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Um ​ecossistema é uma área geográfica onde animais, plantas e

outros organismos, bem como clima e paisagem, formam relações


de interdependência, reguladas por condições físicas, químicas e
biológicas, que os seres vivos estabelecem entre si e, também,
com o ambiente em que habitam.

Tipos de Ecossistemas

Terrestre: ​formados por conjuntos de seres vivos (​biota​​) em


interação com a ​litosfera​​, tais como florestas, savanas, cerrados,
desertos, caatinga, estepe, pantanal e outros, são abastecidos
pelo Sol, atmosfera e água. O solo garante o suporte físico para a
construção de nossas necessidades e base para a maior fonte de
oferta de alimentos. Porém, os habitats terrestres compõem
menos de 1% da biosfera do planeta. O solo fértil é estimado em
um metro de espessura, e as árvores mais altas raramente
ultrapassam os 90 metros de altura.

Aquático​​: constituídos da biota em interação com a ​hidrosfera​​,


abrangem os sistemas aquáticos continentais, (rios, lagos, lagoas
e geleiras), os recursos hídricos subterrâneos (lençóis freáticos e
reservatórios subterrâneos, como ​Aquífero Guarani​); e também os
ecossistemas marítimos e costeiros, como manguezais e
restingas, nas áreas costeiras de mares e oceanos.

Aéreo​​: é formado pela biodiversidade, componentes químicos e


físicos naturais presentes nas diversas camadas da ​atmosfera​​.

Impactos ambientais

A contaminação dos ambientes do planeta, com ​substâncias


químicas, lixo, fumaça, ruído, dejetos e afins, provocam ​poluição
dos biomas, deterioração dos recursos naturais e degradação das
populações de seres vivos, levando à extinção de espécies.

Os 7,4 bilhões de habitantes geram anualmente 30 trilhões de


quilos (kg) de lixo, os quais alteram e destroem o equilíbrio dos
diversos biomas. O Brasil possui 2,8% da população mundial e
produz 5,5% do lixo, com ​250 mil toneladas de lixo​ diariamente.

Poluição da terra

A superfície do nosso planeta é composta por ¼ de terra, no qual


habitam os principais ecossistemas conhecidos e/ou explorados
pela humanidade. Tal exploração tem resultado em enormes
impactos a tais ecossistemas.

O solo garante o suporte físico para a construção das estruturas


vitais e base para a maior fonte de oferta de alimentos. Porém, os
habitats terrestres compõem menos de 1% da ​biosfera​ do planeta.

O solo fértil é estimado em um metro de espessura, e as árvores


mais altas não ultrapassam os 100 metros de altura. A superfície
do planeta é composta por ¼ de terra, no qual habitam os
principais ecossistemas conhecidos/explorados pela humanidade,
cujos resultados são enormes impactos a tais ecossistemas.
Impactos Ambientais Antropogênicos Clayton Garcia
da Silva

No Brasil, milhões de hectares de vegetação nativa, em


ecossistemas como a Amazônia e o Cerrado, foram ​queimados e
desmatados para pastos e cultivo de grãos para ração​. No mundo,
ap​ ecuária ocupa 75% das terras aráveis do planeta, embora seja
responsável por 12% das calorias​, bem como é responsável por
55% das erosões e forte contribuidor de poluição por pesticidas,
antibióticos e metais pesados​, e 80% dos desmatamentos são
para​ abrir pasto para o gado​.

Poluição da água

A ​água é o líquido essencial à vida, cobre 3/4 da superfície do


planeta e pode ter quilômetros de profundidade. Mas a proporção
de água potável, apropriada para o consumo humano e dos
demais seres vivos, é muito pequena. Apenas 2,5% é água doce,
e menos de 0,01% está em rios e lagos.

No Brasil, a distribuição do consumo de água está dispersa nas


diversas áreas da atividade humana, com o desperdício e uso
abusivo camuflados em suas longas cadeias produtivas.

O uso indiscriminado da água tem levado à escassez e ao seu


racionamento em diversas locais do mundo. ​Em 2012, a Agência
Nacional de Águas (ANA) revelou que da água extraída no Brasil
(100 bilhões de litros ao dia), 72% são para irrigação na
agricultura (​37% em grãos para ração e ​35% em alimentação
humana)​, ​11% na pecuária, 7% na indústria, 10% no consumo
doméstico​. No mundo​, o consumo está dividido entre: ​pecuária
(40%)​, ​indústria (20%), humano (10%)​ e alimentos (30%).

As ​zonas hipóxicas são áreas no oceano de concentração de


oxigênio tão baixa que a vida animal sufoca e morre, por isso são
chamadas de "zonas mortas". Uma das maiores zonas mortas
forma-se no Golfo do México à medida que os agricultores
fertilizam suas terras, para a estação das colheitas, a chuva lava o
fertilizante da terra e carrega para córregos e rios.

O World Resources Institute (WRI) e o Instituto Virgínia de Ciência


Marinha (VIMS) identificou mais de ​530 "zonas mortas" e 228
locais marinhos no mundo com sinais de eutrofização, isto é,
corpos d'água altamente fertilizados por nutrientes que são
levados para a água por fazendas e áreas urbanas: são 250.000
km​2​ sem vida, quase o tamanho do Piauí.

Poluição do ar

Os setores industriais, de transporte e agropecuários liberam


enormes quantidades de gases no ar, que desregulam o equilíbrio
atmosférico, provocando alterações climáticas locais e globais,
bem como gerando variações térmicas abruptas nas mais
variadas regiões do planeta.

Boa parte dessas alterações é gerada pelo aumento do “Efeito


Estufa”, que, em padrões normais, é benéfico por manter
condições adequadas para a vida. Porém, os gases liberados pela
produção humana tem aumentado drasticamente a concentração
de ​Gases de Efeito Estufa​ (GEE).

Por muito tempo o debate ficou em torno do dióxido de carbono


(CO​2​), até então considerado o principal responsável pelo Efeito
Estufa. Enquanto havia cientistas alertando sobre o perigo do CO​2
para o Aquecimento Global, com o aumento de sua concentração
na atmosfera e consequente insustentabilidade para a
Impactos Ambientais Antropogênicos Clayton Garcia
da Silva

sobrevivência humana; outros cientistas, contrários a teoria do


Aquecimento Global, utilizavam-se de outras pesquisas para
afirmar que esse aumento é uma flutuação natural, e que o próprio
planeta, com a movimentação tectônica, enterrar o CO​2​.

No entanto pesquisas têm demonstrado que outros gases


possuem capacidade bem maior de provocar o aquecimento: o
óxido nitroso (N​2​O), perfluorcarbonetos (PFC's), ​amônia (NH​3​) e
principalmente o metano (CH​4​) ​gerado pela eructação, flatulência
e decomposição dos dejetos​, o qual apesar de não ser tão
abundante, tem potencial de 23 à 72 vezes maior que o CO​2 de
reter calor em um período de 20 à 100 anos.

Tabela​​: parcela das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE),


metano e ​amoníaco​ (​FAO​, 2006).
Setor GEE CH4 NH3 Ocorrências
desmatamento para pasto, fermentação
Pecuário 18,0% 37% 64% ruminal, produção de ração

Transporte 11,0% - - carros, caminhões, barcos, navios, aviões


Indústria 9,0% - - principalmente em metalurgia
geração de energia e fabricação de
Energético 7,0% - - combustíveis

Um estudo da National Oceanic and Atmospheric Administration


(NOAA), publicado na Nature, descobriu que a ​pecuária, os
aterros sanitários e a atividade agrícola são responsáveis por até
67% do total das emissões de metano das atividades humanas.
Segundo balanço do Observatório do Clima, o setor ​agropecuário
é responsável por 69% das emissões de GEE no Brasil​, com 1,3
trilhão de kg de CO​2 em
​ 2015. Inclusive o percentual de poluentes
do processo digestivo dos rebanhos, o uso de fertilizantes e o
desmatamento para abertura de novas pastagens.

O World Watch comprova que a pecuária e seus subprodutos são


responsáveis ​por pelo menos 32 trilhões de kg de CO​2 por ano
(​51% de todas as emissões de GEE em todo o mundo). ​A FAO
mostrou que a ​pecuária é responsável por 65% de todas as
emissões de óxido nitroso (um gás-estufa com ​296 vezes o
potencial de aquecimento global do CO​2​) e que permanece na
atmosfera por 150 anos. No Brasil, a atividade ​agropecuária
resulta em 94% das emissões de N​2​O​, dos quais 33% são
representadas pela emissão de animais.

O que cada pessoa pode fazer para salvar o planeta?


Os resultados de tantas pesquisas demonstram que o padrão de consumo humano está muito elevado, e que
medidas de redução de gastos fazem-se necessárias para preservar os ecossistemas. Mas ​quanto cada pessoa
consome e onde precisamos reduzir​​?

Para tomar banho (20 min), limpar a casa, lavar a roupa e a louça, fazer café, chá e suco, escovar os dentes, dar
descarga, barbear-se, etc., o brasileiro gasta, ao todo, cerca de 150 litros de água e gera 1,2 kg de lixo por dia.

P​ortanto, reduzindo o consumo doméstico pela ​metade​​, cada cidadão demora 2 MESES para economizar o
mesmo que economiza ao ficar só 1 DIA sem comer carne, 2 DIAS indo trabalhar de bicicleta ou ​3 DIAS sem
consumir laticínios​.

Agora reflita o que você, leitor(a), está fazendo de mais significativo para salvar (ou destruir) os ecossistemas do
planeta, seu “lar” e de sua família.

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