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Alaine L. S. de Andrade
Brendy Souza
Katlyn C. Andrade de Santana
Leidiane dos Santos
Maria Edenilma Valença Dantas
Samara ketily Oliveira Prado
FERIDAS
ARACAJU,
10/04/2024
CONCEITOS DE FERIDAS
A ferida é, por definição, uma deformidade ou lesão que pode ser superficial ou profunda,
aberta ou fechada, simples ou complexa, aguda ou crônica. A complexidade das lesões varia
entre fácil cicatrização e tratamentos mais complexos. Uma pele com ruptura tende a ser mais
frágil, então, microrganismos e outros fatores de risco podem causar infecções .
FERIDAS CIRÚRGICAS
Como o nome já fiz, são feridas provocadas por um corte no tecido com um instrumento
cirúrgico, como bisturi.
Geralmente são fechadas através da aplicação de pontos, agrafos ou cola cirúrgica. Essas
feridas são classificadas em limpa, limpa-contaminada, contaminada e infectada.
Limpa
A ferida limpa é consequente de uma cirurgia eletiva, não traumática, não infectada, sem
penetração no trato digestivo, respiratório e gênito-urinário. Tem baixa probabilidade de
infecção (1 a 5%).
Limpa-contaminada
Contaminada
A ferida contaminada ocorre devido a intervenções com grave violação técnica cirúrgica, caso
de feridas traumáticas ou quando se penetra no aparelho respiratório, digestivo ou gênito-
urinário, na presença de uma infecção.
Além disso, as feridas cirúrgicas têm características únicas. Ela é fechada imediatamente
após a intervenção, a cicatrização primária acontece horas após a reparação da espessura
total da incisão cirúrgica, as células epiteliais normais migram para o local da incisão de 24 a
48 horas depois da intervenção e elas minimizam o tamanho da cicatriz. Seu risco de infecção
é de 10 a 17%.
Infectada
FERIDAS TRAUMÁTICAS
As feridas traumáticas são originadas por causas externas, como acidentes, mordeduras,
explosões, ferimentos por armas brancas ou de fogo, entre outras. Nesse tipo de lesão, pode
ou não ocorrer perda de tecido.
Por serem muito diferentes das incisões cirúrgicas, protocolos padronizados por consenso
são utilizados no atendimento.
Procedimentos importantes devem ser realizados no atendimento de urgência. Deve ser feita
a lavagem abundante com solução fisiológica e retirada de corpos estranhos, se for o caso.
Um dos principais objetivos nos cuidados das feridas traumáticas é prevenir a infecção. Dados
científicos mostram que, ao chegar a um serviço de emergência, os ferimentos apresentam
agentes infecciosos.
Cuidados e curativos adequados serão essenciais para acelerar a formação do tecido de
granulação e a cicatrização dessa ferida.
LESÕES ULCERATIVAS
Lesões ulcerativas são causadas por doenças relacionadas com má circulação sanguínea,
como alterações vasculares e complicações de diabetes
SINAIS E SINTOMAS
Sim, existem 4 colorações diferentes de pus que variam de acordo com a intensidade da
infecção. Segue as diferenças entre elas:
Pus branco
O pus amarelo é o mais comum em uma ferida infeccionada e indica que as células brancas
do sangue (neutrófilos) estão lutando contra a infecção e, consequentemente, resultando na
cor amarelada.
Pus verde
A ferida é uma solução de continuidade dos tecidos decorrente de lesão ocasionada por
agentes mecânicos, térmicos, químicos e bacterianos. O reparo de feridas ou ferimentos
constitui-se no esforço dos tecidos para restaurar a função e estruturas normais. A
regeneração é a perfeita restauração da arquitetura do tecido pré-existente, na ausência de
formação de cicatriz, mas embora desejável, só é observada no desenvolvimento embrionário,
em organismos inferiores ou em determinados tecidos como ossos e fígado. Normalmente,
na cicatrização de feridas, a precisão é substituída pela velocidade de reparo. A reparação de
feridas segue as seguintes etapas: fase inflamatória, fase proliferativa e fase de maturação.
FASE INFLAMATÓRIA
Tem seu início no exato momento que a lesão é produzida. O sangramento traz consigo
plaquetas, hemácias e fibrina selando os bordos da ferida, ainda sem valor mecânico, mas
facilitando as trocas. O coágulo formado estabelece uma barreira impermeabilizante que
protege a ferida da contaminação. Devido à lesão tecidual ocorre a liberação local de
histamina, serotonina e bradicinina que ocasionam vaso dilatação e aumento de fluxo
sanguíneo havendo, consequentemente, sinais inflamatórios como calor e rubor.
Permeabilidade capilar aumenta causando extravasamento de líquidos para o espaço
extracelular e como consequência ocorre o edema.
A resposta inflamatória que perdura cerca de três dias e durante a qual ocorre a migração
sequencial das células para a ferida é facilitada por mediadores bioquímicos que aumentam
a permeabilidade vascular favorecendo a exsudação plasmática e a passagem de elementos
celulares para a área ferida. Os mediadores bioquímicos de ação curta são histamina e
serotonina e as mais duradouras são a bradicinina e prostaglandina. A prostaglandina é um
dos mediadores mais importantes no processo cicatricial, pois além de favorecer a exsudação
vascular estimula a mitose celular e a quimiotaxia dos leucócitos.
Os primeiros elementos celulares a alcançar o local da ferida são os neutrófilos e os monócitos
cuja função é a de desbridar as superfícies da ferida, fago citar as partículas antigênicas e
corpos estranhos. O pico de atividade dos polimorfos nucleares ocorre nas primeiras 24-48
horas após o trauma seguindo-se de um maior aporte de macrófagos durante dois a três dias
seguintes. O macrófago também ativa os elementos celulares das fases subsequentes da
cicatrização, tais como os fibroblastos e células endoteliais.
Fatores que interferem na cicatrização
* Fatores locais
* Vascularização das bordas da ferida: a boa irrigação das bordas da ferida é essencial para
a cicatrização, pois permite aporte adequado de nutrientes e oxigénio.
* Grau de contaminação: o cuidado mais elementar e eficiente é a limpeza mecânica, remoção
de corpos estranhos, detritos e tecidos desvitalizados.
* Tratamento das feridas: assepsia e antissepsia, técnica cirúrgica correta, escolha de fio
cirúrgico mais indicado, cuidados pós-operatórios adequados são alguns dos aspectos
importantes de serem observados.
* Fatores gerais
* Infecção: causa mais comum de atraso na cicatrização. Se a contagem bacteriana na ferida
exceder 10, microrganismos/g de tecido ou se qualquer Streptococcus (-hemolítico estiver
presente, a ferida não cicatriza por qualquer meio como suturas primárias, enxertos ou
retalhos.
* Idade: com o avançar da idade, menos flexíveis são os tecidos havendo uma diminuição
progressiva do colágeno.
* Hiperatividade: ela dificulta a aproximação das bordas da ferida. O repouso favorece a
cicatrização.
* Oxigenação e perfusão tecidual: doenças que alteram o fluxo sanguíneo normalmente
podem afetar a distribuição dos nutrientes das células, bem como o aporte dos componentes
do sistema imune do organismo dificultando a cicatrização.
* Nutrição: deficiência nutricional deprime o sistema imune diminuindo a qualidade e a síntese
de tecido de reparação. As carências de proteínas e vit. C são as mais importantes, pois
afetam diretamente a síntese de colágeno. A vit. A contrabalança os efeitos dos corticoides
que inibem a contração da ferida e a proliferação de fibroblastos. A vit.B aumenta o número
de fibroblastos, a vit.D facilita a absorção de cálcio e a E é um co-fator na síntese do colágeno,
melhora a resistência da cicatriz e destrói radicais livres. O zinco é indispensável na reparação
dos tecidos, pois está envolvido no crescimento celular e na síntese proteica.
* Medicamentos: os corticosteroides, os quimioterápicos e os radioterápicos podem reduzir a
cicatrização de feridas, pois interferem na síntese proteica ou divisão celular agindo
diretamente na produção de colágeno. Também aumentam a atividade da colágenas tornando
a cicatriz mais frágil.
* Estado imunológico: nas doenças imunossupressoras, a fase inflamatória está
comprometida pela redução de leucócitos, com consequente retardo da fagocitose e da
análise de restos celulares. Pela ausência de monócitos, a formação de fibroblastos é
deficitária.
PRIMEIROS SOCORROS
Os cortes são ferimentos que acontecem com frequência em casa. Existem diversas formas
de se machucar, seja com uma faca na cozinha, escorregando no chão molhado, pisando em
um caco de vidro ou esbarrando em objetos pontudos. É importante saber cuidar do ferimento
para que ele não infeccione. Veja como devem ser os primeiros socorros em casos de cortes.
Primeiros socorros em cortes superficiais
1. A primeira coisa a ser feita é ter certeza de que a ferida não é grave. Em seguida deve-se
lavar as mãos com água e sabão;
2. Lave a ferida com muito cuidado com água e sabão. Certifique-se de que o local ficou bem
limpo e livre de partículas que poderiam causar infecção;
3. Aplique um antisséptico e seque o local em volta da ferida;
4. De acordo com a lesão, coloque uma gaze ou pano limpo para cobrir o ferimento. Não use
algodão, pois as fibras do material podem colar na ferida, provocando novamente
sangramento ao retirar o curativo;
5. Mantenha o corte limpo e seco para facilitar a cicatrização.
Primeiros socorros em cortes profundos
1. É preciso manter a calma e controlar a hemorragia imediatamente;
2. Pressione uma gaze ou pano limpo sobre o corte. Se ele não for tão profundo, o
sangramento deve parar em alguns minutos. Em seguida lave a ferida com água e sabão;
3. Caso a água não seja suficiente para remover a sujidade do corte, use uma gaze para
retirar as partículas que ficaram coladas dentro do machucado;
4. Se houver um pedaço de cristal ou outro objeto cravado no corte não tente retirá-lo, pode
provocar uma hemorragia maior;
5. Em casos de sangramento intenso, uma boa dica é elevar o membro para reduzir o fluxo
de sangue;
6. Com a compressa de gaze contendo o sangramento, o médico deverá ser consultado
imediatamente para avaliar o corte e realizar uma sutura;
7. Após a sutura, os curativos devem ser realizados para que a cicatrização seja eficaz.
Dicas de cuidados gerais
Jamais coloque álcool, pomadas e outros produtos sobre o ferimento. Somente lave com água
e sabão;
Não assopre o ferimento para não contaminar o local;
Procure ajuda médica se surgirem sinais de infecção na região do corte;
Não use algodão para estancar o sangue, porque as fibras grudam na ferida e são difíceis de
serem retiradas. Os cortes podem ser provocados por vários fatores e normalmente causam
sangramento leve ou intenso. No caso dos cortes superficiais, o tratamento pode ser feito em
casa e os primeiros socorros já resolvem. Porém, os cortes profundos exigem cuidados
especiais e até mesmo acompanhamento médico, já que necessitam de sutura. Aposte nas
dicas citadas acima e realize os primeiros socorros em cortes.
REFERENCIAS:
FONTE: mundodastribos.com
Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE /CBPR
https://www.bombeiros.pr.gov.br/sites/bombeiros/arquivos_restritos/files/documento/
2018-12/FerimentosCurativoseBandagens.pdf
http://www.hu.ufsc.br/documentos/pop/enfermagem/assistenciais/INTEGRIDADE_CUT
ANEA/CUIDADOS_INTEG_CUTANEA.pdf
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&opi=89978449&url=https://www.
organnact.com.br/wp-content/uploads/2020/06/FISIOLOGIA-DA-FERIDA-E-
CICATRIZA%25C3%2587%25C3%2583O.pdf&ved=2ahUKEwjS5rKUqLaFAxW-
rpUCHe9FB9EQFnoECBsQAQ&usg=AOvVaw0sSE2ICeuAN_sSr3MMgUc_
https://blog.amorsaude.com.br/ferida-infeccionada/
https://www.samunoroestepr.com.br/materia/dicas/4-primeiros-socorros-em-casos-de-
cortes
https://suprevida.com.br/blog/principais-causas-das-feridas