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CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS

As feridas podem ser classificadas de três formas diferentes: de acordo com a maneira
como foram produzidas, de acordo com o grau de contaminação e de acordo com o
comprometimento tecidual.

Quanto ao mecanismo de lesão as feridas podem ser descritas como incisas, contusas,
lacerantes ou perfurantes.

As feridas incisas ou cirúrgicas são aquelas produzidas por um instrumento cortante. As


feridas limpas geralmente são fechadas por suturas.

As feridas contusas são produzidas por objeto rombo e são caracterizadas por traumatismo
das partes moles, hemorragia e edema.

As feridas laceradas são aquelas com margens irregulares como as produzidas por vidro ou
arame farpado.

As feridas perfurantes são caracterizadas por pequenas aberturas na pele. Um exemplo são
as feridas feitas por bala ou ponta de faca.

Quanto ao grau de contaminação, as feridas podem ser limpas, limpas-contaminadas,


contaminadas ou sujas e infectadas.

Feridas limpas são aquelas que não apresentam inflamação e em que não são atingidos os
tratos respiratório, digestivo, genital ou urinário.

Feridas limpas-contaminadas são aquelas nas quais os tratos respiratório, alimentar ou


urinário são atingidos, porém em condições controladas.

As feridas contaminadas incluem feridas acidentais, recentes e abertas e cirurgias em que a


técnica asséptica não foi respeitada devidamente.

Feridas infectadas ou sujas são aquelas nas quais os microorganismos já estavam presentes
antes da lesão.

De acordo com o comprometimento tecidual as feridas são classificadas em quatro


estágios.

Estágio I - caracteriza-se pelo comprometimento da epiderme apenas, com formação de


eritema em pele íntegra e sem perda tecidual.

Estágio II - caracteriza-se por abrasão ou úlcera, ocorre perda tecidual e comprometimento


da epiderme, derme ou ambas.

Estágio III - caracteriza-se por presença de úlcera profunda, com comprometimento total da
pele e necrose de tecido subcutâneo, entretanto a lesão não se estende até a fáscia muscular.

Estágio IV - caracteriza-se por extensa destruição de tecido, chegando a ocorrer lesão óssea
ou muscular ou necrose tissular.
FERIDAS

 Abrangendo todos os tipos de feridas como traumas e queimaduras, úlceras de 


pressão, úlcera venosa e arterial, além das deiscências cirúrgicas. Utilizamos de 
recursos terapêuticos específicos para cada tipo de ferida, com avaliação dos fatores
relacionados às condições clínicas de cada   paciente, ao estágio do processo cicatricial,
ao tipo, tamanho e forma da ferida.

As características de um curativo para uma boa evolução da cicatrização de uma


ferida se dão por:

Eficácia em sua atuação: facilita a remoção do tecido necrótico, impede a formação de


espessamentos da fibrina, não aderir ao leito da ferida, impedir a contaminação e o
crescimento bacteriano, manter um grau de umidade adequado no leito da ferida para
estimular a formação do tecido de granulação, proteger a lesão das agressões externas
e estimule a epitelização.
Eficácia na aplicação: facilidade de aplicação, facilidade de retirada, que permite
prolongar o tempo inter-trocas.
Boa aceitação: não ser irritante nem alergizante, não produza dor, uso fácil e
confortável.
Os produtos utilizados são biológicos, como alginato de cálcio, gel ou placa
hidrocolóide, carvão ativado, entre outros. O produto é selecionado de acordo com o 
tipo e condições da ferida.
ÚLCERA DE PRESSÃO

A pressão por um período prolongado numa determinada área do corpo leva a uma isquemia
local, que se agrava com a continuidade da pressão, pois impede a devida circulação
sanguínea local, desencadeando uma escara. A avaliação de um portador de feridas requer
do profissional conhecimento científico e perspicácia. As orientações a seguir são básicas e
não tem intenção de dirigir nenhum tratamento, ficando a cargo de cada profissional a
responsabilidade de cada conduta.

PREVENINDO O SURGIMENTO DE ÚLCERA DE PRESSÃO


Mudança de decúbito cada 2 horas;
Nutrição e hidratação oral adequada;
Hidratação da pele com emoliente;
Não massagear nas protuberâncias ósseas para evitar o rompimento dos pequenos vasos
sanguíneos;
Evitar a força do cisalhamento ( o corpo desliza fazendo fricção entre a pele e o músculo ou
o osso) na posição fowler ou sentado na poltrona;
Utilizar de colchão apropriado conforme condições físicas do paciente;
Utilizar de almofada apropriada para a poltrona.

TRATANDO A ÚLCERA DE PRESSÃO GRAU I

O estágio I da úlcera de pressão é avaliado pela observação da pele íntegra, eritema que não
regride após eliminação da pressão com diminuição da sensibilidade na área.

Todas as orientações do item anterior, permanecendo o filme transparente por até 7 dias.

                              Úlcera de pressão Grau I

TRATANDO A ÚLCERA DE PRESSÃO GRAU II


O estágio II da úlcera de pressão é avaliado pelo comprometimento da epiderme e/ou
derme, pode-se observar abrasão e/ou flictemas e eritema.
Todas as orientações do item prevenção;
Possíveis curativos conforme avaliação da ferida: Hidropolímero; Filme transparente; Tela
não-aderente; Placa de hidrogel; Hidrocolóide.
Com quadro colonizado ou infectado: Curativo iodado não-aderente.
 

                                     


        Úlcera de pressão Grau II                          Curativo de hidropolímero
 
TRATANDO A ÚLCERA DE PRESSÃO GRAU III
O estágio III da úlcera de pressão apresenta perda total da pele, celulite, erosão, fáscia
muscular exposta, presença de necrose, exsudato.
Todas as orientações do item prevenção;
Atenção ao exame clínico e os exames complementares, seguindo as orientações médicas.
Alternativas de curativos conforme avaliação do estado da ferida, respeitando o processo de
cicatrização:
Com necrose seca: hidrogel associado ao filme transparente ou hidrocolóide
Com tecido desvitalizado mole (cinza, marrom ou amarelo): hidrogel
Com tecido desvitalizado duro: hidrogel
Com tecido desvitalizado mole e úmido: hidrogel ou alginato
Com quadro de colonização ou de infecção: curativo de carvão ativado e
prata, associado com hidrogel se necessário.
Com tecido de granulação: curativo de colágeno com alginato - regenerador celular;
                                       hidrogel – mantém o meio úmido
                                       alginato – mantém o meio úmido
                                       hidropolímero – proteção e absorção do exsudato

Fase de Epitelização: - Hidropolímero


                               - Filme transparente
                               - Tela não-aderente
                               - Placa de hidrogel

                                         Úlcera de pressão grau III    

 
TRATANDO DA ÚLCERA GRAU IV

O estágio da úlcera de pressão Grau IV apresenta destruição de músculo, podendo afetar


tendões e ossos, infecção, necrose, exsudato e odor fétido.

Todas as orientações do item anterior;

Alternativas de curativos conforme avaliação do estado da ferida:


Com necrose seca: hidrogel associado ao filme transparente ou hidrocolóide
Com tecido desvitalizado mole (cinza, marrom ou amarelo): hidrogel
Com tecido desvitalizado duro: hidrogel
Com tecido desvitalizado mole e úmido: hidrogel ou alginato
Com quadro de colonização ou de infecção: curativo de carvão ativado e
prata, associado ao hidrogel se necessário.
Com exposição de osso ou tendão: proteger com hidrogel ou tela não-
aderente
Com tecido de granulação: - curativo de colágeno com alginato -
regenerador celular; - hidrogel – mantém o meio úmido;
- alginato – mantém o meio úmido
- hidropolímero – proteção e absorção do
exsudato.
Fase de Epitelização: - Hidropolímero
                                - Filme
 Úlcera de pressão grau IV  

ÚLCERAS VENOSAS DA PERNA

A doença venosa é o fator que mais contribui para as ulcerações dos membros
inferiores. Outras causas comuns de úlceras, nos membros inferiores, são:
insuficiência arterial, pressão e neuropatia.

Quando o retorno venoso está comprometido devido ao mal funcionamento da


válvulas ou da bomba muscular, a pressão sanguínea nos membros inferiores aumenta
e permanece elevada (hipertensão venosa). A hipertensão venosa prolongada pode
levar a edema, alterações teciduais e, por fim, à ulceração. Os fatores que perturbam a
função normal do sistema venoso podem ser: trombose venosa profunda, insuficiência
cardíaca congestiva, incompetência valvular, obesidade, gravidez e atrofia muscular.

A cicatrização desse tipo de úlcera geralmente é  lenta. As úlceras venosas também têm
um índice de recidiva muito alto.

As causas  potenciais de úlceras nas pernas podem ser: Insuficiência venosa,


insuficiência arterial, neuropatia diabética, pressão , anemia falciforme, artrite
reumatóide, Lúpus sistêmico, carcinoma de célula escamosa, melanoma maligno,
carcinoma basocelular. 

O diagnóstico apropriado das úlceras  venosas é essencial, assim como o


acompanhamento médico da hipertensão venosa e seus efeitos.

Em termos de tratamento da úlcera, é importante eliminar ou controlar os


obstáculos à cicatrização, como infecção, tecido desvitalizado ou materiais estranhos
no leito da ferida, mantendo um  ambiente ideal para a cicatrização, com o uso de
absorventes, hidratantes ou curativos protetores adequados.

Úlcera com tecido necrótico


As úlceras venosas raramente apresentam tecido necrótico ou desvitalizado
significante, porém devem ser eliminados quando presentes através de algum tipo
de desbridamento. Um  dos métodos é o desbridamento autolítico, por meio de
curativos que retêm a umidade para manter as enzimas endógenas na superfície
da ferida, de modo que digiram os tecidos desvitalizados. É o método mais seletivo
e menos invasivo, ainda que seja o mais demorado. 

 
Úlcera infectada ou colonizada
    
Para permitir o processo de cicatrização, a úlcera deve estar com o ambiente
controlado em níveis bacterianos. Para este controle temos a alternativa do
curativo de carvão ativado e prata, que é constituída de uma almofada de não
tecido envolvendo um tecido carbonizado impregnado com prata. As bactérias e
as moléculas de odor são adsorvidas nos poros do tecido  carbonizado e a prata
elimina as bactérias. Quando houver úlcera superficial colonizada temos a
alternativa do curativo iodado não-aderente.

       Úlcera venosa com tecido desvitalizado

Tratado com hidrogel com


alginato para o desbridamento
autolítico  e curativo de carvão
ativado e prata para a
descolonização. 

                                                                                          
Após 4 dias, com troca do curativo a cada 2 dias.
 

Úlcera superficial limpa

Nesta fase o excesso de umidade deve ser controlado para evitar a


hipergranulação e permitir o processo de epitelização. As alternativas para se
alcançar esta finalidade são os curativos de hidropolímeros, as telas não-aderentes
e os colágenos.

Úlcera venosa superficial com tecido de


granulação 

Após curativos com tela não-aderente com


troca cada 3 dias, trocando-se somente o
curativo secundário (gaze ou acolchoada)
diariamente, para evitar o excesso de um
idade. Pode ser associado com o curativo de
colágeno para acelerar a epitelização.
 

Úlceras hipergranuladas
A hipergranulação é resultado de excesso de umidade na fase de epitelização. Nas
hipergranulações discretas podemos utilizar a tela-não aderente. Nas mais elevadas
podemos utilizar do curativo iodado não-aderente. Em ambos os casos, troca-se a tela
a cada 2-3 dias, trocando-se somente as coberturas secundárias (gaze ou acolchoada)
diariamente, evitando-se o excesso de umidade na ferida.       
Uma das terapias para a insuficiência venosa são as ataduras de compressão externa
prolongada e  graduada, aplicadas desde o antepé até imediatamente abaixo do joelho.
A compressão neutraliza muitos dos efeitos da hipertensão, em especial o edema.
Para o paciente, as instruções, o apoio e o reforço da necessidade e de um compromisso
vitalício com a terapia são imprescindíveis não só para o tratamento de uma úlcera,
mas também par evitar ocorrências futuras.

                                                                                                
  

ÚLCERAS DO PÉ DIABÉTICO

A ulceração no pé diabético é uma das complicações no paciente diabético. As


complicações mais graves como infecções, gangrena ou amputação podem ser evitadas
através de uma intervenção precoce e agressiva, com exames médicos regulares e
instruções em caráter contínuo.

O tipo de conduta selecionado para o tratamento da ferida dependerá da avaliação da


ferida. O padrão de cuidados com as feridas são os mesmos aplicados como a
manutenção de leito da ferida úmido, que sejam absorventes e protetores.

 
As metas do tratamento localizado devem incluir:

Remoção do tecido necrótico


Proteção da ferida
Manutenção da umidade do leito da ferida
Proteção do tecido circunvizinho
Absorção de exsudato
Prevenção de infecções
Eliminação dos espaços mortos
Um conceito básico para a seleção de curativos é: se estiver em exsudação, absorva-a.
Se estiver seca, forneça umidade.
Devido a diversidade de curativos disponíveis, será mais fácil agrupá-los por tipo de
produto e função e em seguida proceder à seleção de acordo com a avaliação da ferida.

Hidrogéis: são produtos baseados em água e polímeros. Hidratam as feridas secas,


hidratam e amaciam os tecidos necróticos e auxiliam no desbridamento autolítico.

Carvão ativado e prata: Almofada contendo carvão ativado impregnado com prata
0,15%, com cobertura de baixa aderência. O carvão ativado absorve o exsudato, retém
as bactérias e filtra o odor; A prata exerce ação bactericida.

Colágeno: quando combinado a um alginato, facilitam a hemostasia, estimulam o


desbridamento autolítico e atraem granulócitos e fibroblastos para o leito da ferida,
promovendo proliferação celular. No paciente com ferida crônica ou comprometida,
isso é benéfico, pois a produção natural do colágeno pelo organismo está
freqüentemente abaixo do normal.

Gazes Impregnadas: são impregnadas com vaselina, emulsões oleosas ou com


antimicrobiano; fornecem umidade adequada, proteção e permite a passagem do
exsudato. O curativo iodado não-aderente libera o PVPI gradativamente diminuindo a
carga bacteriana local.

Alginatos: são placas ou ramas de fibras absorventes e combinadas, fabricadas a


partir de sais de algas marinhas que se transformam em gel à medida que absorvem o
exsudato, mantendo o leito da ferida úmido, estimula o desbridamento autolítico.
Alguns curativos com alginato se acham combinados com colágeno, o qual é benéfico
na promoção da hemostasia, regeneração e reconstrução da ferida.

Espumas: são almofadas absorventes fabricadas com poliuretano ou com


hidropolímeros e projetadas para conduzir o exsudato para fora, protegendo o tecido
circunjacente à ferida ; algumas se expandem suavemente de forma a preencher o
espaço morto, podendo apresentar uma borda adesiva. Os curativos de espuma podem
ser utilizados tanto como curativos primários como secundários.

Fatores de Crescimento : derivado de plaquetas, normalmente encontrado no sangue,


é distribuído sob a forma de gel para ser aplicado às feridas. Promove a migração
celular e a proliferação das células necessárias à cicatrização das feridas.

Filmes transparentes: são filmes de poliuretano transparente, elástica e estéril. Ocluem


a ferida, aderem somente à pele íntegra e possuem uma taxa de transmissão de vapor
úmido por causa do diâmetro dos poros, podendo ser impermeáveis ou
semipermeáveis, permitindo a liberação de gases e evaporação de água. Barreira
bacteriana e viral; mantém ambiente úmido entre a ferida e a cobertura, favorecendo
a cicatrização. Por serem transparentes, permitem uma visualização da
ferida.Também utilizada como curativo secundário.

CUIDADOS COM OS PÉS

Além de todos os parâmetros importantes para serem controlados num paciente


diabético, como o nível de glicemia, dieta, tabagismo, exercícios, etc., temos os
cuidados básicos para a prevenção de úlceras:

Examinar os pés diariamente; se necessário, usar um espelho.


Lavar diariamente os pés e secá-lo bem, especialmente entre os dedos.
Testar sempre a temperatura da água primeiro com as mãos.
Hidratar a pele após o banho, quando a pele estiver ressecada.
Não passar hidratante entre os dedos dos pés.
Cortar as unhas dos pés em corte reto ou pedir ao médico ou ao enfermeiro
especializado que as corte, caso se apresentem espessas ou duras.
Usar diariamente meias que não tenham furos ou cerzidos grosseiros.
Verificar a presença de objetos estranhos dentro dos sapatos antes de calçá-los.
Antes de adquirir calçados, medir sempre os pés, de preferência à tarde, quando os
pés atingem seu maior tamanho.
Se houver deformidades, a melhor escolha será calçados terapêuticos/ortóticos.
Consultar imediatamente um médico caso observar o desenvolvimento de bolhas ou
ferimentos

Deiscência cirúrgica
 

Pós-ressecção de
cisto pilonidal
QUEIMADURAS

O tratamento de queimaduras envolve a participação ativa de muitos profissionais, médicos


e para-médicos, constituindo uma equipe multidisciplinar para uma assistência eficiente e
que conduza para uma rápida reabilitação do paciente.

Grau da queimadura

Grau da queimadura significa determinar a profundidade do trauma térmico na pele.

 Lesão de primeiro grau: atinge a camada mais externa da pele, a epiderme, que se
apresenta hiperemiada na ausência de bolhas ou flictenas. EX: eritemas pelos raios solares
ou por água aquecida;

Lesão de segundo grau: atinge tanto a epiderme como a derme e apresenta uma superfície
rósea e com bolhas ou flictenas. Ex: flictenas decorrentes de lesão térmica causada por
líquido superaquecido;

Lesão de terceiro grau: acomete a totalidade das camadas da derme, podendo também
atingir outros tecidos, como o tecido subcutâneo, músculo e tecido ósseo. O aspecto é
pálida e com uma superfície mais endurecida. Ex: queimadura elétrica ou térmica.;

O atendimento ao queimado abrange uma assistência ampla desde avaliação de


Insuficiência respiratória, um acesso venoso eficiente para um suporte hemodinâmico,
analgesia e resfriamento imediato da área queimada.  O tratamento tópico segue o
protocolo de cada instituição, atentando-se para que cada cliente caracteriza um caso com
avaliação individual. As alternativas de coberturas variam conforme a necessidade da
ferida:

Gazes Impregnadas: são impregnadas com vaselina, emulsões oleosas ou com


antimicrobiano; fornecem  umidade adequada, proteção e permitem a passagem do
exsudato.                                          

A gaze não-aderente é um viscose-rayon impregnada com petrolatum, que permite a troca


do curativo sem dor, sendo trocado a cada 2-5 dias. Deve ser coberta com uma cobertura
secundária para absorção do exsudato, que deverá ser trocada quando estiver saturada.
Também utilizada  para proteção de tendão ou
osso.                                                                                                                

O curativo iodado não-aderente  é impregnado com PVPI a 10%, liberando o PVPI


gradativamente diminuindo a carga bacteriana local. Utilizado em pequenas regiões
necessárias, com troca cada 2-3 dias, até 4 trocas, trocando-se somente o curativo
secundário quando saturado.  

Hidrogel em Placa: é um curativo oclusivo que consiste de polivinilpirrolidona e água,


revestido por um filme de polietileno que protege ambos os lados. Mantém meio úmido que
estimula o desbridamento autolítico; hidrata o leito minimizando a dor e o desconforto do
paciente. Utilizada em queimaduras de primeiro e segundo grau; queimaduras de sol; áreas
doadoras e receptoras de enxerto; podem ser fixadas com um filme transparente ou fita
adesiva.

Hidrogéis com alginato: são produtos baseados em água e polímeros. Hidratam as feridas
secas, hidratam e amaciam os tecidos necróticos e auxiliam no desbridamento autolítico.O
componente alginato aumenta a sua consistência facilitando a sua aplicação e permanência
na lesão.

Carvão ativado e prata: Almofada contendo carvão ativado impregnado com prata
0,15%, com cobertura de baixa aderência.Utilizada em feridas infectadas, podendo ser
associado ao hidrogel. O carvão ativado absorve o exsudato, retém as bactérias e filtra o
odor; A prata exerce ação bactericida.

Colágeno: quando combinado a um alginato, facilitam a hemostasia, estimulam o


desbridamento autolítico e atraem granulócitos e fibroblastos para o leito da ferida,
promovendo proliferação celular. No paciente com ferida crônica ou comprometida, isso é
benéfico, pois a produção natural do colágeno  pelo organismo está freqüentemente abaixo
do normal. Na fase de epitelização pode ser associado com a gaze não-aderente ou
hidropolímero.

Alginatos: são placas  ou ramas de fibras absorventes e combinadas, fabricadas a partir de


sais de algas marinhas que se transformam em gel  à medida que absorvem o exsudato,
mantendo o leito da ferida úmido, estimula o desbridamento autolítico. Alguns curativos
com alginato se acham combinados com colágeno, o qual é benéfico na promoção da
hemostasia, regeneração e reconstrução da ferida.

Espumas: são almofadas absorventes fabricadas com poliuretano ou com hidropolímeros e


projetadas para conduzir o exsudato para fora, protegendo o tecido circunjacente à ferida ;
algumas se expandem suavemente de forma a preencher o espaço morto, podendo
apresentar   uma borda adesiva. Os curativos de espuma podem ser utilizados tanto como
curativos primários como secundários.

Fatores de Crescimento : derivado de plaquetas, normalmente encontrado no sangue, é


distribuído sob a forma de gel para ser aplicado às feridas. Promove a migração celular e a
proliferação das células necessárias à cicatrização das feridas.

Matriz de Regeneração Dérmica: é um sistema de duas camadas, usado para substituição


dérmica, sendo uma camada de regeneração dérmica e uma camada epidérmica provisória.
É indicada para o tratamento pós-excisional de lesões de espessura total e parcial, para as
quais não há auto-enxerto suficiente disponível no momento da excisão, ou o auto-enxerto
não é desejável devido à condição fisiológica do paciente.

Traumas

O atendimento da ferida traumática, deve seguir conforme avaliações médicas com


necessidades cirúrgicas ou clínicas. Nos grandes traumas a limpeza da ferida é realizada
sob anestesia, devendo-se lavar com SF para a retirada de corpos estranhos, hematomas e
outros detritos, sendo desbridado todo o material necrótico.

Na ferida traumática impossibilitada de reconstrução cirúrgica, segue-se o procedimento de


um curativo que mantenha um ambiente úmido para evitar necroses e facilitar a
proliferação celular, além de protege-la de infecções. As alternativas de coberturas variam
conforme a necessidade da ferida:

Gazes Impregnadas: são impregnadas com vaselina, emulsões oleosas ou com


antimicrobiano; fornecem  umidade adequada, proteção e permitem a passagem do
exsudato.                                          
A gaze não-aderente é um viscose-rayon impregnada com petrolatum, que permite a troca
do curativo sem dor, sendo trocado a cada 2-5 dias. Deve ser coberta com uma cobertura
secundária para absorção do exsudato, que deverá ser trocada quando estiver saturada.
Também utilizada  para proteção de tendão ou
osso.                                                                                                                

O curativo iodado não-aderente  é impregnado com PVPI a 10%, liberando o PVPI


gradativamente diminuindo a carga bacteriana local. Utilizado em pequenas regiões
necessárias, com troca cada 2-3 dias, até 4 trocas, trocando-se somente o curativo
secundário quando saturado.  

Hidrogéis com alginato: são produtos baseados em água e polímeros. Hidratam as feridas
secas, hidratam e amaciam os tecidos necróticos e auxiliam no desbridamento autolítico.O
componente alginato aumenta a sua consistência facilitando a sua aplicação e permanência
na lesão.

Hidrogel em Placa: é um curativo oclusivo que consiste de polivinilpirrolidona e água,


revestido por um filme de polietileno que protege ambos os lados. Mantém meio úmido que
estimula o desbridamento autolítico; hidrata o leito minimizando a dor e o desconforto do
paciente. Utilizada em lesões superficiais, queimaduras de primeiro e segundo grau;
queimaduras de sol; áreas doadoras e receptoras de enxerto; podem ser fixadas com um
filme transparente ou fita adesiva.

Carvão ativado e prata: Almofada contendo carvão ativado impregnado com prata
0,15%, com cobertura de baixa aderência.Utilizada em feridas infectadas, podendo ser
associado ao hidrogel. O carvão ativado absorve o exsudato, retém as bactérias e filtra o
odor; A prata exerce ação bactericida.

Colágeno: quando combinado a um alginato, facilitam a hemostasia, estimulam o


desbridamento autolítico e atraem granulócitos e fibroblastos para o leito da ferida,
promovendo proliferação celular. No paciente com ferida crônica ou comprometida, isso é
benéfico, pois a produção natural do colágeno  pelo organismo está freqüentemente abaixo
do normal. Na fase de epitelização pode ser associado com a gaze não-aderente ou
hidropolímero.

Alginatos: são placas  ou ramas de fibras absorventes e combinadas, fabricadas a partir de


sais de algas marinhas que se transformam em gel  à medida que absorvem o exsudato,
mantendo o leito da ferida úmido, estimula o desbridamento autolítico. Alguns curativos
com alginato se acham combinados com colágeno, o qual é benéfico na promoção da
hemostasia, regeneração e reconstrução da ferida.

Espumas: são almofadas absorventes fabricadas com poliuretano ou com hidropolímeros e


projetadas para conduzir o exsudato para fora, protegendo o tecido circunjacente à ferida ;
algumas se expandem suavemente de forma a preencher o espaço morto, podendo
apresentar   uma borda adesiva. Os curativos de espuma podem ser utilizados tanto como
curativos primários como secundários.

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