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OBJETIVOS DA AULA

l Apresentar as camadas da Pele

l Revisar a Fisiologia da Cicatrização.


l

l
Constituição Básica Tecidual

Tecido Epitelial

Camada contínua

Superficial

Espessura de 0,1 mm

Cresce continuamente de dentro para fora

Ciclo de Crescimento : Morte celular por impregnação de queratina.


EPIDERME

Considerada como :

Epitélio Estratificado Pavimentoso dividida em subcamadas

Conhecida como Manto Hidrolipídico

Avascularizada

Queratinizada

Mais superficial
Camada Córnea

Constituída por células mortas( filamentos e grânulos de queratina)

Camada mais resistente.

Birrefringente ( deposição de queratina ordenada), podendo chegar


em regiões de maiores atritos até 1,5 mm de espessura.

Sofre descamação de células perdidas no meio ambiente.


Camada Lúcida

Muito fina e translúcida;

Suas células são desprovidas de núcleos e organelas.


Camada Granulosa

Apresenta células achatadas com grânulos arredondados.


Camada Espinhosa

Formada por células poliédricas que vão se achatando na superfície.


Camada Basal

Constitui de camada de células cúbicas, com núcleos grandes,


mitose e responsável pelo crescimento contínuo da epiderme.

Membranas basais se apoiam na derme.

Conhecida como junção dermo-epidérmica.


Queratinização

Responsável pela síntese de proteínas formadas em grande número


com intuito de impermeabilização ( proteção).
Melanócitos

Originados de células das cristas neurais.

Sintetizam melanina ( pigmento marrom escuro).

Presentes na camada basal e espinhosa.

Possui corpo celular globoso, onde se originam prolongamentos


com capacidade de transferência de melanina para o interior das
células epiteliais.

O número de melanócitos não varia conforme etnia.


O que varia entre fototipos é a CAPACIDADE FUNCIONAL!
Estágios de Maturação
Melanogênese
Degradação dos Melanossomas

Por ação enzimática dos queratinócitos

Descamação natural da pele

Por via linfática através da Derme


Estímulos Melanocíticos

Via neurócrina: através da luz

Via endócrina: através dos hormônios MSH,


estrógeno, progesterona….

Via parácrina: comunicação dos melanócitos com


os queratinócitos

Comunicação Inflamatória: Estresse Oxidativo


Células de Langerhans

São frequentemente encontradas na camada


espinhosa, ramificadas e conhecidas por
apresentar antígenos.
Tecido Conectivo

Constitui a Derme

Dividida em duas camadas: superficial e profunda

Superficial logo abaixo ao epitélio

Profunda acima do tecido subcutâneo


Derme

Constituída por tecido conectivo não modelado,

com muitas fibras de colágeno, elastina,

fibroblastos que auxiliam no processo de conexão

da Epiderme com a Derme.


Divisão:

Derme Papilar

l Camada mais superficial


l Constituída por tecido conectivo frouxo
l Com fibras que auxiliam a fixação da
epiderme/derme
l Cada papila tem alça capilar sanguínea
Derme reticular

Trata-se da camada mais profunda, formada por


tecido conectivo denso com grossos feixes de
fibras colágenas, elásticas e reticulares.
Ph da Pele
Tecido Nervoso

Na Pele encontra-se o Sistema Nervoso Periférico ( SNP)

A qual confere todas as terminações nervosas livres e compreende


todo o sensorial.
Dermátomos
Tecido Muscular

A pele repousa sobre:

As fibras estriadas do músculo esquelético que são conectadas aos


ossos e na Derme encontra-se o músculo liso associado ao folículo
piloso.
Junção Dermoepidérmica

l Prolongamento de células basais( hemidessomas).


l

l Epiderme penetra na Derme por meio das Cristas


Epidérmicas.
l

l E a Derme se projeta na Epiderme por meio das Papilas


Dérmicas, constituindo as Impressões Digitais ou
Dermatóglifos.
Colágeno
l Glicoproteína ( formada por 3 aminoácidos:
glicina, prolina e hidroxiprolina).
l

l Compõe o Tecido Conjuntivo: pertencendo à


uma família de mais de 20 tipos.
l

l Corresponde a 75% do peso seco da Derme.


l

l Reduzindo 1% a cada ano em ambos os sexos.


Tipos de Colágenos
l Tipos: I,III, IV e VII.
l

l Derme reticular: feixes do tipo I ( 85%) matriz extracelular


da pele jovem.
l

l Reduz por danos solares.


l

l Agride a matriz do colágeno.


l

l Aumentando a produção de enzimas degradadoras:


metaloproteinases, ex:colagenase, gelatinase, e
estromelisina que degradam a elastina.
Tipos de Colágenos

l Tipo III,na derme papilar, abundante, de 10 à


15% da matriz extracelular ( contendo mais
fibroblastos e capilares) mais finas, não se
agrupando em feixes como na reticular.
Tipos de Colágenos

l Colágeno do Tipo IV: encontrado na membrana


basal.
l

l Tipo VII formando as fibrilas de ancoragem


dermoepidérmica, ligação enfraquecida,
podendo levar a formação de rugas.
Linhas de Clivagem

l Micro-organização do colágeno na Derme


Papilar.

l As fibras colágenas e elásticas apresentam


padrão tensional, conhecido como linhas de
Langer.
Linhas de Langer ou Clivagem

l Descritas por Karl Langer ( Anatomista


Austríaco).
l

l Verificou feixes de fibras de colágeno em todas


as direções.
l

l Produzindo tecido resistente.


Linhas
l Linhas de tensionamento seguem linhas naturais
da pele= rugas da maturidade.
l

l Contrações Musculares geram linhas


profundas= desalinhamento da linha de
clivagem.
l

l A ausência funcional temporária intencional (


paralisia) alivia as linhas de tensão.
Elastina
l

l Proteína presente no sistema elástico da pele.


l

l Características físicas:
l

l Elasticidade ( tracionar e distender).


l

l Compressibilidade ( suportar forças de


compressão).
l

l
Elastina

l Fibrilina ( componente elástico).


l

l Sistema Elástico: fibras de oxitalano (jovens)


l perpendicular a derme papilar, fibras de elaunina
plexo horizontal da reticular ( maduras) e mais
maduras sem denominação mais profundas.
Elastose

l Degradação funcional do tecido elástico leva ao


acúmulo de massas amorfas e grosseiras:
aumento das glicosaminoglicanas, redução de
colágeno, hipertrofia papilar.
l

l Aumento da consistência, enrugamento


profundo em pessoas que tiveram muita
exposição solar= Elastose.
Substância Fundamental
l Função: Promover resistência às forças de
compressão.
l

l Complexo viscoso e hidrofílico de


macromoléculas: glicosaminoglicanas,
proteoglicanas e glicoproteínas que fornecem
firmeza e turgor.
l

l Capacidade de passar do estado líquido para gel


e vice e versa.
Tecido Subcutâneo ( Hipoderme)

Formada por tecido conectivo frouxo.


Considerado como anexo. Serve de apoio e sua
espessura varia de acordo com o estado de
nutrição do indivíduo.
Conhecido como panículo adiposo.
Vascularizado/ Inervado
Suas células são os adipócitos.
Cicatrização

“A compreensão do processo de reparação


tecidual é de grande relevância para a escolha
adequada da conduta”
Definições
l Reparo: Capacidade de mecanismo complexo,
com substituição do tecido preexistente por
tecido fibroso.( Com Cicatriz).
l

l Regeneração: Capacidade de restaurar


perfeitamente o tecido preexistente.
l ( Sem Cicatriz)
l

l Cicatrização:Capacidade tecidual de restauração


completa.
Tipos de Cicatrização

l Primeira Intenção
l

l União ( junção) de bordas.


l Sem contaminação.
l

l Ex: Feridas Cirúrgicas.


Tipos de Cicatrização

l Segunda Intenção
l

l Perda substancial do tecido.


l Bordas afastadas.
l Cicatrização da periferia ao centro.
Tipos de Cicatrização

Terceira Intenção
l Afastamento das bordas.
l Presença de Pús.
l Contaminação.
l Presença de Fibrina ( fator mecânico).
l A partir das bordas.
Cicatrização

Substituir o tecido lesionado por meio de


regeneração.
Classificação das Lesões

Superficial
Classificação das Lesões

Profunda
Classificação das Lesões

Lesão Aberta
Fatores que influenciam na
Regeneração
l Condições locais.
l

l Condições Sistêmicas.
l

l Técnicas Utilizadas.
l

l Condições da Cicatriz.
l

l Tempo de Recuperação
Fases do Processo de Cicatrização

Os eventos celulares e bioquímicos no reparo de


tecidos podem ser divididos em 5 fases:
1ª Coagulação

l Ocorre imediatamente após a lesão.


l Agregação plaquetária.
l Tamponamento de Vasos.
l Vasoconstrição ( de 5 a 10 minutos)/ Homeostasia
l Barreira Impermeabilizante.
l Prevenção de Contaminação.
l Evitar contato com Meio Externo.
l Migração de Células Reparadoras.
2ª Inflamação
l Perdura cerca de 3 dias.
l Migração sequencial das células.
l Mediação química( proteínas, lipídeos, ácidos, aminas
vasoativas).
l Histamina e Serotonina ( Curta Duração)
l Leucotoxina, bradicinina e Prostaglandina( Longa Duração/
Cicatrização)
l Aumento da Permeabilidade Vascular.
l Marginalização para as Bordas.
l Aumento da Passagem de Elementos Celulares( Ferida).
l Posterior a Coagulação.
l
2ª Inflamação
l Exsudação celular.
l Leucócitos ( 3 a 5 dias).
l Inflamação ( ato da lesão até o 5 º Dia)
l Neutrófilos ( para filtrar a lesão)
l Fagocitose ( Microorganismos)
l Recrutamento de fibroblastos.
l Liberação de plaquetas ( reparo).
l Macrófagos (Coordenação de efeitos posteriores)
l Estímulos de reações biológicas para reparo.
3ª Proliferação
l Fase fibroblástica.
l Formação de tecido de granulação.
l Fibroblastos, macrófagos, colágeno, fibronectina e
ácido hialurônico.
l Início após 3º dia de lesão.
l Perdura de 2 a 3 semanas.
l Ativa macrófagos.
l Migração de queratinócitos ( bordas).
l Alteração da Sensibilidade
l Aumento da força Tênsil.
4ª Contração da Ferida

l Redução de parte ou de toda a área da ferida..


l Miofibroblastos.
l Síntese da matriz extracelular.
l Produção de força mecânica.
l Contração da Ferida.
5ª Remodelamento

l Processo de cicatrização.
l Recuperação da estrutura normal.
l Maturação de elementos ( colágeno….)
l Fibroblastos depositam grande quantidade de
colágeno.
l Reorganização da matriz extracelular conforme
genética da pele.
l Redução do tamanho da cicatriz.
Referências
1)Tratado de Medicina Estética
Maurício de Maio- II
Ed Roca

2)Histologia Básica
Junqueira e Carneiro- 9º
Ed Guanabara- Koogan

3) Terapêutica em Estética
Borges e Scorza- Ed Phorte, 2016

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