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FUNÇÕES DA PELE

PROTEÇÃO » Saúde óssea, cardiovascular,


» A pele protege o corpo contra imunológica.
a abrasão e os efeitos nocivos da
radiação UV. Impede a entrada » Proliferação, diferenciação, apo-
de microorganismos e evita a ptose – integridade da barreira
desidratação, reduzindo a perda hídrica. epidérmica.

» Sensação (percepção): O sistema » Excreção e Secreção.


tegumentar possui receptores
sensoriais para a detecção de calor, frio, » Pequenas quantidades de
tato, pressão e dor. metabólitos são excretadas pela pele e
pelas glândulas.
» Regulação térmica.
» As glândulas écrinas secretam água,
» A quantidade de sangue que flui eletrólitos, bicarbonatos, ureia, metais
pelos capilares da pele e a atividade das pesados etc.
glândulas sudoríparas ajudam a regular
a temperatura corporal.

» Produção de vitamina D.

» Quando exposta à luz UV, a pele


produz uma molécula precursora de
vitamina D, um importante composto
para a homeostase global.

EPIDERME
A epiderme consiste em um epitélio pavimentoso estratificado e queratinizado,
de origem ectodérmica. Sua espessura varia aproximadamente de 0,04 a 1,5
mm de acordo com a topografia; 95% das células que compõem a epiderme são
queratinócitos organizados em 4 camadas que se renovam conti-
nuamente.

São elas: camada basal ou germinativa, camada espinhosa, camada granulosa e


camada córnea. A camada mais profunda, a basal, apresenta atividade mitótica, e os
queratinócitos resultantes da divisão celular sofrem diferenciação à medida que são
empurrados para as camadas mais superiores, sintetizando quantidade crescente de
queratina no seu citoplasma. O tempo de maturação de uma célula basal até atingir a
camada córnea é de aproximadamente 26 dias.

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Camada basal ou germinativa,
camada espinhosa, camada
granulosa e camada córnea
As camadas da epiderme estão dispostas de modo que sua superfície é
relativamente plana, com exceção das áreas das pregas cutâneas, submetidas
a extensões e contrações. A base da epiderme é sinuosa, formada por cones
epidérmicos que se projetam na derme e encontram-se intercalados com projeções
digitiformes da derme denominadas papilas.

Essa disposição confere grande adesão da epiderme com a derme e maior


superfície de contato entre elas, permitindo uma área eficaz de troca entre esses
dois componentes, já que a epiderme é avascular e sua nutrição deriva dos capilares
dérmicos. Intercalados entre os queratinócitos, há outros tipos celulares, como os
melanócitos, as células de Langerhans e as células de Merkel.

POPULAÇÃO QUERATOCÍTICA
CAMADA BASAL
É a camada mais profunda da epiderme, delimitando-se com a derme. É constituída
habitualmente por única camada de queratinócitos que possuem citoplasma basófilo
e núcleos grandes, alongados, ovais e hipercromáticos, em contínua divisão mitótica.

CAMADA ESPINHOSA OU MALPIGHIANA


Situa-se logo acima da camada basal e é formada por 5 a 10 camadas de que-
ratinócitos com configuração poliédrica, achatando-se progressivamente em direção
à superfície, com seus maiores eixos paralelos a esta.

As células espinhosas estão unidas mecanicamente entre si e às células basais


subjacentes por meio de pontes intercelulares denominadas desmossomos,
estruturas complexas que conferem à pele resistência a traumas mecânicos.

Na camada basal, há apenas uma placa de aderência ligando a membrana plasmática


das células basais à membrana basal, essas estruturas de adesão são chamadas
hemidesmossomos. Anormalidades dos desmossomos causam separação das células
(acantólise), com formação de bolhas ou vesículas na epiderme. É o que ocorre em
doenças autoimunes como pênfigo foliáceo e pênfigo vulgar, onde há produção
de anticorpos contra as desmogleínas 1 e 3 (constituintes dos desmossomos),
respectivamente.

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CAMADA GRANULOSA
É composta por 1 a 3 camadas achatadas de queratinócitos com formato losangulare
citoplasma repleto de grânulos de querato-hialina, que dá origem à filagrina,
importante componente do envelope das células corneificadas.

Nesta camada, já se observam, além da filagrina, os outros componentes necessários


para a morte programada das células e a formação da barreira superficial
impermeável à água, como involucrina, queratolinina, pancornulinas e loricrina.

Na pele da região palmoplantar, há uma camada adicional entre as camadas


granulosa e córnea denominada estrato lúcido. Suas células são anucleadas e formam
uma faixa clara e homogênea, fortemente coradas pela eosina à microscopia óptica.

CAMADA CÓRNEA
É a camada mais superficial da pele. Sua espessura é variável de acordo com a
topografia anatômica, sendo maior nas palmas e plantas. O processo de maturação
dos queratinócitos está completo no estrato córneo, apresentando células anucleadas
com um sistema de filamentos de queratina imerso em uma matriz contínua
circundada por membrana celular espessada.

POPULAÇÃO NÃO-QUERATOCÍTICA

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MELANÓCITOS
São células dendríticas de origem ectodérmica que sintetizam pigmento melânico.
Localizam-se na camada basal e seus dendritos estendem-se por longas distâncias na
epiderme, estando em contato com muitos
queratinócitos para os quais transfere melanina.

O melanócito e os queratinócitos com os quais se relaciona constituem as unidades


epidermomelânicas da pele, numa proporção de 1 para 36, respectivamente.

CÉLULAS DE LANGERHANS
São células dendríticas originadas na medula óssea que constituem 2 a 8% das células
da epiderme e localizam-se na camada espinhosa. Na microscopia eletrônica, são
caracterizadas por estruturas citoplasmáticas denominadas grânulos de Birbeck,
que se assemelham a uma raquete de tênis. Têm função imunológica, como células
apresentadoras de antígenos aos linfócitos T.

CÉLULAS DE MERKEL
São células de origem controversa encontradas nas extremidades distais dos dedos,
lábios, gengivas e bainha externa dos folículos pilosos. Alguns acreditam que sejam
de origem neuroendócrina, pois apresentam grânulos intracitoplasmáticos com
substâncias neurotransmissoras e estão em contato íntimo com fibras nervosas da
derme, constituindo os discos de Merkel, que provavelmente são mecanorreceptores.

JUNÇÃO DERMOEPIDÉRMICA
As células da camada basal da epiderme repousam sobre uma estrutura chamada
membrana basal. A microscopia óptica, essa zona limítrofe corada pelo ácido periódico
de Schiff (PAS) revela uma delgada zona uniforme de reação intensa.

Os estudos de microscopia eletrônica esclareceram a complexidade dessa região, o


que vem facilitando a compreensão de várias doenças cutâneas.

A zona da membrana basal é constituída por 4 áreas distintas: a membrana celular da


célula basal; a lâmina lúcida, sob a membrana plasmática dos queratinócitos basais,
com seus hemidesmossomos; a lâmina densa, formada por colágeno tipo IV; e a
lâmina fibrorreticular, que se continua com a derme subjacente.

A função da zona da membrana basal é fornecer a ancoragem e a adesão da


epiderme com a derme, mantendo a permeabilidade nas trocas entre estes dois
componentes e atuando como filtro para a transferência de materiais e células.

Várias doenças mecanobolhosas hereditárias e auto-imunes envolvem a se-


paração e a formação de bolhas em vários níveis da junção dermoepidérmica, como
epidermólise bolhosa, penfigoide bolhoso, penfigoide gestacional e lúpus eritematoso
bolhoso.

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DERME
A derme é a camada situada logo abaixo da epiderme, formada por denso estroma
fibroelástico de tecido conectivo em meio a uma substância fundamental, que serve
de suporte para extensas redes vasculares e nervosas, e anexos cutâneos que derivam
da epiderme.

Os principais componentes da derme incluem o colágeno (70 a 80%) para resistência,


a elastina (1 a 3%) para elasticidade e os proteoglicanos, que cons-
tituem a substância amorfa em torno das fibras colágenas e elásticas.

A derme divide-se em papilar (mais externa), reticular (mais interna) e derme


perianexial. A derme papilar é mais delgada, altamente vascularizada e preenche
as concavidades entre as cristas epidérmicas, dando origem às papilas ou cristas
dérmicas. É formada por feixes delicados de fibras colágenas (principalmente do
tipo III) e elásticas, dispostas em uma rede frouxa, circundada por abundante gel de
mucopolissacarídeos.

A derme reticular compõe a maior parte da espessura da derme, está abaixo do nível
das cristas epidérmicas e é constituída de fibras colágenas (principalmente do tipo I)
entrelaçadas, além de fibras elásticas que estão dispostas paralelamente à superfície
da pele. A derme perianexial tem a mesma estrutura da derme papilar, mas localiza-se
em torno dos anexos cutâneos.

O sistema elástico, que permeia as fibras colágenas das dermes papilar e reticular,
é responsável pela elasticidade cutânea, ou seja, capacidade da pele de retornar à
posição original quando submetida ao estiramento.

A derme contém população mista de células, incluindo fibroblastos, fibrócitos,


macrófagos teciduais, melanófagos, mastócitos e leucócitos sanguíneos (como
neutrófilos, eosinófilos, linfócitos, monócitos e plasmócitos).

VASCULARIZAÇÃO
O suprimento vascular da pele é limitado à derme e constitui-se de um plexo
profundo em conexão com um plexo superficial. Estes plexos correm paralelos
à superfície cutânea e estão ligados por vasos comunicantes dispostos
perpendicularmente.

O plexo superficial situa-se na porção superficial da derme reticular, com arteríolas


pequenas das quais partem alças capilares, que ascendem até o topo de cada papila
dérmica e retornam como capilares venosos.

O plexo profundo situa-se na base da derme reticular e é composto por arteríolas


e vênulas de paredes mais espessas. Há ligação íntima entre os plexos por meio
dos vasos comunicantes, e o controle do fluxo sanguíneo dérmico por esses vasos
contribui para o controle da temperatura corpórea.

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HIPODERME
A hipoderme ou panículo adiposo é a camada mais profunda da pele e está
organizada em lóbulos de gordura divididos por septos fibrosos compostos de
colágeno, por onde correm vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. Une a derme à fáscia
profunda subjacente, absorve choques e funciona como isolante térmico.

INERVAÇÃO
A inervação da pele é abundante e constituída por nervos motores autonômicos e por
nervos sensoriais somáticos. O sistema autonômico é composto por fibras simpáticas
e é responsável pela piloereção, constrição da vasculatura cutânea e secreção do
suor. As fibras que inervam as glândulas écrinas são simpáticas, mas têm como
neurotransmissor a acetilcolina.

O sistema somático é responsável pelas sensações de dor, prurido, tato suave, tato
discriminativo, pressão, vibração, propriocepção e térmica. Os nervos sensitivos têm
receptores especializados divididos funcionalmente em mecanorreceptores, constituir
estruturas especializadas, como:

» corpúsculos de Vater-Pacini, nas regiões palmoplantares;

» específicos para pressão e vibração;

» corpúsculos de Meissner, nas polpas dos dedos, específicos para o tato;

» corpúsculos de Krause, nas áreas de transição entre pele e mucosas, sensíveis


ao frio;

» corpúsculos de Ruffini, sensíveis ao calor.

Podem também ser desprovidos de características estruturais específicas, que são as


terminações nervosas livres responsáveis pela sensibilidade da dor, prurido e parte da
térmica.

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ANEXOS CUTÂNEOS

UNIDADE PILOSSEBÁCEA
As unidades pilossebáceas são encontradas sobre toda a superfície da pele, exceto
nas regiões palmoplantares, nos lábios e na glande. Compõem-se de uma haste pilosa
circundada por bainha epitelial contínua com a epiderme, uma glândula sebácea,
musculatura lisa piloeretora e, em certas regiões corpóreas, ducto excretor de uma
glândula apócrina que desemboca acima da glândula sebácea.

A haste pilosa é a parte do pelo que se projeta para fora da pele, e sua raiz é a região
que fica dentro da pele. A haste é composta por cutícula externa, córtex intermediário
e medula. A bainha epitelial da raiz divide-se em bainhas radiculares externa e interna.
A externa dá continuidade às células da camada espinhosa da epiderme superficial,
e a interna é formada por três camadas celulares distintas: camada de Henle, camada
de Huxley e cutícula, formada por escamas que se entrelaçam com as escamas da
cutícula do pelo.

Na porção mais inferior do folículo piloso, há uma expansão chamada de bulbo piloso,
que contém a matriz do pelo. Nela ocorre a atividade mitótica do pelo e encontram-se
os melanócitos, sendo, portanto, responsável pelo crescimento e pigmentação do pelo.
Há dois tipos de pelo: o lanugo ou pelo fetal, que são curtos, delicados e claros,
idênticos aos pelos velus do adulto; e o terminal, mais grosso, escuro e grande,
encontrado nas axilas, cabelos, barba e região púbica.

Os pelos não crescem continuamente, e sim de maneira cíclica, podendo-se


identificar 3 fases distintas:

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» anágena: fase de crescimento ativo, com duração de 2 a 3 anos;
corresponde a 85% dos cabelos;

» catágena: fase de involução, com duração de 3 semanas; corresponde a 1%


dos cabelos;

» telógena: fase de queda, com duração de 3 a 4 meses; corresponde a 14%


dos cabelos.

GLÂNDULAS SEBÁCEAS
As glândulas sebáceas são glândulas holócrinas, cuja função é produzir o sebo, que é
uma combinação de ésteres de cera, esqualeno, ésteres de colesterol e triglicérides.

É secretado através do ducto sebáceo na luz do folículo piloso e recobre a superfície


cutânea, atuando como lubrificante natural do pelo, além de evitar a perda de
água pela camada córnea, proteger contra excesso de água na superfície e ter ação
bactericida e antifúngica. Ocorrem por toda a pele, exceto na região palmoplantar, e
seu controle é hormonal, especialmente andrógeno.

GLÂNDULAS SUDORÍPARAS ÉCRINAS


As glândulas sudoríparas écrinas derivam da epiderme e não pertencem à unidade
pilossebácea. Cada glândula é um túbulo simples com um segmento secretor
enovelado situado na derme e um ducto reto que se estende até a superfície da pele.
São inervadas por fibras simpáticas, mas têm a acetilcolina como mediador.

Estão localizadas em toda a superfície cutânea, exceto nas áreas de pele modificada,
como os lábios, os leitos ungueais e a glande. Participam da termorregulação,
produzindo suor hipotônico que evapora durante o calor ou estresse emocional.

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GLÂNDULAS SUDORÍPARAS
APÓCRINAS
As glândulas sudoríparas apócrinas derivam da epiderme e fazem parte da unidade
pilossebácea, desembocando, em geral, nos folículos pilosos. Loca-
lizam-se nas axilas, escroto, prepúcio, pequenos lábios, mamilos e região pe-
rineal, além de, modificadamente, nas pálpebras (glândulas de Moll), mamas
(glândulas mamárias) e conduto auditivo externo (glândulas ceruminosas).

Produzem secreção viscosa e leitosa constituída de proteínas, açúcares, amônio e


ácidos graxos; é inodora quando atinge a superfície, mas as bactérias a decompõem,
causando odor desagradável. São inervadas por fibras nervosas simpáticas e estão sob
controle dos hormônios sexuais. Sua função provavelmente representa vestígios de
espécies inferiores, cuja comunicação sexual se dá por meio de substâncias químicas.

Fisiologia da pele
As várias estruturas da pele exercem funções primordiais para a sobrevivência do
organismo. São elas:
» O estrato córneo atua como barreira para a perda de água das ca-
madas epidérmicas internas e para lesão proveniente do ambiente externo,
como a entrada de agentes tóxicos e micro-organismos.

» Os melanócitos exercem proteção contra os efeitos indesejáveis da radiação


solar ultravioleta por meio da melanina, que a absorve am-
plamente.

» Os nervos dérmicos têm a importante função de percepção do meio.

» As fibras colágenas e elásticas da derme e sua substância fundamental


conferem à pele propriedades viscoelásticas e de resistência, que a protegem
contra as forças de cisalhamento.

» A termorregulação se dá pela extensa rede vascular cutânea, através do


controle do fluxo sanguíneo, e pelas glândulas sudoríparas écrinas, cuja
secreção proporciona o resfriamento por evaporação a partir da superfície da
pele.

» O papel da pele na proteção imunológica do organismo se deve


principalmente à célula de Langerhans, que participa de várias reações
imunológicas, inclusive na interação macrófago-célula T e nas inte-
rações entre linfócitos T e B.

» A pele desempenha uma função endócrina, pois a ação da radiação


ultravioleta sobre o 7-deidrocolesterol nos ceratinócitos forma a vitamina D3,
que estimula a absorção de cálcio e fosfato no intestino.

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CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO
O tecido conjuntivo propriamente dito se apresenta de muitas formas, as quais
são caracterizadas pelos tipos de células que as compõe. Tais células podem ser
permanentes e transitórias:

» Permanentes: Fibroblastos, Mastócitos, Macrófagos, Adipócitos, Pericitos;

» Transitórias: (células de defesa): Plasmócitos, Neutrofilos, Eosinófilos,


Linfócitos.

SISTEMA IMUNOLÓGICO
O sistema imunológico, também chamado de sistema imune, é o que garante
proteção ao nosso corpo, evitando que substâncias estranhas e patógenos afetem
negativamente nossa saúde. É um sistema complexo que envolve uma série de
células e órgãos que funcionam, em conjunto, como uma grande barreira de proteção.

A capacidade do nosso corpo de proteger-nos contra esses agentes é chamada


de imunidade. A imunidade pode ser classificada em inata e adquirida. A primeira
apresenta uma resposta mais ampla, e os indivíduos já nascem com os mecanismos
que a promovem. Na segunda as respostas são mais específicas, e o indivíduo
desenvolve-a durante sua vida.

IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA


A capacidade do nosso corpo de proteger-nos contra agentes invasores é chamada de
imunidade. Esta pode ser classificada de duas formas: inata e adquirida. A imunidade
inata é a que o indivíduo possui desde o seu nascimento. Nela temos barreiras
naturais agindo, como pele e mucosas, e também agentes internos, como leucócitos e
células fagocíticas. Nesse tipo temos uma resposta inespecífica.

A imunidade adquirida ocorre ao longo do desenvolvimento do indivíduo e é mais


especializada. Para ser desenvolvida, necessita do contato com um agente invasor,
o qual desencadeará uma série de eventos que levam à ativação de determinadas
células e à síntese de anticorpos. A imunidade adquirida pode ser classificada em
humoral ou mediada por células. Aquela é mediada pelos anticorpos, e esta, pelos
linfócitos T.

MACRÓFAGOS
O macrófago é uma célula originada dos monócitos que são células do sangue. Sua
principal função está relacionada à fagocitose e pinocitose de
elementos estranhos ao organismo e de células mortas. Possui morfologia muito
variada, podendo ser fixo, chamado de histiócito ou móvel, movendo-se por emissão
de pseudópodos.

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PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO PIGMENTO
A profundidade da derme fica em média de 1mm abaixo da parte mais externa da
pele. Ao penetrar na derme, a tinta é reconhecida pelas células do nosso sistema
imunológico como invasores do corpo. Logo que a tinta é deposita, milhares de
células que fazem o primeiro combate contra patógenos (bactérias e vírus), os
macrófagos, são recrutados e englobam as gotículas da tinta. Na derme existem
muitas fibras extracelulares que formam o tecido conjuntivo, como o colágeno.

Após fagocitar as gotas de tinta, os macrófagos ficam presos nesta rede de


fibroblastos e colágeno, tornando-se eterna, apenas apagando levemente depois de
muito tempo de ser feita, bastando pequenos retoques durante a vida para ficar bem
bonita, porque os lisossomos destas células não conseguem digerir a tinta com suas
enzimas.

Para retirar uma tatuagem é muito mais difícil e dolorido do que fazer. Isto acontece
a laser. O laser trabalha agitando as moléculas de tinta que acabam rompendo os
macrófagos que aprisionavam ela. Para remover estas partí-
culas, elas precisam ficar bem pequeninas. Por isso, é mais fácil retirar tatuagens
escuras, pois estas são muito mais suscetíveis aos raios laser e se desintegram mais
facilmente. Lembrando, a tatuagem não faz mal a saúde.

Porém, decidir por fazer uma é de grande responsabilidade, afinal, é muito difícil e
caro apagar. Outra coisa importante é fazer a sua tatuagem em um estúdio confiável
e limpo. Por trabalhar com materiais perfurantes, as exigências sanitárias devem ser
máximas para evitar a contaminação por doenças como hepatite e HIV.

LINFONODOS
Linfócito é um tipo de leucócito (glóbulo branco) presente no sangue. São produzidos
pela medula óssea vermelha, através das células-tronco linfoides que se diferenciam
em células pre-búrsicas e pre-timócitos. Os pre-timócitos dão origem aos Linfócitos
T, que por sua vez vão amadurecer nos tecidos linfoides; já as células pre-búrsicas dão
origem aos Linfócitos B. Há ainda uma terceira classe.

Por sua aparência ao microscópio, há duas categorias de linfócitos: os grandes e


os pequenos. A maioria, mas não todos os linfócitos granulares com tamanhos
maiores, são os chamados linfócitos Natural Killer (células exaladoras naturais). Os
linfócitos pequenos podem ser linfócitos T ou linfócitos B. Os linfócitos têm um papel
importante na defesa do corpo. Os linfócitos T são os principais responsáveis pela
chamada imunidade celular, agindo ora de forma a estimular ou atenuar a produção
de anticorpos pelos linfócitos B, ora diretamente sobre os antígenos ou células
corporais infectados por esses, destruindo-os (fagocitando).

Os linfócitos B dão origem aos plasmócitos e células B de memória, que ge-


ram os anticorpos. São os principais responsáveis pela chamada imunidade humoral,
que se dá via produção e diluição de anticorpos nos fluidos teciduais ou corporais.

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FAGOCITOSE E INFLAMAÇÃO
Fagocitose é o processo pelo qual uma célula usa sua membrana plasmática
para englobar partículas grandes, dando origem a um compartimento
interno chamado fagossoma. Nos sistemas imunológicos de organismos
multicelulares, a fagocitose é um dos principais mecanismos usados para
remover patógenos e restos celulares.

TIPOS DE PELE
NORMAL
A pele normal tem textura saudável e aveludada, produzindo gordura em
quantidade adequada, sem excesso de brilho ou ressecamento. Geralmente, a
pele normal apresenta poros pequenos e pouco visíveis.

SECA
A perda de água em excesso caracteriza a pele seca, que normalmente tem
poros poucos visíveis, pouca luminosidade e é mais propensa à descamação e
vermelhidão. Também pode apresentar maior tendência ao aparecimento de
pequenas linhas e fissuras.

A pele seca pode ser causada por fatores genéticos ou hormonais, como me-
nopausa e problemas na tireoide, e também por condições ambientais, como
o tempo frio e seco, o vento e a radiação ultravioleta. Banhos demorados e com
água quente, podem provocar ou contribuir para o ressecamento da pele.

OLEOSA
Tem aspecto mais brilhante e espesso, por causa da produção de sebo maior
do que o normal. Além da herança genética, contribuem para a oleosidade
da pele os fatores hormonais, o excesso de sol, o estresse e uma dieta rica em
alimentos com alto teor de gordura. A pele oleosa apresenta poros dilatados e
maior tendência à formação de acne, de cravos e de espinhas.

MISTA
É o tipo de pele mais frequente. Apresenta aspecto oleoso e poros dilatados na
“zona T” (testa, nariz e queixo), podendo apresentar acne nesta região e seco
nas bochechas e extremidades.

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ENVELHECIMENTO
FATORES QUE PREJUDICAM A PELE
» ENVELHECIMENTO PRECOCE
» A pele envelhece intrinsecamente (cronologicamente a partir de dentro) e
extrinsecamente (devido a fatores externos). O envelhecimento da pele intrínseca
resulta da passagem do tempo e é principalmente devido à ação de espécies reativas
de oxigênio;

Ela ocorre dentro da própria pele devido a reduções nos mastócitos dérmicos,
fibroblastos e produção de colágeno, e um achatamento da junção entre a epiderme
e a derme. A pele intrinsecamente envelhecida é sem defeito, lisa, pálida, seca e
menos elástica com rugas finas. O envelhecimento da pele extrínseca é causado por
fatores ambientais, tais como:
» Fumar, dieta, exposição a produtos químicos;

» Trauma, exposição à radiação UV;

» A maior fonte de envelhecimento extrínseco é acumulada, exposição des-


protegida à radiação UV; mais de 80% do envelhecimento da pele facial é de-
vido à exposição UV crônica de baixo grau. A exposição a UV também interrompe a
síntese de colágeno, levando a perda aguda de colágeno;

» Com o avanço da idade, há uma redução nos hormônios e sinais químicos que
são importantes para o crescimento e reparo da pele, bem como um declínio nos
receptores que os detecta, como por exemplo, o número de receptores de vitamina D
nos queratinócitos epidérmicos diminui com a idade.

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