecido necrótico: Epitelização:
É de coloração enegrecida, com grande Indica o fechamento da lesão. Geralmente é
quantidade de tecido desvitalizado. É um tecido detectado nos estágios finais do tratamento. Sua
inviável, e precisa ser retirado do leito da lesão, coloração é semelhante a da pele normal.
por atrapalhar o seu fechamento e o processo de Hipergranulação:
cicatrização. Pode ter consistência dura ou mole, Tecido que se assemelha ao de granulação,
ou ainda, ser flutuante, ou seja, quando sua base porém, é edemaciado e intumescido, geralmente
for composta por esfacelo. se forma para além da borda da lesão. Ao
Esfacelo: exercer pressão na borda da lesão, impede e
Também é um tecido inviável e, assim como o dificulta o seu fechamento. Geralmente o
tecido necrótico, precisa ser removido do leito da tratamento é realizado por meio de anti-
lesão. Sua consistência é sempre macia, de cor inflamatórios. Seu surgimento está relacionado a
amarelada ou acastanhada. quadros recorrentes de inflamação no local da
Granulação: Indica um bom sinal de recuperação lesão. A terapia hiperbárica também pode ajudar
da lesão. Ele possui a cor avermelhada, com no tratamento, a depender do nível de tolerância
muitos grânulos (pontinhos). É umedecido e firme. do paciente.
ESTADIAMENTOS DA LESÃO POR
PRESSÃO
Estágio I: A superfície da pele ainda está íntegra, ou seja, não
houve rompimento ou “solução de continuidade”. A lesão é
superficial e acomete somente a epiderme. Ela é assim
definida: “Pele íntegra com eritema que não embranquece.
Pode parecer diferente em pele de cor escura.” Dica: o eritema
(vermelhidão) que embranquece, ou seja, que após você
pressionar o dedo ficará de cor branca, indica leve
comprometimento e não é caracterizado como lesão por
pressão em grau I.
Estágio II: Já existe um rompimento da superfície da pele. Esse
grau é definido como: “Perda da pele em sua espessura
parcial, com exposição da derme. O leito é viável, de coloração
avermelhada, úm ido ou ainda pode apresentar bolha intacta
(preenchida com exsudato) ou rompida.” Portanto, lembre-se,
apresentou bolha, já é caracterizado como grau II de lesão por
pressão!
Estágio III: Nesse grau já há comprometimento parcial da
derme e epiderme. A definição fica assim: “Perda de pele em
sua espessura total, na qual a gordura pode ser visível, pode
ser encontrado tecido de granulação e a lesão apresenta
epíbole (bordas enroladas)”.
ESTADIAMENTOS DA LESÃO POR
PRESSÃO
Estágio IV: É o estágio mais severo da lesão por pressão.
No “grau IV há perda da pele em sua espessura total e
perda de tecidos com exposição direta da fáscia, músculo,
ossos, tendões, ligamentos ou cartilagens”.
Existem também, além dos estadiamentos de I a IV, outras
classificações. Vamos conhecê-las!