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DA ASSISTÊNCIA
DE ENFERMAGEM
NOS CUIDADOS
COM A PELE
TÓPICOS:
1. PROCESSO DE PREVENÇÃO E
C I C AT R I Z A Ç Ã O D E F E R I D A S
2. SEMIOTÉCNICA DA
R E A L I Z A Ç Ã O D O C U R AT I V O
3. APLICAÇÃO DE CALOR E
FRIO
4. SEMIOTÉCNICA DA
APLICAÇÃO DE BANDAGEM
CAMADAS DA PELE
Epiderme É a camada mais superficial da pele e
protege o corpo das agressões externas;
Não possui vasos sanguíneos;
Dá origem aos anexos cutâneos: unhas,
pelos, glândulas sudoríparas, e glândulas
sebáceas.
Derme Localizada entre a epiderme e a
hipoderme, é responsável pela resistência
e a elasticidade da pela.
Possui vasos sanguíneos e vários tipos de
sensores de estímulos.
Hipoderme É a terceira e ultima camada da pele,
formada basicamente por células de
gordura.
Atua como reserva energética e isolante
térmico.
LESÕES CUTÂNEAS PRIMÁRIAS
Mácula/ placa
Exemplos:
Pápulas: nervos elevado, verruga, líquen plano
Placas: psoríase, ceratose actínica.
LESÕES CUTÂNEAS PRIMÁRIAS
Vesícula/ bolha
Exemplos:
Vesícula: herpes simples/zoster, varicela, hera
venenosa, queimadura de segundo grau
(bolha)
Bolha: pênfigo, dermatite de contato, bolhas
de grandes queimadura, hera venenosa,
impetigo bolhoso.
LESÕES CUTÂNEAS PRIMÁRIAS
Pústula Cisto
Massa semi-sólida ou cheia de líquido,
Bolha ou vesícula com secreção
encapsulada
purulenta.
No tecido subcutâneo ou na derme.
Exemplos: acne, impetigo, furúnculo,
Exemplos: cisto sebáceo, cisto
carbúnculo
epidermóides
LESÕES CUTÂNEAS PRIMÁRIAS
Nódulo/ Tumor
Exemplos:
Nódulos: Lipoma, carcinoma de células
escamosas, injeção mal absorvida,
dermatofibroma.
Tumores: Lipoma maior, carcinoma
- Geralmente sobre uma
proeminência óssea.
- Ocorre devido a pressão, em
conjunto com cisalhamento, fricção. LESÃO
- Fatores de risco
• Diminuição da mobilidade POR
• Diminuição da percepção sensorial
• Nível de consciência PRESSÃO
• Incontinência fecal
ou urinaria
• Desnutrição
PATOGÊNESE DAS LESÃO POR PRESSÃO
Intensidade da pressão Duração da pressão Tolerância do tecido
Isquemia tecidual
Baixa pressão por um Depende da
Morte tecidual período prolongado integridade do tecido
ou e das estruturas de
Hiperemia e Pressão com alta sustentação
Branqueamento intensidade por um
curto período
L Escala de Braden
E
S
Ã
O
P
O
R
P
R
E
S
S
Ã
O
L Escala de ELPO durante posicionamento do paciente na mesa operatória
E
S
Ã
O
P
O
R
P
R
E
S
S Cada item apresenta cinco subitens, pontuados de 1 a 5, sendo o somatório da escala um valor entre 7 e
à 35.
Considera-se paciente com risco maior para desenvolvimento de lesões (escore de 20 ou acima), e paciente
O com risco menor (escore 19 ou abaixo).
Estágio I
– Pele íntegra com área localizada de eritema que não
embranquece e que pode parecer diferente em pele de cor
escura.
– Presença de eritema que embranquece ou mudanças na
sensibilidade, temperatura ou consistência (endurecimento)
LESÃO
podem preceder as mudanças visuais.
A área pode estar dolorosa, firme, amolecida, mais quente
ou mais fria do tecido adjacente. Pode ser mais difícil de
POR
visualizar em pessoas com pele escura.
PRESSÃO
Estágio II – Perde de pele em espessura
parcial ou bolha.
PRESSÃO
Estágio III – Perda de pele em espessura
completa (gordura visível)
PRESSÃO
Suspeita de lesão tecidual profunda –
profundidade desconhecida
• Classificação das lesões por pressão - Consenso NPUAP 2016 - Adaptada culturalmente para
o Brasil. Disponível em: https://www.ibes.med.br/classificacao-das-lesoes-porpressao-consenso-
npuap-2016-adaptada-culturalmente-ao-brasil/
CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS
Inicio e duração Causas Implicações para cicatrização
Aguda Trauma, uma incisão cirúrgica As feridas são geralmente limpas e
Ferida que segue um processo reparadas. As bordas são limpas
reparador organizado e oportuno, e estão intactas.
resultando em restauração sustentada
na integridade anatômica e funcional
Crônica Comprometimento vascular, Exposição continua a agressão
Ferida que não segue um processo inflamação crônica ou impede a cicatrização da ferida.
organizado e oportuno para produzir agressões repetitivas ao tecido.
integridade anatômica e funcional.
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
Primeira intenção - ferida fechada
Incisão cirúrgica, ferida saturada ou grampeada.
Ocorre cicatrização por epitelização, fecha-se
rapidamente com cicatriz mínima.
Fase Inflamatória
• Histamina é secretada pelo tecido lesado e mastócito.
• Eritema, edema, calor, latejamento e exsudato.
• Ação dos leucócitos e síntese do colágeno.
• Leito de ferida limpo.
REPARO DAS FERIDAS
Fase Proliferativa
• Formação do tecido de granulação
• Rica vascularização e infiltração de macrófagos.
Remodelação
• É a última fase do processo e que pode durar meses.
• A densidade celular e a vascularização são diminuídas
• Remodelação do tecido cicatricial (formado na fase anterior).
• As fibras são realinhadas para aumentar a resistência do tecido e melhorar o
aspecto da cicatriz.
• Passa do vermelho escuro a um tom rosa claro.
ARTIGO CIENTÍFICO
Leitura complementar:
LOPES, C.M.M. et al. Escala de avaliação de risco para lesões decorrentes do posicionamento cirúrgico.
Rev. Latino Am Enferm. Ribeirão Preto, v. 24, 2016. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 11692016000100395&Ing=en&nrm=iso.
TIME X DIMEX
TIME X DIME
TIME
TIMERS
TIMERS
S E M I O LO G I A E
SEMIOTECNICA
DA REALIZAÇÃO
D O C U R AT I V O
AVALIANDO A FERIDA
2º - Avaliação da Ferida
1º MOMENTO
SAE
• Exame físico: Inspeção (visão e olfato) e palpação
• Qual a etiologia?
- Arterial
- Venosa
- Neuropático
- Traumática 2º MOMENTO
- Infecciosa
- Neoplásica AVALIAÇÃO
- Mista
DA FERIDA
• Localização anatômica
Evolução negativa
Aumento da lesão
Aumento do tecido necrótico
Sistematização da Assistência de Enfermagem
Consulta de Enfermagem
Anotações de Enfermagem
• Características da lesão
• Informações do cliente
• Procedimento realizado
• Produto ou medicamento realizado
NUNCA ESQUECER!
• Localização anatômica NÃO devemos descrever uma
ferida somente olhando para ela,
• Tamanho e profundidade devemos sempre examina-la
• Tipo e quantidade de tecido utilizando todos os instrumentos
• Exsudato de avaliação: palpar, tocar,
observar, cheirar e questionar se
• Bordas/margens possível.
• Pele perilesão Devemos obedecer a ordem “de
dentro para fora” da ferida para
facilitar quem lê a descrição.
Existe cobertura ideal?
3º PREPARO
DO LEITO E
TERAPIA
TÓPICA
SELEÇÃO DO PRODUTO Embora curativos sozinhos não cicatrizem
feridas, sua correta seleção pode facilitar a
cicatrização.
Vantagens do meio úmido: - Evitar traumas; - Reduzir a dor; - Manter a temperatura; - Remover
tecido necrótico; - Impedir a formação de esfacelos; - Estimular a formação de tecido viável; -
Promover maior vascularização.
SECUNDÁRIO
PRIMÁRIO
DESBRIDAMENTO
Pode ser efetuado através de técnica cirúrgica, mecânica, enzimática ou autolítica.
Através da
cobertura utilizada
Separar o material e se paramentar Retirar a cobertura anterior umedecendo
se necessário
INDICAÇÕES
CONTRA INDICAÇÕES
• Tratamento tópico para todos
os tipos de feridas infectadas •Queimaduras grau III
ou não, limpeza de feridas, e IV;
controle de agentes
patogênicos, assepsia da •Aplicação em
pele e redução de odores. cartilagem hialina.
•No primeiro trimestre
• Não apresenta resistência
bac teriana e tem ação da gravidez
residual.
PHMB
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Fácil e simples de usar.
• Hipersensibilidade ao
• Aplicação prática.
produto
• Princípio ativo com baixo potencial
alergênico.
• Permanece aberto por até 08 semanas. • Técnica de uso: APLICAR
• Não há risco de novas
contaminações da feridas. diretamente no
• Absorve odores ferida.
• Compatível com curativos
leito da ferida (irrigação) ou
comumente usados.
umedecendo a gaze
• Clinicamente aprovado.
deixando por 5 a 15 minutos
CLOREXIDINA:SOLUÇÃO ALCOOLICA
0,5%OU DEGERMANTEA 2%OU 4%)
Digluc o nato de clorexidina AÇÕES DO PRODUTO
proliferação.
Possui aç ão hidratante e
CONTRA INDICAÇÕES
INDICAÇÕES •Lesões infectadas;
•Lesões abertas não •lesões em
infectadas; cicatrização por
primeira intenção.
• Lesões por pressão
Troca diária, com uso de cobertura não aderente associada,
além de cobertura secundária, se necessário.
•ATÉ MESMO EM 12 HORAS.
AGE - ACIDOS GRAXOS ESSENCIAIS
VANTAGENS DESVANTAGENS
Técnica de uso:
1. Realizara limpeza do leito da lesão c om S.F. 0,9%;
2. Removersujidadese exsudato, se necessário;
3. Aplicar fina camada de AGE sobre o leito da lesão e ocluir com
gaze não aderente;
4. Realizarcobertura secundária,se necessário
Técnica de uso:
1. ELE pode ser recortado, mas deve utilizar tesoura estéril, manusear c om
luvas ou pinç a s estéreis.
• Fácil Aplicação
2. O alginato de cálcio FUNCIONA como uma placa de absorção horizontal deve ser
recortado do tamanho correto não deixando que ultrapasse a borda evitando a maceração da
pele ao redor da ferida,.
3. Deve ser ocluído com cobertura secundária estéril.
4. Feridas cavitárias, utilizar forma de fita, preenchendo o espaço
parcialmente.
28/01/2018
20/02/2018
GAZE DE RAYON COM AGE
Técnica de uso:
•Irrigar o leito da lesão com soro fisiológico a 0,9 %, remover o exsudato e tecido
desvitalizado, se necessário.
•Aplicar a gaze de Rayon diretamente no leito da ulcera ate a próxima troca.
•Ocluir com cobertura secundária (gaze úmida) e fixar.
•A periodicidade de troca a cada 24 horas.
BOTA DE UNNA
CLASSIFICAÇÃO EDESCRIÇÃO AÇÕES DO PRODUTO
• Bandagem de poliéster e • Promove facilitação do retorno
algodão impregnada de venoso, auxiliando no
óxido de zinco tratamento de úlc eras
• Troca semanal
ou quando se
fizer necessário
BOTA DE UNNA
INDICAÇÕES
úlc eras
CONTRA INDICAÇÕES
• Tratamento de
venosas, edemas linfáticos, • Úlceras arteriais e úlceras
eczemas e tromboflebites mistas; Presença de
infecção ou miíase.
DESVANTAGENS
VANTAGENS
• .Pode ser prejudicial se
• Troca semanal conduta indicada de
maneira errada
TÉCNICA DE USO:
Evolução...
18/02/2018
24/05/2018
CARVÃO ATIVADO
•Frequência de troca:
•Trocar quando houver saturação da cobertura, não ultrapassando de 7 dias após aplicação.
• A cobertura secundária pode ser trocada sem a troca da placa se ainda não estiver
saturada.
•Em feridas cavitárias unir as 4 pontas da cobertura formando “trouxa” e introduzir na
ferida mantendo as pontas para fora da superfície, facilitando a retirada.
CARVÃO ATIVADO
DESVANTAGENS
•IMPORTANTE:
•Não utilizar topicamente o carvão ativado que é
empregado no tratamento de intoxicações gastrointestinais, pois existe o risco de
provocar absorção do produto.
•Quando reduzir o exsudato e o odor e houver granulação da ferida, substituir o
carvão ativado por outro tipo de curativo que promova a manutenção do meio
úmido
TÉCNIC A DE USO:
Evolução...
29/03/2018
08/04/2018
HIDROCOLÓIDE
CLASSIFICAÇÃO EDESCRIÇÃO AÇÕES DO PRODUTO
• Base de Carboximetilcelulose, • Estimula angiogênese e manutenção
pectina e gelatina. do meio úmido ideal.
HIDROCOLÓIDE
INDICAÇÕES CONTRA INDICAÇÕES
• Feridas superficiais e não .Feridas infectadas, feridas com
infe c tadas. Ferida s c om
cavidades, e com excesso de
nenhuma, pouca ou
moderada exsudaç ão. tecido desvitalizado
Frequência de troca:
• Pode permanecer por até 7 dias.
• Troca quando saturado (aumento da espessura e
mudança de coloração).
HIDROCOLÓIDE
VANTAGENS DESVANTAGENS
•Diminuiçã o do número • Dificuldade na visualização
• Lesões granuladas;
• Feridas infectadas
• Frequência de troca:
• Trocar quando houver saturação da cobertura ou extravasamento de exsudato, não
ultrapassando 7 dias após a aplicação.
• Em feridas cavitarias introduzir a fita preenchendo o espaço parcialmente, deixando
margem mínima de 2,5 cm da fita para fora da superfície para facilitar a retirada
HIDROFIBRA COM PRATA
• VANTAGENS DESVANTAGENS
• Produtos com alternativas não tóxicas;
• Necessita de curativo secundário;
• Cobertura de amplo espectro;
• Potencial para redução do odor da • Ressecamento
ferida;
• Formação de barreira bacteriana; • Queixas de dor
Técnica de uso:
1. Realizar a limpeza do leito da lesão com S.F. 0,9% ou água destilada (vide
orientações do fabricante);
2. Remover tecidos desvitalizados e exsudato se
necessário;
3. Cobrir o leito da lesão com curativo antimicrobiano preenchendo cavidades, caso
necessário;
4. Realizar cobertura secundária se necessário.
IMPORTANT
E:
Evolução...
ESPUMA DE POLIURETANO DE HIDROPOLÍMEROS
CLASSIFICAÇÃO EDESCRIÇÃO AÇÕES DO PRODUTO
• Espuma de poliuretano • Apresenta camadas ou lâminas superpostas,
mac ias, na forma de pla c a;
hidropolímero c om • E estéril, não aderente ao leito da lesão, com
pequenas células capazes capacidade absortiva, podendo ser
semipermeável a impermeável a trocas gasosas
de absorver fluidos e impedir e agua, bem como bactérias.
seu retorno ao leito da ferida. • Possui espessura variada. A camada externa
pode ser adesiva ou não, ou apenas c om bordas
• Pode vir associada com adesivas, dependendo do fabricante.
prata, e/ou silicone. • A espuma não adesiva requer cobertura
secundária.
• A cobertura de espuma com prata além de
absorver o excesso do exsudato da lesão pelo
contato da camada hidrofílica na ferida,
também controla o número de microorganismos
do seu leito.
ESPUMA DE POLIURETANO DE HIDROPOLÍMEROS
INDICAÇÕES CONTRA INDICAÇÕES
• ferida com moderada a intensa exsudação, • Não deve ser utilizado em usuários
com ou sem infecção (prioritariamente com c om sensibilidade a prata.
infecção), com ou sem tecido necrótico, • Não deve ser utilizado c om
queimaduras de 2o ou 3o grau e feridas soluções de hipoclorito ou
Frequência da troca:
• Pode permanecer por até 7 dias. Troca quando presença de fluido nas bordas.
• Este tempo esta relacionado com o volume de exsudato drenado.
• A placa pode ser recortada, utilizando-se tesoura estéril, deixando uma borda de
01 a 02 cm que recubra a pele integra adjacente.
• Pode causar coloração escura no leito da ferida
ESPUMA DE POLIURETANO DE HIDROPOLÍMEROS
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Diminuição do número de • Dificuldade na visualização
trocas. do exsudato.
Técnica de uso:
• aplicar diretamente sobre a ferida de forma que ultrapasse a borda da ferida
em pelo menos 2 cm em toda a sua extensão.
ATIVIDADE
eritema que não embranquece e que pode parecer diferente em pele
de cor escura.
b) Lesão por pressão estágio 4: Perda da pele em sua espessura
parcial com exposição da derme. O leito da ferida é viável, de
coloração rosa ou vermelha, úmido e pode também apresentar-se AUTÔNOMA
AURA
como uma bolha intacta (preenchida com exsudato seroso) ou
rompida.
c) Lesão por pressão estágio 3: Perda da pele em sua espessura total e
perda tissular com exposição ou palpação direta da fáscia, músculo,
tendão, ligamento, cartilagem ou osso.
d) Lesão por pressão estágio 2: Perda da pele em sua espessura total
na qual a gordura é visível e, frequentemente, tecido de granulação e
epíbole (lesão com bordas enroladas) estão presentes.
e) Lesão por pressão não classificável: Pele intacta ou não, com área
localizada e persistente de descoloração vermelha escura, marrom ou
púrpura que não embranquece ou separação epidérmica que mostra
lesão com leito escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento.
• Questão 2: De acordo com a Resolução do
COFEN nº501/2015, é competência privativa
do enfermeiro a seguinte atividade: