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PRÁTICA GERENCIAL EM SAÚDE

COLETIVA

Profa. Esp. Ilana Moura


e-mail: ilanamoura.prof@gmail.com
Anatomia mamária
• As mamas são assimétricas e sua forma depende de:
Câncer de Mama
• Resultado da proliferação incontrolável
de células anormais;

• Processo de carcinogênese é
lento (raramente rápido);

• Um carcinoma pode duplicar de tamanho


30x para atingir 1cm ou mais.

BRASIL (2013);
Câncer de mama

Classificação dos carcinomas mamários:


Estratégias de detecção precoce
PREVENÇÃO Identificar a doença em sua fase pré-
PRIMÁRIA clínica (assintomática).

Identificar uma pessoa com sinais e


DETECÇÃO PRECOCE
sintomas iniciais de uma doença.

DIAGNÓSTICO Forma de prevenção secundária e visa


PRECOCE identificar o CA em estágios iniciais.

Evitar a ocorrência da doença,


RASTREAMENTO minimizando a exposição aos fatores de
risco.
Rastreamento – estratégia de
detecção
PÚBLICO-ALVO ESTRATÉGIA

Mulheres 40-49 anos ECM anual e, se alterado,


mamografia
Mulheres entre 50 e 69 anos ECM anual e Mamografia a
cada dois anos
Mulheres a partir de 35 anos ECM e Mamografia anual
com risco elevado
FONTE: Brasil, 2013
Diagnóstico precoce
POPULAÇÃO ALERTA
PARA SINAIS DE CA
DE MAMA

PROFISSIONAIS DE
SAÚDE ALERTA E SERVIÇOS DE SÁUDE
CAPACITADOS PREPARADOS
Câncer de Mama: Ações
Promoção da saúde e prevenção
primária:

✔ Acesso à informação: Principalmente


na Atenção Básica;
✔ Controlar o peso, reduzir a ingesta de
álcool, praticar atividade física
regulamente;
✔ Evidências mostram diminuição do
risco relativo em 4,3% a cada 12
meses de aleitamento materno,
adicionais à redução de risco à
relacionada paridade maior.

BRASIL, 2013
Câncer de Mama: Ações
Detecção precoce:

✔ Tripé: educação da mulher, dos


profissionais de saúde e serviço de
saúde preparado;
✔ Mamografia: único exame utilizado
para rastreamento capaz de
detectar lesões não palpáveis;
✔ Ultrassonografia (US): No grupo de
alto risco, pode ser utilizada em
conjunto com a mamografia, para
melhorar o desempenho do
rastreamento;
BRASIL, 2013
Câncer de Mama: Fatores de
risco
✔Idade
✔História familiar
✔Menarca precoce (12 anos)
✔Menopausa tardia (50 anos)
✔Primeira gravidez após os 30 anos
✔Nuliparidade
✔Terapia de reposição hormonal (TRH)
✔Exposição à radiação
✔Obesidade
✔Sedentarismo
✔Ingestão regular de álcool e gorduras.
BRASIL, 2013
Câncer de Mama:
Grupo com risco muito elevado
• História familiar de, pelo menos, um parente de primeiro
grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de CA de mama
< 50 anos de idade;
• História familiar de, pelo menos, um parente de primeiro
grau com diagnóstico de CA de mama bilateral ou de
ovário, em qualquer faixa etária;
• História familiar de CA de mama masculino;
• Diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa
com atipia ou neoplasia lobular in situ.

BRASIL, 2013
Câncer de Mama:
Manifestações clínicas
• Nódulo (90% da apresentação inicial dos casos sintomáticos confirmados):
Geralmente indolor, duro e irregular;
• Coloração avermelhada na pele da mama;
• Edema cutâneo semelhante à casca de laranja;
• Retração cutânea;
• Dor ou inversão no mamilo, descamação ou ulceração do mamilo;
• Linfonodos palpáveis na axila.

Derrame papilar: CA Descargas fisiológicas: adenoma hipofisário,


mamas císticas, medicamentos, etc.
Transparente. Rosada ou Turvas. Amareladas ou esverdeadas
avermelhada
Unilateral Bilaterais
Espontânea Manobras de compressão do mamilo
Câncer de Mama:
Manifestações clínicas
CÂNCER DE MAMA:
INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA

CONSULTA DE
ENFERMAGEM

EXAME CLÍNICO
ANAMNESE DAS MAMAS
Câncer de Mama:
Investigação diagnóstica
ANAMNESE

✔ Nódulo: Data da percepção, velocidade de crescimento, localização,


consistência e relação com traumatismos ou ciclo menstrual;
✔ Dor: Data do início, intensidade, localização, irradiação, relação com
atividade física, ciclo menstrual e traumatismos, presença de
hipertermia ou uso de fármacos;
✔ Derrame papilar: Início, cor, uni ou multilateral, espontâneo ou
provocado, uso de medicamentos;
✔ Antecedentes gineco-obstétricos: Idade da menarca e menopausa,
uso de hormônios, paridade, idade da primeira gestação, duração e
intercorrências das lactações.
Câncer de Mama:
Investigação diagnóstica

ANAMNESE

✔Antecedentes Mastológicos: Cirurgias prévias


estéticas e diagnósticas), punções, mamografias
prévias e tratamentos efetuados;
✔Antecedentes familiares: Pesquisar CA de mama e
eventual na linhagem de associação com CA de ovário
na família, inclusive paterna;
✔Perfil Psicossocial: Tabagismo, álcool e drogas.
Câncer de Mama:
Investigação diagnóstica

ECM

INSPEÇÃO ESTÁTICA

INSPEÇÃO DINÂMICA

PALPAÇÃO DAS MAMAS E CADEIAS GANGLIONARES


AXILARES E SUPRACLAVICULARES
CÂNCER DE MAMA:
INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA

ECM

INSPEÇÃO ESTÁTICA:

✔ Identificar visualmente sinais


sugestivos de CA;
✔ Paciente sentada;
✔ Observar volume, forma,
assimetria, abaulamentos,
retrações, diferenças na cor da
pele, textura, padrões de
circulação venosa.
Câncer de Mama:
Investigação diagnóstica
ECM
ECM
INSPEÇÃO DINÂMICA:

✔Posição da paciente: mãos na


cabeça e em seguida
comprimindo os quadris.
✔Pesquisar novamente
retrações, abaulamentos e
assimetrias.
Câncer de Mama:
Investigação diagnóstica
ECM

PALPAÇÃO:
✔ Com a paciente ainda sentada, palpam-se as cadeias ganglionares
axilares e supraclaviculares.
CÂNCER DE MAMA:
INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA
ECM

PALPAÇÃO:

✔ Posição da paciente e do examinador;


✔ Aplicar 3 níveis de pressão em sequência: leve, média e
profunda (tecido subcutâneo, nível intermediário e parede
torácica);
✔ Realizar movimentos circulares com as polpas digitais do 2º,
3º e 4º dedos;
✔ A região da aréola e do mamilo deve ser palpada e não
comprimida (colher secreção S/N);
CÂNCER DE MAMA:
INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA
ECM

PALPAÇÃO:

✔ Mulher mastectomizada: Palpar


a parede do tórax, pele e cicatriz
cirúrgica.
✔ Observar: alterações na
temperatura da pele e nódulos
(tamanho, consistência,
contorno, superfície, mobilidade
e localização).
QUADRO RESUMO
CÂNCER DE MAMA:
INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA
ECM

Mamografia:

✔ O resultado da
mamografia de
rastreamento deve ser
analisado pelo
profissional solicitante,
seguindo a conduta de
acordo com a
classificação BI-RADS®
Classificação Interpretação do exame Risco de Conduta
BI-RADS® malignidade
(%)

0 Inconclusivo - Necessita de avaliação adicional

1 Negativo 0,05 Rotina de rastreamento


conforme faixa etária

2 Achado tipicamente 0,05 Rotina de rastreamento


benigno conforme faixa etária

3 Achado provavelmente Até 2 Acompanhamento por


benigno 3 anos. Repetição do exame a
cada 6 meses no 1º ano e anual
nos 2 anos seguintes

4 Achado suspeito 20-35 Avaliação histológica (biópsia)

5 Achado altamente suspeito >85 Avaliação histológica


(biópsia)

6 Achados com malignidade 100 Terapêutica específica em


comprovada Unidade de Tratamento de CA
Câncer de Mama:
Investigação diagnóstica
• Métodos de imagem

✔Ultrassonografia - Indicações:

• Diagnóstico diferencial entre lesão sólida e


lesão cística;
• Alterações no exame físico (lesão palpável),
no caso de mamografia negativa ou
inconclusiva;
• Jovem com lesão palpável;
• Alterações do exame clínico no ciclo grávido-
puerperal;
• Doença inflamatória e abscesso;
• Diagnóstico de coleções.
Câncer de Mama:
Investigação diagnóstica
Métodos Invasivos
✔ Biópsia cirúrgica: Incisional ou excisional; Lesões não palpáveis e
mamografia BI-RADS 4 e 5; Padrão ouro;
✔ Biópsia percutânea com agulha grossa (PAG): Retira fragmento por meio
de pistola. Vantagens: Custo 25% a 50% menor, não internação, menor
trauma local, rápido;
✔ Punção por agulha fina (PAAF): Fornece material para citologia, não
oferece diagnóstico de invasão tumoral.

BRASIL (2007)
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do
útero e da mama. 2.ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Estimativa


2016: Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro (RJ): INCA, 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para a detecção precoce do


câncer de mama no Brasil. Rio de Janeiro (RJ): INCA, 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Mamografia: da prática ao controle. Rio


de Janeiro (RJ): INCA, 2007.

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